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Conheça os principais tipos de ações e saiba como reconhecê-los

A bolsa de valores oferece uma variedade de títulos que podem compor a carteira dos investidores. Dentre os mais queridinhos, as ações sem dúvidas são os ativos mais lembrados quando se fala de mercado de capitais. Entretanto, você sabia que há tipos de ações que diferem entre si?

Isso mesmo! Apesar de todas representarem a mesma coisa, isso é, uma pequena parte de uma empresa de capital aberto e cujo preço varia com o tempo, existem algumas características específicas que tornam alguns papéis diferentes de outros.

Na verdade, existem duas maneiras de classificar os tipos de ações: uma delas corresponde aos direitos dos sócios, enquanto a outra diz respeito ao tamanho da empresa.

Quer aprender tudo sobre as diferentes classes de ações? Pois continue a leitura até o fim!

Quais são os tipos de ações?

De maneira geral, a maneira mais tradicional de classificar esses ativos é denominando uma ação preferencial ou ordinária. Mas o que esses termos representam? Vamos falar sobre isso abaixo.

Ação preferencial

Uma ação preferencial notabiliza-se pela restrição de direitos mais ativos por parte do acionista quanto a questões internas da empresa emissora. Por exemplo, esse tipo de papel não permite voto em assembléias deliberativas.

Entretanto, há algumas vantagens para os portadores desses tipos de ações. Dentre eles, podemos enumerar a prioridade no recebimento de dividendos.

E o que é isso? São proventos pagos periodicamente aos acionistas correspondentes à divisão de lucros da empresa em um determinado período. 

Os valores variam bastante de companhia para companhia e equivalem a um pequeno percentual sobre os valores das ações que o sócio possui em sua carteira de investimentos. Quanto mais papéis, mais dividendos o investidor recebe.

Uma outra vantagem dessa categoria de ativos é a prioridade em receber reembolso em caso de falência da companhia.

Você pode identificar essa classe de ações por meio do ticker, que é o código numérico que vem após a sigla da empresa emissora, com os números 4,5,6,7,8. Por exemplo, ITSA4, CPLE6 e PETR4.

Ação ordinária

As ações ordinárias diferenciam-se das preferenciais por dar mais direitos e poder de decisão aos acionistas com relação às empresas. Quanto maior for o percentual de ações ordinárias que um investidor tiver, maiores serão seus direitos.

Dentre os seus principais benefícios, podemos destacar:

  • tag along: mecanismo de proteção aos acionistas ordinários e minoritários, que, em caso de solvência da empresa, possuem prioridade de vender seus papéis frente aos sócios majoritários. Eles têm direito a um valor mínimo que equivale a pelo menos 80% do que os majoritários venderem com seus papéis.
  • voto em assembléia deliberativa: essa é uma das vantagens mais famosas da ação ordinária. A quantidade de votos que o acionista possui nas assembleias é proporcional ao número de ações ordinárias que ele possui: 27 ações? Então tem direito a 27 votos. Uma ação? Possui direito a apenas um voto.

Por fim, os tipos de ações ordinárias podem ser identificadas na bolsa de valores por meio do ticker número três. Por exemplo: PETR3 e VALE3. 

Unit

Além da ação preferencial ou ordinária, temos também a Unit. Ele consiste em um pacote de ações que contém tanto papéis preferenciais quanto ordinários em seu portfólio. 

Eles são ofertados como uma estratégia das empresas para dar liquidez aos dois tipos de ações emitidos por ela na bolsa. 

O ticket de identificação dessa classe de ativos é o número 11 após a sigla da companhia. Por exemplo, SULA11 ou SAPR11.

>> Conheça quatro passos simples para começar a investir em ações com esse vídeo do canal Investimento às Claras:

Quais os tipos de ações de acordo com o valor de mercado?

Existem três tipos de ações de acordo com seu valor de mercado na bolsa de valores. Vamos falar brevemente sobre cada uma delas!

Small Cap

As small caps são as empresas com menor valor de mercado listadas na bolsa. Apesar de serem enquadradas dessa forma por terem uma capitalização geralmente inferior a U$ 3 bilhões, nem todas as companhias que emitem esse tipo de ação são necessariamente pequenas. 

Essa classe de ativos, por sua vez, costuma ser mais volátil do que as empresas de maior capitalização. Por isso, elas são indicadas para um perfil de investidor arrojado.

Mid Cap

As mid caps compreendem as ações de empresas com uma capitalização intermediária. Apesar de terem valor superior a U$ 3 bilhões, elas ainda não podem ser comparadas com as grandes corporações que batem recorde de negociações na bolsa.

Assim como as small caps, os preços dessas classes de ações também costumam variar bastante. 

Blue Chip

Esses são os tipos de ações com maior poder de capitalização do mercado e geralmente são representados por grandes corporações do mundo dos negócios. 

Como consequência direta de sua alta liquidez e estabilidade de preço, essa classe de ativos é bastante popular nas carteiras de investimento por aí afora.

O termo blue chip é referente às fichas mais valiosas do jogo de Poker, que são as azuis. Entretanto, esses tipos de ações também são conhecidas como large caps.

E, então, o que achou do nosso conteúdo sobre os tipos de ações? Esperamos que tenham gostado. Se você quer aumentar seus conhecimentos sobre o mercado de capitais, a Escola de Investimentos da XP Inc oferece os melhores cursos sobre renda fixa, variável e educação financeira.

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HASH11: como funciona esse ETF de criptomoedas?

Diversificar a carteira é uma prática bastante comum dos investidores, em especial os mais arrojados. Se você aposta nessa estratégia ou pelo menos está atento a ela, sabe que a criptomoeda é um ativo que tem despertado cada vez mais interesse e composto cada vez mais portfolios. E o mercado, atento a esse movimento, tem criado diversos produtos relacionados. É o caso do HASH11.

Por ter características únicas e que o diferem de outras opções já disponíveis no mercado, o HASH11 chama a atenção.

Se você ainda não sabe o que é esse ativo ou ficou curioso sobre como funciona, confira o texto abaixo.

O que é HASH11?

Basicamente, o HASH11 é um ETF de criptomoeda. Mas, antes de avançar com essa definição, vamos voltar um passo e relembrar o que é ETF.

ETF é a sigla para Exchange-traded fund — ou fundo de índice. O papel de um ETF, como o nome já sugere, é atuar como um fundo de investimento na bolsa de valores tendo um índice do mercado como indicador. Atualmente existem diversos tipos de ETFs, entre eles o de ações, que usa o Ibovespa, e o de renda fixa.

Voltando para nosso texto, o HASH11 é um tipo de ETF. O seu índice é o Nasdaq Crypto Index, ou NCI, que reflete globalmente o mercado dos criptoativos. Assim, se você deseja ter em sua carteira um ativo que consolide o desempenho das principais criptomoedas do mundo, o HASH11 pode ser uma boa opção.

>>> E já que o assunto são ETFs, será que vale mesmo a pena esse investimento? Na série Investimento às Claras, a Clara Sodré responde a essa pergunta. É só dar play para conferir:

O que é um ETF de criptomoeda?

Se você entendeu o conceito de ETF, percebeu que não há segredos sobre como ele funciona no mundo dos criptoativos. Todo ETF precisa de um índice para guiar seu fundo. O de ações pode ser o Ibovespa, o de renda fixa o IRFM11 e o de criptomoedas o HASH11.

