Inflação e os efeitos sobre suas finanças pessoais

A vida econômica de qualquer pessoa pode e é impactada pela inflação.

Quantas vezes você já não ouviu essa preocupação, principalmente, quando essa taxa está mais alta do que o de costume?

Pensando nisso, resolvemos desvendar esse tema para você e como ele afeta as suas finanças pessoais.

 

O que é inflação

Como de costume, comecemos pela definição – no caso, do que é inflação.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), inflação é o nome dado ao aumento dos preços de produtos e serviços – calculada pelos índices de preços, comumente chamados de índices de inflação.

Aliás, o IBGE produz dois dos mais importantes índices de preços:

  • IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado o oficial pelo governo federal; e
  • INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

 

Como funciona

O índice da inflação mede como os preços, de maneira geral, estão variando na economia.

Tal variação é representada em porcentagem e se remete à média dos preços em determinado período.

Aliás, esses preços não escalam de maneira idêntica na economia:

  • Alguns produtos ficam mais caros;
  • Outros continuam custando em torno do mesmo valor;
  • Por último, tem até os que ficam mais baratos.

Exemplo?

Se você vai ao supermercado, compra feijão por R$ 5,00 em um dia, dias depois, volta e a mesma marca de feijão está por R$ 8,00, isso acontece por causa da inflação.

Agora, por que ou como a inflação acontece?

Geralmente, a inflação pode acontecer por três motivos:

  1. Emissão muito grande de dinheiro por parte do governo;
  2. Demanda por produtos que não têm grande capacidade de produção para acompanhar o crescimento;
  3. Aumento nos custos de produção.

Por outro lado, a estabilidade nos preços dos produtos (sem aumento ou queda) só acontece quando a inflação está registrada em zero.

 

Como a inflação influencia nas suas finanças pessoais

Na inflação, o preço da maioria dos produtos fica mais caro, enquanto o salário e orçamento disponível para gastar permanecem o mesmo.

Dessa forma, na prática, essa situação faz com que gastemos mais dinheiro para comprar um mesmo alimento, por exemplo, que foi comprado no ano passado.

Nesse caso, quais alternativas costumam nos restar?

Gastar mais para comprar a mesma quantidade de produtos ou diminuir a quantidade e gastar o mesmo de antes, certo?

Nessas situações, o que acaba acontecendo, então, é a diminuição dos produtos e a troca por opções mais em conta ou, ainda, a criação de alternativas caseiras.

Isso quer dizer que o consumidor, muitas vezes, tem em mãos a possibilidade de minimizar os impactos da inflação.

Além das possibilidades de ajustes nos alimentos e produtos, também é possível reduzir gastos com lazer, poupar combustível e por aí vai.

Mas esses reajustes não se limitam às despesas do a dia, quando se trata de salários também acontece algo parecido.

Isso porque muitos sindicatos costumam lutar por reajustes salariais que fiquem acima da inflação, pensando em um ganho real aos trabalhadores que representam.

Porém, para se ter ideia, até os aluguéis, geralmente, são reajustados periodicamente por índices inflacionários – o que aumenta as despesas.

 

Inflação nos investimentos

A influência da inflação chega também até os investimentos.

Dessa forma, se você tem algum dinheiro investido ou vai investir, não se esqueça que a inflação pode mudar bastante o que você espera de retorno.

Os juros compostos fazem com que qualquer variação percentual nos rendimentos tenha um impacto enorme no futuro, no entanto, a inflação altera o ganho real.

Exemplo…

Se você tem um investimento que rende 5% ao ano, tenha em mente que o ‘ganho real’ não vai exatamente ser esse.

À medida que o dinheiro aplicado rende, a inflação faz com que os preços dos produtos e serviços também aumentem.

O que isso quer dizer?

Que se a inflação neste mesmo período for de 4%, o seu ganho real foi de apenas 1%.

É importante ficar atento, pois o aumento de juros faz com que produtos financeiros antes interessantes se tornem um mau negócio.

A poupança que já foi uma boa opção, atualmente tem rendimentos bem abaixo de outras opções de renda fixa no mercado.

Por isso, sempre que possível reveja os seus investimentos.

 

Como se proteger

Deu para entender que a inflação prejudica o poder de compra do consumidor, certo?

Aliás, guardar dinheiro na forma de cédula ou em conta corrente é bem custoso em ambientes de inflação alta.

Isso porque o poder de compra desses recursos vai caindo ainda mais ao longo do tempo.

Assim, outras aplicações financeiras que pagam juros podem ser uma alternativa para proteção contra a inflação.

A taxa de juros de títulos públicos, por exemplo, tende a subir junto à inflação, já que investidores buscam retornos mais altos para compensar a perda de poder de compra ao longo do tempo.

Porém, se a taxa de juros é fixada no momento do investimento e acontece uma inflação maior à esperada, o investidor perde.

Por outro lado, quem investe ganha se a inflação ficar abaixo do esperado.

Sendo assim, o melhor é investir em títulos que pagam juros que se ajustam junto à taxa de inflação do período.

O governo brasileiro, por sua vez, vende um título chamado ‘Tesouro IPCA+’, e esse papel possui um componente que varia junto à inflação.

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