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Deep Learning: A aproximação da Inteligência Artificial do cérebro humano

Pode parecer distópico e futurista, mas o Deep Learning vem gerando grandes expectativas a respeito do futuro da humanidade. É sobre esta técnica que estamos falando quando nos imaginamos convivendo em meio a máquinas e aparelhos aptos a tomarem decisões por conta própria.

Deep Learning permite que sistemas de Inteligência Artificial sejam capazes de executar tarefas mais complexas que os sistemas mais simples de IA.

Vejamos agora como este fenômeno funciona, acompanhe!

O que é Deep learning e como funciona?

O Deep Learning é uma sub-área da Inteligência Artificial e tem como principal premissa a configuração de sistemas de IA.

Seu objetivo é programar as máquinas para que as mesmas sejam capazes de simular o cérebro humano e sejam aptas a tomar decisões, executando de forma simplificada tarefas mais complexas, de maneira independente.

O Deep Learning, assim como o Machine Learning tem como principal premissa para o seu funcionamento a sistematização de dados e aprendizagem de máquina, com base em comandos e configurações prévias.

Para que serve o deep learning?

O Deep Learning é uma das técnicas mais complexas dentro do contexto de Inteligência Artificial e serve principalmente para dar autonomia às máquinas, em determinados processos.

A principal premissa do Deep Learning é a otimização de diversos procedimentos manuais nas áreas de segurança, atendimento, dados, dentre outros. 

Dessa forma, a técnica é responsável por facilitar e agilizar alguns desses processos mais complexos de serem executados de maneira manual.

Deep Learning e Machine Learning, quais as diferenças entre essas técnicas? 

Dentro do contexto de Inteligência Artificial, algumas técnicas podem ser confundidas como no caso do Machine Learning e do Deep Learning. 

No entanto, ambas as técnicas funcionam de maneira complementar em um sistema de inteligência artificial, possuindo mais semelhanças que diferenças.

A principal diferença entre machine learning e o AI é a complexidade dos sistemas de inteligência artificial, com base em cada uma dessas técnicas. 

Enquanto o machine learning é responsável pela configuração de um sistema de inteligência artificial – com base na sistematização de dados e algoritmos baseados no comportamento do usuário – o deep learning tem como principal técnica a criação de redes neurais para simulação do cérebro e do comportamento humano.

Isso ocorre para que as máquinas possam ser capazes de realizar tarefas mais complexas de maneira independente. 

Dessa maneira, podemos definir um sistema de inteligência artificial desenvolvido através da técnica deep learning como muito mais complexo que um sistema desenvolvido através do machine learning.

robô simbolizando deep learning

Como a tecnologia deep learning vem sendo aplicada?

O Deep Learning já é uma realidade no mundo contemporâneo. 

Essa tecnologia vem sendo aplicada de forma sutil em vários equipamentos eletrônicos e plataformas, que já fazem parte do nosso cotidiano e nos permitem realizar tarefas com maior eficiência e muito menos esforço.

Confira a seguir os principais exemplos de aplicação da técnica de inteligência artificial em processos corporativos e até mesmo no nosso dia a dia.

Comportamento do usuário em plataformas de e-commerce

O Deep Learning é bastante usado atualmente para desenvolvimento de técnicas capazes de obter ideias e insights acerca dos desejos do cliente. Assim, ocorre a  sistematização algorítmica de seus dados e comportamentos enquanto consumidores da plataforma.

Um dos maiores exemplos está aplicado a plataformas de e-commerce, para otimização da experiência do cliente, pode ser observado em plataformas como Amazon e Ebay.

Plataformas de streaming como Netflix e Spotify também se utilizam dessa tecnologia para recomendação de conteúdo personalizado, com base no comportamento de cada um dos seus usuários.

Desta forma, eles conseguem garantir uma melhor experiência de consumo de conteúdo aos seus usuários.

Reconhecimento facial

O reconhecimento facial é uma habilidade conferida a um sistema de IA através da técnica Deep Learning e da visão computacional, uma sub-área desta técnica.

Através da visão computacional, o sistema de Inteligência Artificial permanece apto a identificar e reconhecer uma fisionomia humana, ampliando a aplicação de sistemas de reconhecimento facial em diversos contextos e esferas.

A técnica de reconhecimento facial pode ser encontrada em smartphones, o que garante a segurança de todos os dados do usuário. Também é utilizado em sistemas de câmeras de segurança instaladas em condomínios, aeroportos, dentre muitos outros lugares.

Reconhecimento de fala

O Reconhecimento de fala também é uma das capacidades atribuídas às máquinas, por meio da tecnologia Deep Learning.

A função é viabilizada através do processamento de linguagem natural, técnica bastante importante para o desenvolvimento de um sistema de inteligência artificial completo.

O processamento de linguagem natural utiliza a tecnologia Deep Learning para compreensão da linguagem humana por um sistema de inteligência artificial. 

Isso o torna apto a assimilar e analisar a estrutura discursiva de uma sentença e, a partir disso, realizar diversas operações como por exemplo, traduções simultâneas, reconhecimento de fala e análises sintáticas.

Um dos maiores exemplos de aplicação do processamento de linguagem natural através do Deep Learning são as populares assistentes virtuais da Apple, a Siri, e da Amazon, a Alexa, responsáveis estas por executar diversas tarefas e funcionalidades através de comandos de voz.

Assistentes virtuais

As assistentes virtuais têm como principal objetivo melhorar a eficiência no trabalho de uma empresa. 

Elas se organizam através da execução do suporte e atendimento a clientes, por meio da criação de uma Inteligência Artificial ao invés de contratar agentes de atendimento manuais.

Por meio da técnica de Deep Learning, diversos agentes podem ser construídos usando uma combinação de algoritmos de aprendizado profundo de máquina.

Assim, isso garante o suporte a usuários de diversos serviços por meio da IA e ainda minimiza os custos e a agilidade na execução dessas demandas.

Carros Autônomos

Uma das invenções e aplicações mais ousadas da tecnologia Deep Learning são os carros autônomos. 

Ainda em fase de testes na cidade de São Francisco, ao norte do estado da Califórnia nos Estados Unidos, a tecnologia tem sido responsável pelo o início de uma grande revolução no futuro da mobilidade urbana. 

Desenvolvida pela Google, uma vez apresentado a mapas, linhas geográficas e paradas, um carro autônomo tem a capacidade de cumprir com sua premissa sem a necessidade de um motorista.

Ou seja, os carros autônomos serão capazes de transportar pessoas e produtos de um lugar para o outro. Tudo isso de maneira independente e através do relacionamento e sistematização de dados para tomada de decisões, utilizando amplamente a lógica e sem supervisão humana.

Qual a importância do Deep Learning?

Tendo em vista todas as aplicações desta técnica no mundo contemporâneo, pode-se ter um grande panorama sobre a real importância do Deep Learning na entrega de agilidade, assertividade e otimização de processos manuais nas mais diversas áreas e segmentos.

Dessa forma, podemos considerar o Deep Learning como um grande catalisador tecnológico na geração de insights e oportunidades de negócios.

Quais as principais vantagens do deep learning?

As redes neurais implementadas em um sistema de Inteligência Artificial, por meio do Deep Learning, são capazes de substituir a operação humana em diversos processos manuais, além de garantir maior nível de assertividade em seus processos.

A técnica é responsável por proporcionar grandes insights e oportunidades de negócio, além de otimizar processos em diversas áreas e segmentos de mercado como no marketing, segurança, atendimento e experiência do cliente, logística e mobilidade, dentre outros.

Dentre as principais vantagens dessa implementação em determinados processos se encontram, sobretudo:

  • Otimização no processamento e análise de Altos índices de dados;
  • Assertividade em processos manuais por meio do reconhecimento de padrões;
  • Compreensão do comportamento de usuários e personalização do atendimento e da experiência do cliente por meio de seus dados algoritmos;
  • Otimização na segurança de dados;
  • Previsão de falhas;
  • Redução de custos.

Por que aprender sobre Deep Learning?

O desenvolvimento de inteligência artificial tem gerado expectativas promissoras. Aprender sobre Deep Learning durante esse aquecido período de desenvolvimento do mercado de TI poderá trazer grandes oportunidades de negócios para você. 

A crescente demanda por soluções, baseadas no deep learning, traz consigo uma escassez de programadores especializados no desenvolvimento de redes neurais e aprendizado profundo de máquina.

Que tal considerar a inteligência artificial em seu roteiro de estudos?

Para a difusão do conhecimento é fundamental contar com uma metodologia de ensino prática e tecnologicamente aprofundada. 

Por isso, preparamos uma grande imersão em Deep Learning, com speakers das maiores empresas do mercado, através de um evento gratuito, on-line e com certificado da IGTI. 

Nele, você irá aprender tudo sobre Deep Learning em mais de 20 horas de sessões ao vivo, separadas por três trilhas temáticas: Tecnologias Disruptivas, Negócios Exponenciais e Cultura digital.

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DevOps: o que é? Qual a sua importância para os negócios?

Já percebeu como o mercado de tecnologia vem avançando cada vez mais rápido? Por isso a cultura DevOps nasceu! Ela é fruto da necessidade das empresas de desenvolverem e distribuírem aplicativos ou serviços em alta velocidade

Diferentemente dos processos tradicionais de desenvolvimento de softwares e de infraestrutura, este método busca unir processos que antes ocorriam de forma isolada e, com isso, criar produtos melhores e mais adequados para os clientes.

Que tal mergulhar neste assunto e entender sua importância para o mercado atual?

Neste post, explicamos o que é cultura DevOps, o que faz um analista da área e quais ferramentas utiliza. Além disso, ainda mostramos por que é importante estudar este tema e como se preparar para ingressar nesta área para lá de promissora.

Aproveite a leitura e descubra o que é e o que faz o DevOps!

DevOps: o que é?

Por se tratar de processos que envolvem desenvolvimento de infraestrutura, novas logísticas e organização de equipes, além da integração de diferentes áreas, o DevOps pode ser entendido como uma nova cultura de trabalho

O mesmo é caracterizado pela junção de elementos de operações e desenvolvimento, o que explica o nome.

Deste modo, ao optar pela utilização do método de trabalho, funções que anteriormente eram exercidas de forma isolada — como o próprio desenvolvimento, as operações de TI e de engenharia de qualidade — agora trabalham coordenadamente. 

Como funciona o DevOps?

Assim como dito anteriormente, o que o DevOps faz não pode ser reduzido a apenas processos, pois engloba um conjunto de filosofias que vão guiar as ferramentas de trabalho durante o desenvolvimento de softwares e infraestruturas.

Veja quais são os quatro principais elementos dessa cultura: 

1. Colaboração, visibilidade e alinhamento

O primeiro passo para colocar esta metodologia em prática é entender que se trata de um trabalho coordenado de forma interdisciplinar. Isso significa que diferentes equipes irão compartilhar processos, prioridades e preocupações. 

Assim, todos planejam os ajustes que precisam ocorrer nos aplicativos em conjunto, traçando metas e cronogramas para execução do DevOps, ou seja, para o aprimoramento desses produtos ou serviços. 

2. Mudanças de escopo e de responsabilidade

Diferentemente do modelo tradicional, os profissionais atuam no DevOps de forma conjunta.

Ou seja, se antes os operadores de TI precisavam se preocupar apenas com a parte funcional do aplicativo, agora eles também participam do aprimoramento de segurança, por exemplo. 

Por este motivo, os mesmos devem pensar no modelo de proteção ainda na fase de desenvolvimento do software

3. Ciclos de lançamentos mais curtos

Outra prática essencial é a promoção de ciclos de lançamentos mais curtos. Desta maneira, a empresa será cada vez mais ágil na implementação de atualizações e aprimoramentos desses aplicativos. 

Essa estratégia permite que as melhorias nesses sistemas ocorram de forma complementar, reduzindo impactos sobre a estabilidade desses produtos. Assim, é possível ter mais agilidade e ainda aumentar a competitividade da empresa. 

4. Aprendizado contínuo 

Um dos ganhos mais interessantes para as equipes de DevOps é o aprendizado contínuo. Com a rápida implementação das novas ideias, é possível detectar falhas mais rapidamente, adquirindo conhecimento de forma ágil e otimizada. 

Quais são as práticas DevOps durante o ciclo de vida do aplicativo?

O DevOps é uma ferramenta fundamental e deve fazer parte de cada fase do ciclo de vida de um aplicativo. Deste modo, todos os profissionais devem participar de alguma forma de cada fase, levando conhecimentos para aprimorar as funções de determinado sistema. 

Portanto, no roadmap do DevOps, as equipes participam de todo o processo de desenvolvimento da infraestrutura, desde o planejamento até a operação.

Confira, a seguir, como as times atuam em cada fase deste ciclo: 

1. Plano

Na primeira fase, as equipes definem os recursos e as funcionalidades dos aplicativos e sistemas com os quais estão trabalhando. Logo, é possível acompanhar o produto bem de perto, fazendo notas e observando o que deve ser melhorado.

Entre estas melhorias, podemos encontrar tarefas de produto único, listas de pendências, acompanhamento de bugs, gerenciamento do progresso em Softwares Agile com o Scrum, usabilidade de quadros Kanban, entre outras técnicas que auxiliam no planejamento. 

< Leia também: O que faz um Scrum Master e quais são suas responsabilidades dentro do time? />

2. Desenvolvimento

Nesta fase, o funcionamento do sistema é posto à prova, explorando os aspectos da codificação e programação do software através de gravações, testes, revisão e integração dos códigos pelos membros do time DevOps.

Para tal, os integrantes da equipe automatizam etapas elementares ou manuais, e adicionam aos aplicativos pequenos incrementos de integração contínua. Isso ajuda a implementar melhorias de forma ágil e, com isso, aumentar a competitividade do aplicativo. 

3. Fornecimento

Esta etapa diz respeito ao teste do aplicativo em seus respectivos ambientes de produção. Ou seja, a entrega da versão criada em um cenário de experimento, cuja finalidade é verificar se o sistema cumpre com seus objetivos. 

O fornecimento é o processo de implantação de aplicativos, de maneira consistente e confiável, em seus mais diversos estágios de aprovação manual. 

4. Operação

Finalmente, chegamos na operação, a última etapa do ciclo de vida de um aplicativo. Ela envolve manter, monitorar e solucionar problemas.

Aqui, a principal missão da equipe DevOps é garantir o funcionamento integral do sistema.

Assim como sua confiabilidade e disponibilidade, é necessário garantir um tempo de inatividade próximo ou igual a zero. A equipe deve atuar prevenindo e agindo sobre os problemas antes que os clientes se deem conta de tais falhas. 

O que é a Cultura DevOps?

Naturalmente separadas, as equipes de desenvolvimento e operações tradicionais faziam parte de pontas diferentes do ciclo de vida do aplicativo. Contudo, com a chegada da cultura DevOps, as empresas estão passando por uma verdadeira mudança de mentalidade

Essa filosofia visa aumentar a comunicação entre as áreas e, com isso, otimizar a solução de problemas.

Ao integrar todas as expertises em todas as fases do ciclo, as equipes assumem total responsabilidade pelos projetos, o que facilita com que todos os profissionais se aproximem do usuário e pensem nas necessidades finais do cliente.