O HASH11 usa o índice Nasdaq Crypto Index como indicador. Ele foi desenvolvido pela Hashdex em parceria com a Nasdaq, sua administradora e distribuidora. O objetivo desse índice é representar o mercado dos criptoativos. Isso significa que ele acompanha a performance das principais moedas e reflete no desempenho do ativo.

Composição do HASH11?

Como dissemos, o HASH11 segue o índice de criptoativos Nasdaq Crypto Index, que reúne as moedas de maior destaque do mercado. Hoje, ele é formado pelas seguintes moedas:

  • Axie Infinity (AXS)
  • Bitcoin (BTC)
  • Bitcoin Cash (BCH)
  • Chainlink (LINK)
  • Ethereum (ETH)
  • Filecoin (FIL)
  • Litecoin (LTC)
  • Stellar Lumens (XLM)
  • The Sandbox (SAND)
  • Uniswap (UNI)

Lembrando que um índice de mercado usa como formador de seu indicador os ativos mais importantes do setor. Falando em criptoativos, esse nome é Bitcoin, por isso, ele ocupa a maior porcentagem na composição do índice.

Outro ponto a ser considerado nesta etapa é que, assim como qualquer outro índice, o NCI é revisado e ajustado periodicamente. O objetivo é rebalancear a participação das moedas de acordo com a movimentação do mercado. Falando em ETF de criptomoedas, essa análise é feita a cada três meses.

Como funciona o HASH11?

O rendimento do ativo HASH11 está diretamente atrelado ao desempenho do índice NCI. É por isso que ele é composto por uma variedade de criptomoedas, que são cuidadosamente avaliadas a partir de características como liquidez e abrangência.

Também por conta da grande oscilação na cotação desse ativo em um curto espaço de tempo, ele é considerado uma aplicação de renda variável e pode ser negociado na Bolsa de Valores.

Na B3, o HASH11 segue o mesmo padrão de todos os ativos negociados por lá. Isso significa que os preços oscilam em alta e baixa a depender do mercado, e que você pode desenhar uma estratégia de compra e venda a partir disso.

Vantagens e desvantagens do HASH11

Embora os criptoativos sejam cada vez mais considerados na hora da composição da carteira, é preciso ter cuidado. Veja quais são as vantagens e desvantagens de apostar nesse ativo.

Desvantagens

O fato de as criptomoedas serem uma opção de ativo relativamente nova e com altas promessas de lucro, faz com que elas tenham uma valorização acelerada. Dito isso, esse movimento também pode ser um primeiro passo para uma bolha financeira.

Por conta da alta decorrente da expectativa sobre a moeda, a volatilidade também é um ponto que deve ser levado em consideração. Historicamente, essas moedas têm sofrido grande oscilação, o que pode causar impacto no fundo. Não que isso seja um problema, mas pode representar um risco para investidores menos arrojados.

Vantagens

Uma das maiores preocupações dos investidores em torno das criptomoedas é a segurança. Por ser uma moeda digital, de difícil rastreamento, ela pode ser uma armadilha para piratarias e fraudes. É por isso que o investimento no HASH11 é uma boa opção.

Por ser controlado por meio de um índice da Nasdaq, esse ativo abrange apenas moedas conhecidas e com boa reputação, o que já garante maior segurança para seus investidores. Além disso, ele é regulamentado pelas instituições CVM e Anbima, que protegem o mercado da renda variável. Do ponto de vista de segurança, as armadilhas também são evitadas pelo fato desse ativo ser negociado dentro de um ambiente estruturado, como a Bolsa de Valores.

Por fim, outra vantagem desse fundo é o fato de o investimento ser feito simultaneamente em diversas criptomoedas, dispensando a necessidade de escolher apenas uma e torcer pelo seu bom desempenho.

Como investir no HASH11?

Os ETFs de renda variável, como o HASH11, são negociados na Bolsa de Valores, o que simplifica seu investimento. Por isso, o primeiro passo para sua aquisição é a abertura de conta em uma corretora. Por meio dela, você tem acesso ao home broker e pode fazer a operação de compra e venda.

Vale a pena investir em criptomoedas como o HASH11?

Aumentar o patrimônio é o objetivo de qualquer investidor. Porém, além dos ganhos é preciso se lembrar de que esse é um mercado vulnerável e que demanda entendimento e estratégia.

O HASH11 é uma alternativa bastante vantajosa para quem tem um perfil mais arrojado e mira em altos rendimentos. Porém, atrelado a esse rendimento também estão os riscos maiores. Volatilidade é o principal deles.

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Índice de rentabilidade nos investimentos: o que é? Como calcular?

Como avaliar se vale a pena investir em determinada empresa dentro do mercado acionário? Entre outros indicadores, conhecer o índice de rentabilidade é essencial para ter uma visão mais objetiva sobre suas aplicações.

Isso porque saber analisar os demonstrativos financeiros de uma organização é uma das principais maneiras de medir seu desempenho. 

E é por meio de indicadores financeiros (que são calculados a partir dos dados nos demonstrativos) que os analistas conseguem obter uma imagem mais clara sobre o desempenho recente das companhias.

Mas para entender esses dados e tomar as melhores decisões em relação aos seus investimentos, é necessário saber como calcular a rentabilidade, suas fórmulas e os principais indicadores. Falaremos sobre todos esses pontos no conteúdo de hoje. Boa leitura!

O que é índice de rentabilidade?

O indicador de rentabilidade representa o percentual de ganhos após determinado investimento. Ou seja, é uma maneira de entender o desempenho das empresas para avaliar se vale a pena aplicar nela.

Afinal, é fundamental realizar uma boa análise dos principais indicadores, inclusive o de rentabilidade, sempre que for investir em algum negócio. Esse é o princípio básico para avaliar se terá vantagens com a aplicação.

Além disso, o índice de rentabilidade pode medir o retorno de uma organização em relação a:

  • seus ativos;
  • investimentos financeiros;
  • patrimônio líquido e outros fatores.

>>> Indicação de leitura: Como calcular um investimento? Aprenda a monitorar seus ganhos

Os indicadores de rentabilidade contêm informações estratégicas tanto para quem deseja começar a investir em determinada empresa, quanto para aqueles que precisam monitorar os seus ativos. 

O índice de rentabilidade, assim como outros indicadores, faz parte da análise fundamentalista. Podemos defini-la como uma ferramenta que permite ter uma visão mais assertiva em relação às empresas listadas na bolsa, para decidir se vale a pena negociar suas ações.

Então, ter o domínio sobre esses indicadores e, até mesmo, entender como calcular a rentabilidade é essencial para observar oportunidades de compras de ações ou reconhecer os melhores momentos para vendê-las.

E se você quiser compreender como começar a aplicar em ações, temos um e-book completo com os principais conceitos que você precisa saber para investir na bolsa de valores, servindo como um guia para consultar sempre que quiser realizar seus investimentos com propriedade. Baixe gratuitamente!

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Como calcular a rentabilidade? Principais indicadores

Como falamos, existem vários indicadores financeiros. Mas então, como calcular a rentabilidade? A verdade é que cada índice possui a sua fórmula. Vamos conhecer um pouco mais sobre eles.

Margem bruta

Esse é um dos indicadores mais utilizados pelas empresas. Ele mostra de forma simplificada e direta quanto o negócio ganha com a venda de seus produtos ou serviços.

A equação da margem bruta consiste na relação entre o lucro bruto do período sobre as vendas líquidas, multiplicando o resultado por 100. Logo:

Margem Bruta = (Lucro bruto / Receita total) x 100

Margem líquida

Aqui, o objetivo é avaliar a relação entre o lucro líquido (rendimento real) e as vendas líquidas (ou seja, após a dedução das despesas) dentro de um determinado período. 

