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9 principais indicadores financeiros para investimento: o que são + importância

Conhecer os principais indicadores financeiros para investimentos é fundamental para quem deseja ter sucesso em suas operações. 

Principalmente se pensamos em ter bons resultados no longo-prazo, não podemos deixar essa análise sobre a situação e o desempenho das companhias em que investimos de lado.

Afinal, é por meio dessa avaliação, que conseguiremos decidir as melhores empresas para se investir, entendendo as oscilações do mercado e conhecendo a relevância de outros indicadores econômicos.

Mas a verdade é que existem inúmeros índices financeiros para investimentos que podem ser analisados para trazer uma melhor visualização do cenário econômico das organizações. Quer saber mais sobre os principais deles? Continue a leitura!

O que são indicadores financeiros?

Se você está no universo do mercado financeiro há algum tempo e gosta de pesquisar e entender mais sobre o assunto, provavelmente já ouviu falar sobre essas referências. 

Afinal, eles são uma parte estratégica para o sucesso das operações. Isso porque os indicadores financeiros para investimentos são informações e métricas utilizadas para identificar o cenário financeiro de determinadas empresas.

Tudo isso para mostrar quão saudável um negócio é e, principalmente, quais são as suas probabilidades de retorno de lucro da aplicação. 

Qual a importância de usar indicadores financeiros para investimentos?

Como sempre falamos, fazer investimentos na bolsa de valores não é um jogo de sorte, mas sim de análise e estudo. Isso é ainda mais verdadeiro quando pensamos nos investimentos de riscos, mais comum entre os investidores que possuem o perfil arrojado.

Exatamente por meio dessas análises é possível identificar os investimentos mais seguros e que podem trazer melhores retornos, afinal, as decisões serão tomadas com base em dados.

Isso significa que ao avaliar os indicadores, seus investimentos estarão 100% seguros? Não, afinal, nenhuma aplicação na bolsa de valores é assim. Entretanto, podemos ter a certeza de que tomamos a melhor decisão baseada em métricas e informações relevantes ao mercado financeiro.

E é essa a importância dos principais indicadores financeiros para investimentos: o monitoramento da performance de empresas do mercado para decidir em qual empreendimento investir.

Além disso, quando falamos sobre indicadores, também não podemos deixar de avaliar os econômicos. Afinal, no mundo dos investimentos, tudo está conectado e uma questão pode afetar a outra. É o caso, por exemplo, dos indicadores macroeconômicos.

Você com certeza já ouviu falar sobre eles: inflação, PIB, taxa de juros e muitos outros. Isso porque, além de estudar as informações sobre os indicadores financeiros das empresas, também devemos nos atentar aos econômicos. 

Quer saber mais sobre os impactos deles nos seus investimentos? Confira este vídeo:

E se você quiser entender como começar a investir em ações, temos um e-book completo com os principais conceitos que você precisa saber para investir na bolsa de valores, servindo como um guia para consultar sempre que quiser realizar seus investimentos com propriedade. Baixe gratuitamente!

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Quais os principais indicadores financeiros para investimentos? 

Agora, é o momento de conhecer os principais indicadores financeiros para investimentos. Basicamente, podemos separá-los em três grupos:

  • indicadores de rentabilidade;
  • indicadores de endividamento;
  • indicadores de liquidez.

Vamos falar um pouco mais sobre cada um deles e as particularidades dos indicadores.

Indicadores de rentabilidade

Os indicadores de rentabilidade analisam o desempenho de um empreendimento pelo lucro obtido. Essa avaliação pode ser feita tanto para um período específico quanto sobre todo o histórico da empresa.

1. ROI

O termo ROI significa Return Over Investment é traduzido para o português como retorno sobre investimento. Esse índice aponta para os lucros e perdas de um investimento específico.

Ou seja, quanto dinheiro a companhia está obtendo para cada investimento realizado. O cálculo é dado pela seguinte equação:

ROI = Ganho – Investimentos/Investimento aportado x 100

2. ROE

Já a sigla ROE (Return on Equity) ou retorno sobre patrimônio líquido é considerado um dos principais indicadores financeiros para análise fundamentalista. Basicamente, por meio dele é possível observar se uma empresa é rentável ou não.

Quanto mais alto for o ROE, melhor é a sua rentabilidade. Entretanto, para uma melhor análise, o índice não deve ser comparado com companhias de outros segmentos. É possível descobrir o ROE por meio da fórmula:

ROE = Lucro Líquido ÷ Patrimônio Líquido x 100

3. Margem líquida

Essa é a relação entre resultado líquido e receita de venda de bens e serviços. A queda da margem líquida indica que a empresa ficou menos eficiente para gerar resultado aos acionistas.

Ou seja, esse indicador representa a porcentagem de lucro líquido obtido pela empresa em relação à receita total, conforme equação abaixo:

Margem Líquida = Lucro Líquido / Receita total x 100

4. Margem bruta

Já esse indicador é o resultado bruto dividido pela receita de venda de bens e serviços, indicando a porcentagem de ganho em cada venda realizada. É possível calculá-la por meio da fórmula:

Margem Bruta = Lucro bruto / Receita total x 100

5. EBITDA

Em inglês, a sigla significa Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, ou seja, os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização.

Basicamente, indica a capacidade de uma organização gerar recursos mediante suas próprias atividades operacionais. O cálculo da margem EBITDA é dado pela equação:

Margem EBITDA = EBITDA / Receita total x 100

Indicadores de endividamento

Já esse tipo de indicador financeiro para investimento é utilizado para medir o nível de endividamento de uma empresa. Essa é uma das principais maneiras de ter uma compreensão real da situação financeira da organização.

6. Participação de capital de terceiros

Esse índice ajuda a visualizar a dependência que uma empresa tem de recursos externos para realizar a manutenção de suas atividades. 

O ideal é que o resultado seja inferior a 0,6 e, quanto mais próximo de 1, maior é a dependência externa, o que pode indicar problemas de solvência (capacidade de pagar as contas no prazo).

O cálculo é feito pela soma do passivo circulante com o exigível em longo prazo. Então, é dividido o resultado pelo ativo total da companhia.

Indicadores de liquidez

Por fim, os indicadores de liquidez auxiliam a observar a capacidade que as companhias têm de cumprir com suas obrigações dentro do seu orçamento disponível no curto prazo.

7. Liquidez corrente

Esse indicador é obtido pela divisão do ativo circulante pelo passivo circulante. Esse índice mostra quanto a empresa tem de bens e direitos a receber para cada R$ 1 de obrigações a cumprir.

Se o resultado for superior a 1, normalmente mostra que a empresa possui os recursos necessários para cumprir com seus compromissos. O seu cálculo pode ser feito pela fórmula:

Índice de Liquidez Corrente (ILC) = Ativo Circulante / Passivo Circulante

8. Liquidez seca

A diferença da liquidez em relação ao índice de liquidez corrente se dá pela consideração do estoque, que não é avaliado no cálculo do ILC. 

Assim como na fórmula anterior, se o resultado for superior a 1, indica que o capital e as obrigações são correspondentes. Pode ser calculada pela equação:

Liquidez Seca = (ativo circulante – estoque) / passivo circulante

9. Liquidez imediata

Por fim, neste último indicador financeiro para investimento, é possível calcular a capacidade que uma empresa tem de realizar os pagamentos imediatamente. Ou seja, avalia como a companhia consegue lidar com emergências financeiras. O seu cálculo é:

Índice de Liquidez Imediata = Disponibilidades / Passivo Circulante

Como analisar um indicador financeiro?

Entender como calcular os principais indicadores financeiros para investimentos pode parecer uma tarefa complexa. Entretanto, como em qualquer novo aprendizado, quanto mais você vai estudando sobre o assunto e se acostumando às informações, mais fácil é fazer essa análise.

Quando estamos pensando em qual empresa investir, avaliar essas questões microeconômicas é fundamental para o sucesso das aplicações, escolhendo bons ativos financeiros.

Por isso, um curso sobre análise fundamentalista pode fazer toda a diferença no momento de definir os melhores investimentos para sua carteira.

Neste curso, você irá aprender:

  • Diferença entre análise fundamentalista e análise técnica;
  • Informações utilizadas na análise fundamentalista;
  • Demonstrações financeiras das empresas;
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O que é mini-índice da B3? Entenda como operar no Mercado Futuro

Investir na bolsa de valores tem ficado cada vez menos complicado e mais acessível para quem não possui um grande capital. Entender o que é mini-índice e passar a operar nesse modelo é uma boa opção para esses casos.

Mas, você sabe o que é mini-índice? Então vamos começar por aí!

O que é mini-índice? 

O mini-índice, também conhecido pela sigla WIN, é um “produto” derivado do índice Ibovespa. Ele funciona dentro do Mercado Futuro da bolsa de valores e, portanto, atua com as oscilações dela.

Na Bolsa de Valores do Brasil, ou B3, o índice Ibovespa é a peça principal para verificar o desempenho das ações no mercado nacional. Mas, nem sempre um investidor terá o valor de uma ação ou ativo da bolsa de valores.

E é nessa situação que o mini-índice da B3 surge como uma ótima opção para investir. Com os minicontratos do índice futuro, você consegue aplicar menos dinheiro em parte de uma ação ou ativo.

Ficou confuso? Vamos  te explicar!

Imagine a seguinte situação: João é sócio de uma empresa, ele possui 20% dela. Ele e seu outro parceiro, que tem 80%, a compraram pelo valor de 100 milhões de dólares, sendo que João contribuiu apenas com 20% do valor. Eles venderam a empresa por 160 milhões de dólares e João ficou com a parte do valor que equivalia aos seus 20%.