Vale ressaltar que a união entre Agile Culture e DevOps é o que confere ainda mais benefícios para essa metodologia, aumentando a produtividade por meio de práticas mais flexíveis, que favorecem a criatividade e inovação, contribuindo para resultados mais expressivos.

Assim, mais do que um framework, o DevOps pode ser entendido como uma filosofia, capaz de potencializar ainda mais a performance de uma organização.

< Quer entender um pouco mais sobre cultura ágil? Confira este post: O que é o Mindset Ágil e como você pode aplicá-lo em seu trabalho? />

Quais os benefícios do DevOps?

Existem inúmeros benefícios na utilização das práticas DevOps.

Com a integração de diferentes profissionais, é possível encontrar formas mais eficientes de executar certas funções. Confira as principais vantagens dessa filosofia: 

  • integração entre os times de desenvolvimento e infraestrutura;
  • facilidade para gerenciar ambientes por conta das ferramentas de infrastructure as code;
  • evitar problemas de execução na aplicação em locais diferentes do local onde ocorre o desenvolvimento do software;
  • ritmo mais rápido no desenvolvimento de software e gerenciamento de infraestrutura.

Qual é a importância do DevOps?

Muito mais do que os benefícios apresentados, a importância da prática do DevOps está em sua capacidade de integrar equipes e, dessa forma, promover a inovação.

Em resumo, ele suscita o desenvolvimento das operações de forma a simplificar e automatizar os processos. 

Tudo isso promove também mais integração entre as equipes e um olhar mais global para o cliente e o projeto como um todo. Quer saber como encaixar isso no seu dia a dia? Então, leia o próximo tópico!

< Talvez você também se interesse por este tema: Como funciona a Gestão Ágil de projetos e por que aprender sobre />

6 estratégias para colocar os conhecimentos do DevOps em prática 

O DevOps nasceu em 2001, com a finalidade de ser uma forma de aperfeiçoamento de processos, que ocorre de forma contínua e simplificada.

Para tanto, esta metodologia utiliza uma série de estratégias, que fazem parte do pipeline DevOps e ajudam a alcançar tais objetivos: 

1. Integração Contínua e Entrega Contínua CI/CD

Uma das estratégias para alcançar esse objetivo é a utilização de ferramentas de gerenciamento de configurações.

Com isso, é possível implementar mudanças no aplicativo de forma controlada e sistemática, reduzindo, assim, o risco de modificação das configurações dos sistemas. 

2. Controle de Versão 

Com o controle de versão é possível revisitar o histórico e as alterações no código fonte, algo que facilita a revisão e recuperação de uma codificação. Geralmente isso é feito utilizando sistemas de controle de versão, como o Git, por exemplo. 

Isso permite a atuação de vários desenvolvedores simultâneos no mesmo código, uma alternativa que, além de integrar o trabalho, ajuda a diminuir bastante o tempo gasto na manutenção da infraestrutura do software.

3. Desenvolvimento de Software Agile

Outra prática inerente ao DevOps é a utilização do desenvolvimento de Software Agile. Esta forma de conduzir o processo propõe que, em cada parte do projeto, as alterações indicadas sejam sempre planejadas, construídas e testadas.

4. Infraestrutura como código 

A prática de infraestrutura como código tem como foco dar suporte às equipes no processo de implantação de funcionalidades e recursos, utilizando o sistema de maneira confiável, repetida e controlada.

Além disso, ela também ajuda a automatizar a implantação das otimizações e reduz o risco de erro humano. 

5. Gerenciamento de Configuração 

Assim como o nome já diz, se trata da administração dos recursos em todo um sistema, como: servidores, máquinas virtuais e bancos de dados.

Por meio deste artifício, as equipes são capazes de acompanhar melhor o aplicativo, evitando possíveis bugs. 

6. Monitoramento contínuo

Com o monitoramento é possível estar a par de todo o comportamento e desempenho dos aplicativos. Logo, é possível extrair informações, que vão desde a sua infraestrutura, até componentes de software de nível superior.

Isto permite a extração de insights para resolver problemas em tempo real, melhorando a qualidade dos aplicativos. Uma das formas mais utilizadas pelas empresas é o uso da plataforma DevOps Azure

Quais são as principais ferramentas DevOps? 

Atualmente, o mercado conta com diversas ferramentas DevOps, as quais são responsáveis por tornar os processos mais ágeis e os resultados mais confiáveis. Conheça as principais: 

Como a computação em nuvem se relaciona com o DevOps?

A computação em nuvem é, com toda certeza, uma aliada fundamental para as equipes.

Isso porque ela permite que todos os membros tenham acesso sincronizado a recursos como: servidores, armazenamento, banco de dados, rede, softwares, análises e inteligência, sendo um exemplo disso o Microsoft DevOps. 

DevOps e a preocupação com a Segurança

É impossível falar em manutenção e atualização de sistemas sem pensar na segurança. Afinal, estes mecanismos carregam dados importantes para pessoas, empresas e organizações. 

Atualmente, com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em vigor, as empresas que não se atentarem a este assunto, podem acabar prejudicando seus clientes e, principalmente, a credibilidade de seus produtos e serviços. 

Por isso, a cada etapa do desenvolvimento de um sistema, os níveis de segurança devem ser checados, bem como os riscos e implicações verificadas.

Os profissionais que entendem de segurança são bastante requisitados pelo mundo corporativo, o que torna os salários de DevOps dominantes e extremamente atraentes em comparação a outros do mercado

Que tal se aprofundar um pouco mais no tema? No vídeo abaixo, Gabriel Fróes e Vanessa Weber explicam mais sobre o conceito de DevOps e dão um panorama sobre a aplicação desta metodologia no mercado. Dê o play e confira:

Por que é importante aprender sobre DevOps e como ingressar nesta área? 

Atualmente, tanto o mercado de trabalho quanto o de tecnologia estão em busca de profissionais com repertório crítico e conhecimentos multidisciplinares. Com as práticas do DevOps, é possível atingir estas capacidades de forma interativa e colaborativa. 

Afinal, a metodologia proporciona uma maior troca de experiências entre diferentes áreas, tudo isso com agilidade aos inúmeros desafios do dia a dia!

Deste modo, aprender sobre desenvolvimento e operações não significa apenas mudar a forma como trabalha, mas também crescer como pessoa e profissional. 

Então, que tal dar mais este importante passo na sua carreira e investir no seu futuro profissional? Conheça nossas opções de curso na área:

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Gostou deste conteúdo? Então, compartilhe com seus amigos e colegas de trabalho, assim todos ficam sabendo o que é DevOps, o que faz um analista e de que forma essa filosofia tem contribuído para transformar o mundo da tecnologia.

Guerra híbrida: entenda a guerra cibernética entre Rússia e Ucrânia

Desde que a invasão russa começou, no fim de fevereiro de 2022, o mundo assiste perplexo e com olhos atentos às atrocidades que acontecem em território ucraniano. Mas um desdobramento do conflito é quase invisível aos olhos da humanidade: os ataques cibernéticos como arma de guerra, criando o que é conhecimento como guerra híbrida.

O professor Maximiliano Jacomo, coordenador do curso de MBA em Segurança Cibernética do IGTI, vai nos ajudar a entender o conflito fora do mundo físico, que podemos chamar de guerra híbrida ou ciberguerra.

Nesse artigo vamos explicar tudo sobre a Guerra Rússia vs Ucrânia e como as batalhas que estão acontecendo no mundo digital podem moldar os estudos e sistemas de cibersegurança do futuro pós-guerra. Continue lendo para ficar por dentro!

Um breve resumo do que está acontecendo na Ucrânia

Para entendermos o que está havendo atualmente na Ucrânia, precisamos compreender os acontecimentos recentes que nos trouxeram até esse cenário de guerra. O assunto é muito complexo. Por isso, analisar os fatos históricos é importante – e vamos entender tudo de forma simples.

O Fim da URSS e as relações com o Ocidente

A região das antigas repúblicas soviéticas sempre passou por instabilidades desde a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, em 1991. Após o fim da URSS, foi criada a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), uma organização de cooperação entre 11 Estados que eram parte da antiga União

Esses países se tornaram independentes da Rússia moderna, mas sempre mantiveram uma relação muito próxima e amigável com a superpotência. A Ucrânia faz parte da CEI desde a sua fundação, junto com a Rússia e a Bielorrúsia.

Porém, nas últimas décadas, alguns países que faziam parte da antiga URSS têm demonstrado uma maior aproximação com o mundo ocidental. Isso desagradou a Moscou. Desde então, a Rússia tem tentado reforçar a sua influência na região se contrapondo ao ocidente, numa relação que ainda guarda resquícios da Guerra Fria.

A Guerra na Geórgia

Em 2008, no entanto, a relação amistosa com os Estados da CEI foi em parte abalada com a invasão russa da Geórgia – um pequeno país encravado no Cáucaso, estrategicamente onde a Europa e a Ásia se encontram. A Guerra da Geórgia tem muita proximidade com o que está acontecendo agora na Ucrânia

Na ocasião, a justificativa para a invasão era reconhecer os movimentos separatistas das Repúblicas da Abecásia e da Ossétia do Sul. São dois territórios georgianos com forte presença de grupos étnicos descendentes e falantes de russo. 

Como o país do Cáucaso é pequeno e sem muitos recursos para enfrentar a superpotência, a guerra durou poucos dias e o exército georgiano foi derrotado. 

A Federação Russa faz parte dos poucos países do mundo que reconhecem as repúblicas como independentes. Eles ainda mantêm presença militar nos territórios e a tensão na região existe até hoje. 

Depois do conflito, a Geórgia decidiu sair da CEI. Agora, após a recente invasão da Ucrânia, formalizou o seu pedido para fazer parte da União Europeia. Desde 2011, já existe uma aproximação forte com o bloco europeu e o ocidente. 

Putin saiu fortalecido da Guerra da Geórgia e começou a cada vez mais entrar em rota de colisão com a Europa, o ocidente e a OTAN.

A invasão da Crimeia

Em fevereiro de 2014, foi a vez da Rússia invadir a península da Crimeia, uma região da Ucrânia altamente estratégica no Mar Negro. O movimento ocorreu após o então presidente ucraniano pró-Rússia ter sido deposto do cargo. 

A ocupação foi condenada pelo novo governo e pela comunidade internacional. No entanto, os habitantes locais – grande parte de origem étnica russa e com ligações históricas ao país – votaram em um referendo que concordou com a anexação do território à Federação Russa. A península continua até hoje sendo administrada de fato pelos russos.

O agravamento do atual conflito na Ucrânia e a OTAN

A anexação da Crimeia deflagrou um movimento separatista pró-Rússia em outras partes do leste da Ucrânia, na região do Donbass. 

As autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk Lugansk também queriam se juntar à Rússia, mas enfrentaram forte resistência do governo ucraniano. O conflito se arrastou até os dias de hoje e é fundamental para entender o que está acontecendo agora na Ucrânia.

proclamação da independência dessas regiões foi o estopim para a atual invasão. Vladimir Putin, o presidente russo, também alegou interesses de “segurança nacional” e é contra uma possível adesão da Ucrânia à OTAN, a Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Esta foi formada por países ocidentais após o fim da Guerra Fria. A organização tem se expandido para o leste da Europa, o que irritou o presidente russo e agravou ainda mais o conflito.

Imagem sobre expansão da OTAN

Desde o início da invasão, a guerra tomou outros contornos além dos embates do mundo físico. Na verdade, antes mesmo da Rússia invadir por terra a Ucrânia – no dia 24 de fevereiro de 2022 –, já havia uma guerra no mundo virtual entre os dois países.

O que é Guerra Cibernética e o que está acontecendo

Diferente dos combates tradicionais das guerras do mundo físico, a guerra cibernética acontece no campo tecnológico e visa atacar sistemas informáticos. Esses ataques, apesar de serem digitais, causam danos no mundo real, já que podem paralisar sistemas críticos para o funcionamento dos países. 

A definição de guerra cibernética não tem um consenso entre os especialistas. O professor Maximiliano Jacomo nos ajuda a entender o que é: 

Guerra cibernética é o uso de ferramentas tecnológicas para perpetrar ataques contra alvos de outros países, em um contexto de guerra física. Por isso a chamamos de guerra híbrida. Temos o uso de ataques informáticos com a intenção de desestabilizar ou tirar proveito dos sistemas de informação do inimigo, em paralelo aos combates do mundo físico. Os alvos podem ser sistemas militares ou estruturas civis, como sistemas de controle de metrôs, centrais elétricas e outros. Podemos entender esses ataques cibernéticos como auxiliares no processo de invasão e combate”, ressalta o professor.

No entanto, o entendimento é que ataques isolados, como os vários que aconteceram no Brasil em 2021, não devem ser chamados de guerra cibernética. 

“Podemos chamar de cibercrimes ou ciberterrorismo. Mas como não parecem ser coordenados e com o intuito de desestabilizar todo o nosso país, devemos guardar a definição bélica para casos maiores, como os que estamos vendo acontecer na Ucrânia”, reforça o coordenador do MBA em Segurança Cibernética do IGTI. 

Para Jacomo, mesmo os ataques contra o governo brasileiro não mostram evidências de se tratar de ciberguerra

“Não parece ter vindo de organismos externos com suporte de países. Me parece mais hacktivismo, que é uma forma de ativismo no ciberespaço, uma maneira de mandar um recado. Mas não deixa de ser um crime”, completa.

Embora os ataques de hackers tenham crescido no Brasil em 2021, o nosso país ainda é pouco afetado se compararmos com a ciberguerra híbrida travada entre a Rússia e os vizinhos. Vamos ver um breve histórico das recentes perturbações institucionais vindas do ciberespaço que foram atribuídas aos russos.

Histórico de ataques cibernéticos vindos da Rússia

Recentemente, o Serviço de Segurança da Ucrânia informou que 70 sites do governo foram alvos de ataques. As páginas de várias agências governamentais, incluindo os serviços de emergência, ficaram inacessíveis durante algumas horas.

Em alguns deles, foram exibidas mensagens hostis contra os ucranianos. Esse é só mais um de uma série de ataques que a Ucrânia vem sofrendo na última década. O governo atribui os ataques a hackers russos com ligações ao poder de Moscou.

WhisperGate

Em janeiro de 2022, um ataque com um malware denominado WhisperGate foi disparado contra a rede ucraniana e identificado pela Microsoft. O objetivo era apagar dados. Conseguiu destruir computadores de agências estatais, sistemas de bancos e fornecedores do governo. Novamente, o ataque foi atribuído à Rússia.

Segundo o professor Jacomo, o fato do ciberespaço não ter fronteiras torna esses ataques uma preocupação para o mundo inteiro.

Ataques informáticos à Ucrânia estão acontecendo desde 2014. Mas também afeta outros países, vizinhos ou muito distantes. Esse é o perigo de ataques cibernéticos, porque eles podem se alastrar e atingir quem não era um dos possíveis alvos.” O vírus apagador de dados que foi identificado em janeiro atingiu 14 países, inclusive o Brasil.

HermeticWiper e FoxBlade

Em fevereiro, horas antes da invasão começar, um novo vírus capaz de apagar dados dos computadores foi identificado pela especialista em segurança digital ESET. O ataque destrutivo foi direcionado contra a Ucrânia, mas atingiu também a Estônia e a Lituânia. 

