Arquitetura de segurança: melhores práticas para proteger seus dados!

A arquitetura de segurança é vital para garantir a proteção de dados dos usuários de e-commerce. Ela deve ser feita de maneira adequada, sem prejudicar a usabilidade.

Estima-se que, até 2024, o e-commerce cresça 56% no Brasil. Em 2022, ele já apresentou um faturamento de R$39,6 bilhões e R$89,7 milhões de compras online. Ou seja, mais usuários passaram a se sentir seguros com a aplicação da arquitetura de segurança disponibilizada por sites e aplicativos.

Porém, com esse avanço nas compras online, há um crescimento exponencial de dados circulando pela internet. Os gestores de empresas responsáveis pelas plataformas de interação, cada vez mais, buscam por procedimentos e ferramentas que tornem o acesso e a compra dos usuários livres de fraudes e roubo de dados.

Se você quer ir além da segurança das empresas e focar na proteção dos clientes, este texto é altamente recomendado! Separamos um guia com dicas fundamentais das melhores práticas de arquitetura de segurança da informação para usuários de e-commerces.

Continue a leitura e aprenda sobre o que é arquitetura da informação e quais medidas de segurança devem ser aplicadas!

O que é arquitetura da informação?

Definimos arquitetura da informação como a arte e a ciência de organizar e catalogar websites, intranets, comunidades online, aplicativos e softwares de modo que a usabilidade seja garantida. Ela varia de acordo com o objetivo e as necessidades do aplicativo.

Um exemplo de arquitetura da informação eficiente e bem aplicada é quando ela estabelece as fundações necessárias para que um sistema de informação faça sentido para seus usuários e evite interpretações que possam dificultar o entendimento.

O valor da informação diverge de acordo com o indivíduo, a necessidade e o contexto em que ela é produzida e compartilhada.

Atualmente, os dados de uma pessoa transitam livremente pela internet por meio de plataformas. Isso significa que a informação é importante para que o indivíduo interaja com os ambientes virtuais provando sua autenticidade, por exemplo.

Por que aplicar a arquitetura de segurança?

Com a difusão global da internet e de tecnologias que permitem o dinamismo em sites e portais por meio de interfaces gráficas, foi provida a inserção de novos mercados.

De forma que novos meios de arquitetura de segurança da informação para compras on-line foram criados, por volta de 1994, formando as bases para o surgimento do e-commerce.

Em 2002, 9 milhões de contas-correntes possuíam acesso aos serviços de Internet Banking. Atualmente, o número ultrapassa 42 milhões. Depois da pandemia da covid-19, esse número cresceu de 49% para 57%.

Por isso, novos produtos especializados em sistemas antifraude são desenvolvidos, implantados e atualizados frequentemente para o melhor desempenho nos sistemas de e-commerce, que, na maioria dos casos, são criados em um ambiente protegido em mais de uma camada de segurança.

E sua gestão exige questões não apenas técnicas, como também organizacionais, estruturais, comportamentais e sociais.

Entretanto, tais medidas não garantem total segurança já que o fator humano é suscetível a falhas. Os usuários precisam ser devidamente instruídos em questões que envolvam a  Segurança da Informação (SI). Desse modo, estarão cientes dos efeitos negativos que uma falha ou quebra de segurança pode causar.

Quando o assunto é o ambiente corporativo, há constante cobrança no desenvolvimento de ações e na adaptação da sua estrutura para evitar atitudes fraudulentas, corrupção, dano e distorção de informação por parte dos usuários.

Dessa forma, é possível a criação de políticas de segurança da informação e de um gerenciamento eficaz que oferece maior confiança e aumenta a usabilidade de sites, plataformas e aplicativos.

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Como funciona a arquitetura de segurança?

A política de segurança da informação tem como princípio a mitigação e a prevenção contra incidentes, protegendo dados de uma determinada empresa ou pessoa.

Ela é garantida por meio da Confiabilidade, que é determinada pela tríade CID

  • Confidencialidade;
  • Integridade;
  • Disponibilidade.

A prevenção de fraudes e roubo de dados pode ser realizada pela aplicação de estratégias de segurança a partir da análise de riscos.

Para que funcione, é preciso identificar as vulnerabilidades, as ameaças e os riscos envolvidos na arquitetura de segurança de dados. Entenda melhor a seguir.

Vulnerabilidade

A vulnerabilidade ocorre quando ativos podem ser explorados por uma ou mais ameaças. 

Efetivamente, a ausência de medidas preventivas ou a existência de um ponto fraco caracterizam esse processo. As vulnerabilidades são classificadas como físicas, tecnológicas e humanas.

Ameaças humanas e não humanas

Ameaça é a causa de um possível incidente de segurança, podendo ser classificada como ameaça humana ou ameaça não humana. A pessoa que se aproveita ou propicia uma vulnerabilidade é conhecida como agente de ameaça.

Esse agente pode ser um funcionário sem treinamento adequado, que gera uma vulnerabilidade sem perceber, ou uma pessoa mal-intencionada voltada ao crime realizado pela internet.

Ameaças humanas são consideradas como intencionais quando acontecem por meio da ação de agentes como hackers e crackers, por ações terroristas ou por usuários insatisfeitos.

O que são hackers e crackers?

Hackers são pessoas com grande instrução em informática e que se dedicam a estudar, entender e alterar softwares, hardwares e redes de computadores utilizando seus conhecimentos para obter soluções de arquitetura de segurança e criar aplicações adequadas.

Já os crackers também possuem grande conhecimento tecnológico, no entanto, utilizam sua sabedoria de forma perversa e criminosa.

