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Fluxo de caixa descontado: o que é e como calcular

“Quanto vale o seu negócio hoje?”. Você saberia responder se te fizessem essa pergunta agora? Se a sua resposta foi não, é sinal que você ainda não fez o Fluxo de Caixa Descontado (FCD) da sua empresa.

E se você nunca ouviu falar ou nunca entendeu muito bem o que é fluxo de caixa descontado, nem para que ele serve, esse artigo vai te ajudar. Nele, vamos falar o que é, qual a importância e te ensinar como fazer o cálculo fluxo de caixa descontado.  

O que é o fluxo de caixa descontado?

Basicamente, o fluxo de caixa descontado, ou FCD, consiste em estimar o valor atual da sua empresa com base em projeções financeiras de quanto ela será lucrativa no futuro.     

O fluxo de caixa descontado é uma das técnicas de avaliação de negócios mais populares juntamente com o fluxo de caixa operacional, fluxo de caixa direto e outros fluxos utilizados dentro da própria empresa. 

A técnica é muito utilizada para estimar o valuation da empresa, ou seja, estimar o valor da empresa em forma quantitativa.

Para que serve o fluxo de caixa descontado?

Saber quanto vale uma empresa é importante porque essa informação auxilia os responsáveis pela gestão empresarial na hora das tomadas de decisões em relação ao futuro do negócio. 

Além disso, o FCD ajuda o empreendedor a alinhar as expectativas do negócio e atrair novos investidores para ele. 

Já para o investidor, o FCD o ajuda a fazer a análise de investimento de modo a entender se aquele negócio atende às suas expectativas de negócio e se realmente vale a pena ele investir. 

Como funciona o fluxo de caixa descontado?

Em resumo, o fluxo de caixa descontado funciona com base em 4 elementos da gestão financeira. São eles:

  1. Estimativa de fluxo de caixa: valor recebido e valor gasto pela empresa em um período de tempo;
  2. Taxa de desconto: o custo médio entre capital e riscos de investimentos;
  3. Cálculo de valor residual: valor presumido de um ativo ao final do tempo em que ele pode ser utilizado pela empresa;
  4. Cálculo de valor da empresa: esse é o cálculo final, que considera todos os elementos anteriores.  

Quando utilizar o FCD?

Você pode utilizar o fluxo de caixa descontado para fazer análises e conseguir planejar melhor o futuro da sua empresa. Se o seu objetivo é ter uma gestão exponencial em que o seu negócio sempre vai estar atento às novidades do mercado para desenvolver soluções inovadoras, o FCD é extremamente útil.

Porém, é importante pontuar que o FCD pode não se adequar em alguns modelos de negócios como, por exemplo:

  • Novas empresas;
  • Empresas sazonais;
  • Pequenos negócios;
  • Startups ainda em processo de implementação.

Isso porque para esses modelos de negócio normalmente não há um histórico financeiro consolidado, o que é necessário para que se consiga fazer as previsões. 

Vantagens e desvantagens do fluxo de caixa descontado

A técnica de fluxo de caixa descontado é um divisor de opiniões entre especialistas da área. Isso porque alguns acreditam que a FCD é falha porque trabalha apenas com projeções, que podem sofrer influências de fatores externos e não se tornarem reais. 

Abaixo, listamos as principais vantagens e as desvantagens do uso da FCD: 

Vantagens do fluxo de caixa descontado

  • Saber o valor da sua empresa: conhecer o quanto vale a sua empresa atualmente é importante porque contribui no planejamento, na gestão e nas estratégias de negócio; 
  • Escolha entre investimentos: para quem investe em renda variável, principalmente em ações de empresas, se as projeções do seu negócio forem positivas elas podem despertar o interesse de muitos investidores;  
  • Orientação para o futuro: o FCD é uma metodologia que se baseia no futuro, não no histórico passado. Entretanto, dados de anos anteriores são necessários para que as projeções futuras consigam ser feitas da maneira correta.  

Desvantagens do fluxo de caixa descontado

  • Incertezas em relação ao futuro: por se tratar de uma técnica baseada no futuro, muitas vezes as previsões podem não acontecer da forma que a empresa planejou por diversos fatores. Por exemplo, um problema interno de gestão ou uma crise financeira a nível nacional.

O que considerar ao fazer o FCD?

Bem, para fazer o cálculo de um fluxo de caixa descontando você deve considerar muitas questões. 

Por exemplo, o risco e o retorno daquele negócio. Isso porque o FCD faz projeções do futuro com taxas de descontos para poder chegar a uma estimativa mais real. 

Além do risco e retorno, aqui vão algumas questões importantes na hora de fazer o FCD da sua empresa:

  • Valor residual;
  • Perpetuidade;
  • VPL — Valor Presente Líquido.

Como fazer o cálculo do fluxo de caixa descontado?

Existem diversas formas possíveis para quem deseja calcular o fluxo de caixa descontado da sua empresa. Aqui, nós vamos ensinar a você uma das fórmulas mais simples para esse tipo de cálculo.

Cálculo do fluxo de caixa descontado
É importante ter dados reais para calcular o fluxo de caixa descontado e não cometer erros.

A fórmula é a seguinte:

FCD = Projeção de faturamento para o futuro ÷ (1 + taxa de desconto) elevado ao número do período.

Pronto, com essa fórmula já consegue descobrir quanto vale a sua empresa nesse momento. Mas, lembre-se que você precisa ter os valores corretos em mãos para não correr o risco de fazer os cálculos errados. 

Exemplo prático do cálculo FCD

Agora, para não restarem dúvidas de como fazer o cálculo do seu fluxo de caixa descontado, vamos a um exemplo?