Ao analisar o código do software malicioso, a empresa descobriu que o HermeticWiper foi codificado em dezembro de 2021 – o que mostra que o ataque foi previamente planejado. No dia seguinte, a Microsoft identificou outro código malicioso, chamado FoxBlade, direcionado a destruir dados de órgãos ucranianos.

NotPetya

Um exemplo de como os ataques podem se alastrar é o famoso malware batizado de NotPetya. Segundo estimativas, o aplicativo malicioso causou prejuízos de 10 bilhões de dólares em todo o mundo, entrando para a história como o ataque mais devastador em termos financeiros até hoje.

Ele foi disparado em 2017 e o alvo original seria um fabricante de software tributário ucraniano (e seus clientes no país). 

Mas, em apenas 24 horas, o NotPetya infectou  10% de todos os computadores na Ucrânia. Paralisou redes em bancos, postos de gasolina, hospitais, portos, aeroportos, o metrô de Kiev, empresas de energia e quase todas as agências governamentais. Chegou a desligar os monitores que medem a radiação na antiga usina nuclear de Chernobyl.

O ataque sem precedentes atingiu também grandes corporações multinacionais, como a Mondelez, a Merck, a Maersk e a subsidiária europeia da FedEx. 

Atingiu até a gigante petrolífera estatal russa, Rosneft. Causou impactos na Europa, Américas e Ásia, mas 80% das infecções foram na Ucrânia. Os russos não assumiram a autoria, mas foram acusados por diferentes países de estarem por trás do ataque.

NotPetya pode ter sido o maior, mas não foi o primeiro ataque atribuído à Rússia para desestabilizar os vizinhos.

Ataque à Estônia em 2007

Quando a Estônia resolveu tirar uma estátua de um soldado soviético de um parque da capital, Tallinn, sofreu uma série de ataques que foram atribuídos à Rússia

Diversos sites do governo e de empresas locais receberam enormes fluxos de solicitações de dados e, com isso, acabaram sendo derrubados. Esse tipo de ataque é conhecido como DDoS e tem se tornado cada vez mais frequente no mundo. 

Os Ataques de Negação de Serviço Distribuído (DDoS, na sigla em inglês) acontecem quando um site recebe muitas solicitações de acesso ao mesmo tempo, o que sobrecarrega seus servidores. 

Muitas das vezes, os ataques fazem uso de redes zumbis, chamadas botnets.

Computadores infectados por vírus são utilizados em rede para direcionar acessos escondidos dos usuários a determinados sites escolhidos pelos criminosos que implantaram o vírus nas máquinas. 

Esses ataques não são uma invasão e causam apenas perturbações de disponibilidade dos sites. Os criminosos não conseguem acesso ao banco de dados dessa maneira. Por isso, os dados não são vazados.

A Estônia é um país báltico e uma ex-república da URSS. O país não faz parte da CEI, mas sim da União Europeia. Lembra que falamos sobre a zona de influência da Rússia nos vizinhos que se aproximaram do ocidente? 

Desde então, diversos outros ciberataques foram registrados no país. A Estônia é considerada o país mais digital do mundo e, por isso, sofre muito com os ataques.

 Por lá, praticamente tudo é feito de forma digital e 99% dos serviços públicos estão disponíveis pela internet. Na época, a solução encontrada para minimizar os danos foi desligar completamente o país da rede mundial de computadores. O WhisperGate de janeiro também afetou muito o país.

Ataque à Geórgia em 2008

O conflito entre a Rússia e a Geórgia pode ser considerado a primeira ciberguerra.  Meses antes de invadir por terra o país, a Rússia orquestrou uma série de ataques a sites do governo georgiano. 

Além dos ataques DDoS, como os usados na Estônia, os hackers conseguiram acessar bancos de dados governamentais, de empresas e instituições bancárias. Com isso, roubaram informações sigilosas e estratégicas que ajudaram os russos a desestabilizar o país e recrutar novos hackers que tinham afinidades com Moscou.

A Geórgia respondeu hospedando seus websites em servidores fora do seu território, sobretudo nos Estados Unidos. No entanto, já era tarde. A guerra cibernética e a guerra física já tinham começado – terminaria logo depois, mas os estragos já estavam feitos.

Ataques após a invasão da Crimeia

Como frisou o professor Jacomo, desde 2014, após a anexação da Crimeia, a Ucrânia vem sofrendo com ataques cibernéticos recorrentes. Em 2015, cerca de 250 mil ucranianos ficaram sem energia elétrica por causa de um desses ataques.

Em 2016, aconteceu um novo ciberataque às redes de eletricidade. Somente naquele ano, mais de 6 mil ataques aconteceram contra órgãos governamentais e empresas ucranianas. 

Em 2020, até mesmo a COVID-19 foi utilizada em um ataque de engenharia social para roubar informações sigilosas de membros das áreas de segurança e defesa do governo ucraniano. 

Muitos desses ataques acabam não ganhando visibilidade na mídia internacional e a Ucrânia aprendeu a conviver com eles, mas não sem se organizar para revidar.

Guerra Híbrida: O contra-ataque ucraniano e o Grupo Anonymous

Desde que a guerra híbrida silenciosa começou, a Ucrânia recrutou os chamados hackers patrióticos. Tática essa que também é utilizada pela Rússia. Na época, um grupo de hackers ucraniano, denominados Cyber-Berkut, publicou uma lista de 40 sites russos que foram vandalizados desde o início do conflito, em 2014. 

Agora, o governo ucraniano convocou o que chamou de “exército de TI” para ajudar nos embates no ciberespaço. E a primeira “missão” para o grupo já foi dada: o Ministro da Transformação Digital ucraniano pediu que os voluntários façam ataques DDoS para derrubar sites de empresas, bancos e do governo da Rússia. Nos dias seguintes, um ciberataque deixou o site oficial do governo russo (o Kremlin) fora do ar.

Imagem sobre twitter de Mykhailo Fedorov

E o exército de TI ucraniano ganhou força quando o famoso grupo de hackers Anonymous se juntou e declarou guerra cibernética contra a Rússia e Putin. Desde então, o grupo reivindicou ataques à agência espacial Roscosmos, às TVs estatais que alimentam a máquina de propaganda russa e também a alguns sites do governo.

E os ataques não devem parar por aí. Em uma publicação no Twitter, o grupo de hackers ameaça Putin com a possibilidade de encontrar informações que possam comprometer o seu governo. 

“É apenas uma questão de tempo até encontrarmos a sujeira que você está tentando esconder da sociedade à qual você mente de forma mesquinha. Agora exigimos a restauração dos direitos do povo ucraniano”, acrescentou o grupo, que convocou todos os seus afiliados a buscar informações na rede contra Putin.

Para o professor Jacomo, embora os ciberataques se tornaram uma arma de guerra, ainda não vimos nessa invasão ataques contra estruturas críticas da Ucrânia, como os cortes de energia de 2015. “Parece que a Rússia ainda não está agindo de forma coordenada entre o mundo físico e o ciberespaço

Esses ataques, embora causem caos e um efeito psicológico muito devastador, não vimos ainda o uso deles para derrubar sistemas críticos da Ucrânia, como tornar caixas eletrônicos indisponíveis, invadir centrais elétricas ou outros constrangimentos que causam mais danos no mundo real”, analisa o professor. 

“Embora ataques cibernéticos possam realmente ocasionar a morte de pessoas (como já aconteceu em conflitos anteriores com campanhas de desinformação), não me parece que a guerra cibernética vai definir os vencedores desse conflito. O confronto principal ainda é no campo de batalha do mundo físico e nas mesas de negociações entre os grandes líderes mundiais”, completa Jacomo. 

No entanto, o professor também frisa como a ciberguerra atual pode ainda escalar e tornar o conflito ainda maior. “Temos a preocupação dos ataques atingir os sistemas das centrais nucleares da Ucrânia, como vimos acontecer no Irã em 2010 com o vírus Stuxnet. Aí sim os ciberataques poderiam causar uma devastação enorme na Europa”, relembra Jacomo, se referindo às perturbações para desestabilizar o programa nuclear iraniano.

O coordenador do IGTI completa, dizendo: “Torcemos pra guerra híbrida não crescer. Mas, se por um lado os ciberataques ainda não moldaram o avanço da Guerra na Ucrânia, o que estamos vivendo com certeza vai moldar os estudos e investimentos em cibersegurança do futuro”.

Como o pós-guerra pode definir o futuro da cibersegurança

Desde que a invasão russa começou, vários organismos já começaram a se preparar para futuros ataques. É o exemplo do Banco Central da Lituânia, que orientou as empresas financeiras do país para montarem planos de contingência para ataques cibernéticos. 

O órgão salienta que as principais ameaças são ataques DDoS ou ransomware, invasões que sequestram dados e exigem pagamentos como resgate para liberar os sistemas. O Banco Central Europeu também emitiu uma orientação para a rede bancária europeia testar as suas estruturas de prevenção de ataques.

Quando a Microsoft identificou o FoxBlade, horas antes da invasão começar, a companhia norte-americana rapidamente desmontou o código do vírus e avisou as autoridades ucranianas. Em apenas três horas, os sistemas de detecção de vírus da Microsoft foram atualizados para bloquear o código em computadores Windows.

Outras empresas de segurança, como a Bitdefender, também atuaram rapidamente para bloquear o FoxBlade. Um trabalho ágil e em tempo recorde que conseguiu minimizar os danos causados pelo apagador de dados.

No início de março de 2022, a União Europeia montou uma Equipe de Resposta Rápida a Incidentes de Cibersegurança para ajudar a Ucrânia a defender-se de possíveis ciberataques da Rússia. O time será liderado pela Lituânia e é uma resposta do bloco europeu contra as ameaças crescentes no universo digital.

Segundo o professor Jacomo, a guerra híbrida que estamos vendo, em um mundo globalizado e cada vez mais interconectado, vai nos ensinar muito sobre ataques cibernéticos e como podemos prevenir os danos. 

“Os países vão começar a investir mais em defesa do ciberespaço. Essa guerra híbrida com certeza vai modificar a visão que temos da importância do uso da tecnologia como arma de guerra. Riscos cibernéticos e crimes virtuais vão estar na pauta também de grandes empresas – e até mesmo das menores. Será a partir de agora uma preocupação crescente não só por parte dos governos”, analisa.

A crescente sofisticação dos cibercriminosos, o aumento exponencial do número de ataques e a evolução das técnicas de ataque, cada vez mais elaboradas, já são uma realidade. As empresas e instituições governamentais precisarão estar preparadas. 

O professor Jacomo recomenda alguns caminhos para aumentar a proteção do ciberespaço: “Será preciso investir em monitoramento constante, com capacidade de resposta ágil. 

Outro caminho é sempre ter autenticação de dois fatores ativa e com senhas fortes. No caso dos ataques DDoS, ter uma boa largura de banda e usar sistemas de proteção remota ajuda a proteger os sites. E ter sempre uma conexão reserva”, completa o professor.

A busca por profissionais de cibersegurança também deve crescer ainda mais. Segundo uma pesquisa da Kaspersky, existem mais de 600 mil vagas de cibersegurança não preenchidas somente na América Latina. 

No mesmo relatório, a empresa especializada em segurança digital aponta que cinco em cada dez brasileiros estão pensando em mudar de emprego devido à pandemia. E o curso de MBA em Segurança Cibernética do IGTI pode ser o caminho para uma carreira de sucesso nessa área que trará grandes desafios no futuro.

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O que é Kanban, como funciona e por que usar?

Entender o que é Kanban é essencial para todo gestor que deseja definir melhor as prioridades de seu negócio  e otimizar a produtividade das ações de sua equipe.

Esse método para gestão de projetos teve início nas linhas de produção de automóveis e foi adaptado para facilitar a visualização e o entendimento sobre o fluxo natural de operação e desenvolvimento em diversos setores.

Ele é muito utilizado nas empresas de tecnologia para identificar e delinear as etapas dos processos de produção. Entretanto, sua eficiência é tanta que o método tem sido incorporado também nos estudos e na rotina pessoal.

Assim, o seu objetivo é deixar o trabalho mais fluido e transparente, otimizando o tempo da equipe de uma forma bem simples e intuitiva. A boa notícia é que o Kanban pode ser utilizado tanto no meio digital, como em aplicativos, quanto de forma manual, em quadros e papéis. 

Portanto, se você tem dificuldades em se organizar ou manter o seu time focado e produtivo, continue a leitura deste artigo. 

Nesse post vamos mostrar o que é Kanban, como funciona, como aplicar o sistema aos seus processos e quais as vantagens em fazê-lo. Confira!

O que é Kanban?

Na prática, o Kanban é um sistema visual que representa o fluxo de trabalho e permite uma gestão mais organizada, fluida e compreensível para todos os envolvidos. Ele é formado por colunas, representando o estágio de produção, e cartões, que definem as tarefas de uma equipe.

Ele funciona como um framework que controla atividades por ordem de execução. Dessa forma, em um quadro são separadas três colunas: uma para tarefas a serem executadas, outra para tarefas em andamento e a última para tarefas entregues.

Os cartões de tarefas contêm a descrição e os requisitos para conclusão de cada trabalho. Ao serem distribuídas entre atividades prontas para execução, em andamento e concluídas,o workflow de um projeto ou operação fica mais claro.

Logo, é possível ter uma visão macro do que deve ser executado, o que facilita a organização das tarefas e otimização da gestão. Dentre as funções do Kanban, as três primordiais são:

  • organizar o fluxo de tarefas e mostrar uma dimensão do que precisa ser produzido, do que já está em execução e qual o ritmo dessa produção;
  • balancear os processos anteriores e posteriores para que nenhuma etapa seja pulada e interrompida pela falta de entrega;
  • estabelecer o número de atividades que devem ser feitas pela equipe para não sobrecarregar ninguém e respeitar a capacidade de produção de cada um.

O que significa Kanban?

O termo “kanban” pode ser entendido livremente como cartão, sinal visual ou quadro visual. Esse sistema foi criado em 1940 pelo engenheiro Taiichi Ohno, no Japão. Ele era um dos gestores da montadora Toyota e se inspirou na organização das prateleiras do supermercado para criar o método. 

Afinal, os mercados da época monitoravam o estoque repondo apenas o necessário para atingir a demanda do comprador. Na fábrica da Toyota, o processo era semelhante com gerenciamento de inventário. 

Dessa forma, Taiichi alinhava o estoque com o uso de peças suficientes para montagem de carros por meio de um cartão que desenvolveu, o kanban, que servia como um sinal que determinada etapa produtiva havia sido concluída, permitindo que os funcionários entendessem rapidamente que deveriam atender novas demandas.

Escrito com o k minúsculo, kanban significa cartão. No entanto, em 2004 tivemos o nascimento do método Kanban. 

Ele foi criado por um estudioso das metodologias ágeis, David J. Anderson, que combinou os 12 princípios do Manifesto Ágil com essa simples representação visual implementada por Taiichi Ohno. 