Hackers e crackers podem agir de forma ativa, quebrando a segurança de um ambiente por meio de falhas encontradas. Eles desmontam, diretamente, camada por camada, inclusive pela aplicação de spywares, trojans e malwares, que são os temidos “vírus” e infectam milhares de computadores em todo o mundo.

Outra forma utilizada por crackers para obter informação é por meio da engenharia social, categorizada como uma ameaça não intencional.

Ela é uma técnica considerada a maior ameaça aos sistemas de informação nas organizações, uma vez que, por meio de persuasão, manipulação e influência das pessoas, o engenheiro social (profissional da “arte de enganar”) consegue informações sigilosas.

< Saiba mais: Qual a diferença entre Cracker e Hacker? Entenda aqui />

Riscos e estratégias de riscos

Risco é a probabilidade de que um agente de ameaça descubra e explore uma vulnerabilidade no sistema e cause impacto aos ativos dos negócios.

O risco vincula a vulnerabilidade e a ameaça e calcula a probabilidade de impactar o negócio e qual o prejuízo médio esperado durante determinado período

O gerenciamento de risco é um processo contínuo que utiliza a análise de risco como subsídio para diminuir os problemas relacionados, elevando as medidas de segurança para um nível aceitável.

A atividade de estratégias de risco é a última atividade do processo de gerenciamento, e independentemente da estratégia adotada, a gestão deve tomar uma decisão consciente e arcar com as consequências.

Controles e medidas da arquitetura de segurança

Controles de segurança são medidas adotadas para proteger um sistema de informação em relação ao CID (Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade).

Porém, antes de ser definido o tratamento de um risco, as organizações decidem os critérios de aceitação do risco, sempre registrando a decisão final.

Os controles garantem a mitigação de riscos para um nível aceitável, levando em consideração:

  • requisitos e restrições da legislação nacional e internacional e de regulamentos;
  • objetivos organizacionais;
  • requisitos e restrições operacionais;
  • a necessidade de equilibrar o investimento na implantação e na operação de controles contra os danos suscetíveis de falhas de segurança.

Portanto, as medidas de segurança devem ser sempre baseadas em resultados de uma análise de risco, com base nos aspectos de confiabilidade e das características dos dados.

Elas têm como objetivo reduzir a chance de ocorrência do evento, minimizar suas consequências e aumentar a credibilidade dos sistemas e das redes associadas.

Quais são as categorias das medidas de segurança? 

  • prevenção: evita que um incidente de segurança ocorra;
  • redução: diminui a probabilidade de uma ameaça ocorrer, mitigando as chances de impacto;
  • detecção: garante que os incidentes sejam detectados rapidamente com a finalidade de reduzir os danos esperados e comunicar a todos os envolvidos;
  • repressão: detectar que algo que está em curso não é suficiente e é necessário minimizar e/ou neutralizar as consequências e os danos;
  • recuperação: recuperar e/ou reparar danos provocados pelo incidente;
  • garantia: em situações em que os incidentes não possuem prevenção completa e seus resultados não são aceitáveis, deve-se procurar métodos que reduzam as consequências, como a utilização de seguros;
  • aceitação: aceita-se o risco quando as medidas necessárias possuem um custo maior do que o dano envolvido.

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Como proteger dados na internet?

Para proteger os usuários do e-commerce de possíveis ameaças, é necessário definir políticas de segurança de dados, reforçando procedimentos já disponíveis em ambientes online.

Para garantir a segurança em um e-commerce, é importante se atentar às seguintes recomendações.

  1. Possuir várias conta de e-mail

O aconselhável é que sejam, no mínimo, 3 contas com senhas diferentes

  • uma para receber as informações privadas;
  • outra para gerenciar redes sociais, jogos, entre outros;
  • a terceira para gerenciar suas páginas de e-commerce.

Dessa forma, mesmo que a pessoa seja vítima de ataques e/ou fraudes, ela não compromete todos os seus dados e sua vida on-line.

  1. Alterar as senhas com frequência

O procedimento padrão para a expiração de senhas da Microsoft é de 42 dias. O que indica ser recomendável: estipular um período adequado para alteração. Mas, a mudança de senha pode ser feita, no mínimo, uma vez ao ano.

Para qualquer interação com sistemas, deve-se eleger senhas fáceis de lembrar, mas que tenham complexidade para não serem facilmente deduzidas.

Caso haja qualquer suspeita de invasão ou vazamento de dados, recomenda-se alterar todas as senhas.

  1. Utilizar páginas de compras conhecidas e recomendadas

Acessar sites desconhecidos, pode causar prejuízos, mesmo que pareçam vantajosos em relação a um produto e o custo associado.

Antes de fazer uma compra, verifique se os sites utilizados permitem a validação de identidade. Exemplos de arquitetura de segurança são a verificação em duas etapas disponíveis pelas contas do Google e do Facebook/Instagram, envio de SMS ou aplicativos de autenticação;

  1. Preferir a utilização de cartões virtuais

Em um procedimento de compras, opte por utilizar os cartões virtuais disponibilizados pelo aplicativo do banco que diminuem as possibilidades de ações criminosas.

Ou seja, em um ambiente de e-commerce, há o envolvimento de atores que podem comprometer a credibilidade das interações comerciais. Por isso, é primordial utilizar as possibilidades da arquitetura de segurança para compor cenários éticos e positivos entre clientes e empresas.

A adoção das recomendações indicadas aos usuários de e-commerce, contendo as melhores práticas de segurança de dados, podem apoiar os consumidores nas compras em ambiente online, que necessitam de uma maior atenção quanto aos procedimentos de segurança.

Nossa última dica é: enviar aos seus clientes essas recomendações momentos antes de eles efetuarem uma compra. Isso mostra atenção, preocupação e um alto nível de responsabilidade da empresa com seu público.

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