O que é FinOps e como esse conceito pode auxiliar a gestão financeira de uma empresa?

Será o FinOps uma oportunidade de redução de custos e otimização de recursos para empresas? Descubra lendo este artigo!

Empresas modernas buscam focar a sua concentração na melhora da eficiência e o FinOps pode ajudar com isso dentro do financeiro. Como? É só continuar lendo que irá descobrir!

Quebrar os silos tradicionais que desperdiçam tempo e dinheiro é o objetivo e, por meio da busca pela eficiência, práticas são influenciadas, operações são agilizadas e métricas são utilizadas para medir desempenho. Além disso, é possível enxergar uma influência mais difundida da importância das operações, ou Ops, que reconhecem processos, práticas e ferramentas envolvidas na administração de um negócio.

Porém, com o passar dos anos, houve um aumento considerável de novas iniciativas que têm, por vezes, massificado o termo Ops em outras áreas, como tecnologia e negócios. Um exemplo são o DevOps e o FinOps — você, muito provavelmente, já viu um desses dois termos sendo abordados por aí.

Hoje, o nosso foco será compreender o que é o FinOps e como ele pode ajudar a gestão financeira de um negócio. Ansioso para aprender? Vamos lá!

O que é FinOps

Em suma, o FinOps é um modelo operacional para a nuvem que funciona como a união de sistemas e práticas que auxiliam e facilitam o entendimento dos custos dos serviços em nuvem.

Além disso, na prática, profissionais de negócios, tecnologia e, obviamente, finanças, se reúnem com novos processos para auxiliar empresas a obter o valor máximo comercial possível.

“FinOps é uma disciplina e prática cultural de gerenciamento financeiro em nuvem em evolução que permite que as organizações obtenham o máximo valor comercial ajudando as equipes de engenharia, finanças, tecnologia e negócios a colaborarem nas decisões de gastos orientadas por dados.”

(Definição da FinOps Foundation Technical Advisory Council).

Como surgiu o FinOps?

Em 2006, serviços em nuvem onde você paga apenas o valor utilizado se tornaram mais complexos de terem os custos calculados, especialmente aqueles que envolvem sistemas, servidores e serviços que usam Cloud Computing.

Além disso, para solucionar essa demanda, portanto, foi criado um modelo de operação na nuvem, no qual o usuário paga apenas o que consome, utilizando-se de um modelo com as melhores práticas de gestão de gastos variáveis: o FinOps.

FinOps vs DevOps: qual a diferença?

Algumas pessoas acreditem que o FinOps e o DevOps são muito parecidos. E realmente são. Em suma, eles compartilham os seguintes atributos favoráveis a um negócio:

  • Contenção e gestão de custos;
  • Melhoria da qualidade e do desempenho;
  • Redução de problemas ou solução simplificada de problemas;
  • Abordagem iterativa durante todo o ciclo de vida;
  • Alta colaboração;

Você provavelmente pode estar se perguntando, “ok, entendi que eles são realmente parecidos, mas qual a diferença?”

FinOps para redução de custos na operação da nuvem
FinOps e DevOps acabam sendo complementares.

Bom, os dois conceitos abordam a implantação de software para o negócio, a divergência é:

  • DevOps: faz referência ao processo de desenvolvimento de software e operações de TI envolvidas na produção e no campo de um produto de software;
  • FinOps: foca no custo e eficiência de desempenho da nuvem em toda empresa, colocando, assim, um produto de software efetivamente em campo.

Ou seja, podemos afirmar que, caso estejamos trabalhando no lado operacional de um projeto DevOps que é destinado à nuvem, a responsabilidade pode ser de uma equipe FinOps.

Quais os objetivos do FinOps?

O FinOps busca, em suma, três objetivos principais. São eles:

Informar

Considerada a primeira etapa, a fase de Informar e é essencial para capacitar empresas e equipes em temas como alocação, benchmarking, orçamento e previsão, por exemplo.

É importante ressaltar que, como as nuvens são super elásticas em termos de uso e preços, a gestão de TI precisa ter uma rigorosa visibilidade para que as decisões tomadas sejam assertivas.

Otimizar

Depois da capacitação, é hora da otimização da presença na nuvem. Ou seja, as equipes poderão otimizar o ambiente dimensionando a plataforma e desativando recursos que sejam desnecessários.

Operar

É a hora de realizar a migração para cloud computing. Essa etapa só será bem sucedida caso a empresa obtenha êxito na construção de cultura ampla de FinOps. Além disso, essa cultura, por sua vez, precisa incluir centro de custos em nuvem, envolver equipes comerciais, financeiras e operacionais que também tenham uma governança apropriada.