Então, ele representa a porcentagem de lucro líquido obtido pela empresa em relação à receita total, conforme a fórmula:

Margem Líquida = (Lucro Líquido / Receita) x 100

Retorno sobre patrimônio líquido

O ROE ou Return on Equity é um dos principais indicadores para análise fundamentalista. Isso porque ele calcula a capacidade que as empresas têm de conquistar bons resultados a partir dos investimentos dos acionistas.

Ou seja, por meio dele é possível observar se uma companhia é rentável ou não. Então, quanto mais alto for o ROE, melhor é a sua rentabilidade.

ROE = (Lucro Líquido / Patrimônio Líquido) x 100

 Retorno sobre ativos (ROA)

Já o ROA (Return on Assets) tem o objetivo de verificar a capacidade que determinado negócio tem de gerar lucro a partir dos seus ativos. Ou seja, dos bens e serviços que aumentam o poder aquisitivo da empresa.

A fórmula de rentabilidade desse indicador pode ser calculada pela relação entre lucro operacional do período sobre o ativo total, que pode ser encontrado no balanço patrimonial da empresa. Logo:

ROA = (Lucro operacional / Ativo total) x 100

Qual a importância dos indicadores de rentabilidade na avaliação de investimentos?

Ao contrário do que muitos pensam no início, investir na bolsa de valores não é um jogo de sorte, mas sim de análise e estudo.

Exatamente por esse motivo, as análises técnicas e fundamentalistas são tão importantes para identificar os investimentos mais seguros e que podem trazer melhores retornos. Afinal, dessa maneira, as decisões serão tomadas com base em dados e não em achismos.

Isso significa que ao avaliar o índice de rentabilidade, assim como outros indicadores, você saberá que tomou a melhor decisão baseada em métricas e informações relevantes ao mercado financeiro.

Entretanto, é relevante notar que o uso isolado pode trazer distorções. Por conta disso, o índice de rentabilidade deve ser utilizado em conjunto com outros indicadores financeiros. É nesse cenário que a análise fundamentalista se faz tão relevante. 

Quando estamos pensando em qual empresa investir, avaliar essas questões microeconômicas é vital para o sucesso das aplicações, escolhendo bons ativos financeiros. Um curso pode fazer toda a diferença no momento de definir os melhores investimentos para sua carteira.

Em Análise fundamentalista: identifique os futuros ganhadores da Bolsa, de Marcos Piellusch, você irá aprender:

  • Diferença entre análise fundamentalista e análise técnica;
  • Informações utilizadas na análise fundamentalista;
  • Demonstrações financeiras das empresas;
  • Stock Picking: como escolher ações alinhadas com seus objetivos;
  • Monitorar resultados.

E muito mais! Aproveite a oportunidade para aprofundar ainda mais seus conhecimentos na área.

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Carteira teórica: o que é? Como ela é definida?

Entender quais são os melhores investimentos, avaliar os riscos e diversificar são pontos essenciais para quem quer aplicar seu dinheiro com segurança. Nesse sentido, avaliar a carteira teórica é fundamental.

Afinal, ter as referências certas pode fazer a diferença para decidir se um ativo é promissor, considerando os seus objetivos e seu perfil de investidor.

Esse é o objetivo da carteira teórica do índice Ibovespa: atuar como indicador de análise tanto sobre o comportamento de uma classe de ativos como sobre a sua referência de rendimento.

Quer saber mais sobre o que é carteira teórica, conhecer os principais exemplos e descobrir a sua importância para aproveitar melhor os seus investimentos? Então, continue a leitura!

O que é carteira teórica?

A carteira teórica é uma ferramenta composta pela seleção de ativos, com o objetivo de avaliar o desempenho desses papéis no mercado acionário. 

Ela funciona como um portfólio representativo, ou seja, não é realmente uma carteira de investimentos, mas serve apenas para composição de um índice financeiro.

Assim, ao analisar uma carteira teórica como do IBOV (Ibovespa), os investidores acabam conhecendo como determinados ativos estão se comportando e se vale a pena incluí-los em seus investimentos.

Além disso, devemos ressaltar que todos os índices da B3, a bolsa de valores brasileira, são baseados em carteiras teóricas, com a seleção de determinados ativos, como as ações, por exemplo.

Se você tem curiosidade em entender como se formam os preços dos ativos, vale a pena conferir este material. Nele, você vai ver:

  • movimentações dos preços (oferta e demanda);
  • assimetria de informações;
  • conceitos de volatilidade e liquidez.

Baixe gratuitamente agora mesmo!

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3 exemplos de carteiras teóricas

Agora que você já sabe o que é carteira teórica, é importante entender os critérios de composição e seleção dos ativos. Normalmente, essa estruturação é feita pelas características em comum que os papéis possuem. 

Conheça os principais índices do mercado financeiro nacional.

Índice Ibovespa (IBOV)

O Ibovespa, também conhecido como IBOV, é o principal índice da Bolsa no Brasil e calcula a média de desempenho das principais ações negociadas na B3.

Por conta disso, podemos entender a carteira teórica do índice Ibovespa como o maior e mais importante termômetro usado para entender o comportamento e as tendências das ações. 

Para avaliar quais empresas compõem o Ibovespa e que possuem maior peso dentro do IBOV, vale acompanhar as atualizações feitas no próprio site da B3. Além disso, lembre-se de que a carteira é reavaliada a cada quatro meses, podendo sofrer mudanças. 

As principais companhias que estão neste índice são:

  • Vale (VALE3);
  • Petrobras (PETR4);
  • Itaú (ITUB4);
  • Bradesco (BBDC4);
  • Ambev (ABEV3);
  • Hapvida (HAPV3);
  • JBS (JBSS3).

O que podemos entender disso é que as maiores empresas são as que compõem a maior parte na carteira teórica do Ibovespa. E então, a partir desse portfólio representativo, os investidores conseguem avaliar o comportamento das maiores organizações na bolsa.

Índice Small Cap (SMLL)

Diferentemente da carteira teórica do Ibovespa, o índice do SMLL é composto apenas por small caps, ou seja, por companhias com menor nível de capitalização da bolsa de valores.

As empresas que recebem esse título possuem uma pequena fatia do mercado de atuação e, consequentemente, têm baixo valor de mercado. Isso faz com que elas tenham um volume de negociações inferior, isso é, baixa liquidez no ambiente de investimentos.

O critério de composição e definição do peso de cada ativo são feitos considerando duas questões: a liquidez e o valor de mercado

Existem algumas razões para uma organização se configurar como small caps, mas a principal delas é que elas costumam ser relativamente novas. 

Também é possível encontrar na B3 as principais empresas que fazem parte do índice small cap. São elas:

  • Azul (AZUL4): companhia aérea brasileira, que possui capital aberto na bolsa de valores;
  • brMalls (BRML3): maior operadora de shoppings centers do Brasil;
  • Gerdau (GOAU4): maior produtora de aço no país e maior fornecedora do continente;
  • Grupo Soma (SOMA3): maior grupo de moda do país, composto por grandes marcas, como Farm, Animale e Hering.

Assim como acontece no IBOV, quanto maior for o valor de mercado e liquidez das organizações, maior será o peso de suas ações na composição da carteira teórica.

Índice Brasil (IBrX)

Por fim, o IBrX é composto pelos ativos de maior negociabilidade da bolsa, ou seja, avalia o volume de negociações. Sendo assim, analisa as cotações das ações mais representativas da bolsa brasileira.