Imagine que o faturamento atual da sua empresa é de R$ 10.000 e a projeção para os próximos 3 anos é de:

AnoFaturamento
1º R$ 20.000
R$ 40.000
R$ 60.000
Simulação de um cálculo de fluxo de caixa descontado

Agora, você precisa definir a taxa de desconto para conseguir projetar os valores aproximados com a realidade. Para isso, vamos definir que a sua taxa vai ser próxima à taxa básica de juros, que no momento está em 12%.

Com a taxa definida você precisa calcular o valor presente descontando a taxa de juros para obter o FCD dos próximos anos. Por exemplo:

  • 1º ano: R$ 20.000/(1,12) = R$ 17.857;
  • 2º ano: R$ 40.000/(1,12)² = R$ 31.887;
  • 3º ano: R$ 60.000/(1,12)³ = R$ 42.706.

Agora, com os valores projetados, é só somar para chegar ao FCD estimado para o final dos três anos. Nesse caso, o valor é de R$ 92.560.    

Qual a importância do fluxo de caixa descontado na gestão do negócio?

O fluxo de caixa descontado é importante porque ele te dá a possibilidade de entender melhor o seu negócio. Dessa forma, você consegue tomar decisões mais certas, de forma orientada, sempre avaliando as oportunidades e os riscos de cada ação. 

Além disso, o FCD facilita o fornecimento de informações para investidores externos e os atrai para o seu negócio. No geral, o fluxo de caixa descontado costuma chamar a atenção de novos investidores quando o FCD é superior aos custos atuais da empresa. 

Por fim, o fluxo de caixa descontado diminui também as chances da sua empresa fechar nos primeiros anos.

De acordo com uma pesquisa do IBGE, mais de 70% das empresas brasileiras não duram 10 anos. Mas com o FCD, você consegue ter projeções do seu futuro e não ser pego com tanta surpresa caso algo negativo possa acontecer nos próximos anos. 

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Absenteísmo no trabalho: o que é, quais as causas e como diminuir

Fazer com que uma empresa funcione conforme o planejado, de maneira eficiente e com funcionários entregando o máximo desempenho é um desafio com vários obstáculos. Um deles é o absenteísmo no trabalho.  

Se você nunca ouviu falar no termo e está se perguntando o que é absenteísmo no trabalho, este artigo vai tirar as suas dúvidas. Nele, vamos falar o que significa esse termo, quais os tipos de absenteísmo e o motivo dessa métrica ser tão importante para os profissionais de RH.    

O que é absenteísmo no trabalho?

Segundo o dicionário, o absenteísmo representa o hábito de se ausentar ou não comparecer com frequência. Logo, o absenteísmo no trabalho se refere a ausência do trabalhador ao seu local de trabalho, seja apenas por algumas horas ou por dias.

Além disso, também são incluídos nas atitudes que configuram absenteísmo no trabalho os atrasos constantes por parte dos colaboradores. 

Portanto, o absenteísmo no trabalho diz respeito aos períodos em que o trabalhador se ausenta, independente do motivo — com exceção das férias que não entram nessa conta.    

Diferença entre Absenteísmo e Turnover

Primeiramente, vamos explicar para você o que é turnover, caso você não conheça o conceito. Turnover é um índice que mensura a rotatividade de funcionários dentro de uma empresa. 

Geralmente, as pessoas acham que absenteísmo e turnover são a mesma coisa porque ambos são fortes indicadores de que algo não está funcionando tão bem dentro da empresa. 

Contudo, o turnover é uma consequência do absenteísmo, que muitas vezes é causada por problemas de gestão empresarial, mau relacionamento com os colegas de equipe, entre outras questões.

Por exemplo, um colaborador constantemente precisa se ausentar por problemas de saúde. Por conta disso, ele tem muitos problemas com o seu gestor. Provavelmente, esse funcionário será desligado da empresa por causa da sua taxa de absenteísmo no trabalho e aumentará o índice de turnover dentro daquela empresa.   

Tipos de absenteísmo

Existem diversas razões para que um funcionário se ausente do trabalho e essas ausências são classificadas em três tipos: justificado, injustificado, presenteísmo.

Abaixo, falamos de cada tipo para que você entenda como eles são identificados na prática.  

Justificado

O absenteísmo justificado é aquela ausência onde o colaborador informa à empresa o motivo da sua falta. Os tipos mais comuns de absenteísmo justificado são idas a consultas ou licenças médicas por problemas de saúde. 

Normalmente, essas ausências são comunicadas com antecedência e a empresa consegue se preparar previamente para a ausência do funcionário. Dessa forma, ninguém sai prejudicado. 

Injustificado

Ao contrário do justificado, no absenteísmo injustificado o funcionário não informa o motivo da sua ausência para a empresa. 

Geralmente, as motivações mais comuns para absenteísmo injustificado são imprevistos ou falta de motivação para continuar naquele ambiente de trabalho.    

Nesses casos, a empresa é pega desprevenida e muitas vezes não consegue se organizar a tempo para suprir a ausência do funcionário.  

Presenteísmo

Por fim, o último tipo de absenteísmo é talvez o mais comum no dia a dia das empresas, e também o mais difícil de ser detectado pela equipe. Afinal você precisa de um longo tempo de observação para perceber e comprovar tal atitude por parte do funcionário.

O presenteísmo se refere a uma ausência do funcionário mesmo quando ele está presente no ambiente físico. Ou seja, o funcionário está lá fisicamente, mas sua cabeça não está. Ele trabalha desmotivado, o seu rendimento cai e a sua produtividade é cada vez mais baixa.