E assim funciona o mini-índice. Você adquire um contrato que equivale a 20% do valor total de um ativo. Ao vendê-lo, dependendo da variação de pontos do índice Ibovespa, você pode sair com mais, ou menos, do que aplicou.

Para entender mais o que é mini-índice e as oscilações do mercado futuro, continue a leitura!

O que é o Mercado Futuro? 

Para saber como operar o mini-índice, você precisa conhecer o “mundo” em que ele está inserido. Os investimentos com minicontratos acontecem no ambiente do Mercado Futuro. 

Basicamente é onde acontecem as negociações de compra e venda de ativos futuros. Aí você pergunta: como vou comprar algo sem ter certeza de que será um bom negócio?

Ao entrar nesse mercado, é importante traçar estratégias e trabalhar junto às perspectivas. Só assim você vai saber o melhor momento de comprar ou vender um contrato futuro.

Aliás, você sabia que no Mercado Futuro o lucro pode vir tanto com a valorização quanto com a desvalorização dos ativos? Isso acontece pois na movimentação dos contratos, o investidor assume uma posição no mercado. São elas:

  • operar comprado;
  • operar vendido.

Diferenciar os dois é bem simples. O investidor se torna “comprado” quando ele decide operar em ativos que, de acordo com as perspectivas, vão valorizar. Já quem opera no modo “vendido” pretende lucrar com a desvalorização de ativos.

Parece loucura? Mas não é não!

Geralmente os investidores que atuam como “vendido” operam no modelo Day trade, ou seja, com a compra e venda de ativos ou ações no mesmo dia. Eles compram um ativo que, segundo seus estudos e estatísticas, vai desvalorizar até o fim do dia.

O lucro acontece quando eles vendem esse ativo ou ação e depois o compram por um valor muito menor.

>>> Tem dúvidas sobre como analisar seus investimentos? Então confira o post: Como calcular um investimento? Aprenda a monitorar seus ganhos

Agora que você já entende um pouco mais sobre o que é mini-índice e entrou no mundo do Mercado Futuro, chegou a hora de avançar. Continue por aqui para não ter nenhuma dúvida quando for investir.

Como operar mini-índice B3 e identificar o vencimento de contratos?

Sabendo como funciona o ambiente do Mercado Futuro, fica mais simples compreender a operação dos minicontratos de índice. Para isso, vamos começar com uma conta simples.

(Variação de pontos) x 0,20 x quantidade de contratos = resultado

Toda pessoa que vai operar mini-índice precisa aprender a utilizar essa conta. Com ela, o investidor vai saber se está fazendo um negócio proveitoso ou não.

Mas, o que significa cada parte da conta?

A variação de pontos é a diferença entre a pontuação que o contrato estava no índice Ibovespa quando foi comprado, com a de quando ele foi vendido.

Por exemplo: você comprou dois contratos de WIN na pontuação 150.100 e os vendeu quando estavam em 150.300. Ou seja, a variação foi de 200 pontos.

O número 0,20 equivale ao valor da cotação do mini-índice para cada ponto do Ibovespa. Isso equivale a 20% do valor de um contrato cheio (R$1,00).

Colocando os valores na conta, temos o seguinte resultado:

(150.300 – 150.100) x 0,20 x 2 = ganho de R$ 80,00.

Códigos mini-índice e vencimento de contratos

Aprender o que é mini-índice é entender também que toda a negociação é feita  por meio de códigos. E isso serve também para os de índice cheio.

Focando nos minicontratos de índice, os códigos são formados da seguinte maneira:

  1. As três primeiras letras são as que se referem ao ativo, no caso do mini-índice é WIN;
  2. A quarta letra se refere ao mês de vencimento do minicontrato, que você confere na tabela abaixo

tabela - o que é mini-índice

3. O código finaliza com os dois últimos algarismos do ano de vencimento do minicontrato.

Tendo isso em mente, caso você possua, por exemplo, um ativo no mini-índice com o código: WINM22, saiba que terá até junho de 2022 para movimentá-lo

Para te ajudar, todo contrato de índice futuro possui vencimento em meses pares. Atenção redobrada também ao horário do pregão da B3 para operar o mini-índice sem sufoco.

>>> Aproveite e confira:

Mini-índice e minidólar: você sabe a diferença?

Até aqui você já entendeu o que é mini-índice e como operar com ele no Mercado Futuro da B3. Mas sabia que existe outra subdivisão dos minicontratos? Ela se chama minidólar.

Será que existem diferenças entre o mini-índice e o minidólar?

Existe sim, mas ela é bem simples de identificar. Em geral o minidólar opera de uma maneira bem parecida com o mini-índice, as diferenças estão no valor dos pontos e nos códigos.

Enquanto o mini índice opera com um ponto da B3 valendo R$0,20, o minidólar opera com meio ponto valendo R$5,00.

Em relação à montagem dos códigos de vencimento, o esquema segue o mesmo do mini-índice. No entanto, a sigla do ativo minidólar é WDO.

O que é mini-índice? Dica extra  

Agora que sabe o que é mini-índice, que tal ter o conhecimento sobre a bolsa de valores sempre a disposição? Com o Ebook: Guia da bolsa para investidores, da Faculdade XP School, a escola da XP Inc, você consegue isso!

Ele é totalmente gratuito e conta com informações de qualidade sobre conceitos e práticas para investir sem medo na bolsa de valores. Tá esperando o que? Clica no banner aqui embaixo e tenha agora mesmo seu guia para investir com propriedade!

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Como escolher uma boa corretora de investimentos? Passo a passo detalhado!

Começar a investir pode parecer à primeira vista uma ação difícil e inacessível. No entanto, não precisa ser assim! Saber como escolher uma corretora de investimentos é o primeiro passo para aplicar seu dinheiro de maneira simples e inteligente.

Uma corretora de investimentos, ou de valores, vai atuar diretamente entre você, investidor, e o mercado financeiro. Essa ligação pode ser facilitada com o apoio especializado de um corretor, ou não.

Como assim?

Cada corretora tem os seus produtos e serviços a serem oferecidos. Cabe ao investidor decidir qual irá atender melhor a sua necessidade.

Para saber  como escolher uma corretora de investimentos, você vai precisar analisar quais são seus principais interesses. As opções de aplicação de capital estão atreladas a duas grandes categorias.

  • Investimentos de renda fixa;
  • Investimentos de renda variável.

A diferença entre os dois está no próprio nome. Basicamente com os investimentos em renda fixa você sabe exatamente a porcentagem de retorno que sua aplicação terá. Já com a renda variável, esse percentual não é certo, então seu dinheiro pode ter um retorno menor ou maior do que a taxa fixa.

Decidir sobre qual das duas opções irá investir seu dinheiro é só uma das etapas da aplicação. Para te ajudar na missão de escolher a melhor corretora de investimentos, seja para iniciantes ou não, preparamos as dicas perfeitas para definir onde criar sua conta.

Continue por aqui para não perder nada!

Qual corretora de investimentos escolher? Dicas para não errar

Antes de qualquer coisa, para conseguir entender como escolher uma corretora de investimentos você precisa se fazer a seguinte pergunta: que tipo de investidor eu sou?

Dentro do mercado financeiro existem três tipos de investidores. São eles:

  • conservador: perfil de investidor que prefere aplicar nos retornos certos, sem variação;
  • moderado: prefere  investimentos de renda fixa, porém não descarta a aplicação de capital na renda variável;
  • agressivo:  gosta de investir  na renda variável, buscando os ganhos de longo prazo.

Entender em qual deles você se enquadra vai te ajudar bastante na escolha da corretora de investimentos. Afinal, com tantos serviços oferecidos, não é difícil se desviar do que irá ser realmente mais rentável para a sua situação.

Agora que você já sabe alguns dos pontos base antes de decidir qual corretora de investimentos escolher, vamos direto ao ponto. Como escolher uma corretora de investimentos? O que não pode passar despercebido?

1- Autorização de funcionamento

O primeiro passo para criar sua conta em uma corretora é descobrir se ela é confiável. Afinal, seu dinheiro merece estar em um local seguro e que esteja correto com todas as fiscalizações.

O mercado de investimentos é regulado por três órgãos:

  • Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
  • Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima);
  • Banco Central do Brasil.

Uma corretora de valores deve estar regularizada para funcionar corretamente. Para conferir se a empresa que deseja investir seu capital pode atuar no mercado, os órgãos disponibilizam um sistema de pesquisa em seus sites.

Na CVM, a ferramenta de busca indica a situação de todas as empresas cadastradas no órgão. No site da Anbima é possível verificar todas as instituições que seguem as boas práticas do mercado financeiro. A lista de associados da Anbima mostra também o perfil das empresas, o que pode ajudar na sua escolha.

Já na lista do Banco Central do Brasil, é essencial que a instituição esteja presente. Afinal, nela estão incluídas todas as corretoras que são autorizadas a funcionar, que estão regularizadas e são supervisionadas pelo BC.

Não tem como escolher uma corretora de investimentos sem verificar a autorização de funcionamento dela no Banco Central. Atenção a esse detalhe para a segurança do seu dinheiro!

2- Serviços oferecidos

Sabendo quais corretoras estão certinhas no quesito da regulação, chegou a hora de comparar os serviços que cada uma oferece. Lembrando, claro, que o que pode ser melhor para o vizinho não necessariamente é para você.

Nessa etapa de como escolher uma corretora de investimentos, é preciso estar bem ciente sobre qual tipo de investidor você é, ou quer ser. Seu desejo é aplicar o capital em serviços de renda fixa com um retorno de curto e médio prazo? Ou seu objetivo é o retorno de longo prazo? Escolha sua corretora baseado nisso!