Nesse sentido, a carteira teórica do índice Brasil pode ser de dois tipos:

  • IBrX 50: mede as 50 ações mais negociadas na B3;
  • IBrX 100: mede as 100 ações mais negociadas na B3. 

Como usar a carteira teórica a seu favor?

Como vimos, entender como funcionam as carteiras teóricas e até mesmo quais empresas compõem o Ibovespa e os outros indicadores é importante para o sucesso dos investimentos.

Assim, você pode acompanhar como anda o desempenho do mercado dentro de mercados específicos. Com isso, conseguimos tomar decisões mais assertivas em relação aos ativos que farão parte do nosso portfólio.

Mas será que você consegue investir em carteiras teóricas? Considerando que são apenas índices de portfólios representativos, isso não é possível. O que você pode fazer é investir nos mesmos ativos que compõem a carteira.

Entretanto, isso pode ser considerado arriscado, além de exigir um investimento alto, já que normalmente estamos falando das maiores empresas do mercado acionário. 

Além disso, pensar apenas que as companhias estão em determinado índice da carteira teórica não é o suficiente para garantir um bom investimento.

O ideal é fazer uma análise fundamentalista, avaliando os indicadores mais usados pelos analistas para entender o mercado. Temos um curso completo sobre o assunto, em que você vai aprender:

  • a diferença de análise técnica e fundamentalista;
  • demonstrações financeiras das empresas;
  • ferramenta de análise da concorrência;
  • stock picking;
  • monitorar os resultados e muito mais.

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Outra maneira de investir considerando a carteira teórica é aplicar em um ETF, que é um fundo formado por ações de empresas que fazem parte de um mesmo índice, de acordo com diferentes critérios, como o IBOV, por exemplo.

Existem diferentes tipos de ETFs, você pode saber mais nestes conteúdos:

O que é position trade? Entenda como funciona a operação

Quer investir sem se preocupar com o acompanhamento diário das ações? Tem um perfil voltado a aplicações de médio e longo prazo? Então você precisa descobrir o que é position trade. 

Nessa operação, o trading pode durar de semanas até anos, dependendo do objetivo e do ganho buscado. 

Quer entender melhor sobre a modalidade de investimento? Continue a leitura e descubra se o position trading é para você!

O que é trading? 

Trading é o nome dado para as operações de compra e venda de ativos na bolsa de valores.

Embora pareça uma fórmula única, o processo de investimento na bolsa pode acontecer de diversas formas. Por isso mesmo, deve ser escolhido de acordo com o perfil do investidor. 

É possível, por exemplo, investir com foco no longo prazo (como acontece nos casos de Buy and Hold). 

Por outro lado, investidores com afinidade com a especulação geralmente optam pelo chamado day trading. Nele, efetuam ações de compra e venda em curtos períodos, sempre observando as oscilações com potencial de geração de lucro. 

>>> Saiba mais: Conheça os diferentes tipos de trading

Dê o play no vídeo abaixo para aprender um pouco mais sobre os tipos de trading:

O que é position trade? 

Diante de tantas possibilidades, o position trade surge como uma opção para investidores que visam ao médio e longo prazo. 

Nesta modalidade, o investidor adquire ações de grandes empresas (ou aquelas com potencial de lucro) e as mantém por um longo período, vendendo os papéis em um momento oportuno de valorização. 

Ao contrário do day trade, o position trade não é feito com o objetivo de lucro nas pequenas oscilações das ações. Seu objetivo é o potencial ganho atrelado às tendências de crescimento das empresas ao longo dos anos. 

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Por que ser um position trader? 

Se você ainda tem dúvidas sobre o potencial do investimento em position trade, aqui estão algumas vantagens deste modelo de operação. 

Antes de seguir em frente, lembre-se:o melhor modelo de investimento para você é aquele que combina com o seu perfil de investidor! Se ainda não sabe o que é isso ou não conhece as suas características, entenda agora mesmo o que é perfil de investidor, como se analisa e os principais tipos. 

Agora sim, confira as vantagens do position trading:

  • menor risco: com o position trading, não é preciso se antecipar aos movimentos do mercado. Isso significa que é possível aguardar a confirmação de uma projeção para depois realizar a ação desejada;
  • sem necessidade de dedicação intensa: ao utilizar a estratégia do position trade, o investidor não precisa acompanhar diariamente as tendências do Mercado Financeiro, afinal, o objetivo da operação é obter lucros no médio e longo prazo. 
  • sem prejuízo por oscilações diárias: como o position trading é, por essência, uma operação mais longa, as ações adquiridas não são afetadas pelos ruídos do mercado. Cabe ao investidor aguardar a retomada da estabilidade e o momento oportuno para efetuar a venda. 

Para quem o position trade é indicado? 

Pensando no conjunto de vantagens apontadas no tópico anterior, reunimos algumas das características do investidor para o qual o position trade pode ser uma boa estratégia: 

  • pessoas que não têm tempo para acompanhar o movimento da bolsa diariamente; 
  • investidores com perfil moderado a conservador, que preferem operar com uma baixa margem de risco de prejuízo; 
  • pessoas com conhecimento das análises técnica e fundamentalista (que auxiliam na tomada de decisão sobre as melhores ações a adquirir).

>>> Dica de conteúdo: saiba mais sobre as análises técnica e fundamentalista e seus benefícios no momento de escolha das ações dando o play no vídeo abaixo:

Ações para position trade: como escolher? 

É importante dizer que, no position trade, a escolha da empresa cujas ações serão adquiridas é fundamental e estratégico. Afinal, alguns papéis apresentam boa performance no curto prazo e outros só apresentam indicativo de lucro se observados no médio/longo prazo. 

Para elencar as melhores ações para position trade, é importante analisar: 

  • o capital aplicado;
  • em quanto tempo deseja ver o lucro esperado;
  • o histórico de performance do papel na bolsa; 
  • informações sobre a empresa que atestem seu potencial de crescimento.

Como operar position trade na Clear? 

E aí? Tem o perfil de investidor compatível com as características do position trade? 

Então é hora de colocar a mão na massa. 

Para operar position trade na Clear, é necessário fazer o seu cadastro na plataforma e preencher o seu perfil de investidor. 

Após selecionar suas ações, adquira o hábito de verificar a operação com uma frequência moderada (pelo menos uma vez por semana). Esta observação é indispensável para prever a necessidade de uma revisão da estratégia e evitar eventuais prejuízos. 

Além disso, acompanhe notícias sobre o mercado no qual a empresa se insere e faça leituras constantes sobre o cenário. Esta prática será fundamental para o entendimento do melhor momento para a venda dos ativos e a realização do lucro desejado. 

Se interessou pelo tema, mas não sabe por onde começar? A gente te ajuda

O mercado de trading é altamente dinâmico. Por isso, é buscado por investidores com os mais diversos perfis. 

Se você se interessou pela prática do position trade, mas gostaria de entender um pouco melhor sobre o mercado antes de iniciar seus investimentos, aqui está a dica: conheça os cursos da Escola de Trading da Faculdade XP. 

Com eles, você conhece a lógica por trás da bolsa de valores, domina técnicas e ferramentas para operar, compreende a influência das suas emoções no processo e aprende como rentabilizar investimentos no curto e longo prazo por meio da diversificação de ativos. 

Todo esse leque de informações valiosas está a um clique de distância! 

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IRFM11: vale a pena investir nesse ETF de renda fixa?

Diversificar a carteira é uma estratégia que muitos investidores adotam para ampliar as chances de lucro. Nesse cenário, o capital é distribuído entre variadas modalidades, que podem pertencer à renda fixa, variável ou ambas. O IRFM11 é uma dessas opções.