<Leia também: Neurodiversidade: entenda o que é e qual a sua importância/>

Como calcular o absenteísmo no trabalho?

Em alguns casos, como no presenteísmo, a identificação é um pouco mais complicada. Entretanto, existem cálculos simples que ajudam a mensurar a taxa de absenteísmo na instituição. 

Abaixo, explicamos como fazer esse cálculo de maneira detalhada: 

  1. Faça um levantamento do número de horas mensais que os seus colaboradores deveriam trabalhar no mês;
  2. Verifique a quantidade de horas de ausência (atrasos, faltas parciais, afastamentos médicos) dos seus colaboradores durante um mês;
  3. Junte todos os horários levantados e faça o cálculo. A fórmula utilizada é: Absenteísmo = horas perdidas ÷ horas totais x 100.
Mulher trabalha desmotivada e causa absenteísmo no trabalho
A falta de motivação dos funcionários pode aumentar a taxa de absenteísmo no trabalho.

Agora, para ficar mais fácil a compreensão, vamos a um exemplo:

Primeiramente, você precisa saber que estamos falando de uma empresa que trabalha numa jornada de 8 horas diárias, trabalha de segunda a sexta-feira e possui 12 colaboradores

  • Horas trabalhadas: 8 (horas trabalhadas por dia) x 20 (dias úteis no mês) x 12 (total de colaboradores) = 1.920 horas planejadas de trabalho por mês;
  • Horas de ausência: 4 (horas por dia) x 5 (dias de ausência) x 6 (total de colaboradores que se ausentaram) = 120 horas perdidas;
  • Cálculo: 120 (horas perdidas) ÷ 1.920 (horas totais) x 100 = 6,25%

Portanto, nesse exemplo, a taxa de absenteísmo da empresa é de 6,25% entre todos os funcionários. 

Existe um índice de absenteísmo no trabalho aceitável?

Não existe um consenso entre os especialistas de Recursos Humanos sobre qual o índice de absenteísmo para as empresas. Entretanto, muitos estimam algo em torno de 4% para ser considerado o ideal. 

Atingir abaixo desse índice é praticamente impossível, dependendo da quantidade de colaboradores na empresa. 

Segundo os dados apresentados em um levantamento da Levee, empresa voltada para o aumento da produtividade por meio de Inteligência Artificial, estima-se que:

  • 5% é o índice de absenteísmo no setor de serviços no Brasil;
  • 7% a 10% é o índice de absenteísmo em segmentos como o varejo no Brasil.   

Impactos do absenteísmo no trabalho 

Por mais que tenha motivações diversas, no absenteísmo tem uma coisa que não muda independente da sua razão: as consequências dele.

É fato que o alto índice de absenteísmo no trabalho prejudica diretamente o rendimento de toda a empresa e diminui o seu potencial de entrega.

Além da produtividade, existem outros impactos causados. Abaixo, listamos alguns para que você entenda melhor como isso pode interferir na rotina de trabalho: 

  • Altos custos para a empresa: desligar um funcionário é um processo caro. Além do dinheiro de verbas rescisórias, o desligamento demanda também muito tempo da equipe de gestão de Recursos Humanos que precisa abrir processo de seleção, entrevistar, treinar novos colaboradores, etc; 
  • Dificuldade na gestão: a boa gestão de processos é fundamental para a organização das atividades de uma empresa. Entretanto, ela acaba sendo prejudicada devido às ausências e a rotatividade entre funcionários; 
  • Sobrecarga da equipe: com a ausência de um funcionário, é comum que o outro momentaneamente assuma aquela função. Entretanto, com a ausência frequente, a equipe começa a ficar sobrecarregada e desempenhar o papel de dois ou mais colaboradores simultaneamente.   
  • Desgaste do clima organizacional: como consequência das questões citadas acima, os colaboradores começam a se desgastar, o que aumenta o sentimento de insatisfação e prejudica o dia a dia entre a equipe.  

Quais as causas absenteísmo no trabalho 

No geral, as maiores causas de absenteísmo são problemas de saúde e desmotivação por parte do funcionário. Mas claro que outros fatores podem influenciar diretamente nessa questão. 

Por isso, citamos abaixo alguns fatores internos e externos que aumentam os índices de absenteísmo no trabalho. 

Fatores internos da empresa

Em primeiro lugar temos a desmotivação. Ela pode ser ocasionada por diversos fatores como, por exemplo, baixa remuneração salarial ou falta de infraestrutura. 

Em seguida temos os problemas com a gestão. Muitas vezes, isso acontece porque nem todo chefe tem postura de líder e com isso ele acaba gerando mal-estar entre a sua própria equipe. 

Por fim, a cultura organizacional da empresa. Geralmente, empresas com modelo de gestão muito autoritário não ouvem o funcionário e não investem em treinamento e desenvolvimento para a evolução da equipe.  

Fatores externos da empresa

Aqui, em primeiro lugar temos doenças e problemas de saúde que impossibilitam o funcionário de trabalhar.

Logo em seguida, temos imprevistos, como problemas familiares, atrasos devido ao trânsito ou ao transporte público. 

Por fim, problemas pessoais. Por vezes o colaborador está passando por uma situação familiar delicada ou está com problemas financeiros que o preocupam e influenciam diretamente no seu rendimento.  

Como identificar o absenteísmo no trabalho?

O absenteísmo pode ser difícil de ser identificado, mas não impossível.

Em primeiro lugar, é importante dar voz e saber ouvir os colaboradores para que eles se sintam a vontade de conversar caso estejam enfrentando algum problema.