Entre os produtos a ser adquiridos os mais conhecidos são:

  • títulos públicos;
  • CDBs;
  • cotas de fundos de investimentos;
  • e ações.

Dentre esses serviços, os fundos de investimentos vem ganhando um certo destaque entre os novos investidores. Entenda mais sobre esse produto no vídeo abaixo. Aperte o play!

3- Usabilidade da plataforma

A última dica, mas não menos importante, está diretamente ligada à  facilidade de uso da plataforma da corretora. Você pode começar a avaliar esse quesito assim que entrar no site da empresa para abrir a conta.

Faça sua escolha baseada no nível de dificuldade que teve ao conseguir acessar serviços e informações. Nesse início, prefira plataformas intuitivas e que facilitem a sua entrada no mundo dos investimentos.

Quais são as melhores corretoras para investir o seu dinheiro?

Até aqui você já entendeu quais são os tipos de investimentos, qual investidor você é e os principais passos de como escolher uma corretora de investimentos. Para te ajudar ainda mais, preparamos uma pequena lista com as melhores corretoras para investir no Brasil.

Rico

A Rico foi criada em 2011 com o objetivo de simplificar e ampliar o acesso ao mercado financeiro. Por esse motivo, ela é considerada uma das melhores corretoras de investimentos para iniciantes.

A instituição oferece mais de 15 serviços financeiros para os diferentes tipos de investidores e de investimentos. Entre eles estão:

  • tesouro direto;
  • CDB;
  • fundos de investimento;
  • fundos imobiliários;
  • ações;
  • ofertas públicas;
  • CRI e CRA.

Para simplificar  a vida do novo investidor, a Rico aposta em uma interface intuitiva nas suas plataformas. Além de ter o aplicativo disponível no Google Play e App Store, onde você pode controlar seus investimentos na palma da mão.

XP Investimentos

A XP Investimentos está entre uma das corretoras mais conhecidas do país. Com uma lista longa de produtos e serviços, a instituição é uma das queridinhas dos investidores de alta renda.

Fundada em 2001, a empresa tem mais de três milhões de clientes ativos e oferece outros serviços para além dos conhecidos de corretoras. Clientes XP podem contratar os serviços de previdência privada, seguro de vida e também cartão de crédito sem anuidade.

Além disso,  disponibiliza o WhatsApp para tirar dúvidas e prestar informações de maneira mais rápida e sem burocracias.

Clear

A Clear é uma corretora de investimentos para o investidor mais experiente ou trader. Isso porque quase todos os seus serviços são de renda variável e com foco no Day trade.

Para investimento de renda fixa, a Clear oferece apenas o Tesouro Direto. Entre os de renda variável a lista conta com os seguintes produtos:

  • ações;
  • ETFs;
  • mini contratos;
  • contratos cheios;
  • estratégia de opções;
  • fundos imobiliários;
  • operações a termo.

Além disso, a empresa oferece mais de dez plataformas para operar seus investimentos. Entre elas está o aplicativo da Clear.

Saber como escolher uma corretora de investimentos é muito importante para o sucesso dos seus investimentos. Porém, há outro ponto fundamental para realizar bons aportes: o conhecimento.

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Margem de contribuição: como calcular a unitária, a total e o índice

A margem de contribuição (MC) é uma métrica importante para qualquer empresa, pois ela influencia a análise de negócios de empreendedores e investidores.

Neste contexto,é válido destacar que uma companhia que não calcula esse indicador pode ter dúvidas sobre os lucros obtidos, como também pode não discernir sobre a viabilidade do empreendimento. Isso significa que é preciso fazer com urgência uma revisão das finanças antes de entrar no prejuízo.

Mas, afinal, o que é margem de contribuição? Como calcular a margem de contribuição total, unitária e índice? É o que você irá descobrir ao ler este artigo! 

O que é margem de contribuição?

A margem de contribuição, também conhecida como ganho bruto, é a quantia que resulta entre a diferença do custo variável e do preço de venda de um produto.

O valor deve ser suficiente para contribuir com os custos e as despesas fixas, além de gerar lucro. 

Ter conhecimento da MC das vendas é fundamental para o planejamento de qualquer negócio, influenciando diretamente a tomada de decisões.

Sobretudo ao considerar que, durante a precificação de um produto ou serviço, pode ser estabelecida uma meta de MC.

Para ficar ainda mais claro, entenda o significado de cada termo:

  • Margem: é uma “borda” que protege os seus custos e despesas variáveis, ou seja, todo o valor gasto com a mercadoria;
  • Contribuição: ação de contribuir. Ela paga os seus custos e despesas fixas e, assim, gera lucro entrando no caixa.

Para que serve a margem de contribuição?

As vendas de produtos e as contratações de serviços geram receita para as organizações. E, para que uma companhia se mantenha no mercado, o volume total deve ser suficiente para cobrir os custos da empresa e de suas atividades empresariais, tais como:

  • comercialização;
  • produção;
  • prestação de serviços;
  • salário dos funcionários;
  • juros;
  • amortização, etc.

Todas essas despesas podem ser classificadas como fixas (não variam de acordo com as vendas) ou variáveis. 

Na contabilização dos números do negócio, após somar todas as receitas, é preciso subtrair as despesas e os custos para encontrar os resultados.

Para identificar esse indicador econômico, em específico, deve-se diminuir todas as despesas variáveis do faturamento da companhia.

Dessa forma, será possível descobrir a quantia de recursos disponível para pagar os custos e as despesas fixas. Ao final, o valor restante será destinado aos lucros do negócio, distribuído entre investidores e sócios ou reinvestindo.

Com isso, a margem difere da margem de lucro, pois a quantidade encontrada ainda é usada para pagar os custos de operação da companhia.

Sendo assim, podemos concluir que a MC serve para a análise de investidores e gestores.

Ao estudar os números, é possível avaliar se as operações da empresa se sustentam e remuneram todas as partes envolvidas.

Assista ao vídeo abaixo e saiba como identificar oportunidades de compra e venda em ações por meio do Método XP de Avaliar as Ações.

Como calcular a margem de contribuição? 

Margem de contribuição unitária 

O valor unitário corresponde ao quanto cada produto ou serviço contribui individualmente para o pagamento de todas as despesas e gastos fixos da empresa.

A fórmula utilizada para o cálculo é:

MC unit. = PV – (CV + DV)

Sendo assim:

PV: preço de venda unitário;

CV: custo variável unitário;

DV: despesa variável unitária.

Margem de contribuição total 

Já a margem total é o volume total de todas as receitas somadas, subtraindo os custos e as despesas fixas.

A fórmula utilizada para o cálculo é:

MC = Receita – (CV + DV)

Sendo:

Receita: (preço de venda x quantidade vendida);

CV: custo variável ou custo das mercadorias vendidas;

DV: despesa variável.

Índice de margem de contribuição

O Índice de Margem de Contribuição (IMC) identifica o quanto do preço de venda de um produto cobre custos e despesas fixas, além do lucro.

A fórmula utilizada para o cálculo é:

IMC = MC / PV

Sendo:

MC: margem de contribuição.

PV: preço de venda.

Exemplo de cálculo

Supomos que uma empresa de confeitaria tenha vendido 2 mil unidades de uma caixa de brigadeiros por R$20 cada. Seus custos unitários totalizaram R$5 e as despesas variáveis resultaram em R$6. 

Neste caso, calcula-se a MC total, unitária e o índice da seguinte forma:

Receita total = 2 mil x R$20 = R$40 mil.

Gastos variáveis totais = (R$5 x 2 mil) + (R$6 x 2 mil) = R$ 22 mil.

Gastos variáveis unitários = R$5 + R$6 = R$11.

Com base nesses dados, os valores são:

MC = R$40 mil – R$22 mil = R$18 mil.

MC unit = R$20 – R$11 = R$ 9.

IMC = 9 / 20 = 45%.

Ou seja, cada item contribui com 45% do seu preço de venda para a cobertura de despesa e custo fixo, além de separar o lucro.

Do total faturado, o empreendimento terá R$18 mil para arcar com os gastos fixos e obter lucro.

Como a margem de contribuição influencia os investimentos?

Identificar a margem de contribuição é fundamental para medir o quanto a organização agrega valor aos negócios.

Isso porque o índice é uma forma de avaliar a saúde financeira de uma empresa. Afinal, a MC deve cobrir as operações empresariais e, ainda, resultar em saldo positivo.

Caso esse papel não seja cumprido, as contas podem não fechar e, ao invés de lucro, será um período de prejuízos.

E como isso se aplica aos investimentos? 

O investidor pode — e deve — tornar essa métrica um dos seus critérios de avaliação da viabilidade do investimento.

Assim, é possível analisar se a companhia em questão tem condições de se sustentar e, ao mesmo tempo, trazer retornos para seus acionistas.

Portanto, atente-se às informações divulgadas pelas empresas que você deseja investir.

E, agora que você já sabe o que significa, chegou a hora de aprofundar seus conhecimentos sobre análise de mercado.

Para ajudá-lo a investir no mercado de ações, a Faculdade XP, da XP Inc. desenvolveu o curso Introdução ao Universo de Trading: conceitos básicos. Confira as diferentes análises e estratégias para identificar oportunidades de investimentos, considerando os indicadores financeiros das empresas.

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Para que serve a educação financeira? Será que ela faz a diferença?

Lidar com dinheiro pode ser complexo, principalmente se você não tem familiaridade com o assunto. E para ter mais tranquilidade em relação às finanças, é fundamental entender para que serve a educação financeira.