Já imaginou investir em renda variável que utiliza indicadores da renda fixa? Pode parecer incomum, mas essa é a proposta do IRFM11. Se você está em busca de uma opção como essa para investir seu capital, confira no texto abaixo mais detalhes sobre como ela funciona.

O que é IRFM11?

Basicamente, o IRFM11 é um ETF de renda fixa. Mas antes de darmos mais detalhes sobre ele, explicaremos ou conceito de ETF.

ETF é a sigla para Exchange Traded Found, ou, em português, fundos de índice. Como o nome sugere, esse fundo é composto por uma cesta de ações que usa algum índice como indicador, entre eles o Ibovespa. No caso do ETF de renda fixa, esse índice é pautado por ativos como os títulos públicos.

O IRFM11 foi criado pelo Banco Itaú no ano de 2019. Ele tem como índice base o IRF-MP2, formado por títulos públicos federais pré-fixados, sendo uma opção para quem quer incluir na carteira ativos associados à renda fixa.

Como funciona o ETF IRFM11?

Como dissemos, os ETFs de renda fixa replicam a performance de um índice do mercado. No caso do IRFM11, é o IRF-MP2, um subíndice do IMA (Índice de Mercado Anbima), que simula uma carteira semelhante à da dívida pública interna do país.

O IRFM11, especificamente, tem a carteira formada por NTN-Fs (Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) e LTNs (Letra do Tesouro Nacional). Basicamente, eles se tratam de títulos com rentabilidade pré-determinada e taxa de juros pré-fixada.

Na composição do ativo, 95% do patrimônio é direcionado para títulos desse índice, enquanto os 5% restantes são distribuídos para outros ativos financeiros, pré-estabelecidos no regulamento.

Embora esteja atrelado a um índice de renda fixa, o ETF IRFM11 é negociado na Bolsa de Valores. Isso significa que para que seja feito um investimento neste ativo, é necessário abrir conta em uma corretora de valores. Feito isso, a taxa de administração desse índice é de 0,20% ao ano, com 15% de tributação sobre o ganho de capital. Lembrando que esse ganho é calculado com base na diferença entre o valor de compra e venda da cota.

>>> O portal Infomoney reuniu tudo o que você precisa saber sobre renda fixa, incluindo os principais produtos para você escolher em qual deseja investir. Clique aqui para conferir esse conteúdo.

Vantagens do ETF IRFM11

A simplicidade desse produto é uma das razões que levam os investidores a apostarem nos ETFs. A razão é simples: sua aplicação dispensa inúmeras análises ou cuidados com vencimentos e riscos. Mas não é só. Veja abaixo outras vantagens de apostar nesse tipo de investimento.

>>> Se você ainda tem dúvidas sobre esse tema, a Clara Sodré responde no vídeo abaixo se vale a pena investir em ETFs. Antes de conferir as vantagens do IRFM11, que tal dar play para ficar craque no assunto?

Diversificação de investimentos

No começo desse texto nós dissemos que diversificar a carteira por meio da inclusão de diversos produtos financeiros é uma das estratégias usadas pelos investidores. Mas, falando especificamente sobre os ETFs, o investidor tem a oportunidade de diversificar por meio de um único ativo. Isso porque ele abrange diversos títulos do tesouro nacional dentro de um mesmo produto.

Baixo custo para o investidor

Como se trata de um fundo de gestão passiva, ou seja, cuja rentabilidade é pautada por um índice de referência, o IRFM11 tem custo inferior ao de um ativo administrado por meio de gestão ativa. Esse fundo é, inclusive, mais vantajoso que o próprio Tesouro Direto, já que sua taxa de administração de 0,20% ao ano é inferior à taxa de custódia cobrada pelo ativo.

Flexibilidade de compra e venda

A facilidade de negociar um ETF é uma das principais razões que levam um investidor a aderir a esse ativo. Isso acontece, pois, embora esteja atrelado à renda fixa, ele é negociado na Bolsa de Valores. Assim, o investidor tem a facilidade de apostar nesse tipo de produto dentro de uma plataforma única e se manter a segurança de seu patrimônio em situações de queda de juros.

Vale a pena investir em IRFM11?

Assim como qualquer produto financeiro, não existe uma resposta certa sobre valer a pena, ou não, o investimento no IRFM11. Para que se chegue a uma conclusão, é preciso avaliar diversas variáveis, a maior parte delas individualmente. Um exemplo é se esse tipo de ativo se enquadra em seu perfil de investidor.

Se você tem inseguranças ou dificuldade com o mercado financeiro e prefere não dedicar muitos esforços à sua carteira, essa pode ser uma boa alternativa. Isso porque, já que na gestão passiva a rentabilidade está atrelada a um índice e não a grandes análises.

Por outro lado, se você se interessa ou tem amplo conhecimento sobre esse universo, olhar para outros produtos do mercado com características semelhantes pode gerar mais rentabilidade para a sua carteira em um prazo menor.

Independentemente do seu estilo de investir, ter visão sobre o cenário econômico do país e como isso impacta nos investimentos é fundamental para fazer escolhas mais assertivas. No curso Macroeconomia para investidores, você aprende temas como inflação, taxa de juros, política monetária e fiscal. É só clicar no banner abaixo para se inscrever.

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Como investir na bolsa sozinho? 6 passos para você seguir

Se você está em busca da sua independência financeira, precisa encontrar opções de investimentos mais atrativas para acelerar o processo. Uma das principais alternativas é o mercado de renda variável. Mas se você não sabe como investir na bolsa sozinho, essa pode ser uma tarefa com muitos desafios. O mais importante, entretanto, é dar o primeiro passo e mudar a sua mentalidade.  

Uma das coisas mais importantes é procurar conteúdo e informações de qualidade, para que você tenha, sobretudo, conhecimento a respeito desse tema. Conforme você vai entendendo mais sobre o mercado, ganha mais segurança para tomar algumas decisões.

Para ajudar na sua jornada, separamos os principais passos para você começar a sua no mundo dos investimentos. Aproveite o texto e boa leitura! 

É possível investir na Bolsa sozinho?

A resposta é: sim, é possível. Historicamente, investir na Bolsa de Valores sempre foi algo distante. Porém, com o passar do tempo e o avanço da tecnologia, muitas coisas evoluíram.

Antigamente, as negociações aconteciam presencialmente com as ordens de compra de ações sendo feitas na maior gritaria. As solicitações eram recebidas por telefone e o operador era quem fazia a negociação. O acesso a esse tipo de operação era para poucos. 

Contudo, os pregões passaram a ser 100% digitais em meados dos anos 2000. Isso facilitou o acesso às operações em Bolsa, fazendo com que mais pessoas conseguissem investir no mercado acionário.

Atualmente, os investidores têm muito mais autonomia para tomar as decisões sobre as suas aplicações. Além disso, mesmo com toda essa evolução, é importante destacar que não há como operar sem a intermediação de uma corretora

>>> Quem está começando agora no mundo dos investimentos precisa conhecer melhor o mercado de ações. A especialista da Faculdade XP, Clara Sodré, explica os 4 passos simples para começar a investir em ações. Na série “Investimento às Claras” você pode conferir essas e outras dicas. Que tal aprofundar ainda mais os seus conhecimentos sobre o tema? Dê o play no vídeo abaixo e aproveite: 

Como investir na Bolsa sozinho?

