Zero Trust: saiba o que é e como atua o modelo de segurança

A arquitetura Zero Trust é baseada no princípio de que nada pode ser confiável. Entenda mais sobre como funciona

Que tal manter os dados de uma empresa ou de uso pessoal confidenciais e seguros? O Zero Trust funciona como uma metodologia para protegê-los.

A iniciativa é muito importante, pois com o uso da internet há riscos de comprometimento e roubo de informações, assim como potenciais roubos de dados por hacker, fraudes cibernéticas, e outras situações perigosas, sendo essencial se precaver dessas situações.

Entenda sobre o assunto ao longo do conteúdo. Aqui você vai aprender o que é Zero Trust, onde e como surgiu, além do funcionamento da arquitetura. Boa leitura!

O que é Zero Trust

O Zero Trust Network Acess (ZTNA) é uma abordagem de segurança de Tecnologia da Informação, sendo um complexo de tecnologias e utilitários que tornam o acesso seguro aos aplicativos internos de uma empresa para usuários remotos, por exemplo.

O ZTNA também pode ser chamado de modelo de segurança de confiança zero (zero trust security model, em inglês), arquitetura de confiança zero, arquitetura de rede de confiança zero, acesso à rede de confiança zero ou segurança sem perímetro.

Tecnicamente, ele permite que um acesso não fique conectado em toda a rede, mas somente para alguns aplicativos. Essa técnica limita ações de um ataque malware.

Em síntese, a metodologia é geralmente considerada por organizações que desejam um alto nível de garantia ao proteger dados confidenciais e responder a ameaças cibernéticas modernas.

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Nada é confiável?

Saiba que a arquitetura de confiança zero é baseada no princípio de que nada pode ser confiável. Sob essa filosofia, nenhum dispositivo, usuário ou aplicativo que tente interagir com sua arquitetura pode ser considerado seguro. 

Muito pelo contrário, na verdade, sua posição inicial é ver tudo como uma ameaça potencial que exige verificação.

Princípio: “nunca confie, sempre verifique”.

(Fonte: Getty Images)

Onde surgiu o modelo Zero Trust?

A segurança sem perímetro nasceu recentemente, em 2010, por John Kindervarg. Naquela época o profissional era analista e pesquisador da Forrester Research.

A inovação ganhou o brilho de outras empresas para adotar o modelo, como Google e Cisco.

Como a arquitetura do Zero Trust funciona?

A tecnologia permite o acesso após o usuário validar a autenticação multifatorial, sendo que a verificação é feita sempre que você tentar acessar uma rede. O conceito de darknet é aplicado, ou seja, os usuários tentantes não terão acesso a quaisquer serviços ou aplicativo de permissão para entrada.

A confiança zero possibilita que as organizações regulem o acesso aos sistemas, redes e dados sem renunciar ao controle. Você sabia disso?

Para fortalecer a autenticação, a confiança zero também usa várias camadas de controle de entrada avançado para acesso aos dispositivos de rede e servidores que suportam tais recursos. Essa abordagem também permite rastrear as atividades do usuário, criar relatórios sobre essas tarefas e aplicar políticas para garantir a conformidade institucional.

Entenda mais sobre a autenticação multifatorial

A autenticação multifatorial (MFA) é uma medida de segurança que requer duas ou mais provas de identidade para conceder acesso.

Ela normalmente requer uma combinação de algo que o você sabe (pin, pergunta secreta e outros), algo que você possui (cartão, token) ou algo que você é (impressão digital ou outra biometria).

As empresas, bem como os indivíduos, devem implementar a MFA sempre que possível. Algumas opções de MFA incluem, mas não estão limitadas a:

  • Token físico;
  • Biometria fácil;
  • Impressão digital;
  • Aplicativo de autenticação;
  • E-mail;
  • SMS;
  • Ligação e outros.

A MFA oferece segurança e proteção significativamente mais poderosas contra criminosos.

Eles podem conseguir roubar uma prova de identidade, como seu PIN, mas ainda precisam obter e usar as outras provas de identidade para acessar sua conta conforme registrado previamente.

