Warrant: o que é, como funciona, emissão, negociação e mais!

Quem vai atuar no mercado financeiro precisa de algumas garantias, uma delas é o warrant. A palavra inglesa é traduzida como “justificar, garantir” e é exatamente isso que esse papel faz.

O conceito de warrants refere-se a títulos de crédito pelos quais certos produtos são negociados. Entre eles, estão o ouro, o açúcar, o milho e o óleo cru.

Além disso, ainda há mais características importantes. Portanto, se você quer investir com essa garantia, é necessário conhecer cada uma delas para tomar as melhores decisões, visto que esses papéis são voltados para perfis arrojados e sofrem alta volatilidade.

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Então, o que é warrant, em que consiste e como funciona? Neste artigo, você vai conferir essas e outras informações. Acompanhe a leitura!

O que é warrant?

O warrant é um título de garantia que permite ao seu detentor comprar ou vender um ativo. O papel é bastante utilizado no mercado de commodities, mas também pode se referir a uma ação, taxa de câmbio ou índice.

Devido às suas características, o título é uma garantia de direito. Ou seja, o possuidor pode ou não exercê-lo. Por outro lado, quem emitiu o papel tem o dever de fazer sua execução, quando for o caso.

De todo modo, seu objetivo é assegurar que o comprador tem um lastro físico em uma mercadoria estocada em um armazém geral.

Com isso, a emissão do warrant gera um Conhecimento de Depósito — documento que assegura que seu detentor é proprietário de uma carga armazenada.

Apesar desse nome ser menos conhecido por quem é iniciante no mercado financeiro, esse tipo de título é regulamentado desde 1903. No Brasil, sua definição está presente no Decreto 1.102/2003..

Contrato a termo vs warrant

O contrato a termo é um documento que comprova a existência de uma negociação futura de compra e venda de determinado ativo.

Ele consiste em um contrato não padronizado de uma operação a ser realizada em data posterior e com um preço predeterminado. Por isso, pode ser negociado de forma particular, e não apenas na bolsa de futuros.

Por sua vez, o warrant oferece um direito que pode ser exercido. Ele indica que a operação está lastreada por uma mercadoria de valor. Com isso, garante o preço do ativo no mercado.

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Contrato futuro vs warrant

Já o contrato futuro é um tipo de derivativo padronizado. Esse contrato de compra e venda refere-se a um produto ou moeda e é negociado no mercado futuro. Por esse motivo, as partes selam o compromisso de operar em determinada quantidade em data futura.

Nesse cenário, os preços são ajustados todos os dias de forma automática. Dessa forma, é possível acompanhar a diferença entre a cotação atual e o valor negociado. Além disso, uma conta é exigida para manter os ativos em garantia.

No warrant, isso não acontece. Afinal, o que se adquire é um direito. Assim, não se adquire o contrato futuro nem o ativo-base. O foco é o título de garantia.

Quais são as características do warrant?

Para ser classificado dentro do conceito de warrants, é preciso cumprir algumas características. As principais são:

  • ser um título, a fim de assegurar seu endosso e transmissão;
  • ser uma representação das mercadorias estocadas, o que indica que ele funciona como uma garantia;
  • ser emitido pelos armazéns gerais de um estado ou município justamente devido às mercadorias armazenadas;
  • transferir parte da propriedade de um lote de mercadorias para o investidor. Ou seja, seu portador é proprietário dos objetos depositados.

Como funciona o warrant?

A emissão de warrant é feita por armazéns gerais reconhecidos pelo Banco Central. Para obter essa autorização, é necessário cumprir uma série de exigências, como ser uma empresa mercantil com registro na Junta Comercial.

Essa característica faz com que a maior parte do mercado seja formada por companhias de grande porte. Em menor percentual, há órgãos públicos e empresas menores.

A negociação é livre entre as partes. O prazo do título pode ser amplo — em alguns casos, dura anos. Quando isso acontece, ele funciona de maneira similar a um bônus de subscrição.

Ou seja, o investidor que exerce seu direito receberá as ações recém-lançadas. A empresa é obrigada a agir dessa forma, em vez de entregar as ações já existentes. Apesar disso, não oferece direito a voto nem à distribuição de dividendos.

Na transação da bolsa

Quando a operação do warrant acontece na bolsa, o funcionamento é parecido ao de uma opção. Inclusive, os nomes são iguais. Veja:

  • call warrant: refere-se à compra de um ativo por preço predefinido em data futura. O direito pode ser exercido até o vencimento. Se essa for a escolha, o vendedor é obrigado a entregar o ativo;
  • put warrant: consiste no direito da venda de um ativo. Também existe um preço predeterminado e uma data de vencimento fixada. Se a comercialização for exercida, o vendedor é obrigado a fazer a compra.

Nessa negociação, o preço de exercício é chamado de strike. Já o prazo refere-se à data de vencimento. Ele pode ser do tipo:

  • americano: é aquele que pode ser exercido a qualquer momento até o limite da data de vencimento;
  • europeu: permite exercer o direito somente na data de vencimento.

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Como é feita a emissão do warrant?

O processo é feito pelas empresas de armazéns gerais. Essa é uma modalidade diferenciada e descrita no Decreto 1.102/2003.

Essas companhias têm depósitos de mercadorias localizados perto de estradas de ferro ou de rodagem e portos. Além disso, apresentam as seguintes características:

  • têm os contratos de depósito de mercadorias como atividade básica;
  • emitem o warrant junto ao Conhecimento de Depósito;
  • têm registro na Junta Comercial e classificação como empresa mercantil;
  • apresentam natureza individual ou coletiva;
  • costumam ser empresas privadas que fazem parte de conglomerados financeiros.

Como é feita a negociação e pagamento do warrant?

A compra de um warrant pode ser difícil, pois, geralmente, ele não está listado na bolsa de valores. Quando estiver, aparecerá com o símbolo de ação ordinária e uma letra W ao final. Se fosse da Petrobras, por exemplo, seria PETRW.

Em alguns casos específicos, pode ser listada uma outra letra. No entanto, a W é a mais comum. No restante, sua operação é similar à realizada no mercado de opções, conforme já explicamos.

Quanto ao pagamento, ele é efetivado na data de vencimento. Se isso deixar de acontecer, o portador do título pode fazer o protesto e solicitar o leilão da mercadoria em garantia.

Com o dinheiro arrecadado na arrematação, o warrant é pago sem execução judicial. Em troca, o investidor devolve o título à empresa de armazém gerais.

Quais as vantagens do warrant?

Esse tipo de investimento traz vários benefícios. Entre eles, podemos destacar:

  • ganhos expressivos em curto intervalo de tempo;
  • possibilidade de alavancagem;
  • reunião de todos os detalhes da mercadoria em um documento único;
  • lastro do título a uma mercadoria de valor;
  • direito de propriedade dos objetos fornecidos como garantia.

Atenção para alguns cuidados!

Apesar dessas vantagens, essa operação exige alguns cuidados. Afinal, é um investimento de risco. Portanto, é importante que você tenha um perfil arrojado.

Também é necessário ter experiência e conhecimento sobre o mercado financeiro. Portanto, se puder, faça cursos especializados que agregam conhecimento. Assim, você consegue traçar uma estratégia específica para mitigar os riscos e gerenciá-los.

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