Também é importante acompanhar os dados de horas trabalhadas e horas ausentes dos funcionários para ter a métrica e saber qual o índice de absenteísmo dentro da empresa.    

Qual o papel do RH 

O RH é o setor responsável por cuidar de toda a parte relacionada ao funcionário. Desde a contratação ao desligamento, mas também da manutenção e desenvolvimento dos profissionais.

Portanto, o RH tem papel direto na identificação do absenteísmo e na promoção de ações para diminuir os altos índices e combater os problemas na empresa. 

Como diminuir o absenteísmo?

Absenteísmo no trabalho é um problema complexo, que nunca vai deixar de existir. Porém, existem pequenas atitudes que podem ser tomadas para diminuir essas taxas. São elas: 

Com ações simples e totalmente executáveis pelo RH é possível diminuir o índice de absenteísmo no trabalho e melhorar os resultados da sua empresa. 

Otimização de banco de dados: aprenda a elevar a performance!

A otimização de banco de dados deve ser feita para aumentar a produtividade da equipe e contribuir para melhores resultados de consultas e análises.

Você sabia que há alguns fatores que influenciam a otimização de banco de dados? A boa notícia é que, como pequenos ajustes em ambientes locais e em nuvem, é possível fazer consultas e análises.

Os modernos ambientes de computação em nuvem (cloud computing), incluindo os destinados a banco de dados, vêm fazendo frente ao tradicional modelo em que os recursos de tecnologia da informação ficam concentrados dentro da própria empresa (on premises). 

Nesse sentido, eles têm conquistado espaço na medida em que evoluem suas ofertas e retiram, gradualmente, impeditivos à sua adoção, tornando-se técnica e financeiramente atraentes para as organizações.

Por isso, é essencial que os gestores saibam como melhorar o desempenho do banco de dados, reduzindo tempo de consultas e elevando a produtividade da equipe.

Veja neste artigo dicas práticas de otimização de consultas banco de dados. Boa leitura!

Por que fazer a otimização de banco de dados?

Ao se optar pela contratação de ambientes de banco de dados em nuvem, seja no modelo de infraestrutura como serviço (IaaS), plataforma como serviço (PaaS) ou mesmo do próprio software de banco de dados como serviço (SaaS ou DBaaS), é preciso entender que as possibilidades de avaliação e ajuste de desempenho passam a ser mais restritas.

Elas passam a exigir, portanto, uma abordagem diferente daquela comumente utilizada em ambientes on premises.

Em outras palavras, é possível dizer que, no tocante ao desempenho, quanto mais alto se colocar o banco de dados, mais rarefeitos serão os ajustes possíveis de serem realizados e menor a capacidade de intervenção sem aumento da capacidade computacional.

O que, portanto, deve ser compensado com a escolha de ambientes de nuvem confiáveis, de custos acessíveis e apropriadamente ajustados e escaláveis para atendimento das demandas de banco de dados.

Afinal, o ambiente em nuvem é mais seguro e acessível, o que eleva a quantidade de consultas realizadas diariamente pelos colaboradores e gestores da empresa.

Portanto, é fundamental dar uma “turbinada” no Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) para garantir um melhor desempenho.

Otimização do desempenho de banco de dados em nuvens

Conforme falamos, o banco de dados em nuvens também pode ser otimizado. Por isso, é preciso ficar atento ao comportamento rarefeito de ajustes em cada um deles. 

Veja abaixo um infográfico que explica quais aspectos devem ser verificados nos diferentes banco de dados.

< Leia também: Conheça os 10 mitos da computação em nuvem />

Otimização de consultas de banco de dados 

A otimização de consultas de banco de dados pode ser necessária por diversos motivos. E eles vão muito além da má qualidade do banco.

A lentidão de acesso e operação pode ser causada pelo próprio banco, é claro, mas também pela aplicação ou infraestrutura como servidores e storage.

É verdade que não há uma fórmula mágica para a otimização de banco de dados, mas é possível verificar certos comportamentos e realizar ajustes pontuais para que o sistema responda muito mais rápido.

Por isso, antes de explicarmos quais são esses ajustes, ressaltamos a importância de reunir todas as equipes envolvidas e entender quais são os problemas encontrados no dia a dia e pensar em soluções práticas que atendam as necessidades de todas elas.

Dicas práticas para otimizar o desempenho de banco de dados

Confira agora oito alternativas de otimização de banco de dados. Lembramos que para realizá-las, é preciso ter conhecimento no assunto. Caso não tenha, contrate algum profissional qualificado.

  1. Use o Princípio de Pareto

O princípio de Pareto pode ser aplicado na melhora da análise do desempenho de banco de dados. Ele diz que 20% das entradas são responsáveis por 80% dos resultados, certo?

Trazendo para o universo do SGBD (Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados), podemos focar na identificação e otimização de 20% do banco, que será acessado 80% das vezes.

As metodologias ágeis para gestão corporativa também seguem essa regra de Pareto. 

< Entenda mais em nosso artigo O que são Metodologias Ágeis e como seguir carreira na área? />

  1. Inclua índices

Qualquer material fica muito mais acessível quando há índices que mostram as possibilidades e conteúdos disponíveis, não é mesmo? Assim como um livro, uma apostila, um e-book ou um artigo acadêmico. Não é preciso olhar página por página para encontrar o assunto de interesse.

Logo, para realizar uma completa e eficiente otimização de banco de dados, é preciso criar identificações que tornam a consulta mais rápida e assertiva.

