Educação financeira para jovens: qual a sua importância e como desenvolver?

Engana-se quem pensa que educação financeira para jovens não é importante.

Na verdade, é justamente o contrário! Ter uma boa base sobre o assunto durante a infância e juventude pode contribuir — e muito — para formar adultos conscientes de suas finanças e bem preparados para se relacionar com o dinheiro.

Muitos de nós crescemos com a ideia de que lidar com dinheiro deve ser uma preocupação somente dos adultos, como nossos pais, avós, tios e etc. Mas, não precisa ser assim. Ou, melhor, não deveria ser assim!

Que tal desmistificar essa crença equivocada de uma vez por todas?

Neste post, além de esclarecer qual a importância da educação financeira para os jovens, também apresentamos dicas de finanças e de economia essenciais para quem está iniciando sua jornada neste mundo cheio de desafios. Vamos começar?

Qual a importância da educação financeira para os jovens?

Se você teve uma infância similar a da maioria dos brasileiros, deve ter crescido com a ideia equivocada de que: só adultos precisam saber lidar com dinheiro.

Relaxa, pois, assim como você, há muitas outras pessoas neste mesmo barco.

Quando mais novos, muitos de nós assistimos aos nossos pais pagando contas, fazendo compras, sacando e depositando dinheiro, etc.

Automaticamente, desenvolvemos a ideia de que dinheiro faz parte apenas do universo dos adultos, e este pensamento nos ocorre devido a uma série de motivos, tais como:

  • nos dizem que dinheiro é “coisa de adulto”;
  • falam que para saber mexer com dinheiro, é preciso receber um salário e pagar contas;
  • passam a ideia de que lidar com dinheiro é algo chato, que provoca reações ruins;
  • comentam que dinheiro só é legal para quem é rico e tem muito;
  • nos fazem crer que crianças devem apenas se preocupar em brincar, e não em mexer com dinheiro.

Vai dizer que você nunca passou por uma dessas situações ou outras parecidas? 

Pois é… O problema é que, com pensamentos assim, não só deixamos de amadurecer nossa relação com o dinheiro enquanto nos desenvolvemos, como crescemos com ideias totalmente equivocadas a respeito das finanças pessoais.

Por que aprender educação financeira ainda jovem?

Já está mais do que comprovado que a infância, ou até os primeiros anos de vida, representam o período de maior abertura para se aprender assuntos novos. Ou seja, quanto mais tarde deixamos para aprender algo, mais difícil e demorado este processo.

Isso significa que, ter contato com a educação financeira ainda jovens, facilita nosso aprendizado, permitindo um desenvolvimento mais eficiente e saudável da forma como nos relacionamos com o dinheiro.

O ideal é que os jovens aprendam sobre gestão de dinheiro antes mesmo de ingressar no mercado de trabalho. Dessa forma, já estarão mais familiarizados com o assunto e saberão como agir ao receber seu primeiro salário. Concorda?

Até mesmo porque, quanto maior for o seu conhecimento acerca do assunto, menores tendem a ser suas dificuldades neste âmbito durante a vida adulta. 

De uma coisa você pode ter certeza: com conhecimento e planejamento, o caminho para a independência financeira certamente será muito mais tranquilo e rápido.

7 dicas de finanças e economia para jovens

Primeiramente, deixamos claro que todas as dicas de finanças mencionadas aqui servem tanto para o próprio jovem que está à procura de aprendizado, quanto para os pais, que querem ajudar os filhos na busca por autoconhecimento financeiro.

1. Invista em educação financeira

O primeiro passo ao pensar em educação financeira para jovens é: a própria família tem de buscar se educar financeiramente.

Afinal, como passar um conhecimento adiante se você mesmo, pessoa mais velha, não se dedicou a aprender o suficiente sobre o assunto?

Além disso, investir em educação financeira te ajudará a desenvolver um grande repertório de habilidades úteis para superar todo tipo de dificuldade financeira, tais como:

  • autocontrole;
  • organização e planejamento;
  • tipos de relação com o dinheiro.