Não há como investir 100% sozinho na bolsa de valores, embora as decisões e ordens de compra possam ser feitas unicamente por você. Isso porque, é necessário a intermediação de uma instituição financeira — no caso, uma corretora — para fazer as negociações diretamente com a B3. Aliás, a B3 é a empresa responsável por fazer a gestão da Bolsa de Valores brasileira, conhecida também como Ibovespa.

Uma das primeiras coisas que você deverá fazer é mudar a sua mentalidade. É importante ter em mente que, todos os meses, você deverá guardar uma parte da sua renda para fazer os investimentos na Bolsa.

Além disso, é fundamental trabalhar a racionalidade e não deixar se levar pelas emoções e resultados momentâneos. Afinal, investir também é um ato de paciência. Como diria o grande investidor Warren Buffet: “A incerteza, na verdade, é amiga do comprador dos ativos de longo prazo.”

6 passos para investir na Bolsa sozinho

Quem deseja rentabilizar com operações na Bolsa de Valores precisa seguir alguns passos fundamentais. Para ajudar, separamos a seguir um guia básico do que fazer antes de tomar qualquer decisão sobre os seus investimentos. Eles não são necessariamente uma regra, mas ajudam a direcionar as decisões mais importantes. Confira: 

1. Tenha um planejamento

Esse é um dos passos mais importantes de todo investidor. Qual o seu objetivo ao investir na Bolsa de Valores?

Muitas pessoas almejam a independência financeira e uma vida mais tranquila, principalmente, durante a aposentadoria. Entretanto, é possível estabelecer alguns objetivos a curto, médio e longo prazos. Portanto, a palavra certa, nesse caso, é fazer um planejamento conforme as suas metas pessoais. 

Quer fazer uma viagem daqui a dois anos? Então faça um planejamento e estude ativos que possam entregar a valorização que você precisa dentro desse prazo. Quer se aposentar e viver de renda? Estude ativos que possam oferecer um rendimento mensal sólido, como os Fundos Imobiliários. Assim você não vai depender do governo e ainda garante uma renda extra além do INSS. 

2. Escolha uma corretora

Conforme falamos anteriormente, a escolha de uma corretora é fundamental para que você consiga fazer as suas operações na Bolsa de Valores. Mas como escolher uma? Essa talvez seja uma das principais dúvidas de quem está começando no mundo dos investimentos. Afinal, é ela quem será responsável por fazer a aplicação do seu dinheiro no mercado acionário.

Um dos pontos que você precisa levar em consideração é com relação às taxas de corretagem. Para quem está começando, é importante dizer que essas instituições, em sua maioria, cobram taxas de corretagem. Ou seja, a cada solicitação de compra ou venda de ativos, você deve pagar uma quantia para as companhias. Por isso, é fundamental entender a política de preços da empresa, visto que isso pode impactar diretamente no seu rendimento. Afinal, se ela tiver uma corretagem mais cara, você deverá colocar esse custo sobre o preço pago em determinada ação. 

>>> Você sabe como investir de acordo com os seus objetivos? A especialista em investimentos Clara Sodré, da Faculdade XP, conversa e ensina como ter metas a curto, médio e longo prazos. Assista ao vídeo a seguir e aproveite as dicas de como organizar os seus investimentos por prioridades. Confira

3. Saiba o seu perfil de investidor

Uma das principais coisas que você precisa saber antes de começar no mundo dos investimentos é o seu perfil de investidor. Isso vai dizer muito sobre os riscos que você está disposto a correr no mercado. 

Existem 3 tipos de perfil. O primeiro é o mais conservador, ou seja, aquele que não está disposto a correr muitos riscos e prefere investimentos mais modestos como, por exemplo, investimentos em renda fixa. O segundo é o moderado, que até aceita correr alguns riscos em renda variável, mas não abre mão de opções mais modestas e que deixem a carteira mais equilibrada. Já o terceiro é o agressivo, ou seja, aquele que aceita correr riscos mais agressivos em troca de potenciais ganhos mais rápidos.  

Ao definir o seu perfil é possível pensar em estratégias mais concretas, com opções de investimentos mais estabelecidas e que façam sentido para você e seus objetivos. 

4. Estude os ativos de interesse

Antes de aplicar o seu dinheiro, um dos principais passos é estudar os ativos que você tem interesse em investir. Portanto, faça uma análise técnica ou uma análise fundamentalista da empresa. Assim você poderá ter uma ideia mais clara a respeito do potencial do ativo. Existem opções mais agressivas, como empresas que ainda estão em crescimento, chamadas de small caps, ou apostas mais certeiras, como as reconhecidas blue chips

Essas definições são muito importantes, pois vão determinar a rentabilidade dos seus investimentos. Estudar os ativos pode determinar os resultados que você terá, seja no curto, médio ou longo prazos. Portanto, saiba como escolher e fazer a seleção correta das empresas.

5. Faça a transferência de recursos

Após escolher a corretora e avaliar as empresas que você tem interesse em investir, o próximo passo é fazer a transferência de valores. Ao abrir uma conta em uma corretora é como se você tivesse virado cliente de um outro banco. Com isso, é possível fazer a transferência de dinheiro do seu banco tradicional para a conta recentemente aberta. 

Pensando de forma prática, é como se você estivesse fazendo uma transferência para uma conta de outro banco. Mas, nesse caso, o objetivo é exclusivamente com foco em investimento. Há diversas opções, seja com o foco em ações ou, até mesmo, fundos imobiliários que dão uma rentabilidade mensal. 

6. Compre uma ação

Após fazer todas as análises das empresas, você pode escolher e investir em uma das companhias que estão no mercado acionário. Para isso, precisa saber qual o ticker da empresa e procurá-la no home broker da corretora.

O ticker nada mais é do que o código necessário para comprar uma ação da companhia. Ele é composto por quatro letras e um número. Depois disso, basta enviar uma ordem de compra. 

Quais os riscos e vantagens de investir na Bolsa sozinho?  

Um dos principais riscos é tomar decisões sem ter o conhecimento necessário sobre determinada empresa. Esse erro é muito comum. Afinal, investir não é apostar. Toda escolha precisa ser feita de forma racional e com segurança.

A principal vantagem é que você não precisa contratar um assessor de investimentos, muito embora ele possa ser importante em alguns momentos. Apesar disso, essa independência na tomada de decisões garante uma liberdade mais interessante para o investidor. 

Agora que você já sabe um pouco mais sobre como investir na bolsa sozinho, que tal melhorar ainda mais os seus conhecimentos sobre investimento?

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Bear trap: conceito, riscos e como fugir da armadilha do urso

A imprevisibilidade é uma das características que melhor define o mercado financeiro, em especial o de renda variável. Embora existam indicadores que ajudam a projetar as altas e baixas desse setor, há muitas armadilhas à espreita também. E uma delas tem nome: Bear trap.

As armadilhas financeiras confundem e atrapalham as estratégias dos investidores, levando-os a sofrer perdas consideráveis. Por isso, identificá-las e evitá-las é fundamental. No texto abaixo nós falamos mais sobre esse tipo de armadilha e como escapar dela.

O que é Bear trap?

Em tradução para o português, Bear trap significa armadilha para ursos. Antes de entender esse termo, entretanto, é preciso saber que ele está ligado a outro bastante conhecido: o Bear market.

O Bear market nada mais é que a representação de um mercado pessimista. Nele, os preços das ações estão em queda e os investidores receosos. Como consequência, as ofertas de papéis são maiores que as demandas. Nesse cenário, existem investidores que aproveitam da insegurança do mercado para a compra de ativos mais baratos.