Principais componentes do Zero Trust

Outros termos relacionados a componentes que também poderão ser usados são princípios, fundamentos, pilares e outros.

Conheça abaixo os sete princípios de confiança zero conforme formalizado pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia:

1. Todas as fontes de dados e serviços computacionais são considerados recursos;

2. Todas as comunicações têm proteções, independentemente da localização da rede;

3. O acesso aos recursos empresariais individuais é dado por sessão;

4. O acesso aos recursos é indicado pela política dinâmica (além do estado observável da identidade do cliente, aplicativo/serviço e o solicitante) podendo inserir outros atributos comportamentais e do ambiente;

5. O negócio realiza o monitoramento e faz a mensuração da integridade e postura de segurança de todos;

6. Todos os recursos de autenticação e autorização são variáveis e estritamente aplicados antes que o acesso seja permitido;

7. A empresa coleta o maior número possível de informações sobre o estado atual dos ativos, infraestrutura de rede e comunicações, ao passo que as utiliza para melhoria da postura de segurança.

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Benefícios do Zero Trust

Há uma série de vantagens ao usar a metodologia de segurança Zero Trust. Conheça cada uma abaixo:

  • Melhora a experiência do usuário;
  • Torna os aplicativos invisíveis;
  • Micro segmentação das redes;
  • Protege o acesso aos aplicativos.

Melhora a experiência do usuário

A arquitetura Zero Trust possibilita que seja feito por você e qualquer outra pessoa da rede empresarial um acesso seguro, rápido, direto à nuvem e ainda sem interrupções. Isso é importante principalmente para colaboradores em home office com frequência em uso de aplicativos SaaS da corporação.

Torna os aplicativos invisíveis

Ele gera uma darknet virtual e com isso, barra que os aplicativos sejam descobertos na internet pública. Isso é essencial, pois evita que as empresas sofram de ataques de malware e de ataques de negação de serviço distribuído.

Micro segmentação das redes

Micro o quê? O ZTNA permite ainda que as empresas façam a criação de perímetros predeterminados por software e segmentem a rede corporativa em vários micros segmentos. Nesse sentido, impossibilitando o movimento de ameaça e diminuindo a superfície de ataques em casos de violação.

Protege o acesso a aplicativos legados

Ainda a abordagem faz a extensão das vantagens aos aplicativos legados que ficam hospedados em data centers privados, assim facilitando a conexão segura com o mesmo nível de benefícios de segurança que os aplicativos web.

O desenvolvimento de uma arquitetura de confiança zero

Como criar uma rede Zero Trust? Você deve seguir alguns passos. Com a metodologia você terá:

Visibilidade e contexto para todo o tráfego — entre usuário, dispositivo, local e aplicativo — usando confiança zero em conjunto com recursos de zoneamento para visibilidade do tráfego interno.

Também terá visibilidade e contexto de tráfego. Em outras palavras, o tráfego precisa ser executado por meio de um firewall de próxima geração que tenha recursos de descriptografia. A proteção de firewall de última geração atua como o ‘controle de fronteira’ dentro de sua organização e permite a micro segmentação de perímetros.

Conseguirá monitorar e verificar o tráfego à medida que ele cruza as diferentes funções dentro da rede.

Importante adicionar a autenticação multifatorial (MFA) ou outros métodos de verificação, como verificação biométrica, que aumentam a capacidade de verificar usuários.

Faça a implementação de uma abordagem de confiança zero. Isso ajuda a identificar processos de negócios, fluxos de dados, usuários, dados e riscos associados. Também ajuda na definição de regras de política que podem ser atualizadas automaticamente com base nos riscos associados, durante cada interação.

Por que usar o modelo Zero Trust

Entenda abaixo mais motivos para você usar a ferramenta:

  • Equilíbrio entre segurança e usabilidade;
  • Dificulta que invasores tenham acesso à rede;
  • Usuários estarão seguros ao usar aplicativos locais ou na nuvem;
  • Atende as necessidades de uma organização em relação à segurança interna;
  • Melhor gerenciamento das possíveis ameaças;
  • Por fim, ajuda a equipe de Tecnologia da Informação da corporação a entender melhor sobre a proteção da rede.

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