O resultado foi um sistema de colunas e cartões que representa o fluxo de trabalho com clareza e praticidade, podendo ser aplicado em diversos setores, tanto no formato digital quanto no físico.

modelo kanban

Desse modo, as colunas representam os seguintes itens:

  • Idea (ideia): aqui ficam os cartões de tarefas que ainda não foram aprovadas ou precisam de mais informações para serem passadas à equipe;
  • To do (a fazer): essa coluna é dedicada às tarefas disponíveis para uma equipe, que já foram aprovadas pela gestão do projeto e contém os dados necessários para execução;
  • Doing (em andamento): serve para sinalizar todas as ações que estão sendo executadas no momento, facilitando a visualização do que cada um está fazendo;
  • Done (concluído): tarefas que foram concluídas pela equipe, para mostrar os problemas e necessidades de um projeto que foram atendidas.

O modelo serve como um sistema que permite enxergar e fazer apenas o que é necessário, quando necessário e na quantidade necessária. Em termos de produção, a empresa se beneficia na comunicação entre colaboradores, já que eles entendem melhor o que é para ser feito. 

Para que serve o Kanban?

Entender para que serve o Kanban é bem simples, basta saber que esse método busca representar visualmente as tarefas a serem executadas em projetos e linhas de produção, assim como o estágio de conclusão onde elas se encontram.

Quando um colaborador está disponível para assumir uma demanda, ele vai até a coluna inicial, de ações prontas para serem executadas, passando a tarefa escolhida para a coluna “em andamento”. 

Depois de concluída, ele passa o cartão da atividade para a última coluna, dos trabalhos entregues, voltando sua atenção novamente para a lista de tarefas disponíveis na primeira coluna, reiniciando o fluxo com uma nova ação em progresso.

Desse modo, o método Kanban serve para elevar o foco, produtividade e organização nos trabalhos de uma equipe, concentrando sua atenção no que está disponível e no status de cada atividade, reduzindo simultaneamente as eventuais distrações e interrupções do time.

Como funciona o Kanban?

Depois de entender o que é o Kanban e para que serve essa metodologia, precisamos nos atentar sobre como ele é capaz de atingir seus objetivos. Para saber como funciona o Kanban, basta avaliar os quatro conceitos que formam os pilares do método, são eles:

1. Organização da demanda atual

O primeiro pilar indica que o sucesso da metodologia começa com a sua aplicação no que sua equipe já faz. Antes de mudar a organização das tarefas, veja como pode ser feita a representação visual do que está em andamento na sua operação.

Prefira a evolução a uma abordagem disruptiva.

2. Implementação gradual de melhorias processuais

Ao adaptar suas atividades para a representação visual do método Kanban, identifique pontos que podem passar por melhorias incrementais e gradativas, que, somadas, podem deixar o fluxo de trabalho mais eficiente e com maior qualidade..

3. Foco na conclusão de tarefas abertas

Antes de buscar uma performance extra e colaboradores que superam suas expectativas, foque em cumprir as demandas atuais de acordo com os requisitos já estabelecidos, garantindo um fluxo satisfatório de entregas, antes de mais nada.

4. Estímulo à iniciativas e feedbacks internos

O último pilar representa o ideal de autonomia e a aplicação de melhorias constantes ao trabalho executado, mostrando que os seus colaboradores podem liderar iniciativas por melhores resultados, identificando pontos no processo que podem ser otimizados.

4 passos fundamentais para implementação do Kanban

Para implementar o método Kanban, existem 4 passos fundamentais. Confira quais são a seguir:

  • Preparar a equipe: o primeiro passo para adotar o sistema Kanban é reunir o time e explicar como funciona cada etapa. Deixe bem definido o seu conceito, princípios e dê um exemplo para ilustrar. Em seguida, enumere os benefícios que a equipe pode ter com o seu uso;
  • Identificar estágios do processo: nesta etapa, é necessário mapear todos os processos e seus estágios para montar o quadro Kanban corretamente, com o número de colunas necessárias para enquadrar as atividades. O fluxo mais usado tem início na coluna  “para fazer”  e termina na “feita”. No meio, geralmente usa o “em produção”, mas não é regra e pode ser adaptado a um modelo que se enquadre melhor no seu negócio;
  • Definir esquema de priorização: para tornar a comunicação mais uniforme e efetiva, escolha uma maneira de definir cada tarefa, seja ela urgente, menos urgente e não urgente. Aqui você pode usar tanto as cores quanto colunas para tal função – o importante é separar a ordem de execução; 
  • Avaliar para melhorar: após a implantação do Kanban, solicite feedback da equipe sobre o que pode ser otimizado, quais foram os maiores desafios e pensem juntos em soluções para esses impasses. 

O que é Kanban e quais as suas vantagens?  

O método Kanban traz diversos benefícios para seus usuários. Ele é uma maneira eficiente de organizar o fluxo de tarefas da sua empresa por ser versátil – sendo adaptável para o meio digital ou manual –  e ter um layout intuitivo.

Confira as principais vantagens desse método a seguir.

1. Autonomia

Com o quadro do Kanban a vista, o colaborador tem autonomia para gerenciar os seus projetos sem depender de alguém delegar. Lógico que é o gestor que vai inserir as informações nos cartões, mas cada um do time pode acompanhar o status da entrega, como também adiantar outras tarefas “puxando” direto do cartão “para fazer”. 

2. Priorização de atividades

No quadro, as tarefas mais urgentes podem ser adaptadas com uma cor específica, sinalizando a sua priorização. Em alguns casos, somente as tarefas importantes vão para o quadro, certificando de que serão finalizadas no tempo determinado.

3. Aumento da produtividade

Uma das principais vantagens do Kanban é o aumento da produtividade. Quando a equipe tem visão sobre o que tem que ser feito, pode ter tranquilidade para executar aquelas tarefas e se organizar melhor para executá-las e finalizá-las em tempo hábil.

4. Colaboração

Com a centralização das tarefas em um único lugar, é possível ver não só as atividades individuais, como também de todos os outros colegas de trabalho. Dessa forma, percebendo que alguns possuem mais tarefas do que outros, ou que algumas estão atrasadas, ter empatia e auxiliar aquele colega pode ser uma grande vantagem para o time e empresa como um todo. 

Agora que você sabe quais as vantagens do Kanban, vamos acompanhar como dominar a metodologia e implementá-la no seu negócio ou organização pessoal?

Como usar o Kanban no dia a dia?

O primeiro passo para implementar o Kanban na sua rotina diária é estabelecer em qual meio você irá utilizá-lo: físico ou virtual. Em seguida, definir quais colunas terão no seu quadro: serão as três principais, ou existe mais alguma que é relevante colocar? 

Por fim, separa as equipes que terão acesso ao quadro, delegar tarefas para cada colaborador e começar o fluxo. É bem simples e pode ser praticado tanto na vida profissional quanto pessoal, basta mudar apenas os quadros do Kanban e cartões de tarefa. 

< Leia também: Gerenciamento de projetos: entenda sua importância e por onde começar />.

5 boas práticas para aplicação do Kanban

Por mais simples que o método Kanban seja, existem algumas práticas centrais que otimizam o processo. Veja a seguir. 

1. Torne o fluxo de trabalho visual

Como o Kanban é uma ferramenta visual, então tornar o fluxo de trabalho visível no quadro é o primeiro passo para a sua implementação. Assim, a equipe consegue visualizar todas as atividades e atribuições de cada um. Na maioria das vezes, a visualização se dá a partir de um quadro, seja virtual ou físico, com algumas colunas e cartões que simbolizam  as atividades. 

2. Estabeleça limites para o andamento das tarefas

Estabelecer o número máximo de tarefas para cada colaborador é fundamental para não sobrecarregar o time ou os indivíduos. A principal funcionalidade do Kanban é facilitar o trabalho e melhorar a produtividade, por isso, delimitar o Work-In-Progress ajuda a manter as pessoas no seu foco. 

3. Otimize a gestão do fluxo 

Como consequência das duas primeiras práticas, após tornar visual o trabalho e limitar o andamento das tarefas, é mais fácil compreender qual tempo leva cada estágio das tarefas e estabelecer prazos que sejam compatíveis com sua execução. 

Afinal, gerenciar o fluxo é entender o contexto, fazendo mudanças e ajustando o que for necessário para que as entregas sejam mais efetivas como um todo. 

4. Especifique as políticas de processos

Assim como todos os processos possuem regras que guiem o seu funcionamento, no Kanban não é diferente. É necessário criar uma política de processos  para que todos saibam o que deve ser feito e como deve ser feito, tornando as práticas padronizadas para que ninguém seja prejudicado.

Deixe a política à vista para que todos saibam da sua existência e consigam consultar quando acharem necessário. Neste documento, é comum ter informações como:

  • Checklists;
  • SLAs (Service Level Agreement);
  • Descrição das atividades;
  • Cargos envolvidos em cada uma dessas atividades.

5. Crie um ecossistema de feedbacks contínuos

Os feedbacks ajudam a entender processos que podem ser melhorados ou que estão dando certo e podemos manter. Dessa forma, temos a garantia de que o melhor trabalho está sendo feito, no menor tempo possível. 

Como uma ferramenta visual, no Kanban é possível dar feedbacks de diferentes tipos, como:

  • Verificação das atividades antes da devolução final;
  • Notas sobre problemas enfrentados durante o processo;
  • Comunicação sobre possibilidades de melhoria;
  • Alinhamento para remover gargalos do processo.

Kanban vs Scrum

Agora que você já sabe o que é Kanban, deve estar se perguntando sobre   as diferenças entre esse método e Scrum. Afinal, os dois são metodologias cujo objetivo é melhorar a gestão. 

A verdade é que elas são complementares, ou seja, você pode utilizar tanto uma quanto a outra no seu fluxo de gestão. Mas sim, existem diferenças e é importante saber quais são.

A primeira delas se trata do ritmo de implementação. No Scrum, as tarefas têm data para começar e terminar, ao contrário do Kanban, que as tarefas são finalizadas quando termina o fluxo e o quadro fica vazio. 

A segunda diferença são as atribuições, já que no Kanban qualquer pessoa envolvida no projeto pode delegar as tarefas e movimentar o quadro. Entretanto, no Scrum as divisões são feitas pelo Scrum Master, o Product Owner e a equipe de desenvolvimento.

No quesito entregas, as do Scrum são feitas no final de cada sprint e autenticadas pelo Product Owner. No Kanban não há uma definição sobre como as entregas devem ser feitas e pode ser acordada entre gestor e time. 

Essas são as principais diferenças entre os dois métodos. Como se pode ver, um não substitui o outro, já que suas funções não são idênticas, mas podem ser combinados para atingir resultados mais duradouros. 

Qual a importância do Kanban para gestão e execução de projetos?

Em resumo, o Kanban é uma técnica utilizada há várias décadas, com eficácia comprovada. Ao longo do tempo, ela vem sendo aperfeiçoada e implementada no meio digital, otimizando processos nos mais diferentes setores e empreendimentos. 

Ela pode ser aplicada para a gestão ágil de produtos, desenvolvimento de projetos e operação diária de equipes em variados setores, que passam a enxergar as suas demandas e responsabilidades com mais transparência e assertividade

Dominar metodologias ágeis e o método Kanban tem se tornado uma das principais exigências do mercado para a seleção de gestores, buscando maneiras inteligentes de otimizar a abordagem de equipes para as tarefas que executam

Agora que você já sabe o que é Kanban, está na hora de aprender a colocar essa metodologia em prática. 

Para isso, indicamos o Bootcamp para Gerente de Projetos da Faculdade XP, o curso online perfeito para aprender as estratégias e práticas mais importantes para a gestão do desenvolvimento de softwares.

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UX Design: Conheça e descubra como iniciar uma carreira na área

Você, que deseja seguir carreira na área, já se perguntou o que é UX Design, por que a profissão tem este nome? 

A verdade é que o termo “Design” pode ser aplicado em diversas áreas de atuação e, por este motivo, é um conceito bastante amplo. 

Algumas áreas do design são mais tradicionais e conhecidas, como o design de moda, design de interiores e design industrial — voltados para vestuários, arquitetura e empresas de fabricação mecânica, respectivamente — e o design gráfico, que está muito presente no dia a dia de trabalho de publicitários, agências de marketing, entre outros. 

Entretanto, com a evolução da tecnologia e dos produtos digitais — como sites e aplicativos —, outra categoria de designers começou a ganhar relevância: os profissionais de UX, ou User Experience, a experiência do usuário. 

Pode parecer um termo complicado e complexo de entender, porém essa competência está cada vez mais em alta e sendo bastante requisitada no mercado em geral.

Se você quer se tornar um UX Designer, ou tem curiosidade sobre o tema, continue a leitura e saiba mais sobre o que é UX e como a ideia se conecta a esse universo gigantesco do UX Design!

O que é UX Design?

O UX Design é uma competência que cuida dos momentos de interação do usuário em uma jornada de um produto digital. “UX” é a abreviação do termo em inglês User Experience, que traduzido para o português fica: Experiência do Usuário. Então, UX Design nada mais é que o Design de Experiência do Usuário.

O tempo todo o UX preza pela usabilidade do produto, isto é, que o consumidor alcance seu objetivo final na plataforma de maneira intuitiva, sem tanto esforço e sem frustrações. 

Esse objetivo varia de acordo com produto: pode ser a conclusão de uma venda, o acesso a um conteúdo, o upload de uma foto, o envio de uma mensagem, entre tantas outras possibilidades.

O papel fundamental do UX Design é criar um fluxo de interação que flua com poucos erros e que mantenha o usuário focado na ação a ser desenvolvida. E, para isso, existem muitas premissas e metodologias capazes de gerar dados preciosos para que os profissionais de UX sejam mais assertivos em suas propostas. 

< Leia mais: diferença entre UI e UX Design />

Antes de seguir em frente, entenda mais a fundo o que é UX

A atuação de um UX Designer está diretamente ligada com a ideia de user experience, ou experiência do usuário. E este, aliás, é um conceito cada vez mais em alta no mercado, sendo utilizado tanto nas áreas de tecnologia e produto, quanto em setores comerciais e de marketing. 

Experiência do usuário diz respeito aos esforços de uma empresa em promover sensações positivas ao usuário que interage com determinada solução ou produto de uma marca. O objetivo de uma estratégia de user experience é fazer com que o consumidor se encante pela experiência ao longo de sua trajetória com a marca e que se torne um consumidor fidelizado. 

Uma empresa atenta às tendências de mercado compreende que o cuidado com a experiência do cliente deve ser prioridade de todos os setores, desde os de back-office (Recursos Humanos, Logística, TI etc) até os da linha de frente, como vendas e marketing. 

De acordo com o portal 99 firms, o ROI (Retorno sobre o Investimento) da experiência do cliente é de cerca de 9.900%. Isso significa que desenvolver soluções pensadas para despertar sensações positivas no consumidor é, comprovadamente, um caminho efetivo para a geração de renda nos negócios. 

Saber o que é UX e como ela se relaciona com seu ROI explica o motivo pelo qual o setor segue aquecido no mercado, não é mesmo?

O que faz um UX Designer?

Como já citamos, o Designer UX é responsável por cuidar da experiência do usuário dentro de algum produto digital, seja um site, um aplicativo, um e-commerce, entre outros. Se o usuário precisa interagir com a ferramenta, então é preciso um trabalho de UX para que isso ocorra da melhor forma possível.