Afinal, mais do que ter dinheiro é preciso saber como cuidar dele sem que isso se torne um fardo, mas sempre pensando nos benefícios que essa organização pode trazer.

E não se engane: quanto antes souber o que é educação financeira e para que ela serve, maiores serão as chances de se ter uma vida mais estável e com possibilidades de realizar sonhos e objetivos.

Esse assunto soa estranho para você pois não foi abordado por seus pais quando você era criança? Não se sinta só! Uma vez que essa é a realidade da maioria dos brasileiros. 

Foi o que mostrou uma pesquisa do C6 Bank e Ibope, que  revelou que apenas 21% dos brasileiros tiveram educação financeira na infância

Como você pode imaginar, os impactos dessa falta de contato com conceitos de finanças pessoais podem trazer desafios no momento de se organizar para a vida adulta.

Se você já ouviu falar sobre o termo, mas não tem ideia para que serve a educação financeira e a importância disso para sua qualidade de vida, então continue a leitura!

O que é educação financeira?

Antes de entender para que serve a educação financeira, devemos pensar no seu conceito. Basicamente, o termo é designado para o conjunto de conhecimentos que levam as pessoas a tomarem melhores decisões em relação ao seu dinheiro.

Temos também a definição da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que coloca a educação financeira como:

“O processo pelo qual consumidores/investidores financeiros aprimoram sua compreensão sobre produtos, conceitos e riscos financeiros e, por meio de informação, instrução e/ou aconselhamento objetivo, desenvolvem as habilidades e a confiança para se tornarem mais conscientes de riscos e oportunidades financeiras, a fazer escolhas informadas, a saber onde buscar ajuda, e a tomar outras medidas efetivas para melhorar seu bem-estar financeiro.”

Isso significa que a educação financeira é uma construção da capacidade financeira ao entender melhor sobre os produtos e serviços, como eles funcionam e os seus reflexos no dia a dia.

Entretanto, não tem como falar o que é educação financeira e para que serve sem pensar em seus diferentes tipos e abrangências. Veremos os principais deles agora.

Educação financeira pessoal

De modo geral, educação financeira pessoal envolve compreender suas finanças e  lidar com os gastos, com o objetivo de assegurar que eles se mantenham menores que os valores recebidos de todas suas fontes de renda, permitindo manutenção ou até melhoria da qualidade de vida.

Ou seja, significa entender como o dinheiro funciona e saber manter os ganhos acima do custo de vida. 

Na prática, esse conhecimento é essencial também para realizar projetos pessoais, lançar empreendimentos ou expandir o patrimônio.

Para avaliar essas questões, algumas perguntas devem ser respondidas, como:

  • Suas contas estão em dia?
  • Existe alguma pendência, dívida ou empréstimo a ser pago?
  • Quais os seus ganhos reais?
  • Você conhece todos os seus gastos?
  • Possui reserva para emergência?

Esses são apenas alguns pontos que devem ser avaliados quando você planeja ter uma vida financeira saudável e, principalmente, saber lidar com o dinheiro que entra e sai da conta.

Educação financeira familiar

A educação financeira familiar é muito similar à pessoal: visa incentivar o planejamento e integrar toda a família na gestão das finanças da casa, não deixando o papel apenas nas mãos de um dos pais.

Dessa maneira, é possível encorajar os filhos a entenderem a importância do dinheiro e, principalmente, como controlar seus gastos com disciplina. 

Essa é uma experiência interessante principalmente para que as crianças e adolescentes tornem-se mais conscientes sobre de onde vem o dinheiro (que até então é dos pais) e a ter uma juventude mais familiarizada com os principais termos financeiros.

Além disso, reserva de emergência é uma prática fundamental quando falamos sobre a saúde financeira de uma família, uma vez que envolve mais de uma pessoa e pode trazer desafios a todas elas.

>>> Veja também: Reserva de emergência: o que é e como construir uma

Educação financeira para jovens

Se já é difícil entender os conceitos e a importância da educação financeira e de um bom planejamento na vida adulta, para os jovens o desafio é ainda maior.

Poucos são os pais que introduzem os jovens a essa área, muito por eles mesmos não terem esse tipo de conhecimento. Por conta disso, quando começam a trabalhar e adquirir independência financeira, acabam se complicando com as contas e com o seu próprio dinheiro.

Pensando nessas dificuldades, aqui na Faculdade XP desenvolvemos o curso Educação Financeira para Jovens que traz um aprendizado prático com diferentes recursos de engajamento, com o objetivo de levar a liberdade financeira para a juventude.

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Para que serve a educação financeira?

Agora que você já sabe o que é educação financeira, vem a última questão: para que ela serve? 

Basicamente, ela é importante para melhorar a compreensão das pessoas em relação ao dinheiro, garantindo que elas direcionem seus recursos de maneira mais consciente, não assumam dívidas e, desse modo, não se estressem por conta disso.

Nesse vídeo falamos um pouco sobre por que educação financeira é tão importante para todo mundo. Aperte o play e confira:

Agora, veremos para que serve a educação financeira e as principais vantagens de organizar suas finanças, sejam elas pessoais ou familiares, independentemente da fase da vida em que se encontra.

1. Ter um bom planejamento financeiro

Planejamento financeiro é um conjunto de medidas estudadas que ajudam na organização  pessoal. Basicamente, essa estratégia promove a sua disciplina financeira, permitindo que você se planeje para o futuro.

Pode ser utilizada tanto para alcançar metas financeiras, como a aquisição de um bem, quanto para a quitação de dívidas ou pagar as contas em dia.

Mas, afinal, como fazer um bom planejamento financeiro? Essa é uma das principais dúvidas quando falamos sobre para que serve a educação financeira. Aqui, temos algumas dicas rápidas:

>>> Para saber mais sobre cada um desses passos, vale a pena conferir este conteúdo: Planejamento financeiro: o que é, importância e como fazer?

2. Acabar com as dívidas

Entender como acabar com as dívidas e sair do vermelho é uma questão fundamental quando falamos sobre educação financeira, já que 72,9% das famílias brasileiras encontram-se nessa situação, segundo dados do Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor).

A resposta pode não ser simples, mas a verdade é que com uma boa educação e planejamento financeiro isso é possível. Afinal, saber administrar o seu dinheiro para conseguir quitar seus débitos é uma parte do processo.

3. Fazer uma reserva de emergência

Já pensou em poupar para despesas inesperadas? Esse é o principal papel da reserva de emergência. Como falamos anteriormente, tem uma grande relevância na educação financeira familiar, já que pode ajudar a minimizar o impacto de imprevistos nas finanças da casa.

Mas antes de começar a guardar dinheiro para essa reserva, é necessário ter um bom planejamento — e, consequentemente, uma boa educação financeira. 

Isso porque para que essa atividade seja bem-sucedida, precisamos ter o conhecimento de quanto ganhamos mensalmente e os principais gastos, desde os fixos (como aluguel, conta de luz, água, etc.) até os variáveis (alimentação, farmácia, lazer, entre outros).

O fundamental de todo esse processo é ser realista para entender quanto de dinheiro irá sobrar para encaminhar para essa reserva. O ideal é que você tenha um montante de valor que se equivale ao custo médio mensal da pessoa ou da família multiplicado por 6, 8, ou até 12.

Isso porque, por exemplo, caso você perca um emprego, esse dinheiro guardado (representando 6, 8 ou 12 meses do seu custo médio mensal) contribui para que você siga conseguindo bancar seus gastos fixos durante esse período.

4. Planejar-se para realizar seus sonhos

Sempre ouvimos falar que “sonhar é de graça”, mas a verdade é que realizar os sonhos, por vezes, não é! E é para isso que serve a educação financeira: para alcançar nossas metas e objetivos

Esses sonhos podem ser variados, mas com uma boa organização e dedicação, é possível torná-los realidade, independentemente de qual seja:

  • viagem internacional;
  • pós-graduação em uma faculdade renomada;
  • comprar um imóvel;
  • abrir a própria empresa.

O que não faltam são sonhos, certo? Dos mais simples aos mais complexos. O essencial é saber como se organizar para conseguir alcançá-los.

Como ter organização financeira?

Agora que você já sabe o que é educação financeira e para que serve, entende a importância de ter esse conhecimento em sua vida – e, é claro, repassá-lo para seus filhos o quanto antes.

Nunca é cedo demais para começar a se planejar! E esse é o tipo de assunto que com certeza fará diferença no futuro, seja para poupar dinheiro ou investir.

Aqui na Faculdade XP estamos preocupados em oferecer conteúdos diferenciados sobre educação financeira e os primeiros passos no mundo dos investimentos com o objetivo de ajudá-lo nessa jornada.

Por isso, temos diferentes opções de artigos e vídeos para que você continue explorando novos conhecimentos e se sinta preparado para caminhar rumo a uma vida financeira saudável.

Se você quiser se aprofundar, confira este combo especial da Faculdade XP School. São quatro cursos reunidos da escola de Educação Financeira, com carga horária de 9 horas e conteúdo facilitado por especialistas do mercado!

Realize seus objetivos com mais facilidade melhorando sua relação com o dinheiro! Conheça nossos cursos.

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Ordens de compra e venda no mercado de ações: o que são? Quais são os modelos?

Quem deseja começar a investir no mercado de ações provavelmente se depara com inúmeros termos que podem levantar dúvidas. Entre eles, temos a ordem de compra e de vendas. 

Saber a diferença entre os diferentes tipos de ordens pode ajudar a tomar as melhores decisões em relação aos seus investimentos e, com isso, conseguir um retorno financeiro mais positivo.

De maneira simplificada, as ordens funcionam como uma instrução de efetivação de compras e vendas de determinados ativos. São feitas pelos investidores, normalmente para as corretoras. 