A estrutura dos índices pode ser hash, uma árvore ou qualquer outra. O importante é:

  • não se esquecer de atualizar os índices durante a atualização de dados;
  • verificar o tipo da coluna que está sendo indexada, principalmente se for em campos alfanuméricos, que condicionam o desempenho ao tamanho do campo e não apenas aos números;
  • reduzir o tamanho das colunas para a quantidade necessária de caracteres.
  1. Aplique o comando Optimize

As tabelas que são atualizadas com constância e possuem mudanças de registro, como alteração e exclusão, precisam conter o comando Optimize.

Isso porque ele otimiza a leitura e a gravação das informações durante a recuperação dos dados por meio da desfragmentação. 

O Optimize é indicado principalmente quando o banco de dados tem diversos tamanhos dentro das colunas de uma tabela. Afinal, a fragmentação aumenta de acordo com o comprimento variável dos campos.

  1. Peneire as informações do banco de dados

Outro fator relevante na análise de desempenho de banco de dados é o filtro necessário para escolher quais informações são realmente válidas para entrarem no SGBD.

Lembre-se de que quanto mais colunas e aumento de tamanho, mais lenta será a resposta do seu banco de dados.

  1. Torne as consultas mais simples

Se precisar:

  • use linhas múltiplas com uma única instrução SQL;
  • tire parênteses desnecessários em cláusulas WHERE;
  • escolha SELECT COUNT(1) e não SELECT COUNT(*) para contar valores específicos, sem generalizar a consulta do banco de dados.

< Aprenda mais: Visualização de Dados: 3 dicas para construir uma boa apresentação />

  1. Verifique as conexões

Outro aspecto que impacta a rapidez de acesso é o uso indevido de conexões ao banco. Por isso, não é recomendado abrir duas conexões com o mesmo servidor.

Além disso, lembre-se de manter as conexões fechadas quando não estiver usando-as e ainda de usar conexões persistentes, pois elas geram várias conexões simultâneas com a base de dados.

Outra dica é: utilize PDO para fazer conexão com o servidor por meio da sua própria linguagem de programação.

  1. Confira seu hardware

Outro ponto-chave da otimização de banco de dados é verificar se os tipos de discos rígidos e servidores são os mais compatíveis com a necessidade da sua empresa. Até porque, não basta otimizar as consultas e o hardware não funcionar corretamente.

No momento de analisar o disco rígido e o servidor, atente-se para a modelagem, a divisão de tabelas grandes em menores e como utilizar o máximo potencial do cache do banco.

  1. Faça o paralelismo

Deixamos esta dica por último pelo fato de existirem poucos recursos para a aplicação do paralelismo no banco de dados. Mas, é possível realizar essa programação!

Os microprocessadores e os dispositivos móveis possuem múltiplos núcleos. Só que as aplicações não estão preparadas para obter a performance máxima do hardware. 

Por isso é indicado explorar o paralelismo para otimizar bancos de dados, principalmente se for necessário potencializar as instruções SQL.

Se você gostou de aprender dicas de otimização de banco de dados e quer se tornar especialista nesta área, confira as vantagens de assinar a plataforma de educação continuada, XPE Multi+, que disponibiliza dezenas de cursos e conteúdos para a sua formação.

Nela, há cursos de Profissional AWS Cloud Computing, Profissional Azure Cloud Computing, Arquiteto(a) Cloud Computing e Gestor(a) de Dados.

Arquitetura de segurança: melhores práticas para proteger seus dados!

A arquitetura de segurança é vital para garantir a proteção de dados dos usuários de e-commerce. Ela deve ser feita de maneira adequada, sem prejudicar a usabilidade.

Estima-se que, até 2024, o e-commerce cresça 56% no Brasil. Em 2022, ele já apresentou um faturamento de R$39,6 bilhões e R$89,7 milhões de compras online. Ou seja, mais usuários passaram a se sentir seguros com a aplicação da arquitetura de segurança disponibilizada por sites e aplicativos.

Porém, com esse avanço nas compras online, há um crescimento exponencial de dados circulando pela internet. Os gestores de empresas responsáveis pelas plataformas de interação, cada vez mais, buscam por procedimentos e ferramentas que tornem o acesso e a compra dos usuários livres de fraudes e roubo de dados.

Se você quer ir além da segurança das empresas e focar na proteção dos clientes, este texto é altamente recomendado! Separamos um guia com dicas fundamentais das melhores práticas de arquitetura de segurança da informação para usuários de e-commerces.

Continue a leitura e aprenda sobre o que é arquitetura da informação e quais medidas de segurança devem ser aplicadas!

O que é arquitetura da informação?

Definimos arquitetura da informação como a arte e a ciência de organizar e catalogar websites, intranets, comunidades online, aplicativos e softwares de modo que a usabilidade seja garantida. Ela varia de acordo com o objetivo e as necessidades do aplicativo.

Um exemplo de arquitetura da informação eficiente e bem aplicada é quando ela estabelece as fundações necessárias para que um sistema de informação faça sentido para seus usuários e evite interpretações que possam dificultar o entendimento.

O valor da informação diverge de acordo com o indivíduo, a necessidade e o contexto em que ela é produzida e compartilhada.

Atualmente, os dados de uma pessoa transitam livremente pela internet por meio de plataformas. Isso significa que a informação é importante para que o indivíduo interaja com os ambientes virtuais provando sua autenticidade, por exemplo.

Por que aplicar a arquitetura de segurança?

Com a difusão global da internet e de tecnologias que permitem o dinamismo em sites e portais por meio de interfaces gráficas, foi provida a inserção de novos mercados.