Mas vale ressaltar que um UX Designer precisa de dados para realizar um bom trabalho, ou seja, ele precisa conhecer o usuário e entender como se comporta, quais são suas características, como ele fala, entre outros pontos. 

Portanto, antes de iniciar o design da interface, é preciso um estudo prévio para a construção de um produto realmente alinhado às expectativas do usuário.

Sendo assim, o UX Designer precisará desenvolver competências específicas ou contar com o apoio de profissionais de algumas áreas correlatas.

Entre elas encontram-se o UI Design — responsável pelo layout da interface —,  o UX Research — que realiza pesquisas com o usuário e coleta dados relevantes —, o UX Writer — que elabora todo o conteúdo da página  —, e um Product Designer, que coordena desse trabalho e a atribuição de função para a squad do projeto.

Todas essas áreas são fundamentais para a entrega de um produto que realmente preza pela experiência do usuário. É interessante que um Designer UX conheça pelo menos um pouco sobre cada uma delas para que seu trabalho tenha entregas ainda melhores.

Hard e Soft Skills desse profissional

Agora que você já sabe o que é UX Design de forma detalhada, certamente notou que um UX Designer, profissional-chave dessa área, precisa desenvolver algumas competências específicas para que o seu trabalho flua de uma forma positiva, não é mesmo? 

Por isso, dentro do universo de experiência do usuário, é interessante que o designer desenvolva algumas hard skills, como:

Como citado no item anterior, existem profissionais focados em cada uma dessas competências. 

Porém, não é sempre que damos sorte de trabalhar com um time completo assim e ter esses conhecimentos pode ser um grande diferencial para a sua carreira no design.

Soft skills do profissional de UX 

Caso você venha a trabalhar em um time com profissionais das demais áreas de atuação, será essencial desenvolver certas soft skills para conduzir projetos de UX. Algumas delas são:

  • Trabalho em equipe e colaboração, já que um UX Designer nunca trabalha sozinho;
  • Comunicação assertiva e não agressiva para o compartilhamento de ideias e soluções com o time;
  • Inteligência emocional para aceitar novas propostas e críticas ao produto.

Ter essas habilidades desenvolvidas é um grande caminho percorrido para o sucesso na profissão!

As linguagens de programação são a maneira pela qual hardware (máquina) e ser humano se comunicam.

Por elas, o profissional programador pode criar softwares (programas), ordenando como os dados devem ser operados e quais ações devem ser executadas, entre outras atribuições. Assim, as linguagens utilizam vários elementos para que a comunicação entre o desenvolvedor e a máquina possa ser feita com eficácia.

Entre eles, estão palavras-chaves, símbolos e instruções, além de regras semânticas e sintáticas.

Como você pôde perceber, as linguagens de programação funcionam como verdadeiros idiomas. Então, do mesmo modo que o português, francês ou espanhol fazem, por exemplo, elas são capazes de comunicar a mesma mensagem de formas diferentes.

Com suas próprias regras e elementos, as diversas linguagens computacionais podem ser utilizadas de acordo com a necessidade de comunicação. Isto é, para cada objetivo, uma linguagem é mais adequada segundo as demandas do projeto.

Então, de forma simplificada, podemos dizer que o programador é o profissional que trabalha utilizando as diferentes linguagens de programação para escrever, desenvolver e fazer manutenção de softwares.

Qual a importância do UX Design?

O UX Design tem ganhado cada vez mais relevância, e não é à toa! Ele tem um papel fundamental na atração e na retenção de usuários. Ou seja, se você criar uma experiência marcante, certamente as pessoas vão querer continuar usando o seu produto. É o caso de grandes marcas como a Apple, Disney, Uber, AirBnB, entre outras.

Contudo, mesmo com os investimentos em UX Design sendo elevados, o retorno dessas melhorias para a empresa é exponencial. Uma pesquisa feita nos anos 80 por Tom Gilb mostra que “a cada dólar que uma empresa investe em UX, o retorno pode chegar até 100 dólares”. Demais, não é mesmo?

Portanto, além de gerar receita, o UX Design também gera notoriedade para a marca, que passa a ser mais bem aceita e recomendada pelo público, gerando um marketing espontâneo e de muito valor.

Pilares de um boa experiência e princípios do UX Design

Sem dúvidas o principal pilar de uma boa experiência é o foco no usuário. Se não há foco no usuário, não há UX. 

Por isso, é essencial que o designer entenda que o seu trabalho precisa atender às expectativas de outro grupo social e que “achismos” não são bem-vindos. É preciso realizar pesquisas, testes, análises, aplicações e mais testes.

Além disso, é importante entender que a experiência pertence ao usuário, ou seja, não é possível criar uma experiência, por se tratar de uma ação subjetiva. 

O que os UX Designers fazem é oferecer ferramentas adequadas para que o indivíduo desenvolva uma experiência positiva, de acordo com os objetivos que ele deseja atingir com aquele produto.

Sendo assim, ter uma visão holística é essencial para o desenvolvimento das interfaces, já que nem toda a experiência se mantém dentro da tela. Os pontos de contato dentro da jornada do cliente de uma empresa podem ser inúmeros e extrapolam o limite da plataforma digital.

Diferença entre UX e UI

Você já sabe o que é UX, mas é importante ressaltarmos que trata-se de uma área de conhecimento macro. Em contrapartida, o UI é uma de suas micro áreas. 

Os profissionais de User Interface (UI) tem o foco em desenvolver a interface de um aplicativo ou site, enquanto os designers UX focam nisso e em outros aspectos, como a jornada do cliente, experiências anteriores com o produto e seus impactos, entre outros.

Além disso, o UI Design tem a intenção de guiar o usuário desde o primeiro acesso, até o objetivo final. E, neste caso, o UX entra como uma maneira de tornar esse processo mais fluido e agradável, influenciando na experiência e não somente na conclusão do objetivo.

Diferença Designer Gráfico e UX Designer 

Ao longo do texto foi possível conhecer mais sobre a profissão do UX Designer e suas atribuições, não é mesmo?

Um dos primeiros pontos que ressaltamos foi a amplitude que a área de design tem e a sua gama de atuações. Sendo assim, vamos delimitar algumas diferenças entre o design gráfico e o UX design, as profissões que possuem mais relação uma com a outra.

O profissional de design gráfico atua bastante com a elaboração de peças gráficas para empresas e agências, participando da criação de marcas, layouts de sites entre outros. Ou seja, trabalha bem próximo das equipes de marketing e comunicação. 

Já o UX designer nem sempre trabalha com a parte gráfica, como o desenvolvimento das interfaces digitais. Sua atuação é mais ampla e envolve outros conceitos, como a usabilidade. Seu trabalho nem sempre envolve os setores de marketing, ficando alocado geralmente nos times de produto.

Como é o mercado de trabalho e por que se especializar nessa área?

Com as empresas cada vez mais presentes no mundo digital, pensar na experiência do usuário tem se tornado essencial. Mais do que um design bonito, a interface precisa ser funcional e ter boa usabilidade, se não de nada serve. 

Esse pensamento tem levado as marcas a buscarem no mercado profissionais UX para compor seus times de produto, sendo uma competência procurada em diversos segmentos de negócio.

Segundo o site www.vagas.com, a média de salário de um UX designer pleno é de R$ 6 mil no Brasil. 

Portanto, sendo o UX Design uma habilidade em alta e com grande procura no mercado, como mesmo foi dito em uma pesquisa realizada pelo Linkedin, investir nessa carreira é uma aposta certeira e promissora.

Como se tornar um UX designer?

Além de saber o que é UX — o que consideramos como o passo zero da jornada —, o primeiro passo para se tornar um UX Designer é estudar muito! Ou seja:

  • leia artigos sobre UX;
  • conheça os princípios da UX;
  • aprenda processos e metodologias de design;
  • faça cursos e aplique seus conhecimentos, mesmo que de forma voluntária. 

Nesse momento é interessante beber de várias fontes para ter maior familiaridade com os conceitos.

Um ponto importante é que não é necessário ter uma formação prévia em design para se tornar um UX designer, pois não é um pré-requisito. Mas é importante se aproximar de algumas habilidades de design para conseguir exercer bem o seu papel no dia a dia de uma empresa.

Por fim, após bastante estudo e aplicação, monte seu portfólio, interaja com a comunidade UX e crie um networking interessante para você. Certamente a vaga dos seus sonhos chegará e com ela excelentes oportunidades de crescimento!

Seu primeiro passo começa aqui e agora! 

Com a ajuda de plataformas confiáveis e especializadas no mercado financeiro, você pode dar o primeiro passo em sua formação como UX designer. 

Na Faculdade XP, você tem acesso a uma série de conteúdos, que vão do básico ao avançado, para aprender tudo o que precisa. Além do nosso blog, com centenas de materiais, reunimos diversos cursos para quem quer desmistificar o segmento e até iniciar uma carreira no mercado de tecnologia.

É hora de dar o primeiro passo! 

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Gerenciamento de projetos: entenda sua importância e por onde começar

Não basta ter boas ideias, é preciso também saber executá-las! Mas, nem sempre é fácil colocar em prática um conceito. Agora imagine como essas questões são vistas dentro do mercado e na estrutura das empresas, levando em conta variáveis como tempo e dinheiro. É nesse ponto que o gerenciamento de projetos faz total diferença.

Considerando os elementos que estão em jogo, entender o gerenciamento de projetos não é apenas pensar em formas inteligentes de conduzir processos, mas de criar hábitos e culturas que visem o bom aproveitamento de recursos, a resolução de problemas e  minimização de riscos. 

Sabia que, com um bom gerenciamento de projetos, é possível coordenar melhor os membros da sua equipe, entender de maneira aprofundada uma ideia e ainda melhorar o relacionamento dentro do ambiente de trabalho. Vamos conhecer como tudo acontece?

Para começar, vamos entender os conceito de projetos

Podemos concordar que um projeto nasce a partir de uma ideia que deseja tornar-se real, mas o que isso implica? 

Quando o escopo do projeto sai do papel, são necessárias ações e esforços contínuos  em busca de um resultado coordenado. Um projeto pode ser empresarial, social, cultural, pessoal entre outras naturezas.

Esse conceito de projetos sincronizados foi criado pela Project Management Institute, uma organização mundial cuja finalidade é ajudar profissionais a tornarem seus objetivos realidade, auxiliando no gerenciamento de funções, programas e portfólios relacionados a sua profissão. Conseguiu entender?

Veja abaixo o que caracteriza os projetos:

  • Temporário: deve ter datas de início e fim definidas;
  • Tem um objetivo: mesmo que não seja clara é preciso definir metas e finalidades;
  • Deve ter custos e recursos estipulados: os projetos possuem recursos limitados e dentro do que pode ser feito na realidade e contexto de cada situação. 

Muito mais do que dicas e ferramentas, para que qualquer projeto tenha sucesso é preciso que haja comprometimento com os acordos firmados. Ou seja, encarar os desafios e buscar a continuidade do trabalho sempre!

O que é gerenciamento de projetos e para que serve?

Durante um projeto existem várias etapas até a conclusão do trabalho ou alcance dos objetivos desejados. Fases que vão desde o planejamento até a entrega e que são perpassadas por metodologias, ferramentas, conhecimento técnico e ajustes. 

Diante de tantos afazeres, organização é mais que fundamental para garantir que tudo saia como desejado. É neste momento que entra o gerenciamento de projetos, que diz respeito à utilização de saberes, habilidades e técnicas para a execução de projetos de forma eficiente e assertiva. 

O gerenciamento de projetos é extremamente importante para as empresas, uma vez que tornam a organização capaz de conduzir ideias de encontro a geração de benefícios para si mesmas e suas equipes. Gerenciar projetos com inteligência é a garantia de mais rapidez na entrega e qualidade ao que é apresentado. 

Project Management Institute criou o Guia do Conjunto de Conhecimento e Gerenciamento de Projetos, o PMBOK®. Sua função é ser um manual para empresas e profissionais, orientando o que pode e o que não pode faltar no processo. Confira:

Grupos de Gerenciamento de Processos

  1. Início;
  2. Planejamento;
  3. Execução;
  4. Monitoramento e Controle;
  5. Encerramento.

Conforme vimos até aqui, dentro da metodologia do gerenciamento de projetos existem inúmeras variáveis que devem ser observadas e controladas e para cada uma delas existem diferentes tipos de abordagens.

Diferença entre processos e projetos

Enquanto o projeto se trata de um conjunto de ações e técnicas para o desenvolvimento de algo ou o alcance de uma meta, o processo diz respeito a uma forma de fazer algo. Podemos dizer que o processo engloba atividades repetitivas, de esforço contínuo que não precisam de tempo determinado para acontecer, podendo gerar diferentes resultados. 

Quando um projeto chega ao seu resultado final, o mesmo é encerrado. Já o processo não, pois ele ocorre de forma perene. Um exemplo interessante é a limpeza de casa. Você provavelmente não limpa todos os dias, mas com toda certeza a necessidade de limpeza nunca acaba e deve ser realizada de tempos em tempos.

Tabela de gerenciamento de projetos

Ciclo de vida de um projeto

O ciclo de vida de um projeto é definido por cada uma das etapas que o formam, do início ao fim. Pensar no ciclo de vida é fundamental para enxergar melhor cada parte e estipular prazos, metas e tudo o que precisa ser feito. Deste modo, cada fase do projeto representa um ciclo de vida. 

Geralmente as fases de vida são definidas segunda as atividades que precisam ser executadas. Vamos considerar por exemplo a abertura de um negócio, desde a ideia até a inauguração.

  1. Concepção e planejamento do projeto, público-alvo, cartilha de produtos a serem comercializados, maquinário, nicho de mercado, entre outros detalhes;
  2. Compra dos produtos e organização da loja ou empresa;
  3. Vai ou não ter uma sede? Onde o negócio vai estar localizado?
  4. Criar o nome e a identidade visual;
  5. Contratação de funcionários;
  6. Inauguração. 

Deu para perceber como este projeto possui etapas diferentes e organizadas de forma estratégica? Afinal, como seria possível contratar funcionários sem um negócio estruturado? Viu como a separação em ciclos de vida traz mais clareza para o projeto? 

Habilidades necessárias para um gerente de projetos 

Se você sentiu que tem afinidade com essa metodologia, por que não se aprofundar no assunto e quem sabe trabalhar como gerente de projetos? Nos dias de hoje, o mercado está cada vez mais aquecido para quem possui as habilidades necessárias à função.

É função do gerente de projetos garantir que as etapas fiquem dentro do escopo, ou seja, dentro do que foi planejado, dentro do custo estipulado e também pronto no prazo acordado. Ele também é incumbido de coordenar a execução de projetos das empresas. Veja outras funções deste profissional: 

  • Monitorar os indicadores do projeto;
  • Obter e selecionar recursos humanos e financeiros; 
  • Obter os materiais necessários;
  • Coordenar as partes interessadas;
  • Gerenciar conflitos;
  • Comunicar decisões e resultados;
  • Garantir a aplicação da metodologia de gestão. 