O Bear trap, por sua vez, define a reversão de uma tendência de queda. Essa armadilha abocanha aqueles investidores que estão apostando na queda de um ativo que está próximo ao nível de resistência. O papel, no entanto, continua operando em valorização e esses investidores sofrem o prejuízo da aposta contrária.

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Como funciona a Bear trap?

Os investidores que operam no mercado de baixa especulam quais papéis podem oferecer lucro a partir de sua queda. Assim, vendem seus ativos na expectativa de que, com uma queda ainda maior, possam recomprá-los e lucrar com a movimentação.

A armadilha do urso está justamente no equívoco que o investidor comete ao apostar na queda de um determinado ativo. O que para ele é um indicativo de queda e, consequentemente, oportunidade, nada mais é que um reajuste natural do mercado e o ativo, em pouco tempo, volta a operar em alta.

Esse tipo de armadilha muitas vezes é conduzida por outros grupos do mercado financeiro. A intenção é justamente induzir que investidores acreditem em uma oportunidade de venda para reverter o movimento e operar em compra, mudando o preço dos papéis e lucrando com isso.

Como identificar a armadilha Bear trap?

Assim como qualquer outro tema relacionado ao mercado da renda variável, não existem fórmulas ou padrões que indiquem com precisão um movimento de Bear trap. Por isso, é preciso muito estudo e olhos abertos para saber identificar qualquer mínimo sinal que previna os prejuízos.

Avaliar o volume de transações durante as movimentações de preço é uma das maneiras usadas para fugir da armadilha. O que isso significa: que quando os papéis entram e reversão e atingem novos valores máximos e mínimos, é esperado que o volume de transações aumente. Quando isso não acontece — quando o volume permanece baixo —, uma possível armadilha pode estar prestes a abocanhar os investidores.

Identificar as médias móveis de um ativo também é uma maneira de entender seu comportamento e projetar tendências futuras para ele. Assim, se o papel opera de maneira muito diferente ao seu comportamento histórico, pode ser um indicativo de uma Bear trap. Da mesma maneira, os limites de suporte também são elementos importantes para prevenir os investidores.

>>> No vídeo abaixo a Clara Sodré revela cinco passos para ser um investidor bem-sucedido. Você já segue todas elas? Dá o play para descobrir:

Quais as principais características da Bear trap?

Normalmente as Bear trap acontecem quando parte do mercado está disposta a forçar os preços dos papéis para baixo na tentativa de lucrar com isso. Entre as principais características dessa armadilha está uma longa tendência de baixa ou um movimento decrescente de preços no mercado que fogem dos padrões históricos daquele ativo.

Quais os riscos de operar durante uma Bear Trap?

Embora o mercado de baixa viabilize a oportunidade de obter lucros, é preciso tomar cuidados. A venda a descoberto, por exemplo, oferece mais riscos que vantagens. Na Bear trap, então, esses riscos são multiplicados.

A depender da movimentação do mercado que determina as posições compradas e vendidas, o mercado pode seguir em queda. Por outro lado, ele também pode passar a operar em alto.

Por isso, é fundamental ser bastante cauteloso no uso das estratégias de negociação de ativos. Caso contrário, os prejuízos poderão se sobrepor aos lucros.

Como evitar as armadilhas de uma Bear trap?

Não existem dicas para evitar as armadilhas da Bear trap a não ser a de não operar vendido. Investir em ações com o objetivo de recomprá-las no futuro é uma estratégia extremamente arriscada e que pode levar a perdas indefinidas e incalculáveis.

Entretanto, se ainda assim você deseja se arriscar nessa modalidade, aderir ao stop loss pode ser uma boa maneira de evitar prejuízos catastróficos. Ao determinar uma ordem de venda programada, você garante que seus papéis sejam disparados automaticamente caso atinjam um determinado percentual de perda.

Como não existem fórmulas no universo dos investimentos, só muito estudo e prática são capazes de indicar boas e más oportunidades. Se você ainda tem inseguranças com esse mercado, se inscreva agora em nosso curso Superando o medo de investir.  Nele você aprende a dar os primeiros passos no mundo dos investimentos e conhece quais crenças limitantes giram em torno do seu dinheiro. É só clicar e se inscrever.

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Saiba como evitar cair nas armadilhas de Bull trap

Fazer apostas é uma prática comum no mercado de investimentos. Afinal, em se tratando de renda variável, as certezas quase não existem. Embora essas previsões muitas vezes rendam bons frutos aos investidores, elas também podem causar prejuízos na mesma proporção. Assim, é preciso ter muita cautela para não cair em uma Bull trap.

Talvez você não associe o nome ao conceito imediatamente, mas é provável que já tenha presenciado — ou até sofrido — uma situação de Bull trap. Aqui neste artigo nós explicamos o que ela significa, quais seus riscos e características e principalmente: damos dicas de como evitar cair em uma.

O que é Bull trap

No mundo dos investimentos, a figura do touro é sinônimo de uma fase otimista do mercado. Por representar a força de quem investe, esse animal é citado durante as projeções de alta dos papéis e tem até uma expressão própria: bull market. A expressão Bull trap, por sua vez, também menciona o touro, só que ao contrário.

Em tradução para o português, Bull trap significa “armadilha para touros”. Ela é usada quando os especuladores acreditam que o mercado está caminhando para o bull market, quando, na verdade, a realidade futura é bem diferente do projetado.

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Como funciona uma Bull trap?

Como dissemos no começo desse texto, o mercado de renda variável é movimentado por análises e projeções. E é por isso que ele está sujeito a uma Bull trap.

Os investidores que fazem uso de análise técnica para avaliar a situação do mercado e identificar oportunidades costumam apostar em ativos que vão além de seu nível de resistência. Isso porque é nesse momento que eles acreditam que o papel terá uma valorização acima do esperado.

Acreditando nessa tendência, muitos investidores compram uma grande quantidade de ativos. A verdade, no entanto, é que esse mesmo ativo irá sofrer uma grande desvalorização.

Quais as principais características de uma Bull trap?

Assim como qualquer atividade do universo dos investimentos, não há uma fórmula ou regra que identifique uma Bull trap. Essa tarefa fica ainda mais difícil se você utiliza apenas gráficos para fazer suas análises. Ainda assim, alguns indicadores podem sinalizar a chegada de uma armadilha; você pode usá-los para manter o seu patrimônio seguro.

Resistência

Quando um ativo toca a resistência muitas vezes sem que haja seu rompimento, isso pode ser um indicativo de que ele não é forte o suficiente para ultrapassar o seu próprio limite.

Volume de negociação

Essa é uma característica bastante importante a ser considerada. Quando o volume de negociação de um ativo é baixo ou quando, em um momento de subida, esse volume não se sustenta, a tendência é que ele caia em vez de subir além do esperado.

Condições de venda

Entender o movimento de negociações de um ativo também é importante. Por exemplo, se ele estiver sobrecomprado, isto é, se o seu preço estiver mais alto do que o valor esperado para ele, a tendência de reversão após o rompimento é maior que a de progressão.

Gráfico

Se você utiliza gráficos para fazer suas análises, é importante ficar atento às armadilhas que ele pode pregar. Entre os exemplos estão os longos intervalos que são formados pela subida e descida de preços e alcançam as áreas de suporte e resistência.

Quais os riscos de Bull trap?

Saber que existe a possibilidade de cair em uma Bull trap é o primeiro passo para evitar seus riscos. Mas você sabe quais são eles?

O primeiro e mais grave é o de sofrer grandes perdas. Isso acontece quando, pautado por uma projeção otimista, são feitos grandes investimentos. A realidade, entretanto, se mostra contrária e todo o capital investido é prejudicado.