Basicamente, podemos resumir todas essas habilidades em um único conceito amplo e extremamente importante nesta jornada: o autoconhecimento financeiro.

É importante entender que a educação financeira é muito mais do que saber a parte “técnica” das finanças.

Por isso, é preciso entender e saber os comportamentos envolvidos quando diante dos mais variados cenários que o dinheiro pode proporcionar, para, no fim, conseguirmos adotar uma postura mais equilibrada e coerente com cada situação.

2. Pense na mesada como instrumento de educação

A mesada já é um instrumento de educação financeira utilizada dentro de casa por muitos pais para com seus filhos.

Com isso, a criança vai adquirindo uma noção básica sobre o que é o dinheiro e de que tal objeto não é um recurso infinito.

Também contribui para que a pessoa cometa seus primeiros erros financeiros desde bem nova, permitindo que aprenda com os mesmos. Aliás, é até melhor que esses primeiros erros aconteçam logo cedo, em menor proporção e sem de fato nos causar grandes dívidas, não é mesmo?

Como sabemos, as instituições e demais pessoas podem não ser tão flexíveis quando possuímos algum tipo de dívida para com elas. Porém, quando isso acontece numa fase mais nova de nossas vidas — e diante da própria família —, a tendência é de que haja uma tolerância maior neste sentido.

Isso porque, em tese, as pessoas próximas a nós estão mais focadas e preocupadas com o nosso processo de aprendizagem, e não com seu ganho financeiro.

3. Jamais subestime a importância do cofrinho

Pode parecer bem básico e simples — e é mesmo — mas, o tradicional cofrinho é uma ótima ferramenta para educar os jovens financeiramente, justamente por ser uma forma mais lúdica, divertida e descontraída de lidar com o dinheiro.

Afinal, este não precisa ser um tema tão pesado para pessoas jovens, concorda?

Então, se você quer ensinar a seus filhos a importância do dinheiro desde cedo, não descarte o bom e velho cofrinho como instrumento de ensino.

Você pode começar, por exemplo, perguntando qual brinquedo ou produto a criança mais deseja comprar no momento. A partir daí, pode contar a ela que utilizará o cofrinho para guardar dinheiro e, mais tarde, comprar o que ela quer. Bacana, né?

Ainda é possível ir além, utilizando este artifício para reforçar o bom comportamento por parte da criança. 

Como?

Você pode dizer a ela que só entrará dinheiro no cofrinho nos dias em que ela não for mal-educada. É uma forma de ensinar que podemos ser recompensados quando somos melhores com nós mesmos e com as outras pessoas.

E tudo isso ainda dentro de um ambiente controlado.

4. Explique/conheça a diferença entre desejo e necessidade

Mais uma ótima dica financeira para jovens aprenderem a controlar seus gastos e ganhos é entender a diferença entre desejo e necessidade.

Basicamente, estamos falando em aprender a definir prioridades. Ou seja, primeiro você deve pensar naquilo que realmente precisa e que é necessário no seu dia a dia, só depois, caso sobrar algum dinheiro, pode gastar com coisas supérfluas.

Por exemplo, você quer muito comprar um anel, mas está precisando de roupas novas, pois as que têm já estão velhas e desgastadas.

Qual você acha que deveria ser a prioridade de compra aqui? As roupas, óbvio.

Aliás, isso não quer dizer que nunca possa comprar o anel que tanto deseja. Apenas, que essa aquisição pode ficar para depois, conforme um planejamento financeiro mais bem estruturado.

Se sempre nos deixarmos levar pelo desejo, o descontrole financeiro se torna mais provável. Depois pode ser complicado se reorganizar financeiramente. Por isso é tão importante compreender a diferença entre desejo e necessidade.

5. Converse sobre dinheiro

A quinta dica financeira para jovens é muito simples: converse sobre dinheiro.