De forma que novos meios de arquitetura de segurança da informação para compras on-line foram criados, por volta de 1994, formando as bases para o surgimento do e-commerce.

Em 2002, 9 milhões de contas-correntes possuíam acesso aos serviços de Internet Banking. Atualmente, o número ultrapassa 42 milhões. Depois da pandemia da covid-19, esse número cresceu de 49% para 57%.

Por isso, novos produtos especializados em sistemas antifraude são desenvolvidos, implantados e atualizados frequentemente para o melhor desempenho nos sistemas de e-commerce, que, na maioria dos casos, são criados em um ambiente protegido em mais de uma camada de segurança.

E sua gestão exige questões não apenas técnicas, como também organizacionais, estruturais, comportamentais e sociais.

Entretanto, tais medidas não garantem total segurança já que o fator humano é suscetível a falhas. Os usuários precisam ser devidamente instruídos em questões que envolvam a  Segurança da Informação (SI). Desse modo, estarão cientes dos efeitos negativos que uma falha ou quebra de segurança pode causar.

Quando o assunto é o ambiente corporativo, há constante cobrança no desenvolvimento de ações e na adaptação da sua estrutura para evitar atitudes fraudulentas, corrupção, dano e distorção de informação por parte dos usuários.

Dessa forma, é possível a criação de políticas de segurança da informação e de um gerenciamento eficaz que oferece maior confiança e aumenta a usabilidade de sites, plataformas e aplicativos.

< Leia mais: Carreira em cibersegurança: tudo o que você precisa saber para se destacar no mercado />

Como funciona a arquitetura de segurança?

A política de segurança da informação tem como princípio a mitigação e a prevenção contra incidentes, protegendo dados de uma determinada empresa ou pessoa.

Ela é garantida por meio da Confiabilidade, que é determinada pela tríade CID

  • Confidencialidade;
  • Integridade;
  • Disponibilidade.

A prevenção de fraudes e roubo de dados pode ser realizada pela aplicação de estratégias de segurança a partir da análise de riscos.

Para que funcione, é preciso identificar as vulnerabilidades, as ameaças e os riscos envolvidos na arquitetura de segurança de dados. Entenda melhor a seguir.

Vulnerabilidade

A vulnerabilidade ocorre quando ativos podem ser explorados por uma ou mais ameaças. 

Efetivamente, a ausência de medidas preventivas ou a existência de um ponto fraco caracterizam esse processo. As vulnerabilidades são classificadas como físicas, tecnológicas e humanas.

Ameaças humanas e não humanas

Ameaça é a causa de um possível incidente de segurança, podendo ser classificada como ameaça humana ou ameaça não humana. A pessoa que se aproveita ou propicia uma vulnerabilidade é conhecida como agente de ameaça.

Esse agente pode ser um funcionário sem treinamento adequado, que gera uma vulnerabilidade sem perceber, ou uma pessoa mal-intencionada voltada ao crime realizado pela internet.

Ameaças humanas são consideradas como intencionais quando acontecem por meio da ação de agentes como hackers e crackers, por ações terroristas ou por usuários insatisfeitos.

O que são hackers e crackers?

Hackers são pessoas com grande instrução em informática e que se dedicam a estudar, entender e alterar softwares, hardwares e redes de computadores utilizando seus conhecimentos para obter soluções de arquitetura de segurança e criar aplicações adequadas.

Já os crackers também possuem grande conhecimento tecnológico, no entanto, utilizam sua sabedoria de forma perversa e criminosa.

Hackers e crackers podem agir de forma ativa, quebrando a segurança de um ambiente por meio de falhas encontradas. Eles desmontam, diretamente, camada por camada, inclusive pela aplicação de spywares, trojans e malwares, que são os temidos “vírus” e infectam milhares de computadores em todo o mundo.

Outra forma utilizada por crackers para obter informação é por meio da engenharia social, categorizada como uma ameaça não intencional.

Ela é uma técnica considerada a maior ameaça aos sistemas de informação nas organizações, uma vez que, por meio de persuasão, manipulação e influência das pessoas, o engenheiro social (profissional da “arte de enganar”) consegue informações sigilosas.

< Saiba mais: Qual a diferença entre Cracker e Hacker? Entenda aqui />

Riscos e estratégias de riscos

Risco é a probabilidade de que um agente de ameaça descubra e explore uma vulnerabilidade no sistema e cause impacto aos ativos dos negócios.

O risco vincula a vulnerabilidade e a ameaça e calcula a probabilidade de impactar o negócio e qual o prejuízo médio esperado durante determinado período

O gerenciamento de risco é um processo contínuo que utiliza a análise de risco como subsídio para diminuir os problemas relacionados, elevando as medidas de segurança para um nível aceitável.

A atividade de estratégias de risco é a última atividade do processo de gerenciamento, e independentemente da estratégia adotada, a gestão deve tomar uma decisão consciente e arcar com as consequências.

Controles e medidas da arquitetura de segurança

Controles de segurança são medidas adotadas para proteger um sistema de informação em relação ao CID (Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade).

Porém, antes de ser definido o tratamento de um risco, as organizações decidem os critérios de aceitação do risco, sempre registrando a decisão final.

Os controles garantem a mitigação de riscos para um nível aceitável, levando em consideração:

  • requisitos e restrições da legislação nacional e internacional e de regulamentos;
  • objetivos organizacionais;
  • requisitos e restrições operacionais;
  • a necessidade de equilibrar o investimento na implantação e na operação de controles contra os danos suscetíveis de falhas de segurança.