São muitas as responsabilidades mas, com esforço e estudo, você pode adquirir todas as habilidades necessárias para se tornar um profissional formidável. Veja abaixo quais são as principais habilidades de um gerente de projetos: 

  • Liderança;
  • Organização;
  • Boa comunicação;
  • Negociação;
  • Visão global;
  • Boa alocação de recursos;
  • Gestão de crises;
  • Objetividade;
  • Empatia; 
  • Disciplina. 

Apesar de ser um cargo bastante exigente, sabemos que não é impossível expressar todas essas habilidades, ainda mais com a ajuda de técnicas inteligentes e ferramentas assertivas. Confira no próximo tópico! 

Ferramentas e técnicas de gerenciamento de projetos

Hoje a tecnologia é uma grande aliada do gerente de projetos. Atualmente, existem plataformas bastante convenientes para quem precisa exercer um olhar global e ao mesmo tempo detalhista.


Uma das soluções mais utilizadas no momento para ajudar os profissionais nessas questões são as metodologias de desenvolvimento ágil. Esse conhecimento também pode ser aplicado utilizando as ferramentas abaixo: 

Gráfico de Gantt

Chamado de Gráfico ou Diagrama de Gantt, esta técnica diz respeito a separação de um projeto em várias etapas. Em seguida, cria-se um cronograma com um número de dias do quanto deve durar cada etapa. Nessa lógica uma atividade pode começar apenas quando a anterior finalizar. 

A técnica pode ser feita pelo Excel ou MS Project, com a ajuda de gráficos. Aqui, o profissional tem uma visão facilitada do seu projeto, sendo possível organizar as tarefas entre funções interdependentes e que podem ser feitas paralelamente uma da outra. 

PMBOK

Assim como dito anteriormente, o PMBOK é um guia para o gerenciamento de projetos. Geralmente este método é utilizado principalmente para os processos mais longos. Apesar do material conter inúmeras recomendações, os pontos principais do guia são: 

  • Iniciação;
  • Planejamento;
  • Execução;
  • Monitoramento e Controle;
  • Encerramento.

O PMBOK apresenta soluções em gerenciamento para os mais variados nichos como: recursos humanos, comunicação, gestão de custos, entre outros tipos de gestão. Confira a seguir as áreas contempladas: 

  • Gerenciamento de aquisições do projeto, 
  • Gerenciamento da qualidade do projeto, 
  • Gerenciamento de riscos do projeto, 
  • Gerenciamento do escopo do projeto, 
  • Gerenciamento de custos do projeto, 
  • Gerenciamento de integração do projeto, 
  • Gerenciamento das comunicações do projeto, 
  • Gerenciamento de recursos humanos do projeto,
  • Gerenciamento de tempo do projeto, 
  • Gerenciamento das partes interessadas;
  • Gerenciamento de projetos de negócios;
  • Gerenciamento de processos sistemas operacionais;
  • Gerenciamento de processos no sistema operacional.

Scrum

Scrum é uma metodologia ágil, marcado pela transparência das funções. Nele, todos os integrantes da equipe devem saber exatamente o que o outro está fazendo, para que consigam entender os processos, saber em qual etapa está cada um e ainda o que é indispensável para o projeto. 

Com o Scrum, o gerente de projeto é capaz de realizar melhorias contínuas em todos os momentos. Isso porque o mesmo fica dividido em fases e assim as entregas são realizadas de forma gradual. 

Extreme Programming ou XP 

Assim como o Scrum, o XP é muito usado em nas área do TI, pois é  focado principalmente no aumento da qualidade dos produtos e na satisfação do cliente. Estão entre os princípios dessa técnica:

  • Produzir todos os softwares em pares;
  • Iniciar projetos com um design simples;
  • Remover a complexidade desnecessária;
  • Colocar um sistema mínimo em produção ágil e mais. 

Método do Caminho Crítico ou CPM

Criado por volta de 1950, o CPM está voltado para a manutenção da pontualidade. Por isso, ele apresenta técnicas para a otimização do tempo e promoção de um alto rigor e trabalha considerando uma linha de sequência temporal. 

Para tanto, ele identifica as atividades interdependentes, traçando uma linha temporal entre elas e unificando tempo gasto em cada função. Isso ajuda na visualização do tempo de duração dos processos que ocorrem dentro do projeto. Além destas existem muitas outras técnicas e ferramentas. 

Práticas para o gerenciamento de projetos

Como você percebeu, gerenciar projetos não é nada simples e muito menos fácil. Desse modo, existem algumas práticas que podem ajudá-lo a tornar este processo um pouco menos complexo. Veja abaixo algumas práticas importantes!

  • Definir corretamente o escopo;
  • Criar um cronograma;
  • Investir na comunicação com a equipe;
  • Prever riscos;
  • Ter uma equipe engajada e qualificada;
  • Respeitar os prazos de início e fim. 

Essas recomendações podem parecer simples, mas não devem ser perdidas de vista pelos gerentes! Agora que você já conhece melhor a área, aproveite para se aprofundar mais no universo!

As 10 áreas de gerenciamento de projetos 

Conforme vimos anteriormente, o gerenciamento de projetos pode ser aplicado a qualquer área.  No entanto, o ato de gerir em sua forma mais prática envolve certas etapas para que a equipe alcance seus objetivos: 

  1. Integração;
  2. Escopo;
  3. Tempo;
  4. Custo;
  5. Qualidade;
  6. Recursos Humanos;
  7. Comunicações;
  8. Risco;
  9. Aquisições;
  10. Partes Interessadas. 

Parâmetros do mercado 

Já pensou em se tornar um gerente de projetos? Talvez essa seja a melhor hora! Não existe uma formação específica para quem deseja uma carreira nessa função. Porém, entender bem a respeito do assunto em que se pretende trabalhar é fundamental. 

Este profissional é bastante requisitado pelas empresas e costuma possuir uma boa  remuneração, isso por que, seus conhecimentos são valiosos para todos os tipos de empresas. Mas afinal, como ingressar na área? 

Como começar na área de gerenciamento de projetos? 

O primeiro passo é sempre o mesmo: estude! O mais indicado é buscar um curso de gerenciamento de projetos como um MBA. Se você é da área de TI é importante optar por um curso com mais foco na área de tecnologia, assim você garante que todo o aprendizado vai estar direcionado para o caminho que você deseja.

Modelo Cascata: definição, benefícios e diferenças para o método Agile

Você já pensou em um projeto, mas teve dificuldades em tirá-lo do papel? Então certamente você precisa de uma ferramenta de gerenciamento para otimizar os fluxos e delimitar cada etapa de execução, como Modelo Cascata 

Também conhecido como modelo waterfall ou cachoeira, esse método de desenvolvimento em cascata é marcado por fases muito bem definidas, que estabelecem os requisitos e problemas que um projeto  deve realizar , marcando um passo a passo até que esses objetivos sejam alcançados.

Apesar da efetividade comprovada, o processo de software cascata foi criado em 1970 e já é considerado defasado em muitos pontos. Por isso, é comum compará-lo a outras metodologias ágeis do desenvolvimento de softwares, como o método Agile, que utiliza algumas de suas bases e é uma espécie de atualização.

As Metodologias Waterfall e Agile, mais conhecidas como metodologias ágeis, são muito utilizadas por empresas de tecnologia, por exemplo, pela funcionalidade e benefícios que trazem para os projetos, principalmente de software. 

Exemplo disso está na pesquisa realizada por Scott Ambler, apontando que 82% das empresas melhoraram sua produtividade, enquanto que 77% aperfeiçoaram a qualidade do produto. Além disso, as empresas que adotaram metodologias ágeis em seus projetos mostraram uma taxa de sucesso de 55%.

Apesar dos dois modelos ajudarem – e muito – a simplificar os processos no desenvolvimento de software, eles possuem algumas diferenças pontuais que são importantes de ressaltar. Por isso, este artigo foi pensado exatamente para explicar suas distinções e te ajudar a escolher o melhor para seus projetos. Boa leitura!

O que é o Modelo Cascata?

O Modelo Cascata na engenharia de software é uma metodologia de desenvolvimento criada na década de 1970, sugerindo uma abordagem sistemática do processo como um todo. Ela consiste em fases bem definidas e um fluxo sequencial entre elas.

Conhecida também como modelo waterfall ou cachoeira, essa metodologia tem um nome bem sugestivo em relação ao seu funcionamento: afinal, o fluxo de tarefas ocorre em etapas e não deve voltar para fases anteriores após ter avançado. 

O topo da cascata equivale ao ponto inicial, e a parte que toca o rio, o final. 

Assim como a água que cai e não volta, o curso das tarefas deve seguir sem retorno para não atrapalhar o projeto. Ou seja, como um processo sequencial, ao final de cada etapa, os desenvolvedores não conseguem voltar para o estágio anterior. 

Basicamente, é preciso ter uma definição muito clara sobre as funcionalidades e aplicações de um projeto, já que não será possível voltar ao início para alterar o planejamento, uma vez que ele já se encontra em desenvolvimento.

Dessa forma, os erros e mudanças são quase inadmissíveis, o que requer um cuidado extra na hora de definir as etapas e executar cada uma delas, para que não haja comprometimento do projeto como um todo. 

Como funciona o Modelo Cascata na prática?

Desde sua criação, a  Metodologia Cascata vem sendo muito utilizada pelas empresas no desenvolvimento de software, visando evitar prejuízos. Como sua funcionalidade fez muito sucesso, permanece até hoje como uma das principais formas de organização de planejamentos. As principais fases do modelo Waterfall são: planejamento, execução, validação e entrega.

No planejamento, é importante levantar todos os requisitos e funcionalidades esperadas para o projeto, documentando todas essas informações e criando uma estrutura das tarefas que serão seguidas, incluindo cronogramas, estimativas, equipes acionadas e interface de testes.

A execução irá sequencialmente executar as tarefas estabelecidas na ordem definida, assim que o objetivo de cada processo é cumprido, o desenvolvimento do software passa para a tarefa seguinte. Assim que estiver finalizado, podem ser iniciados os testes e validações do projeto.

Com resultados satisfatórios nos testes, o software será implantado junto ao cliente. A partir daí, o projeto estará finalizado. Caso seja necessário realizar manutenções periódicas ou atualizações, elas serão consideradas como um novo processo, aplicando o modelo cascata desde o seu início.

Mesmo sendo um método mais engessado e inflexível, ainda é uma excelente forma de organização e desenvolvimento de projetos. 

Quando o Modelo Cascata é recomendado?

Apesar de cada caso ser único, o ideal é avaliar projeto por projeto para repensar se o modelo escolhido é o que mais faz sentido para o seu negócio.. Entretanto, como o método é bem rígido, ele funciona melhor para projetos muito bem delimitados e estruturados, daqueles que não sofrem alterações e possuem erros quase nulos.

Além disso, a Cascata pode ser adotada com tranquilidade em projetos que abordam apenas o aperfeiçoamento de um serviço, ou de um produto já existente, no qual as adaptações são naturalmente esperadas. Ou seja, ele é ideal para projetos:

  • com processos bem documentados;
  • que possuem limitações existentes no cronograma e verba, diminuindo sua liberdade; 
  • com condições específicas;
  • com requisitos de regulamentação, como aqueles previstos por lei.

Em outras palavras, se o seu projeto tem etapas bem delineadas, que precisam ser seguidas de forma metódica, o Waterfall é perfeito para você! 

8 etapas do Modelo Cascata

As organizações geralmente seguem oito etapas para a execução da engenharia de software no modelo waterfall. Vamos ver, a seguir, quais são elas.

1. Concepção da ideia principal

A primeira parte é a definição do projeto. Aqui, o responsável escolhe a ideia e o que será feito para atingi-la. Em seguida, essa mesma pessoa analisa o custo-benefício do projeto, e, decidindo que ele é válido, terá uma estimativa geral do que será o projeto, dando continuidade à segunda parte. 

2. Documentação do projeto

Nesta fase ocorre a reunião dos documentos necessários para que o projeto exista, abrangendo os requisitos de software e sistema. 

3. Análise de viabilidade

Agora serão feitos testes para analisar a viabilidade do projeto. Se ele passar dessa fase, é criado um papel com a confirmação detalhada, especificando todos os requisitos.

4. Desenvolvimento visual do projeto

Neste passo, são preparados os modelos e storyboards que irão assessorar na criação visual do projeto, visando desenvolver a arquitetura do software.

5. Codificação de software

Aqui é onde o software é construído de fato. Para isso, é necessária a codificação de cada parte individual do software. Assim, os desenvolvedores seguem todos os passos pré-estabelecidos anteriormente, como o design e processos.

6. Testes gerais

Assim que o software está pronto e codificado, são feitos testes avançados e rigorosos para avaliar sua funcionalidade e possíveis erros. Essa etapa pode requerer codificações extras, caso ocorra alguma falha no código-fonte. Em alguns casos, todo o projeto deverá ser reiniciado.

7. Divulgação do conteúdo

Se o projeto passar em todas as fases, estará pronto para ser comercializado, ficando disponível para quem vai usá-lo. 

8. Manutenção e monitoramento

Após a comercialização do produto, os desenvolvedores disponibilizam um suporte ao produto, realizando a sua manutenção de tempo em tempo, bem como ajustes de erros que podem ocorrer durante sua utilização. 

Esta etapa é muito importante para garantir que o software funcione por mais tempo e em sua total capacidade, corrigindo problemas e criando patches.

< Leia também: Gestão Ágil de Produtos: saiba como usar essa metodologia />

Modelo Cascata vs Metodologia Agile

Como podemos observar, o Modelo Cascata é rígido e direto, o que pode ser interessante para certos projetos com informações bem claras e conhecidas, que demandam um desenvolvimento mais controlado. Ao mesmo tempo, sua aplicação não é recomendada quando o projeto requer uma gestão flexível e atualizações constantes.

Surgindo como uma alternativa ao Waterfall, o Agile tem base em 12 princípios que defendem maior flexibilidade e continuidade ao desenvolvimento das soluções, além de permitir que mudanças sejam feitas em qualquer fase do processo. Dessa forma, os projetos têm início com uma base mais simplificada, com etapas curtas. 

Chamadas de Sprints, essas etapas são elaboradas com base em ciclos de atividades para um determinado projeto, mantendo um desenvolvimento ágil, fluido e pautado por feedbacks constantes, ou seja, o projeto se encontra em uma espécie de desenvolvimento contínuo.

Assim, o Agile acaba sendo um método de trabalho mais rápido, no qual as etapas podem ser puladas e é possível retornar nelas quantas vezes for preciso. 

Neste método, inovações e melhorias podem ser adicionadas a cada contato com o software, pensando sempre na satisfação do cliente. Portanto, sua criação se torna mais simples e fácil, adaptando feedbacks dos usuários para otimizar o sistema, independentemente da etapa. 

Agora você deve estar se perguntando: quais as diferenças mais marcantes entre os dois? A resposta é simples e se refere às mudanças que podem ocorrer durante o processo de testes. No Waterfall, eles costumam acontecer no final, como dito no acima, quando o produto já está rodando. 

Nos métodos ágeis, os testes acontecem repetidamente, em todos os processos, de acordo com os feedbacks recebidos pelos usuários. Dessa forma, a equipe consegue atingir resultados mais compactos, eliminando todos os erros que podem ocorrer ao fim do projeto. 

