A previdência privada pode quebrar? Riscos e vantagens da aplicação

Tem vontade de garantir um futuro confortável na aposentadoria? Fica adiando a realização deste sonho por medo dos riscos atrelados à sua escolha? 

Se sua resposta for “sim” para as perguntas anteriores, temos boas notícia. No artigo de hoje, você descobre se a previdência privada pode quebrar e como colocar na balança as vantagens e desvantagens deste modelo de aplicação. 

Continue a leitura e prepare-se para ir além do “pé de meia” para a aposentadoria!  

O que é previdência privada?

Antes de respondermos se a previdência privada pode quebrar, uma pausa para a contextualização. Caso você ainda não saiba, a previdência privada, também chamada de fundo previdenciário, é uma modalidade de investimento projetada com foco no médio e longo prazo. 

Por conta dessa característica, é uma aplicação bastante visada por quem deseja uma aposentadoria confortável e independente (ou complementar) do INSS. Afinal, neste cenário, os pré-requisitos podem passar por modificações que acabam dificultando o acesso à tão desejada remuneração passiva após anos de contribuição. 

Apesar de ser a finalidade mais popular da previdência privada, há quem invista na modalidade com outras ambições. Alguns exemplos são: adquirir um imóvel, construir uma reserva financeira para criar os filhos ou pagar um investimento. 

>>> Saiba mais: como fazer previdência privada? 

Existe risco de crédito em Previdência Privada? 

Agora que você já tem em mente o que é o fundo previdenciário, vamos à pergunta de um milhão de dólares: existe risco de crédito em previdência privada? 

É importante ter em mente que a previdência privada não entra no rol de investimentos cobertos pelo FGC — Fundo Garantidor de Créditos, órgão responsável pela proteção dos interesses dos investidores contra bancos e instituições financeiras em casos de falência, intervenção ou liquidação extrajudicial.

Apesar disso, não podemos dizer que a previdência privada não conta com nenhum mecanismo de proteção. A SUSEP — Superintendência de Seguros Privados é um órgão vinculado ao Ministério da Economia. Ela é responsável por regular e fiscalizar o mercado de previdências e seguros no Brasil. 

Além disso, as seguradoras de previdência privada não são submetidas à Lei de Falências. Por isso, têm a obrigação de apresentar soluções para recuperar o prejuízo de seus clientes mesmo em casos de falência declarada.

Afinal, a previdência privada pode quebrar? 

A resposta é sim. A empresa escolhida para gerenciar sua previdência privada pode, sim, quebrar, e os seus investimentos não serão cobertos pelo FGC. 

Porém, como mencionamos acima, há outras instituições que trabalham para regular e fiscalizar o funcionamento destas empresas, com o intuito de tornar este tipo de aplicação segura para seus investidores. 

Quais os riscos da previdência privada? 

Até aqui, você entendeu que a previdência privada pode quebrar, e que não é uma modalidade de investimento assegurada pelo FGC, mas que conta com a supervisão de outros órgãos reguladores. 

Mas será que há, ainda, outros riscos na previdência privada? 

Quando falamos em aplicações financeiras, há sempre que se considerar alguns riscos que são, ao mesmo tempo, pontos de atenção. A seguir, você descobre quais os riscos da previdência privada. 

1- Escolha da empresa

A escolha da empresa gestora dos fundos de previdência deve ser feita com atenção e cautela. 

Ainda que a Lei de Falências não se aplique ao caso destas organizações, passar por uma situação de quebra e fechamento pode trazer dores de cabeça e preocupações desnecessárias. Especialmente se você estiver buscando exatamente o contrário ao optar por este modelo de investimento. 

2- Inadimplência da gestora

Ainda que não quebre ou declare falência, uma gestora de previdência sem procedência pode deixar de cumprir sua parte no momento mais decisivo do contrato. 

Algumas seguradoras alegam que não há recursos disponíveis para os pagamentos dos beneficiários e, portanto, deixam na mão aqueles que aguardam seu recebimento. 

O ponto de atenção é: assegure-se de que esteja prevista em contrato a obrigação do pagamento dos valores mensais investidos até o fim da vida do beneficiário.

3- Baixa rentabilidade

O indexador de referência da previdência privada é o CDI, o Certificado de Depósitos Interbancários. Por ser um indicador que oscila de acordo com o mercado, este pode não ser sempre o parâmetro de investimento mais rentável, ficando atrás de outros tipos de aplicação. 

O segredo para contornar este risco é investir na diversificação da sua carteira de investimentos. Acha que diversificação é necessária apenas para aplicações em renda variável, como as ações da bolsa? Nada disso! Ter uma carteira com diferentes tipos de investimento funciona bem também para investidores de perfil moderado! 

Dê o play no vídeo abaixo para saber mais sobre o poder da diversificação de investimentos: 

Bônus 1 : tipos de fundo e riscos atrelados

Além dos riscos mencionados acima, vale a pena destacar que o tipo de investimento do fundo previdenciário escolhido traz mais ou menos riscos ao investidor. 

Fundos previdenciários de renda fixa, por exemplo, são considerados mais conservadores, enquanto os de ações, mais arriscados, sendo, portanto, indicados a investidores de perfil arrojado. 

>>> Perfil de investidor: você sabe quais os tipos? 

E as vantagens da aplicação? 

Agora que você já sabe se a previdência privada pode quebrar e quais os outros riscos atrelados, que tal falarmos sobre as vantagens da aplicação? Dessa forma, você terá em mãos tudo o que precisa para ponderar e tomar a melhor decisão baseada em suas necessidades e no seu perfil de investidor. 

Confira, abaixo, alguns dos benefícios da previdência privada: 

  • Sem come-cotas (a tributação semestral de Imposto de Renda no formato de cotas mesmo em casos em que não há resgate); 
  • Pode ser repassado para dependentes em caso de falecimento, sem necessidade de pagamento do ITCMD — Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação, tornando o processo de pagamento mais ágil;
  • Tributação regressiva de Imposto de Renda, com alíquota de 10% (a mais baixa) para aplicações com mais de 10 anos;
  • Portabilidade: possibilidade de migrar para outra instituição caso você, na qualidade de beneficiário da previdência, sinta que é mais vantajoso retirar seus investimentos da instituição atual; 
  • Diferentes tipos de plano, o que possibilita a adesão a um fundo com condições compatíveis ao perfil do investidor e ao objetivo do investimento; 
  • Facilidade para poupar dinheiro, já que o compromisso do investidor é apenas o de garantir o aporte mensal. 

E ainda tem mais! Quer conhecer mais alguns benefícios da previdência privada? Dê o play no vídeo abaixo e confira: 

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Ao fim deste artigo, você tem em mãos todas as informações essenciais para analisar se este é o melhor investimento para você: sabe se a previdência privada pode quebrar, o que acontece com os investimentos neste caso, outros riscos atrelados a esta modalidade de aplicação e suas vantagens. 

Mas o que fazer com tantas informações? Que tal incrementar esse conhecimento com mais alguns dados importantes? Assim, será mais fácil ponderar se este é o melhor modelo de investimento para você! 

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*Créditos da imagem de capa: Beth Macdonald em Unsplash

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