Quer saber mais sobre o que é, como funciona e os principais tipos e modelos de ordem de compra e vendas? Continue a leitura!

Ordens de compra e venda de ações

O que é ordem de compra?

Para entender o que é ordem de compra, devemos pensar no serviço que as corretoras oferecem aos investidores. 

Basicamente, as corretoras exercem o papel de uma intermediária entre pessoas físicas e investimentos (ações, títulos, fundos e afins). Até porque, no Brasil, não se pode negociar alguns desses investimentos na bolsa de valores diretamente como pessoa física.

Pensando nisso, fica mais fácil compreender que uma ordem de compra está relacionada ao processo de aquisição de determinado ativo, em que o cliente (investidor) determina que o agente intermediário (corretora) faça uma operação de compra.

Essa transação é realizada em nome do investidor e deve respeitar as condições e termos estabelecidos por ele.

O que é ordem de venda?

Agora que já falamos sobre a ordem de compra, fica mais fácil entender o que é ordem de venda. A única diferença com a modalidade anterior é que os termos e condições são definidos para vender determinado ativo na bolsa de valores.

Tanto as ordens de compra quanto de venda podem ser solicitadas pelo investidor à corretora (ou agente intermediário que utilizar) pessoalmente, remotamente (seja por escrito ou telefone) ou então acessando o home broker e executando a ordem online.

Independentemente de como a solicitação tenha sido feita, ela deve ser repassada para o mesmo sistema, com registro das informações do cliente, condições e horário do recebimento.

E se quiser entender como começar a investir na bolsa de valores, confira um e-book que separamos com conceitos essenciais que você precisa saber, além de servir como um guia para consultar sempre que quiser realizar seus investimentos com propriedade.

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Mas além de conhecer o conceito das ordens, vale ressaltar que existem diferentes modelos de ordem de compra e venda, como veremos a seguir.

Quais os principais tipos de ordem de compra e venda?

É fundamental conhecer os diferentes modelos de ordens de compra e venda, já que uma ordem pode ocorrer de várias maneiras, com condições e termos diferenciados. Isso pode impactar diretamente nos resultados do investimento.

1. Ordem de mercado

A ordem de mercado é uma operação que ocorre imediatamente. Isso porque o investidor solicita a compra ou venda de determinado ativo exatamente pelo valor que está disponível no mercado (ou seja, a cotação atual).

2. Ordem limitada

Já na ordem limitada o cliente informa à corretora a quantidade e preço máximo que deseja pagar em um ativo. Por conta disso, a compra é feita apenas quando o valor das ações for menor ou igual ao informado pelo investidor.

3. Ordem start

A ordem de start é mais utilizada para contenção de perdas em operações, em que o investidor programa a compra para quando estiver acima de um preço predeterminado. 

Nessa ordem de compra, você cadastra dois preços: o primeiro é o de disparo, que representa o patamar em que sua ordem será enviada, e o segundo é o limite, ou seja, o valor máximo que você está disposto a pagar por aquela ação. 

4. Ordem stop loss

O oposto equivalente da ordem start é a stop loss, utilizada como um limitador de preço para evitar perdas significativas no mercado de ações. Ou seja, é usada quando podem ocorrer quedas bruscas no preço dos ativos.

5. Ordem casada

Por fim, a ordem casada é feita quando há simultaneidade da compra e venda das ações. Normalmente, é o investidor quem estipula a sequência dessas operações. Por exemplo, para que determinada compra seja feita, primeiramente é necessário que outra venda ocorra.

Qual a validade das ordens de compra e venda no mercado?

Agora que você já conhece os principais modelos de ordem de compra, devemos falar sobre a validade. Isso porque, como vimos, as ordens são orientações que o investidor passa ao agente intermediário.

Então, devemos supor que essas condições possuam um prazo para serem atendidas, certo? Nesse caso, podemos citar as validades:

  • diária: como o próprio nome sugere, se a ordem não for executada até o fim do pregão, não terá mais validade no dia seguinte;
  • com data determinada: nesse caso, o investidor estipula uma data limite para a validade da ordem, não podendo ultrapassar 30 dias;
  • até cancelamento: a ordem vale até que o investidor decida cancelá-la, com o limite de 30 dias;
  • tudo ou nada: a oferta é válida apenas caso alcance todos os parâmetros estipulados pelo investidor, ou seja, pela quantia e valor exatos no momento em que a ordem for enviada.

Por que é importante entender o assunto?

O mundo dos investimentos é um universo próprio e, a partir do momento que começamos a estudar, não paramos mais. 

Afinal, sempre existem novos tipos de investimentos, modalidades e ações para conhecer. Com as diferentes ordens de compra e como utilizá-las, isso não é diferente.

O fundamental é não parar de aprofundar esses conhecimentos. Por isso, aqui na Faculdade XP School, nos preocupamos em trazer os mais variados artigos, vídeos e cursos sobre o mercado financeiro, para que você sinta-se preparado para realizar novos investimentos. 

Como, por exemplo, o curso Aprenda a investir na bolsa de valores. Nele, você irá aprender mais sobre:

  • os conceitos básicos para começar a investir em ações;
  • a bolsa de valores e as escolas de análises;
  • Investir em ações na prática, e muito mais.

Aproveite a oportunidade e saiba como identificar boas oportunidades de investimento!

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Análise gráfica day trade: principais tipos e dicas

Não existem padrões ou fórmulas mágicas para o sucesso na renda variável. Entretanto, o domínio técnico certamente é um dos primeiros e mais importantes passos para quem quer chegar ao topo. Nesse contexto, saber fazer uma boa análise gráfica day trade é dever de todo trader.

Há quem acredite que as análises gráficas são irrelevantes. Porém, os insumos que elas oferecem são cruciais para quem quer ter uma visão completa e assertiva sobre o mercado.

Quer saber como fazer uma análise gráfica day trade e os principais tipos de gráficos existentes? Confira o artigo abaixo!

Análise gráfica Day Trade: como fazer

Antes de saber como fazer uma análise gráfica, você precisa saber o que isso significa.

Basicamente, a análise gráfica se trata de uma metodologia que estuda a movimentação de preços de um papel na Bolsa.

Além de dados como histórico financeiro, um dos elementos mais usados pelos investidores para entender uma empresa é o gráfico. Ele reúne os principais dados históricos da companhia e permite olhar para movimentações passadas e projetar tendências para o futuro.

O que isso significa: que o gráfico entrega visualmente as informações que um investidor precisa para prever variações e, a partir disso, construir estratégias para suas operações.

Principais vantagens de incluir a análise gráfica em sua estratégia de day trade:

  • Decisões fundamentadas para compra e venda de papéis
  • Descoberta de boas oportunidades no mercado
  • Gerenciamento de risco decorrente da volatilidade da operação

Agora que sabe o conceito, objetivo e vantagens da análise gráfica, o próximo passo é saber como fazê-la. Nesse caso, a resposta é lendo e interpretando gráficos.

Embora pareça simples, sua execução não é. A leitura de gráficos envolve muito estudo e um olhar apurado.

Você sabia, por exemplo, que existem diversos tipos de gráficos day trade? Neles estão dispostas informações relevantes sobre as ações, como suas cotações máximas e mínimas e a quanto elas foram comercializadas nas aberturas e fechamentos de pregão.

>>> Como ser consistente e gerenciar riscos no mercado de trading? Essas são duas das mais frequentes dúvidas do investidor. Para respondê-las, o Zé Rico participou da live Full Trader, apresentada pela Ariane Campolim. Assista agora!

Tipos de gráficos day trade

Na análise day trade as principais informações são obtidas a partir de gráficos. Esses gráficos podem ter diferentes disposições visuais, mas em todas elas o objetivo é apresentar o desempenho de um papel em um determinado período.

Veja abaixo quais são os três principais gráficos day trade utilizados pelo mercado:

1. Gráfico de linhas

O gráfico de linhas é um dos mais simples do day trade e costuma ser usado pelos iniciantes na modalidade. Basicamente, ele considera os valores de fechamento em um determinado período.

Na imagem, um exemplo de gráfico de linhas em day trade
Fonte: Investing.com

Veja que uma única linha une os valores de fechamento do ativo. Esse fechamento pode ser do dia, do mês e até mesmo de um determinado horário. Quando unidos, uma linha passa a representar a evolução de cotação desse ativo.

2. Gráfico de barras

Por sua facilidade interpretativa, o gráfico de barras é um dos mais usados pelo mercado em geral. No de investimentos, elas representam as atividades de um papel, com os pontos de mínima e máxima cotação, além do preço de abertura e de fechamento no pregão.

Na imagem, um exemplo de gráfico de barras em day trade
Fonte: Investing.com

Note que o preço de abertura é demonstrado por um traço horizontal à esquerda e o de fechamento por um traço à direita. Na própria barra, o preço mínimo é exibido em sua base, enquanto o máximo está representado no topo.

>>> A verdade sobre o day trade que você não quer saber. Nesse artigo, a Ariane Campolim traz algumas verdades difíceis de serem ditas por quem opera nesse mercado. Clique aqui para ler.

3. Gráfico de candles  

O gráfico de candles – também chamado de candlestick – é o mais popular entre os traders. Seu layout permite analisar informações importantes sobre a movimentação de um ativo naquele período, sendo elas:

  1. A abertura e o fechamento, que compõem o corpo do candle
  2. A máxima e a mínima, que formam a sombra e podem ser chamadas de pavio

Cada candlestick representa a negociação de um papel e seu deslocamento de preço no período selecionado. Assim, ele permite avaliar tendências de alta e baixa do mercado, além de bull market e bear market.