Principais diferenças entre modelo cascata e método ágil

Antes de abordarmos as vantagens e desvantagens do Modelo Cascata e do Método Ágil no desenvolvimento de softwares, vamos apontar as principais diferenças entre essas abordagens, para que fique claro o comparativo.

Em primeiro lugar, temos a configuração do projeto. No desenvolvimento em cascata, temos fases bem definidas e divididas, seguindo uma execução sequencial e com movimento reto do ponto A ao ponto B, ou seja, o projeto tem começo, meio e fim, com etapas que não são repetidas.

A base da Metodologia Ágil consiste em estabelecer um ciclo de desenvolvimento para o projeto, formado por sprints. Dessa forma, o movimento fluido e rápido é mantido, porém, a coleta de feedbacks e a aplicação de melhorias já estão previstas desde o início, marcadas para o início do ciclo seguinte.

O Modelo Cascata é bem rígido e direto, aplicável para o desenvolvimento de projetos únicos ou isolados de outras tarefas. Não há espaço para alterações durante o andamento das etapas. Já no Agile, temos a flexibilidade de implementar melhorias em todas as etapas e abordamos a engenharia de software como um processo contínuo e integrado.

Por fim, podemos acrescentar que o Modelo Cascata coleta informações junto ao cliente durante o planejamento e depois se fecha para a execução interna, sem interferência ou feedbacks adicionais. Já o método ágil prioriza a satisfação do cliente e costuma envolvê-lo no desenvolvimento.

Cada uma dessas abordagens e características devem ser consideradas para saber quando usar o método cascata ou ágil no seu projeto.

Vantagens da Metodologia Waterfall

Decisões nunca são fáceis, principalmente quando se trata de métodos para gerenciar projetos. Então, vamos analisar as vantagens e desvantagens de cada um?

Começando pelas vantagens do modelo cascata na engenharia de software, podemos citar a precisão do método, que não admite erros e correções, o que acaba cumprindo o prazo estabelecido no planejamento. 

Além disso, as fases da metodologia em cascata são bem arquitetadas, o que facilita seu gerenciamento, já que o cliente sabe exatamente o que vai receber, quanto vai custar e quanto tempo o software será entregue. 

Desvantagens da Metodologia Waterfall

Como o lado inverso de uma moeda, as mesmas características que fazem parte das vantagens do método cascata, são os que delineiam suas desvantagens. Sua rigidez de não poder voltar nas etapas anteriores faz com que os testes sejam realizados de forma tardia, e talvez seja tarde demais para modificar

Dessa forma, o produto lançado pode não rodar da forma esperada, gerando gastos exorbitantes e perdas imensuráveis. Outro ponto que deve ser citado é que perdendo os feedbacks recorrentes, os desenvolvedores perdem também a oportunidade de utilizá-los em etapas anteriores e aperfeiçoar o sistema. 

Vantagens da Metodologia Agile

Se tratando das vantagens do método Agile, podemos começar pela sua flexibilidade. Isso quer dizer que mudanças podem ser feitas logo após o planejamento inicial, de acordo com feedback dos clientes. Essa característica facilita o entendimento sobre o que o seu usuário quer e a entrega exata do produto que eles desejam.   

Outro ponto de vantagem é a separação do projeto em partes interativas. Assim, os desenvolvedores possuem tempo suficiente para realizar mais testes, minimizando as chances de falhas. 

O sucesso dos projetos desenvolvidos com metodologias ágeis têm taxa de sucesso três vezes maior se comparados às formas tradicionais, segundo o Relatório CHAOS Manifesto, da consultoria Standish Group.

Desvantagens da Metodologia Agile

A flexibilidade do Agile pode ser também uma desvantagem, já que o projeto final tende a demorar mais para ficar pronto pela ausência de um prazo final estabelecido. Além disso, como a cada feedback existem ajustes e alterações a serem feitas, o cronograma nunca é seguido à risca

Assim, as criações extras podem significar maiores custos para o cliente, o que pode não ser tão agradável.

Em relação à eficiência do método, ela só funciona 100% quando o time se compromete a executar o projeto e possui autogestão. Afinal, sem um prazo para que as tarefas sejam cumpridas, a procrastinação pode vir à tona. 

< Confira um comparativo mais detalhado sobre essas metodologias no post: Metodologia Waterfall vs. Agile: entenda as diferenças />

Como escolher a metodologia certa para o seu projeto?

Agora que você sabe as vantagens e desvantagens de cada método, ficou mais fácil decidir qual é o mais indicado para o seu projeto?  A verdade é que não possui resposta certa, e todos os dois podem agregar de forma positiva

Pode parecer que a metodologia Agile seja a  melhor, por ser mais flexível, mas é interessante notar que o Modelo Cascata se mostra muito eficaz para projetos em que  todos os requisitos são conhecidos e há necessidade de isolar a execução de possíveis interferências que atrasem a entrega.

Lembre-se, para projetos mais claros e objetivos, com todas as etapas traçadas e estudadas anteriormente, a metodologia Waterfall é ideal. No entanto, se o que você deseja é inovação, rapidez e praticidade, o método ágil é ideal para alcançar resultados incríveis.

Para dominar todos esses modelos e se tornar um profissional do desenvolvimento de softwares ou gestor de projetos ainda mais capacitado, conheça a trilha de especialização em Inovação e Gestão Ágil da Faculdade XP, desenvolvida para formar profissionais altamente capacitados e prontos para revolucionar o mercado.

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Design de Interação: tudo o que você deve saber sobre o tema

Design de interaçãoIx design, interaction experience design… existem várias formas que podemos chamar um campo de atuação tão importante atualmente. Mas o que é de fato necessário é entender em que consiste essa disciplina, como ela funciona e quais são seus benefícios?

Se você chegou até aqui em busca de mais informações sobre Design de Interação, veio ao lugar certo! Separamos as principais características dessa competência, quais são suas relações e diferenças com UX, onde pode ser aplicado e quais são suas abordagens, entre tantos outros pontos.

Aproveite a leitura a seguir e tire todas as suas dúvidas sobre o tema!

O que é Design de Interação e qual seu objetivo?

O Design de Interação é a área que estuda interação entre sistema e usuário através de uma interface. É uma disciplina da TI e do design que é responsável por desenhar e aplicar pontos de interatividade em sistemas digitais ou físicos. 

Ou seja, seu principal objetivo é fazer com que as pessoas interajam e tenham contato com os produtos digitais de maneira simples, objetiva e intuitiva.

O papel do designer de interação é tornar claro para o usuário como a navegação pela interface deverá acontecer e o que ele precisa fazer para atingir o seu objetivo final — seja uma compra, assistir um vídeo, postar uma foto, enviar uma mensagem, entre outras possibilidades.

Por essa necessidade de criar um fluxo de navegação positivo, a área de Ix possui forte relação com a área de UX, que com os seus conceitos de usabilidade consegue tornar essa interação do usuário ainda mais assertiva e satisfatória. Se você quer saber mais sobre a aplicação do Ix Design na prática, confira o tópico a seguir!

Como funciona na prática 

Para entender como o Design de Interação funciona na prática é preciso, primeiro, se aproximar de alguns conceitos, como: wireframes, mockups e protótipos.

Wireframes

Os wireframes são uma maneira de representar graficamente a disposição dos itens no sistema. Geralmente são considerados rascunhos por não terem o compromisso com a realidade. É apenas uma forma de organizar as ideias, conceitos e informações que virão no design da interface.

Mockups

No caso dos mockups já há um compromisso com a realidade. Eles são basicamente uma imagem que representa como ficará o produto final. Ou seja, o mockup projeta as cores, a tipografia, o tamanho, perspectiva e demais características que a interface terá.

Protótipos

Os protótipos são parecidos com os mockups, porém oferecem uma versão teste do projeto, com possibilidade de interações. Os dados utilizados na interface não precisam ter um compromisso com a realidade, por se tratar de uma representação do projeto.

A ferramenta mais utilizada entre os Ix designers é o Figma, que permite a elaboração de todas essas representações que citamos.

É um programa online e gratuito, feito para criar, colaborar, prototipar e inspecionar. Sendo assim, os designers conseguem criar as telas e fluxo de navegação das interfaces, que serão posteriormente aprovadas e desenvolvidas por programadores.

Design de Interação e Design de experiência

Como falamos anteriormente, o Ix design faz parte do UX design, ou seja, são disciplinas que se complementam e que precisam uma da outra para que a entrega final seja ainda melhor.

Enquanto o Design de Interação é responsável por criar a interface que o usuário irá interagir, o Design de Experiência faz a lapidação dessa interação e pensa a experiência na interface e para além dela. 

O UX tem um olhar mais amplo, que envolve outros aspectos, como o tempo de carregamento da página e de processamento das informações inseridas, qual o sentimento que o usuário tem em cada fase da experiência, entre muitos outros.

Portanto, vale ressaltar que o Ix designer e o UX designer podem ser a mesma pessoa, principalmente por essa relação de interdependência entre as atividades. 

Fazer esse trabalho conjunto com apenas um profissional ou com mais de um é uma discussão que precisa ser feita dentro do time, levando em consideração o nível de complexidade do projeto em questão. As duas opções podem funcionar!

Quais são as aplicações e as 5 dimensões do Design de Interação?

Como você já pôde perceber ao longo do texto, o Design de Interação está presente em tudo aquilo que envolve interface e usuário. Por este motivo, suas aplicações são variadas, com formatos diversos e podendo estar presentes em todos os segmentos de negócio. Alguns exemplos de aplicações do Ix design são:

  • Sites;
  • Aplicativos;
  • Jogos virtuais;
  • Marketing digital;
  • Sistemas bancários.

O importante nisso tudo é saber que, independente do projeto a ser executado, existem algumas premissas que são básicas do Design de Interação e que precisam ser consideradas a todo momento durante a construção das interfaces. Neste caso, consideramos as 5 dimensões do Design de Interação como:

  1. Palavras: é toda a parte textual que guia o usuário até a ação final. Inclui desde os textos dos botões, até a tela de sucesso, quando o usuário finaliza seu objetivo.
  2. Representações visuais: são os ícones, imagens, tipografia, ou seja, os elementos gráficos que ajudam na interação.
  3. Objetos físicos/espaço: por onde esse usuário está acessando a interface, qual o meio que ele utiliza.
  4. Tempo: quando se considera as mídias que podem sofrer alteração com o tempo, como vídeos, sons e animações.
  5. Comportamento: por meio das quatro dimensões anteriores, o designer Ix cria um modelo ideal de comportamento que o usuário precisa ter na interface, com o intuito de atingir o seu objetivo final.

Além dessas premissas que acabamos de citar, o Design de Interação também conta com algumas abordagens que norteiam o trabalho dos profissionais. Confira no tópico a seguir.

Conheça as abordagens

No Design de Interação são consideradas 4 abordagens possíveis de serem utilizadas durante a execução de um projeto, sendo:

  1. Centrado no Usuário: foco nas necessidades e objetivos do usuário;
  2. Centrado em Atividades: foco nas atividades e tarefas que precisam se completadas;
  3. Sistemas: foca nos componentes do sistema;
  4. Gênios: confia nas habilidades e sabedoria do designer para fazer produtos.

Existe uma abordagem ideal? Não. Existe aquela que melhor se adequa à realidade do projeto e em como ele será executado. Com a proximidade entre IxD e UX design, a abordagem mais defendida costuma ser a Centrada no Usuário. 

Porém, sabemos que as tarefas do dia a dia por vezes nos exigem um ritmo de trabalho mais acelerado e, em alguns casos, a equipe disponível é enxuta, então a abordagem mais utilizada provavelmente será a de Gênios. 

O importante é entender que cada abordagem possui suas particularidades e que você, enquanto designer, pode extrair o melhor de cada uma delas para a execução do seu projeto.

Diferença entre Design de Interação e UX Design 

Ao longo do texto mostramos algumas evidências de que o Ix Design e o UX Design são áreas de conhecimento que se complementam, ao mesmo tempo que possuem suas características exclusivas.

O Design de Interação é uma disciplina que busca conhecimento sobre a interação, através de uma interface, entre o usuário e um sistema. O seu principal objetivo é oferecer um caminho para que o usuário complete a ação desejada, como uma compra online, por exemplo.

Já o Design de Experiência é uma competência um pouco mais ampla que o Ix design. O UX design investiga outros pontos dessa interação, contemplando aspectos comportamentais e motivacionais, procurando entender como as pessoas se sentem ao interagir com determinada interface. 

Esses pontos são levados em conta durante a construção de um produto digital, com introdução de conceitos de experiência do usuário para tornar a navegação mais satisfatória.

Sendo assim, um designer de interação se preocupa com os pontos de interação e se eles ocorrem da forma que deveriam ocorrer, e um designer de experiência busca entender o que vem após essa interação.

Por exemplo, um botão de play para iniciar uma música deve ser pensado pelo Ix Designer. Já a duração da trilha e tudo o que pode ser realizado nesse meio tempo é dever do designer de experiência. Deu para entender?

Diferença entre Design de Interação e UI Design

A linha entre o Design de Interação e o Design de Interface é bem tênue. Uma disciplina depende da outra para que tudo funcione e o produto seja fácil de usar. Contudo, ainda assim as duas áreas possuem diferenças entre si, como:

  • O UI designer tem a função de projetar uma tela, pensando na disposição ideal dos elementos gráficos, botões, campos de texto, as cores, entre outros, tornando as interações simples e de fácil compreensão.
  • A pessoa que trabalha com IxD tem a função de criar as interações desses elementos da tela. Ou seja, quando temos o elemento de “caixa de seleção” na página e clicamos na opção que desejamos, o botão passa da cor cinza para o verde. Essa dinâmica entre usuário e sistema é o que chamamos de Design de Interação. Ter essas interações bem definidas ajudam na experiência do usuário durante o seu fluxo na plataforma.

Importância e benefícios do Design de Interação

O Design de Interação é um dos pilares de um produto digital. Ele é essencial para traçar o caminho ideal de interação entre os usuários e a plataforma em questão. Sendo assim, investir em IxD possui inúmeros benefícios, tendo alguns deles como:

  • garantir um projeto bonito, com boa usabilidade e utilidade;
  • melhorar a comunicação entre a interface e usuário;
  • estabelecer uma ideia eficaz do produto;
  • aumentar as chances de envolvimento do usuário com o produto.

O papel de um designer de interação tem sua importância em vários tipos de projetos e suas aplicações são diversas, como você pode ver no tópico a seguir.

Onde ele pode ser utilizado?

Em um mundo ideal, qualquer projeto deveria contar com um Ix designer. Esse profissional fica responsável por observar as interações, por garantir melhores produtos e, por consequência, assegurar melhores experiências para os usuários.

É evidente que empresas de TI contratem mais designers de interação, porém corporações de marketing e vendas estão investindo cada vez mais nessa disciplina. A tendência é que essa área de IxD cresça e conquiste novos espaços, já que é muito difícil encontrar empresas que ainda não atuam no universo digital.

Por onde começar a aprender?

O primeiro passo para se tornar um Designer Ix é buscar por uma formação completa, que te deixe preparado para atuar nesse setor.

