“Cada escolha, uma renúncia, isso é a vida”: já ouviu essa música? Aliás, a mesma lógica se aplica às escolhas feitas nas aplicações financeiras. Com isso em mente, explicaremos o que é o custo de oportunidade para tomar decisões mais assertivas.
Afinal, como saber qual é o melhor ativo para colocar na sua carteira ou se é o momento de encerrar uma posição? Hoje, você conhecerá o princípio do custo de oportunidade e sua relação com o universo dos investimentos.
E, se você está se perguntando por que isso é relevante, saiba que tomamos 35.000 decisões por dia. Nesse sentido, o estudo publicado no Wall Street Journal reflete sobre a avalanche de opções que somos confrontados, o que causa a “fadiga” da decisão.
De fato, algumas pessoas têm mais dificuldade para decidir do que outras. Mas será que isso tudo seria atenuado ao descobrir o que é o custo de oportunidade nos investimentos? Continue conosco para descobrir!
O que é o custo de oportunidade? Importância do conceito
Antes de explicar o que é o custo de oportunidade, vale a pena ponderar sobre ansiedade e fobia financeira. Segundo a pesquisa do Instituto Locomotiva, 39% dos brasileiros adiam decisões pelo medo de encarar o próprio orçamento.
E, trazendo a situação para o mundo dos investimentos, como afastar esse receio de lidar com as finanças? Será que esse medo seria dissipado ao obter dados concretos? Nessa linha, falaremos do princípio do custo de oportunidade para facilitar a tomada de decisão.
O que é o custo de oportunidade nos investimentos?
Nas aplicações, o custo de oportunidade é o valor que se renuncia ao optar por um ativo em detrimento de outro. Ou seja, é uma forma de calcular o quanto seus recursos poderiam render se fossem destinados para outra aplicação.
Por exemplo, imagine que você opta pelo quesito segurança nas operações, algo que é típico da renda fixa. Nesse caso, será preciso abrir mão do potencial de alta lucratividade, que é característico da renda variável, certo?
Em linhas gerais, trata-se de uma relação entre escolha e escassez, já que os recursos são limitados. Ou seja, o custo de oportunidade mostra o lucro ou o benefício que se abre mão a fim de conquistar algum objetivo prioritário.
Por falar em objetivo, dê o play nesse vídeo da Xpeed School para saber como colocar o dinheiro no lugar certo:
5 vantagens de compreender o que é o custo de oportunidade
Essas são as principais vantagens de calcular o custo de oportunidade antes de fazer uma aplicação financeira:
- selecionar ativos conforme o seu perfil de investidor;
- montar uma carteira que seja diversificada e eficiente;
- gerenciar os riscos das diferentes classes de ativos;
- facilidade para cumprir seu planejamento financeiro;
- alinhar as decisões com a estratégia de investimento.
4 tipos de custo de oportunidade
De modo geral, os tipos de custos de oportunidade se dividem nos seguintes itens:
- oculto ou escondido: é algo que não pode ser mensurado com precisão, pois algumas taxas estão embutidas. Por exemplo, a taxa de performance pode ser cobrada nos fundos de investimento, dependendo do retorno mensal;
- aberto: em contraponto ao anterior, o valor do custo não fica embutido dentro de uma operação. Assim, o investidor conhecerá todos os itens para comparar o custo-benefício, de maneira objetiva;
- ambiental: aqui, é vital considerar os critérios ESG (Environmental, Social and Governance). Como exemplo, considera-se investir em empresas que geram energia limpa, em vez de comprar os ativos das que poluem o meio ambiente;
- real: o custo contábil diz respeito ao lucro “sacrificado” ao direcionar o dinheiro para uma aplicação e não a outra. Aliás, essa é uma forma de quantificar se uma aplicação renderia x% ao mês, enquanto a outra traria y% no período.
Como calcular o custo de oportunidade?
De modo similar ao custo-benefício, o cálculo do custo de oportunidade leva em conta a perspectiva de retorno. Em uma aplicação, pode-se considerar a rentabilidade que seria obtida com o investimento que não foi feito em relação ao valor que ele está rendendo.
Benefício que seria obtido com a opção A x Retorno trazido pela escolha da opção B
Para isso, é importante considerar os indicadores econômicos, a exemplo do CDI e da taxa Selic. Ambos os índices são referências para o mercado financeiro e nos ajudam a descobrir se o investimento é superior ao custo de oportunidade que está sendo avaliado.
>>> Veja como usar os índices CDI e Selic para ampliar a rentabilidade dos investimentos
2 exemplos para entender o que é o custo de oportunidade
Nada melhor do que conferir os exemplos de custo de oportunidade para facilitar o entendimento, não é mesmo? Por sinal, lembre-se de que isso está relacionado a um benefício que deixou de ser obtido, seja qual for o motivo.
No caso, tomaremos como base os títulos de renda fixa, pois sua rentabilidade é conhecida no ato da aplicação, ok? Em ambas as simulações, os dados são relativos ao dia 27 de dezembro de 2021.
1. CDB x Poupança
Digamos que alguém queira manter o dinheiro na Poupança, ao invés de aplicar no CDB. Na simulação abaixo, feita na XP Investimentos, veja o retorno da aplicação de R$ 5.000 no período de cinco anos, em que a pessoa deixaria de ganhar R$ 919.
2. Tesouro Direto x Poupança
Seguindo a lógica do comparativo anterior, verificamos a diferença entre o Tesouro Direto e a Poupança. No site do programa governamental, também simulamos a aplicação de R$ 5.000 em cinco anos. Como resultado, quem quiser manter o dinheiro da Poupança deixaria de receber R$ 560,05.
Enfim, esperamos que o artigo tenha esclarecido o que é o custo de oportunidade nas aplicações. E, se quiser continuar a sua jornada de conhecimento, temos os cursos ideais para isso, a começar pelo curso “Combo: Cursos de Educação Financeira”.
Vamos lá?