É claro que você não precisa falar quanto você ganha ou coisas do tipo, mas, não há porque ter medo de falar sobre o assunto. Então, seja com a família ou entre colegas e amigos, é muito importante bater um papo sobre essa questão.

Alguns podem achar que isso não leva a nada. Mas, pelo contrário: leva a algum lugar, sim!

Como muita gente ainda tem um pensamento negativo e equivocado sobre finanças, conversar, principalmente de forma construtiva e positiva, é um ótimo caminho para todos evoluírem no tema.

Discuta sobre a sua relação com o dinheiro, como as crenças limitantes prejudicam essa jornada, por que o assunto é tabu, como melhorar tudo isso. Enfim, o que não falta é assunto para debater e olhar por ângulos diferentes.

Com o tempo, você vai perceber que essas conversas ajudam muito a solucionar situações financeiras mais complicadas.

Aliás, o papo não deve acontecer apenas com colegas, amigos e familiares, mas também com especialistas da área, obviamente. Afinal, a opinião de quem entende do assunto pode acrescentar ainda mais aos contextos pelos quais passa.

6. Alinhe-se com a escola

Por falar em conversas sobre dinheiro com jovens, outro alinhamento importante a ser feito nesse sentido é com a escola.

Tendo em vista a importância da educação financeira na escola, caso o local em que você ou seu filho estuda não aborda a relação com as finanças, proponha-se a conversar com os representantes, sejam diretores, coordenadores ou professores. 

Mesmo que a instituição de ensino não consiga colocar, realmente, uma disciplina sobre o assunto, já que depende de uma série de fatores para isso, verifique se é possível inserir uma atividade ou outra que agregue algum conhecimento financeiro.

Atividades como desafios para arrecadar dinheiro e montar um projeto entre os colegas já podem ser o suficiente para fazer diferença na criança ou jovem.

Além disso, é importante para a pessoa mais nova ver que o que acontece em casa, também reflete na escola, e vice-versa.

7. Cuidado com a internet

Sempre é preciso olhar para a questão do consumo, ainda mais com as facilidades proporcionadas pela internet hoje em dia.

Antigamente, era preciso sair de casa para gastar com produtos e serviços. Logo, ficando em casa, já estávamos economizando dinheiro.

Hoje é diferente: basta ter acesso a um computador ou smartphone que já é possível gastar uma quantidade enorme de dinheiro. Tudo isso por conta de uma das principais funcionalidades da internet atualmente: as compras online!

A internet passa a ideia de que gastar dinheiro é mais prático e fácil. Quando você se dá conta, já estourou o limite do cartão de crédito. Por isso, cuidado!

É por isso que, ao invés de sair comprando tudo o que veem pela frente, os jovens devem utilizar a internet como uma ferramenta de pesquisa, que pode ajudar a conseguir belos descontos. 

Mas, vale o alerta, sempre levando em conta a dica de número 4, diferenciando o desejo da necessidade para estabelecer prioridades reais.

Como contribuir com a educação financeira dos jovens?

Seguindo essas dicas de economia e finanças, os jovens estarão melhor preparados para dar seus primeiros passos com confiança e responsabilidade.

Porém a jornada rumo à educação financeira não acaba aí. Pelo contrário, ela está apenas começando e ainda há muito o que aprender. Mas, não se preocupe, pois a gente está aqui para oferecer o apoio necessário nesta caminhada. 

Conheça o curso: Educação Financeira para Jovens. Focado em quem está iniciando no mercado de trabalho e, por isso, está lidando com o dinheiro pela primeira vez, pensando no que fazer com ele e como atingir suas próprias metas, como morar sozinho, fazer um intercâmbio, comprar um carro, etc.

A ideia é desmistificar o universo financeiro, deixando claro, por exemplo, que não se trata apenas de matemática.

Além disso, ao participar dessas aulas, você terá uma ideia do que fazer com o primeiro salário e como atingir a independência financeira no tempo que deseja.

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