Com o mercado aquecido e cada vez mais oportunidades para a área, existem muitos cursos de capacitação em Design de Interação sendo ofertados em diversas instituições. Escolha aquele em que você mais se identifica e que acredita que irá agregar mais no seu dia a dia profissional.

Busque também artigos e profissionais IxD para adquirir conhecimentos extras, além de indicação de livros que possam auxiliar na carreira como designer. Por fim, organize sua agenda e comece a estudar o quanto antes!

O que é BDD: conheça a metodologia e seu funcionamento

Utilizado em projetos de softwares ágeis, o BDD (Behavior Driven Development ou Desenvolvimento Orientado para Comportamento), propõe facilitar quaisquer adversidades relacionadas ao ciclo de vida de um sistema, promovendo eficácia e eficiência na comunicação e resolução de possíveis demandas.

Todo sistema possui vida útil e, com o tempo, passa a sofrer alterações que pedem reparos, podendo ou não mirar na assertividade. Dessa forma, o BDD apresenta-se como uma técnica de desenvolvimento fundamental para garantir a funcionalidade e qualidade de um software durante seu ciclo de vida.

O que é o Behavior Driven Development?

Behavior Driven Development (BDD caracteriza-se por sua capacidade de integrar quaisquer regras do mundo dos negócios à linguagem de programação, configurando-se como uma técnica ágil de desenvolvimento. Lá, o teste é escrito antes do código, focando no comportamento do software trabalhado.

Essa metodologia, ao concentrar-se na linguagem e interações utilizadas durante o processo de desenvolvimento de um sistema, beneficia todos os desenvolvedores durante a criação, pois possibilita que os testes sejam escritos em sua linguagem nativa e também passível de entendimento. 

Essa é conhecida por Linguagem Ubíqua e pode ser facilmente compreendida por toda a equipe.

Dessa forma, o código se torna mais compreensível, possibilitando uma comunicação eficiente entre as equipes de desenvolvimento e testes.

De acordo com Dan North, criador do Desenvolvimento Orientado para Comportamento, o BDD pode ser descrito como uma tecnologia ágil, de múltipla escala e com alta capacidade de automação. Ele é capaz de descrever um ciclo de interações definidas, o que resulta na entrega de um software funcional, testado e significativo.

Como o BDD se relaciona com a Cultura Ágil?

Cultura Ágil é um conjunto de ideias, práticas sociais e comportamentos que se fortaleceu no meio empresarial logo após a ocorrência das transformações digitais. 

Suas metodologias são capazes de garantir agilidade, qualidade e adaptação, promovendo um ambiente de trabalho dinâmico, cooperativo e colaborativo.

O BDD, portanto, se relaciona diretamente com esse conjunto de ideias, pois sua técnica garante um processo de desenvolvimento ágil, capaz de envolver todos os times necessários. Isso torna o projeto acessível, pois sua linguagem híbrida colabora com a integração dos usuários do sistema e dos implementadores deste.

Dentre os princípios da Cultura Ágil que estabelecem conexão com o BDD, podemos citar:

  • Funcionalidade;
  • Autonomia;
  • Reflexões para otimizações;
  • Satisfação do cliente;
  • Ambientação e suporte.

Quais os benefícios e vantagens do BDD?

Escolher o BDD como sua metodologia pode garantir diversas vantagens aos processos e à equipe.

Dentre os benefícios promovidos pela utilização desta técnica, vale citar:

  • Comunicação aprimorada: permite que as equipes trabalhem de forma integrada, envolvendo desenvolvedores e testadores. Dessa forma, a metodologia garante o compartilhamento de conhecimento e a efetividade do processo de comunicação.
  • Documentação dinâmica: as equipes garantem que a documentação do sistema seja versátil, sem custos e grandes esforços.
  • Visão do todo: todas as etapas do processo de desenvolvimento e testagem de software podem ser visualizadas de forma ampla, já que o BDD garante a integração dos times.

Todos os benefícios do BDD citados acima permitem a criação de um  software com código de qualidade, alta coesão e baixa taxa de bugs.

BDD, TDD e ATDD: quais as diferenças?

Além do BDD, existem metodologias voltadas para facilitar o trabalho dos desenvolvedores que valem nossa atenção. Uma delas (TDD) é considerada técnica antecessora ao Behavior Driven Development.

O objetivo desta seção é apresentar tais metodologias, conhecidas como Test Driven Development (TDD) e Acceptance Test-Driven Development (ATDD), evidenciando possíveis diferenciações.

O que é o TDD?

O TDD (Test Driven Development ou Desenvolvimento Dirigido por Testes), é uma técnica de desenvolvimento de software baseada em pequenos ciclos de repetições responsáveis pela aplicação de testes, o que antecede o BDD. 

A testagem permite que os desenvolvedores planejem códigos de forma fragmentada, garantindo que cada uma das funções do sistema em construção possa ser testada e avaliada.

O TDD é utilizado por diversos profissionais e oferece inúmeras vantagens. Entre elas:

  • Soluções ágeis e de qualidade;
  • Fácil manutenção do código;
  • Desenvolvimento de funções mais completas;
  • Organização em todo o processo de desenvolvimento.

O que significa ATDD?

O ATDD (Acceptance Test-Driven Development ou Desenvolvimento Orientado a Testes de Aceitação), configura-se como uma técnica de programação. Ela permite que as equipes trabalhem de forma colaborativa, utilizando testes automatizados para impulsionar o desenvolvimento do código.

Nesta técnica, os testes utilizam uma linguagem compreensível a todos os setores responsáveis pelo projeto e aos clientes.

Diferentemente do TDD, o ATDD foca no trabalho em equipe, uma vez que possibilita a atuação de diversos profissionais no processo de desenvolvimento do software.

Dentre os benefícios desta técnica, podemos citar:

  • Cumprimento dos requisitos determinados para o software – já que o ATDD realiza testes de aceitação – capazes de verificar se o sistema comporta-se como esperado;
  • Comunicação clara e objetiva entre as equipes;
  • Possibilidade de avaliação contínua do software em toda sua fase de desenvolvimento.

Como o BDD une essas funções?

Em sua abordagem o BDD foi capaz de unir algumas vantagens das metodologias citadas acima.

Em se tratando do TDD, a organização e testagem aplicada ao processo de desenvolvimento de software manteve-se no BDD, uma vez que esta metodologia configura-se como uma evolução do Test Driven Development.

Já no ATDD, a comunicação e integração das equipes através de uma linguagem natural também faz parte do BDD, já que esta técnica se relaciona diretamente com a facilitação do processo comunicacional. 

Ferramentas para aplicar BDD

Atualmente, existem aproximadamente 40 frameworks de automação de testes disponíveis para a aplicação do Desenvolvimento Orientado para Comportamento (BDD).

Neste artigo, citaremos apenas as principais delas. Confira a seguir!

Cucumber

O Cucumber é uma ferramenta capaz de efetuar descrições em uma linguagem acessível para realizar a execução de testes de aceitação automatizados.

A partir desse recurso, é possível descrever as necessidades dos usuários de uma forma que toda a equipe técnica e não-técnica possa compreender facilitando, assim, a comunicação entre todos os membros do projeto.

JBehave

O JBehave é conhecido como um framework de testes para BDD que, assim como o Cucumber, possibilita a fácil comunicação entre toda a equipe de desenvolvimento e toda a equipe de negócio.

Sua criação baseia-se na mesma filosofia utilizada pelo BDD, pois permite a integração de todos os participantes do projeto através da linguagem natural.

Criado por Dan North, o JBehave foi o primeiro framework produzido para a testagem de aplicações Java.

Spock

O Spock é um framework de fácil aprendizagem, utilizado para aplicações Java e Groovy. Esta ferramenta possui uma linguagem simples e possibilita a realização de variadas combinações de testes.

O framework também apresenta excelente estruturação de testes, pois utiliza o conceito de blocos.

Sua compatibilidade é ampla porque pode ser utilizado em diversas ferramentas de build e servidores de integração contínua.

Considerado como uma mistura de tecnologias que deu certo, o Spock foi inspirado em diversos frameworks, bem como RSpec, JUnit e JMock.

Por que estudar comportamento?

O comportamento é parte essencial do BDD. Afinal, a própria nomenclatura da metodologia permite a correlação.

A principal vantagem desta técnica está relacionada com a comunicação das equipes de desenvolvimento de software.

Desta forma, o BDD prioriza a simplificação do processo comunicacional, preocupando-se com a linguagem utilizada e os cenários do mundo real descritos e solicitados pelo cliente, a fim de torná-lo membro integrado do processo.

O comportamento é essencial nesta metodologia, pois permite que a comunicação integrada entre as equipes técnicas e não técnicas garantam a qualidade do sistema desenvolvido e a satisfação do cliente.

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Business Agility: conceito, vantagens e aplicação

O mundo está em constante mudança e sobrevivem apenas os que se adaptam às variações impostas.

Se o mundo sofre transformações, as pessoas também, e com isso suas necessidades se modificam. Consequentemente, é dever do mercado não apenas acompanhar tais transformações, mas adequar-se a elas a fim de se manter no páreo.

Business Agility é responsável por coordenar essa demanda dentro de uma empresa, pois se caracteriza pela capacidade ágil e flexível de resposta e adaptação a todas as mudanças de mercado.

Como funciona o Business Agility?

O Business Agility Model (Modelo Ágil de Negócios), se refere à utilização dos métodos ágeis de adaptação à constante imprevisibilidade do futuro, permitindo que as empresas criem soluções rápidas, capazes de suprir demandas inesperadas.

A aplicabilidade deste método exige estratégia, fluidez e flexibilidade de toda a empresa, pois requer inovação, criatividade e proatividade a fim de obter os melhores resultados,

O funcionamento do Business Agility depende da criação de um processo estrutural dentro da empresa, que promova independência, autonomia, criatividade e espontaneidade a todos os colaboradores.

O objetivo da metodologia é aumentar a agilidade em todos os processos, otimizando as práticas necessárias e buscando implementar mudanças que façam a diferença internamente e externamente.

A coleta de dados após essa etapa é imprescindível para realizar análises e revisar estratégias e táticas utilizadas, caso necessário.

Durante esse processo, é essencial contar com uma gestão integrada para que os dados necessários sejam corretamente selecionados para análise.

A escolha dos profissionais de sua equipe também é muito importante, pois o trabalho está essencialmente ligado ao relacionamento interpessoal, aos aspectos comportamentais e cognitivos.

A Origem do Business Agility

O Business Agility originou-se a partir do conceito de Metodologia Ágil e se desenvolveu especialmente no mercado de softwares, como resposta aos desafios enfrentados diariamente por diversos desenvolvedores.

A compreensão de todo o processo de criação possibilitava a dinamicidade na implementação de mudanças. Logo, foi possível passar a acompanhar novas tendências de mercado e as necessidades de cada cliente.

Pensando nisso, Kent Beck e mais dezesseis importantes consultores da área, a fim de acompanhar as constantes transformações do mundo digital, criaram em 2001 o Manifesto para Desenvolvimento Ágil de Software. Este foi um dos principais pilares para fundamentar o nascimento e evolução do Business Agility Model.

Por que implementar o Business Agility nas empresas?

Como vimos anteriormente, é importante que as empresas possam sobreviver e se adaptar às mudanças inesperadas. O Business Agility entra em ação justamente nesses momentos em que estratégias criativas precisam ser definidas, a fim de promover a resiliência da empresa em situações adversas.

Dentre os benefícios da implementação do Business Agility Model, podemos citar:

  • Rápida adaptação às mudanças de mercado;
  • Respostas ágeis e flexíveis em se tratando das demandas dos clientes;
  • Adaptação produtiva e econômica, sem deixar de priorizar a qualidade;
  • Garantia de posicionamento competitivo dentro do mercado.

A ideia da metodologia é promover a agilidade de todos os setores da empresa, a fim de coletar feedbacks e investir em melhorias que colaborem com a inteligência organizacional, priorizando o consumidor.

Vale lembrar que este modelo ágil considera todos os colaboradores e preocupa-se com o comportamento e capacidade de cada um, prezando pela habilidade de adaptação da equipe em possíveis cenários onde mudanças e incertezas fazem-se presentes.

Business Agility em 4 passos

Promovendo a cooperação entre todos os departamentos e colaboradores da empresa, o Business Agility é muito mais do que uma implementação proveniente do Manifesto Ágil.

Ou seja, ele é a mudança de mindset da equipe e a intenção de construir coisas novas a fim de alinhar, efetivamente, negócios e estratégias. 

Dessa forma, o Business Agility possui fundamentos em 4 pilares de trabalho, para que os desejos almejados tornem-se possíveis em cada gestão.

Confira a seguir!

Foco em processos

A aplicação dos princípios de agilidade deve ser realizada com foco nos resultados e na evolução constante da empresa, garantindo:

  • Foco no que é prioritário para o negócio;
  • Capacidade de identificar problemas.

Áreas integradas

É necessário que todas as áreas estejam integradas entre si para que a metodologia se torne eficiente.

Todos os setores da empresa devem se comunicar bem para que o processo ágil seja implementado de forma única e alinhada,  desde a estratégia até à operação.

Este alinhamento tão essencial está relacionado à hierarquia e ao modelo de liderança da organização, que deve ser horizontal, possibilitando a independência e o empoderamento dos profissionais presentes.

Cultura organizacional

Durante a implementação do Business Agility, uma nova cultura deve se manifestar.

Apostar no treinamento da equipe é essencial, já que a transformação ágil se trata, principalmente, do desenvolvimento interpessoal e do mindset de crescimento, necessário para que a mentalidade ágil de todos os colaboradores seja desenvolvida.

Objetivos claros

É essencial que toda a equipe possua objetivos claros no processo transicional para o alcance da agilidade, pois tal atitude sustenta as mudanças necessárias a serem implementadas na empresa.

Como o Business Agility se diferencia dos métodos ágeis?

Apesar da relação existente entre os dois conceitos, o Business Agility  se diferencia consideravelmente dos métodos ágeis pois, apesar da utilidade e estruturação ágil proporcionada pelo framework, o foco do Business Agility Model é essencialmente cognitivo e comportamental, ou seja, envolve e prioriza pessoas.

O processo organizacional com certeza faz parte da eficácia da metodologia. No entanto, o Business Agility se baseia na prática, nos erros, acertos e no contexto em que a empresa está inserida, focando em entender relações de mercado e clientes.

Diferenciando-se dos métodos ágeis que focam em um conjunto de processos, podemos concluir que o Business Agility comporta sim conceitos das metodologias ágeis, mas não corresponde a sua definição plena.

Por onde começar?

A implementação do Business Agility deve ser gradual, pois implica em diversas transformações que podem desagradar a equipe.

É importante começar aos poucos, promovendo treinamentos, diálogos explicativos sobre a metodologia e toda a parte teórica necessária para preparar o solo em busca de fertilidade.

Vale lembrar que tais mudanças não ocorrem da noite para o dia e é preciso paciência para desenvolver a mentalidade das equipes. Além disso, a comunicação é essencial para este processo, pois todos os colaboradores devem ser escutados durante a implementação do mesmo.

É avaliando constantemente o que é possível e o que não é possível que pode-se chegar à eficácia do Business Agility, garantindo a inserção da empresa nesta tendência global e transformadora.

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