Princípios do FinOps

As estrelas do norte que orientam as atividades do FinOps são conhecidas, em suma, como Princípios do FinOps.

Desenvolvidos por membros da Fundação FinOps, os princípios são aperfeiçoados pela experiência, ou seja, podem ser melhorados com o tempo e com novos conhecimentos adquiridos pela equipe.

Vamos conhecê-los?

1. Todos devem colaborar

Os seus focos são:

  • As finanças se movem na velocidade e minuciosidade da TI;
  • A engenharia passa a considerar o custo como uma nova métrica de eficiência;
  • Melhorar continuamente a sua prática para ganhar eficiência e inovação tecnológica;
  • Definir governança e controles para uso da nuvem.

2. Todos são responsáveis por seu consumo na nuvem

Já no segundo princípio, as ações são:

  • Equipes de produtos e recursos são responsáveis por gerenciar o seu próprio uso da nuvem contra o seu orçamento;
  • Buscar ganhar visibilidade dos gastos em nuvens em todos os níveis;
  • Rastrear alvos em nível de equipe para conduzir a responsabilidade.

3. Time centralizado gerencia o FinOps

No terceiro princípio, observa-se, em suma:

  • Governar e controlar centralmente descontos de uso comprometido, instâncias reservadas e descontos por volume/cliente com provedores de nuvens;
  • O processo centralizado de compra com desconto é responsável por remover as negociações de tarifas das considerações da equipe de engenharia;
  • Alocação granular de todos os custos, diretos ou compartilhados, para as equipes e centros de custo responsáveis por eles.

4. Relatórios do FinOps devem ser acessíveis e atualizados

Já no quarto, portanto:

  • Os loops de feedback rápidos resultam em um comportamento mais eficiente;
  • A visibilidade ajuda a determinar se os recursos são sub ou sobre provisionados;
  • A automação de recursos impulsiona a melhoria contínua.

5. Decisões devem ser tomadas pelo valor agregado da cloud

No penúltimo princípio, encontramos:

  • A análise de tendências e variações ajuda a entender por que os custos aumentaram;
  • O benchmarking interno da equipe impulsiona as melhores práticas e celebra as vitórias;
  • A avaliação comparativa (benchmarking) a nível do setor determina como a sua empresa está se saindo.

6. Custo variável da cloud deve ser aproveitado

Logo, no sexto princípio:

  • Tire proveito do modelo de custo variável da nuvem;
  • As instâncias de direitos e serviços ajudam a conduzir níveis de recursos apropriados;
  • A comparação de preços entre serviços e tipos de recursos conduz a melhores decisões.

Por que utilizar FinOps na sua empresa?

O FinOps não é apenas uma das metodologias ágeis focadas em economizar e reduzir custos, ela também é uma cultura. Cultura esta que pode impulsionar o seu negócio ao crescimento!

Ou seja, como a transparência das atividades é bem maior, as tomadas de decisões feitas são mais fáceis e assertivas. Portanto, reduz erros e custos, sendo ótimo para empresas.

Benefícios do FinOps

Alguns benefícios do FinOps são:

  • Redução de custos;
  • Economizar recursos;
  • Impulsiona o crescimento;
  • Agrega valor aos produtos;
  • Dá mais visibilidade para oportunidades;
  • Eleva transparência;
  • Impulsiona a colaboração.

Como implementar o FinOps  na sua empresa?

A introdução do FinOps pode ser, em suma, um ponto crucial para que um ambiente de cloud que gere lucro seja construído. Alguns passos para implementação são:

  • Pesquisa: procure quais executivos irão apoiar a transição e foque em compreender as dores de cada setor, custos da cloud em uso, falhas de previsibilidade dos custos e brechas em relatórios, por exemplo;
  • Crie um plano: identifique qual setor será responsável pelo FinOps (Financeiro ou TI), identifique as ferramentas que você precisará utilizar, e identifique e crie KPIs;
  • Proveja quais serão os recursos iniciais: prepare todos os recursos financeiros que serão necessários e obtenha as aprovações necessárias para começar as mudanças;
  • Socialização: comunique todos os setores que serão afetados e transmita os valores centrais para a mudança, como será o futuro da organização e compartilhe o roadmap;
  • Preparação: inicie o projeto, configure e teste para ter certeza que tudo sairá de acordo;
  • A iniciação: com tudo preparado na etapa anterior, com testes e alertas ajustados, coloque o FinOps para rodar em larga escala;

É isso!

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