Na imagem, um exemplo de gráfico candle
Fonte: Investing.com

A maneira correta de interpretar um gráfico candle é através dos três elementos que ele oferece: período, formato e cor.

Período

O período indica como o preço de um ativo performou durante um determinado período de tempo. Nesse caso, o investidor pode escolher avaliar esse dado no período que vai de um minuto a um ano.

Formato

Combinado ao período de análise, o formato do candle indica os valores que uma ação alcançou. Nele é possível identificar preço de abertura e fechamento e cotação máxima e mínima.

Considerando que o corpo do candle representa a abertura e fechamento do papel, um candle curto indica um período de pouca movimentação de preços. Já um candle alongado indica uma forte variação durante o pregão. Por fim, a sombra indica os valores máximos e mínimos atingidos naquele período.

Cor

O último elemento que compõe o gráfico candle indica sua alta (verde) ou baixa (vermelha). Quando o preço de fechamento está abaixo do preço de abertura, significa que o valor do papel caiu no período e, assim, o candlestick será de baixa (vermelho).

Do outro lado, quando o preço de fechamento for maior que o de abertura, significa que o preço subiu no período e o candlestick será de alta (verde).

Curso de análise gráfica para day trade

A análise gráfica day trade é a metodologia mais consistente para quem quer fazer projeções de um ativo com base em seu histórico.

Embora esse se trate de um mercado volátil e difícil de fazer afirmações, a trajetória de um papel tende a indicar seu comportamento futuro. Por isso, estudo e perspicácia são fundamentais.

Se você quer desenvolver seu olhar sobre essa metodologia, a escola da XP Inc preparou o curso Tudo o que aprendi em 12 anos de day trade. Nele o analista André Moraes dá mais detalhes sobre o que é a operação de day trade e fala sobre a psicologia do mercado.

No curso você também aprende a avaliar aspectos operacionais, como os gráficos e a elaborar estratégias e gerenciar riscos.

André Moraes já esteve à frente da XP como analista-chefe e hoje atua na corretora Rico. Ele também é autor do livro Se Afastando da Manada.

Gostou e quer se inscrever? É só clicar no banner abaixo.

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Livro sobre análise gráfica day trade

Além de cursos, outra forma de entender mais sobre o universo do day trade é através da literatura. Atualmente existe uma grande quantidade de livros sobre o tema disponíveis no mercado. Com eles você pode entender mais sobre o conceito, bem como ler sobre estratégias e mecanismos utilizados pelos analistas financeiros.

Confira três sugestões de livros para colocar na cabeceira e dominar a modalidade:

1. Análise Técnica Explicada – Martin J. Pring

Considerado por muitos como a Bíblia do day trade, esse livro auxilia o investidor a inserir o conceito da análise gráfica em sua rotina. Com uma linguagem simples, Martin traz pontos sobre psicologia do mercado, além de dividir estratégias de sucesso.

Link de compra: Amazon.

2. Análise Técnica para Leigos – Barbara Rockfeller

Se você está entrando agora na modalidade do day trade, esse livro será valioso. Nele a autora reúne 15 princípios fundamentais para que seus investimentos tenham sucesso, além de apresentar conceitos sobre a prática.

Link de compra: Amazon.

3. Operações Lucrativas com Candlesticks – Stephen W. Bigalow

Já dissemos que o gráfico candle é um dos mais usados pelos investidores. Nesse livro, você aprende – do básico ao avançado – a como operar nesse formato. Além de falar sobre padrões, Bigalow também explora a psicologia por trás de cada um, tornando as análises ainda mais assertivas.

Link de compra: Timing.

Conclusão

Operar no mercado financeiro pode parecer difícil, mas não é impossível. E a dica é simples: performance e assertividade estão associadas a muito estudo.

No mercado do day trade, as análises gráficas são fundamentais para entender um ativo e projetar seu futuro. Com essas informações, ter uma carteira de sucesso se torna mais fácil.

Clique no banner abaixo para fazer download do e-book Guia de Boas Práticas para Day Trade. Com ele você tem acesso às principais dicas de como operar de maneira segura e consciente.

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Warren Buffett: livros do maior investidor e suas recomendações

Warren Buffett, considerado o maior investidor de todos os tempos, passa 80% do seu tempo lendo livros.

Praticante da estratégia Buy and Hold, o bilionário norte-americano afirma que lê 500 páginas todos os dias. 

De acordo com ele, é assim que o conhecimento funciona: ele se acumula, da mesma forma como juros compostos.

Nascido em Omaha, uma pequena cidade dos Estados Unidos, Buffett começou a investir desde cedo e, em quase 80 anos de investimentos, acumulou uma fortuna invejável. 

Atualmente, o Oráculo de Omaha, como também é conhecido, ocupa a lista dos homens mais ricos do mundo, com um patrimônio estimado que ultrapassa a casa dos US$ 100 bilhões.

Ao longo de toda sua vida, Warren Buffett recomendou diversos livros. No entanto, alguns são mais especiais que outros.

Por esse motivo, neste artigo, selecionamos suas principais recomendações literárias. Acompanhe a leitura!

Os melhores livros sobre Warren Buffett

Apesar de Warren Buffett não escrever livros, diversos autores escreveram sobre suas estratégias de investimento e filosofia de vida.

O que é muito útil, visto que conhecer a história do maior investidor é fundamental para investidores de nível iniciante e avançado.

Então, confira abaixo os melhores livros sobre o Oráculo de Omaha.

O jeito Buffett de investir: os segredos do maior investidor do mundo, Robert G. Hagstrom

Caso você esteja em busca de lições de investimento, o livro de autoria de Hagstrom pode ser tudo que você procura.

O jeito Buffett de investir, atualmente na terceira edição, reúne todas as regras adotadas por Warren Buffett em seus investimentos. Além disso, orienta os leitores por meio de estudos de caso retirados de sua própria carteira de investimentos.

O que inclui alguns “mandamentos” clássicos, como comprar negócios que você de fato compreende e não dar ouvidos ao Sr. Mercado (investidor emocional imaginário criado por  Benjamin Graham, mentor de Buffett).

Também estão inclusas algumas lições mais profundas, retiradas de investimentos realizados pelo Oráculo de Omaha.

É uma ótima leitura para investidores iniciantes, e continua sendo um excelente livro para aqueles que acham que sabem o que estão fazendo. 

As regras básicas de Warren Buffett, Jeremy C. Miller

No livro As regras básicas de Warren Buffett, o autor e consultor financeiro, Jeremy C. Miller,  fez um ótimo trabalho de pesquisa ao filtrar a melhor parte das “regras básicas” de Buffett com base nas cartas que o bilionário redigiu para seus sócios de 1956 a 1970.

Em 2015, Buffett o livro em sua carta anual, declarando que “se você é fascinado pela teoria e prática de investimentos, vai gostar deste livro”.

Os ensaios de Warren Buffett: lições para investidores e administradores, Lawrence A. Cunningham

Caso você deseje entender como funcionam os pensamentos de Buffett, por que não aprofundar-se em seus ensinamentos?

Como o investidor não escreve livros, o professor da Universidade George Washington, Lawrence A. Cunningham, construiu uma narrativa com base nos relatórios anuais que Buffett anexa às contas da Berkshire Hathaway.

O resultado foi um compilado de dicas e lições preciosas que não só auxiliam como também estimulam os investidores.

E Buffett não só reconheceu o livro, como também recomendou a leitura.

“O que poderia ser mais vantajoso em uma disputa intelectual – sendo ela uma partida de xadrez ou a escolha de uma ação – do que ter oponentes que foram ensinados de que pensar é perda de tempo?”, pergunta o bilionário em um dos trechos do livro.

The Warren Buffett CEO: secrets from the Berkshire Hathaway managers, de Robert P. Miles

Em The Warren Buffett CEO, ainda não traduzido para o português, é abordado o lado gerente de Buffet.

O autor, Robert P. Miles, descreve como Buffett seleciona e supervisiona os CEOs para as subsidiárias da Berkshire por meio dos próprios executivos.  

Portanto, não trata-se um manual de investimentos, mas, ainda assim, você vai aprender muito sobre gestão e grandes empresas, duas coisas que todo investidor, aspirante a gerente e profissional de negócios deve conhecer.

O mais interessante é que este livro mostra um lado de Buffett costuma ser ofuscado pelo seu portfólio de investimentos. Warren Buffett é um grande gerente e um grande investidor.

Caro Sr. Buffett, Janet Tavakoli

Embora Buffet seja um dos personagens principais deste livro, Caro Sr. Buffett é um livro sobre o bilionário.

A autora, Janet Tavakoli, é especialista em finanças estruturadas. Seus livros anteriores abordam  obrigações de dívida colateralizadas.

Após a confusão financeira de 2009, Tavakoli se encontrou com Buffett a passou a enxergar mais valor na filosofia e nos métodos de investimento do Oráculo de Ohama.

Em resumo, este livro traz uma visão diferente de Buffett, através dos olhos de Janet.

É uma leitura para passar o tempo, visto que alguns dos insights podem ser perturbadores para os investidores — sobretudo os abusos do sistema que geraram o colapso das hipotecas, que resultou no início da Grande Recessão.

A bola de neve: Warren Buffett e os negócios da vida, Alice Schroeder

Caso você sinta que não absorveu o suficiente sobre Buffett, esta biografia apresenta uma análise completa sobre vida do bilionário. 

O livro conta com mais de 900 páginas, foi escrito com a ajuda de Buffett e publicado em 2008.

Embora não vá mudar seu entendimento sobre as estratégias de investimento de Buffet, A bola de neve vai ressaltar como sua abordagem evoluiu ao longo dos anos.