Portanto, as medidas de segurança devem ser sempre baseadas em resultados de uma análise de risco, com base nos aspectos de confiabilidade e das características dos dados.

Elas têm como objetivo reduzir a chance de ocorrência do evento, minimizar suas consequências e aumentar a credibilidade dos sistemas e das redes associadas.

Quais são as categorias das medidas de segurança? 

  • prevenção: evita que um incidente de segurança ocorra;
  • redução: diminui a probabilidade de uma ameaça ocorrer, mitigando as chances de impacto;
  • detecção: garante que os incidentes sejam detectados rapidamente com a finalidade de reduzir os danos esperados e comunicar a todos os envolvidos;
  • repressão: detectar que algo que está em curso não é suficiente e é necessário minimizar e/ou neutralizar as consequências e os danos;
  • recuperação: recuperar e/ou reparar danos provocados pelo incidente;
  • garantia: em situações em que os incidentes não possuem prevenção completa e seus resultados não são aceitáveis, deve-se procurar métodos que reduzam as consequências, como a utilização de seguros;
  • aceitação: aceita-se o risco quando as medidas necessárias possuem um custo maior do que o dano envolvido.

< Continue aprendendo: Tipos de ataques cibernéticos: como se proteger />

Como proteger dados na internet?

Para proteger os usuários do e-commerce de possíveis ameaças, é necessário definir políticas de segurança de dados, reforçando procedimentos já disponíveis em ambientes online.

Para garantir a segurança em um e-commerce, é importante se atentar às seguintes recomendações.

  1. Possuir várias conta de e-mail

O aconselhável é que sejam, no mínimo, 3 contas com senhas diferentes

  • uma para receber as informações privadas;
  • outra para gerenciar redes sociais, jogos, entre outros;
  • a terceira para gerenciar suas páginas de e-commerce.

Dessa forma, mesmo que a pessoa seja vítima de ataques e/ou fraudes, ela não compromete todos os seus dados e sua vida on-line.

  1. Alterar as senhas com frequência

O procedimento padrão para a expiração de senhas da Microsoft é de 42 dias. O que indica ser recomendável: estipular um período adequado para alteração. Mas, a mudança de senha pode ser feita, no mínimo, uma vez ao ano.

Para qualquer interação com sistemas, deve-se eleger senhas fáceis de lembrar, mas que tenham complexidade para não serem facilmente deduzidas.

Caso haja qualquer suspeita de invasão ou vazamento de dados, recomenda-se alterar todas as senhas.

  1. Utilizar páginas de compras conhecidas e recomendadas

Acessar sites desconhecidos, pode causar prejuízos, mesmo que pareçam vantajosos em relação a um produto e o custo associado.

Antes de fazer uma compra, verifique se os sites utilizados permitem a validação de identidade. Exemplos de arquitetura de segurança são a verificação em duas etapas disponíveis pelas contas do Google e do Facebook/Instagram, envio de SMS ou aplicativos de autenticação;

  1. Preferir a utilização de cartões virtuais

Em um procedimento de compras, opte por utilizar os cartões virtuais disponibilizados pelo aplicativo do banco que diminuem as possibilidades de ações criminosas.

Ou seja, em um ambiente de e-commerce, há o envolvimento de atores que podem comprometer a credibilidade das interações comerciais. Por isso, é primordial utilizar as possibilidades da arquitetura de segurança para compor cenários éticos e positivos entre clientes e empresas.

A adoção das recomendações indicadas aos usuários de e-commerce, contendo as melhores práticas de segurança de dados, podem apoiar os consumidores nas compras em ambiente online, que necessitam de uma maior atenção quanto aos procedimentos de segurança.

Nossa última dica é: enviar aos seus clientes essas recomendações momentos antes de eles efetuarem uma compra. Isso mostra atenção, preocupação e um alto nível de responsabilidade da empresa com seu público.

Percebeu que a arquitetura da segurança tem sido cada vez mais requisitada pelas empresas no mundo? Se você deseja aprender, com teoria e muita prática, sobre assuntos relacionados à cibersegurança, conheça a plataforma de ensino continuado da Faculdade XP, a XPE Multi+

Ela reúne dezenas de cursos e outros conteúdos para desenvolver um profissional qualificado para o mercado. Nela, há cursos como Analista de Ataque Cibernético e Analista de Defesa Cibernética. Aproveite para se tornar um especialista e se destacar na sua área!

Multi Mais Faculdade XP: conheça a assinatura que irá revolucionar o seu jeito de aprender!

Para quem busca crescimento profissional e destaque na carreira, o aprendizado contínuo, também chamado de lifelong learning, é mais que fundamental nos dias de hoje.

A Multi Mais é uma plataforma de assinatura da Faculdade XP que disponibiliza acesso ao vivo e online a mais de 100 bootcamps e cursos de curta duração em tecnologia, finanças, negócios e inovação, por meio de uma formação ágil como demanda o mercado.

De acordo com o relatório The Future of Jobs 2020, do Fórum Econômico Mundial, as empresas estimam que cerca de 40% dos trabalhadores precisarão de requalificação em seis meses ou menos. Além disso, 94% dos líderes relatam que esperam que os funcionários adquiram novas habilidades no trabalho até 2025.

Atenta às novas demandas do mercado, a Multi Mais Faculdade XP oferece um verdadeiro ecossistema digital de aprendizado em que é possível adquirir conhecimento todos os dias.

A partir de uma metodologia inovadora que integra o ensino ao trabalho, os alunos aprendem na prática temas voltados a problemas reais. Isto com o auxílio de professores nacionais e internacionais que também atuam no mercado.