Como consequência da situação acima, uma maneira de evitar ainda mais prejuízos é mantendo os ativos comprados na carteira. Afinal, vendê-los em baixa causará ainda mais perdas. Dessa maneira, a ineficiência da carteira também é um risco da Bull trap.

Como evitar as armadilhas de uma Bull trap?

Todos os investidores de renda variável estão sujeitos a uma série de riscos. Por conta da característica, o universo do day trade está ainda mais vulnerável a eles. É por isso que desenvolver estratégias para se manter atento ao mercado é fundamental.

Já dissemos que não existe uma fórmula que previna contra as armadilhas do mercado, mas existem características que podem indicar essas situações e manter os capitais mais seguros.

A primeira maneira de evitar esse tipo de armadilha é expandindo as análises para além do uso de gráficos. Visualmente eles oferecem grande relevância, mas junto a eles é fundamental ser apoiado por indicadores técnicos.

Outro modo de se resguardar da vulnerabilidade do mercado é conhecendo-o a fundo. Acompanhar portais de notícias especializados é uma prática necessária para entender as movimentações e como elas podem impactar nos papéis.

Nem sempre é possível fugir das armadilhas do mercado, mas o conhecimento é grande aliado para que ele não cause grandes danos. Se você quer ter acesso a mais dicas sobre como operar com segurança, baixe o Guia de Boas Práticas para Day Trade da Faculdade XP.

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Bolsa de Hong Kong: o que é, como operar e qual a sua importância?

Um bom investidor é aquele que está atento a tudo o que acontece no mercado, incluindo o internacional. E se você está por dentro das notícias, sabe que o continente asiático tem se destacado cada vez mais como uma grande potência econômica. Um exemplo é a Bolsa de Hong Kong, que está entre as mais importantes do mundo.

Aqui neste texto nós reunimos um pouco sobre a história dessa bolsa, os principais índices e ações negociados nela e como você pode operar dentro desse mercado.

O que é Bolsa Hong Kong?

Também chamada de Hong Kong Stock Exchange (SEHK), a Bolsa de Valores de Hong Kong é tida como a terceira mais importante de toda a Ásia e uma das maiores entre as bolsas mundiais. São mais de 2 mil empresas listadas nela, incluindo nomes responsáveis por movimentar e acelerar o mercado do continente.   

Por ser um dos principais polos industriais do mundo, a região se destaca pelo seu forte desempenho econômico, principalmente com os avanços que apresentou nos últimos anos. Isso permitiu que o mercado financeiro também passasse por profundas transformações. Com isso, a bolsa de Hong Kong ganhou muita importância no continente asiático.   

Diversificar os investimentos é uma das maiores proteções que a sua carteira pode ter. E os investimentos internacionais são uma ótima alternativa nesse sentido.

< No vídeo a seguir, a especialista Clara Sodré explica como eles podem impulsionar os resultados. Além disso, ela desmistifica a ideia de que só pessoas com muito dinheiro e experiência podem ter acesso a essas oportunidades. />

Quando surgiu a Bolsa Hong Kong?

De acordo com historiadores, a bolsa de Hong Kong surgiu em 1891, apesar de ter vários registros de negociações que aconteciam ainda no século XIX. Como sempre, a região sempre teve muita movimentação no mercado econômico.

Devido a esse aquecimento e toda gama industrial, em 1969 surgiu a primeira bolsa de valores local, conhecida como Far East Exchange. Dois anos depois, em 1971, surge outro índice, o Kam Ngan Stock Exchange. No ano seguinte, em 1972, é inaugurada a Bolsa de Kowloon. 

O grande número de índices fez com que empresários e investidores colocassem uma pressão para que todas as bolsas se juntassem. Assim, em 1986, as 4 bolsas foram unificadas, dando origem ao Hong Kong Stock Exchange.  

Quais são as principais ações negociadas na bolsa de valores de Hong Kong?

Por ser um dos países orientais que apresenta maior crescimento econômico, muitas empresas estão presentes na Bolsa de Hong Kong. Os principais motivos desses resultados são a exportação e os incentivos fiscais oferecidos para diversas companhias estrangeiras. Com isso, muitas empresas chinesas fazem parte da composição do índice. Confira, a seguir, algumas das principais:

  • Bank of China
  • China Construction Bank
  • Industrial and Commercial Bank of China
  • PetroChina
  • Xiaomi
  • Alibaba
  • Lenovo

Importante ressaltar que, ao fazer qualquer investimento internacional, você corre o risco de sofrer com tributação. Para não cair na malha fina, o ideal é saber como fazer a declaração de investimentos estrangeiros. 

Quais são os principais índices negociados na bolsa de Hong Kong?

O principal índice da bolsa de Hong Kong é conhecido como Hang Seng Index (HSI). Neste índice, que leva em conta a capitalização ponderada de mercado, estão as maiores empresas negociadas nessa bolsa. Confira a seguir alguma delas:

  • PetroChina
  • Tencent
  • AIA Group
  • HSBC
  • China Mobile
  • Hang Seng Bank  

Com relação aos setores e segmentos mais representativos que compõem o índice, podemos destacar os seguintes:

  • Finanças
  • Construção e Propriedades
  • Tecnologias da informação
  • Telecomunicações
  • Energia

Como operar o Hang Seng?

A principal forma de investir no índice Hang Seng é por meio de ETFs ou BDRs. Vale ressaltar que, ao comprar esse tipo de ativo, você não estará investindo em uma empresa específica, mas sim na composição do índice ou em um fundo onde há uma série de companhias.

< Um ETF nada mais é do que o fundo que acompanha um índice de mercado. Se você nunca ouviu falar, que tal se aprofundar no assunto? A especialista em investimentos da Faculdade XP, Clara Sodré, explica as principais sobre o tema. Assista o vídeo a seguir e tire todas as suas dúvidas. />

Confira:

Qual a importância da Bolsa de Hong Kong para a economia do mundo?

A bolsa de Hong Kong possui um grande volume de investimentos estrangeiros. Com isso, se torna um dos índices mais interessantes para fazer aplicações fora do país. Ela tem uma alta volatilidade, ou seja, ao mesmo tempo que oferece grandes valorizações, pode ter quedas muito bruscas também. Essa é uma das suas principais características. 

Um dos motivos dessa volatilidade é que muitos negócios são feitos por meio de CFD (Contrato por Diferença), aumentando os riscos em razão da alavancagem

Além de tudo isso, vale ressaltar a força da economia chinesa, que é a que mais cresce no mundo, fazendo com que seja uma das mais relevantes no mercado internacional. 

Como operar na Bolsa de Hong Kong?

Assim como qualquer investimento internacional a partir do Brasil, você só vai conseguir aplicar na Bolsa de Hong Kong por meio de ETF ou BDR. Para isso, é necessário ter uma conta aberta em qualquer corretora que faça essa intermediação. 

Além disso, é possível também investir em algum fundo de investimento que faça a aplicação em índices internacionais. Nesse caso, é importante checar se a Bolsa de Hong Kong está na composição do fundo. Mais importante ainda é ressaltar que não é possível escolher uma empresa específica nesse tipo de investimento. Portanto, se informe bem a respeito das companhias que estão atreladas a ele. 

Agora que você já sabe um pouco mais sobre a Bolsa de Hong Kong, que tal aprender ainda mais sobre o mundo dos investimentos? Aqui na Faculdade XP você tem acesso a uma série de cursos que vão ajudar na sua jornada.

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