Além disso, o livro oferece uma visão panorâmica sobre a vida e as realizações do maior investidor de todos os tempos.

 >>> Confira as principais frases e ensinamentos do maior investidor de todos os tempos.

Os 6 livros recomendados pela lenda do mundo dos investimentos

Agora que você já conhece os melhores livros sobre Warren Buffett, confira uma lista com alguns dos principais livros recomendados por ele.

1. O investidor inteligente, Benjamin Graham

No prefácio da quarta edição de O investidor inteligente, Warren Buffett escreve:

“Li a primeira edição deste livro no início de 1950, quando tinha dezenove anos. Na época, pensei que era de longe o melhor livro sobre investimento já escrito. Ainda acho que é”.

Buffett também afirma que um investimento sólido não precisa de nada além de uma estrutura intelectual apropriada para a tomada de decisões. Dessa forma, conclui que o livro “prescreve de maneira precisa e clara a estrutura adequada”.

2. One thousand ways to make $1000, F.C. Minaker

One thousand ways to make $1000, ainda sem tradução para o português, é uma joia preciosa da estante de Buffet, encontrada por ele aos 7 anos na biblioteca de sua escola.

O bilionário classifica este livro como uma de suas principais inspirações para iniciar sua carreira de investidor. 

Se você conseguir superar a barreira linguística (este livro é de 1936, portanto, a linguagem está desatualizada), há lições valiosas e atemporais a serem tiradas nesta leitura.

3. O mais importante para o investidor: lições de um gênio do mercado financeiro, Howard Marks

De acordo com uma publicação da revista americana Barron’s, o cofundador da Oaktree Capital Management, Howard Marks, planejava lançar este livro quando se aposentasse.

No entanto, Buffett era tão fã das cartas que deram vida a este título que fez uma proposta para que Marks o publicasse antes: escrever a sinopse. E deu certo!

Howard Marks publicou O mais importante para o investidor em 2011. Prontamente, o maior investidor de todos os tempos classificou o livro como “uma raridade útil”.

4. Security Analysis, Benjamin Graham e David L. Dodd

Security Analysis, sem tradução para o português, é mais um dos livros que contribuíram para a formação financeira de Buffett.

Este, em específico, serviu como um mapa de investimentos, no qual o bilionário se baseia há mais de 50 anos.

A mensagem central da obra é a possibilidade de descobrir o valor real de uma companhia a partir de uma análise completa. Sabendo, assim, se o valor estipulado pelo mercado está correto ou não. 

5. Ações comuns, lucros extraordinários: não siga o rumo da multidão, Philip Fisher

O autor deste livro, Philip Fisher, atua como especialista de investimentos em empresas inovadoras.

Ainda que sua visão seja diferente da visão Graham, ele também desempenhou um papel essencial nos estudos de Warren Buffett.

Neste livro, o Fisher ressalta que ter somente questões financeiras como base não é o bastante, pois é fundamental avaliar a gestão responsável pela empresa.

6. The outsiders, William Thorndike Jr.

Em 2012, Warren Buffet escreveu uma carta destinada aos cotistas dizendo que este livro é uma ótima referência de CEOs que tiveram destaque na alocação de capitais.

A própria Berkshire Hathaway exerce um papel relevante em The outsiders, visto que há um capítulo exclusivo sobre o diretor da empresa, Tom Murphy, considerado por Buffet um dos melhores diretores que ele já conheceu.

 

Agora que você já conhece os livros e as recomendações de Warren Buffet, é hora de colocar os ensinamentos do Oráculo de Ohama em prática e investir em conhecimento.

Para ajudar você neste processo de aprendizado, escola da XP Inc. desenvolveu um curso completo sobre Stock Pickers: Valuation Raiz.

Por meio dele, você vai entender como os principais gestores do mercado avaliam as empresas da Bolsa de Valores.

Então, aproveite a oportunidade e torne suas tomadas de decisão em relação à sua carteira de investimentos mais assertiva. Clique no banner abaixo e garanta sua vaga!

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Stop loss e stop gain: o que significam, quando usar e exemplos

Se em algum momento você deixou de investir na Bolsa de Valores por medo de perder, vamos te contar um segredo: é possível gerenciar esses riscos. Como? Trabalhando com stop loss e stop gain.

Dois grandes aliados dos investidores, esses recursos são usados para proteger o patrimônio na renda variável.

Quando falamos sobre essa modalidade de investimento, a volatilidade é um dos pontos de maior preocupação. Por isso, ter acesso a mecanismos que a freie são fundamentais para fugir da variação causada pelo mercado.

Veja mais sobre esses conceitos no artigo abaixo, além de exemplos e dicas.

O que é Stop loss e Stop gain?

Como dissemos – e certamente você sabe –, o mercado de ações nem sempre opera como o projetado. E embora isso seja esperado na renda variável, também é motivo de preocupação. Os mecanismos de stop loss e stop gain são justamente para impedir perdas.

Stop loss significado

Em tradução livre, stop loss significa “parar perda”. No mercado financeiro, isso representa uma ordem de venda programada pelo investidor para o caso de o valor de seu ativo atingir um percentual de perda pré-determinado.

Não ficou claro? Nós explicamos mais!

Suponha que um investidor compra papéis de uma determinada empresa e estabelece um valor limite de perda. Quando esse valor é atingido pela volatilidade, automaticamente é emitida uma ordem de venda. Assim, caso o papel continue em queda, o investidor não é afetado além do que estabeleceu.

Como no mercado de renda variável não é possível fazer afirmações, essa é uma maneira segura de operar nessa modalidade.

>>> A volatilidade é uma palavra que normalmente assusta o investidor. Mas você sabia que ela pode ser usada a favor das suas aplicações? No vídeo abaixo a Clara Sodré fala mais sobre isso. Veja:

Stop gain significado

O stop gain também é uma maneira de evitar prejuízos na carteira, mas ele opera de maneira diferente. Como a tradução já sugere, o stop gain é um recurso para parar os ganhos.

Parece estranho pensar que um investidor queira estabelecer um limite para vender um ativo que está em alta. Entretanto, quem já está nesse mercado sabe que uma ação não valoriza para sempre.

Nesse caso, o stop gain é um mecanismo que ajuda o investidor a vender seu ativo antes que ele sofra uma queda.

Imagine que um investidor comprou uma ação projetando lucrar uma quantia específica com ela. Assim, ele usa esse recurso para que, ao atingir o valor esperado, seja emitida uma ordem de venda. Caso a volatilidade leve o papel à desvalorização, ele não terá seu lucro prejudicado.

Exemplos práticos de stop loss e gain

Agora que você já sabe o conceito dos mecanismos de stop loss e stop gain, veja dois exemplos de como eles funcionam:

Exemplo de stop loss:

Suponha que você comprou a ação de uma varejista a R$ 25 e, por conta de eventos como Black Friday e Natal, projetou um rendimento de 5%, atingindo a quantia de R$ 26,25.

Entretanto, como você sabe que nem sempre o mercado atende às expectativas, optou por se precaver. Por isso, definiu como stop loss a quantia de R$ 23,75, representando um prejuízo de também 5%.

Considerando que você tenha comprado um lote padrão (100 ações), seu investimento foi de R$ 2.500. Caso a queda se confirme, suas ações seriam cotadas a R$ 2.375 e uma ordem de venda seria emitida. Assim, você teria um prejuízo calculado de R$ 125, mesmo que o papel seguisse em queda.

Exemplo de stop gain:

Agora suponha que você comprou a ação da mesma varejista com os mesmos R$ 25, mas que, de fato, a Black Friday e o Natal influenciaram no crescimento do papel.

Embora esteja satisfeito por ter feito uma análise correta, você também sabe que o mercado não opera sempre em alta. Para prevenir seu lucro, utilizou o mecanismo de stop gain.

Com ele você estabeleceu uma ordem de venda a R$ 25,75, o que representa um lucro de 3%.

Considerando que você investiu na compra de um lote padrão da varejista, o valor aplicado foi de R$ 2.500. Com a alta de 3%, o lote seria cotado em R$ 2.575, representando um lucro de R$ 75.

Ao chegar a esse valor, a ordem de venda seria disparada e você manteria esse lucro ainda que a ação passasse a operar em baixa imediatamente depois.

>>> Veja mais dicas sobre stop gain no programa Operando com Robôs, da Infomoney TV. Para assistir, é só clicar aqui.

Por que e como utilizar stop loss e stop gain?

Investir sabendo o quanto você pode ganhar e, principalmente, o máximo que você pode perder é a melhor razão para que você utilize os mecanismos de stop loss e stop gain.

É claro que isoladamente eles não fazem milagre, por isso, é preciso somá-los às suas estratégias de investimento.

Por se tratarem de mecanismos de limitação de perdas e ganhos, eles são amplamente utilizados por investidores que fazem operações de day trade. Considerando que nesse sistema a velocidade é uma das aliadas, agir rapidamente e de maneira calculada é um componente importante para o sucesso da carteira.

Nos investimentos a longo prazo na Bolsa de Valores, os recursos também são indicados. Assim, as movimentações do mercado não afetam o lucro projetado ou a perda tolerada.

Lembrando que as definições para stop loss e stop gain devem ser feitas diretamente em seu home broker. Nele você determina o preço de venda ou a porcentagem de ganho/perda, além do período em que essa regra é válida.

>>> Se você tem interesse no mercado de day trade, veja os conselhos e dicas do analista de investimentos André Moraes no curso Tudo que aprendi em 12 anos de day trade. Nele você aprende mais sobre esse tipo de operação, além de dicas de gerenciamento de crise e estratégias de correção e reversão.

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Quando utilizar stop gain e loss?

A resposta para essa pergunta varia conforme a estratégia de investimento que você possui. Afinal, é a partir dela que você consegue definir uma porcentagem de tolerância ao risco, para mais ou para menos.

Normalmente esses mecanismos são utilizados em ações com alto volume de negociações e alta volatilidade, em que acompanhar as movimentações é uma tarefa complexa.

Outra dica para o uso do stop loss e stop gain é que essa programação seja feita fora do pregão. A razão é simples: definir ordens de compra e venda durante a operação da Bolsa pode fazer com que elas sejam invalidadas e você não consiga utilizar o recurso.

Quais os cuidados devo ter ao aplicar nas ações?

Todo investidor que atua no mercado de renda variável precisa se lembrar de que essa se trata de uma modalidade de risco. Embora os mecanismos de stop loss e stop gain pareçam a solução para freá-los, eles devem sempre estar associados ao seu perfil de investidor e capacidade de tolerância.

Por isso, antes de fazer suas aplicações, tenha sempre em mente dois pontos:

  1. Se a característica do papel é compatível com seu perfil
  2. Se a ação atende às análises fundamentalistas que você faz

E falando em análise fundamentalista, essa é uma etapa de extrema importância para quem quer ser mais assertivo no universo da renda variável. Ao utilizar técnicas de avaliação de uma empresa e seus papéis, o investidor é capaz de fazer escolhas mais alinhadas com seu perfil e expectativas de ganho.

Se você ainda não sabe como fazer essa análise, clique no banner abaixo para se inscrever no curso da Faculdade XP School.  Nele você aprende a analisar relatórios contábeis e como isso pode ajudá-lo em seus investimentos.

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Qual a diferença entre Taxa Selic e IPCA? Descubra como esses índices são definidos

Todo investidor precisa estar muito familiarizado com o significado das siglas do mercado e entender seus pontos divergentes, como saber qual a diferença entre Taxa Selic e IPCA. 

Na verdade, mais do que saber o que esses índices significam e suas diversidades, é importante entender como eles funcionam e o impacto que eles exercem na economia brasileira e no mercado de investimentos.

Muitos investidores não tão experientes costumam confundir Taxa Selic com IPCA e ainda ficam meio perdidos quando abrem o aplicativo da corretora e encontram opções de produtos indexados a essas siglas.

Se esse é o caso, fica tranquilo que a gente vai explicar tudo o que você precisa saber. Ao longo deste conteúdo, você vai entender quais as características e como são definidos a Taxa Selic e o IPCA.

Além disso, vamos esclarecer o que acontece quando esses índices aumentam ou diminuem. Continue com a gente!

O que é e como o IPCA é definido?

Antes de pontuarmos qual a diferença entre Taxa Selic e IPCA, é importante que você entenda cada índice separadamente.

O IPCA é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Basicamente, ele mostra a variação dos preços de produtos e serviços mais consumidos pela população brasileira e o impacto dessa variação no poder de compra das famílias.

O IPCA mede a inflação, que nada mais é do que o quanto o nosso dinheiro consegue comprar. Quanto maior a inflação, menos coisas a gente consegue comprar com a mesma quantidade de dinheiro.

Além do IPCA, o IGP-M também mede a inflação. Neste vídeo, você vai saber mais sobre eles e como usá-los em seu dia a dia:

 >>> Leia também: IGP-M: como é calculado e impacta seu bolso

Como o IPCA é definido?

O IPCA é calculado e definido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para isso, é feita uma pesquisa sobre o preço dos produtos e serviços mais consumidos pelos brasileiros em diferentes categorias:

  • alimentação;
  • habitação;
  • energia elétrica,
  • gás de cozinha
  • saneamento básico;
  • eletrodomésticos;
  • vestuário;
  • transportes;
  • saúde;
  • lazer;
  • educação;
  • comunicação.

Essa pesquisa de preços é feita nas seguintes cidades:

  • São Paulo;
  • Rio de Janeiro;
  • Belo Horizonte;
  • Porto Alegre;
  • Curitiba;
  • Salvador;
  • Recife;
  • Fortaleza;
  • Belém;
  • Vitória;
  • Goiânia;
  • Campo Grande;
  • Rio Branco;
  • São Luís;
  • Aracaju;
  • Brasília.

Apesar de não ser realizada em todos os municípios brasileiros, a pesquisa de preços para o cálculo do IPCA abrange a variação de preços em nível nacional. 

O índice IPCA é calculado mensalmente e considera não apenas a variação dos  preços no mês anterior, mas também o seu impacto no custo de vida das famílias que vivem com uma renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.

>>> Saiba mais: IPCA: como é calculado e para que serve? 

O que é e como a Taxa Selic é definida?

Selic significa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. É nesse sistema que ocorrem as operações de compra e venda de títulos públicos por parte das instituições financeiras.

A Selic é considerada a taxa básica de juros. Ela se refere ao valor médio dos juros praticados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.

Ela serve como referência para as taxas de juros que são cobradas pelos bancos e outras instituições financeiras em operações de concessão de crédito, como empréstimos e financiamentos.

Os investimentos de renda fixa atrelados à Selic também são impactados. 

Para você entender todos os impactos da Selic nos investimentos, recomendamos que leia esse artigo e esclareça as suas dúvidas.

Como a Taxa Selic é definida?

A Selic é definida pelo Banco Central do Brasil em uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que ocorre a cada 45 dias.

O Copom pode escolher entre aumentar, diminuir ou manter a taxa básica de juros. Para isso, é feita uma análise do cenário macroeconômico e dos riscos que essa decisão pode representar para a economia.

>>> Você já está aprendendo alguns dos conceitos básicos de economia, que tal ampliar seus conhecimentos? Faça o curso: Primeiros Passos no Mundo dos Investimentos 

Com ele você vai perder o medo de investir com a ajuda de grandes especialistas, vai descobrir também seu perfil de investidor.

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Qual a diferença entre Taxa Selic e IPCA?

Como você pôde perceber até agora, Taxa Selic e IPCA são índices bastante diferentes.

A Selic se trata da taxa básica de juros da nossa economia e serve como referência para os juros que serão cobrados do consumidor final em operações de crédito.

Já o IPCA é o índice que mede a inflação a partir do cálculo da variação do preço dos principais produtos e serviços consumidos pelas famílias.

Apesar das diferenças, IPCA e Taxa Selic estão interligados. Entenda isso melhor no próximo tópico.

Mas antes, separamos um vídeo da educadora financeira Camila Botti que mostra também a diferença entre CDI, Selic e IPCA:

O que acontece com o aumento ou queda da Selic e do IPCA?

Quando a Selic está muito elevada, a rentabilidade dos investimentos de renda fixa pós-fixados, como os títulos do Tesouro Direto, CDBs e letras de crédito fica mais convidativa.

Por que isso acontece?

Por que esses investimentos são atrelados a essa taxa.

Com isso, as pessoas tendem a alocar seus recursos nesses investimentos, levando a uma retração do consumo das famílias. 

Além disso, a taxa selic também é usada para definir a taxa de juros de empréstimos, cartão de crédito e outras formas de financiar o consumo. 

Assim, com encarecimento do crédito, essa tendência de diminuição das compras das famílias é intensificada. 

Portanto, com a taxa básica de juros mais alta, diminui-se a demanda de produtos, aumenta-se a oferta e os preços tendem a cair, diminuindo a inflação – ou o IPCA.

E em cenário de Selic baixa?

Já quando a Selic está muito baixa, há um incentivo maior ao consumo. A demanda por produto aumenta e, se a oferta não acompanhar a demanda, os preços tendem a subir, elevando a inflação.

O mercado de ações também é impactado, mesmo que indiretamente, pela Taxa Selic. Isso porque pode ser mais vantajoso para os investidores migrarem para produtos de renda variável quando a Selic está muito baixa.

A Selic em baixa dispersa os investimentos em renda fixa para renda variável, uma vez que as pessoas buscam por mais rentabilidade.  

Assim sendo, quanto maior é a demanda, mais os preços das ações tendem a subir. Logo, os investimentos em renda variável se tornam mais atrativos. 

Mas vale lembrar que esse tipo de investimento é mais volátil e, antes de fazer esse movimento, é importante analisar o seu perfil de investidor.

Outro ponto interessante é que a Selic mais baixa é um indício de que o Banco Central deseja aquecer a economia (juros menores incentivam as pessoas a comprar no crédito). 

Este aquecimento da economia, por sua vez, desperta a confiança dos investidores e do mercado. Assim, os papéis das empresas tendem a valorizar, pois o número de negociações aumenta.

Em contrapartida, Inflação baixa é o cenário ideal?

Na prática, a inflação é o que desvaloriza o seu dinheiro e enfraquece o seu poder de compra. Mas isso quer dizer que quanto menor o IPCA, melhor para todos?

Não é bem assim. Uma deflação muito brusca e contínua pode ser tão danosa para a economia de um país como a inflação nas alturas.

Quando a inflação diminui, mais dinheiro passa a circular e a oferta de produtos aumenta. Só que quando essa deflação ocorre de forma constante, significa que a demanda não está conseguindo acompanhar a oferta de bens e serviços.

A médio e longo prazo, esse fenômeno pode gerar aumento do desemprego e grave recessão econômica.

Bom, esperamos que tenha ficado claro para você qual a diferença entre Taxa Selic e IPCA e a importância desses índices para a nossa economia e para os seus investimentos.

Aliás, se você deseja investir de forma diversificada, que tal começar a aprender mais sobre Bolsa de Valores?

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