A plataforma é online, imersiva, interativa e hands-on (focada nas habilidades técnicas para a atuação imediata no mercado). Uma solução para profissionais de tecnologia, finanças e gestão ou empreendedores que querem decolar junto com o “boom” da transformação digital.

Além de adquirir conhecimento para impulsionar a carreira, otimizar o tempo com cursos de curta duração, ter oportunidades de network e abrir novas portas na trajetória profissional, o aluno recebe certificados de conclusão com chancela da Faculdade XP.

Confira abaixo detalhes sobre a plataforma Multi Mais Faculdade XP, cursos ofertados, modelo educacional, dinâmica das aulas, imersões internacionais, bem como benefícios e oportunidades de emprego.

Quem é a Faculdade XP?

Ao contrário das instituições tradicionais de ensino, a Faculdade XP veio para inverter a lógica da educação. Isso porque é uma faculdade que já nasce dentro de uma empresa, de forma 100% digital, de acordo com a realidade atual global.

O modelo mental de aprendizado vem passando por constantes transformações e o ensino deve acompanhar essa tendência. Por isso, a metodologia da Faculdade XP é disruptiva, conectada ao mercado e anywhere, uma vez que não há barreiras geográficas para o desenvolvimento de talentos.

Seguindo o conceito de Employer U, a faculdade XP surge para integrar de vez o ensino com a realidade e a necessidade das empresas, por isso forma alunos com capacidade para atuar com protagonismo no mercado de trabalho, levando em conta a realidade prática das profissões.

Ou seja, trata-se de um ecossistema de ensino, inclusive com graduações e especializações, que realmente prepara profissionais para a nova economia, porque é feito por quem de fato faz a transformação digital acontecer. O objetivo é que o aluno alcance não apenas um diploma, como também uma carreira no mercado de trabalho.

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Como funciona a assinatura Multi Mais?

Ao se tornar assinante da Multi Mais Faculdade XP, o aluno tem acesso a um portfólio variado de mais de 100 cursos de curta duração sobre tecnologia, finanças, negócios e inovação, como bootcamps e imersões internacionais com tradução simultânea.

A plataforma ainda oferece dezenas de aulas interativas todos os dias, conteúdos, vídeos e materiais didáticos, bem como a possibilidade de candidatar-se às melhores vagas em TI, por meio do Radar de Oportunidades (veja abaixo).

Cada curso finalizado garante certificado, o qual pode ser compartilhado em redes de networking para potencializar ainda mais o protagonismo no mercado.

Para ter acesso a todos esse benefícios, basta efetuar matrícula na plataforma de ensino do curso que deseja ser realizado. Segue o passo a passo:

  1. Faça sua inscrição online por meio da página de assinatura;
  2. Efetue o pagamento;
  3. Tenha acesso à plataforma mediante login e senha recebidos por e-mail.

Qual é o modelo educacional da Multi Mais Faculdade XP?

A plataforma Multi Mais da Faculdade XP é baseada no aprendizado contínuo para desenvolver profissionais que querem se manter atualizados e almejam ascensão profissional. O modelo educacional é disruptivo, simples, intuitivo, 100% conectado ao mercado e 100% anywhere.

Dessa forma, o aluno tem liberdade, autonomia e múltiplas opções para montar o próprio plano de estudos, de acordo com os desafios da sua carreira, e se desenvolver profissionalmente.

Os cursos oferecidos contam com atividades assíncronas (conteúdos e materiais didáticos disponíveis a qualquer momento) e atividades síncronas (aulas, trabalhos e atividades ao vivo, em conjunto com uma turma, com atendimento de professores e tutores).

As aulas são semanais ao vivo e online para facilitar o aprendizado e o networking com os colegas. Além disso, contam com uma abordagem hands-on de alto impacto para formar habilidades técnicas muito mais rápido que o ensino tradicional.

A Multi Mais Faculdade XP é ideal para diferentes perfis de público:

  • Profissionais que trabalham no mercado financeiro ou em gestão e sentem que precisam conhecer mais do ramo de tecnologia;
  • Profissionais que trabalham em tecnologia e sabem que precisam se manter sempre atualizados para acompanhar a rápida evolução da tecnologia;
  • Aqueles que buscam migrar de posição para aproveitar o boom das fintechs e desejam conhecer mais o seguimento;
  • Estudantes que descobriram que sua graduação está desconectada com o mercado e buscam formação complementar para conquistar mais rápido uma boa vaga;
  • Os que ainda não formaram na graduação, mas já querem descobrir como funciona o mercado e adquirir conhecimento para acelerar e preparar a carreira.
grupo de estudos multi mais xp educação
As aulas dos cursos ofertados pela assinatura multi mais da XPE são 100% online e interativas

Quais cursos são ofertados?

As mais de 100 capacitações disponíveis na Multi Mais Faculdade XP, focadas em tecnologia, finanças, negócios e inovação, estão distribuídas entre bootcamps, cursos rápidos, imersões internacionais e trilhas de especialização.

Os bootcamps são cursos imersivos, em que os alunos aprendem a desenvolver as principais tecnologias do mercado. O portfólio conta com mais de 40 capacitações em Agile, Cyber Security, Cloud Computing, Data Science, Desenvolvimento, Inteligência Artificial, Transformação Digital e UX.

Já os cursos rápidos são focados em finanças. São mais de 30 opções, divididas em Educação Financeira, Investimentos e Trading. As imersões internacionais, por sua vez, abordam temas como novas tecnologias, metodologias ágeis e inteligência artificial.

As trilhas de especialização são formadas por dois bootcamps, com aprendizado imersivo, prático e hands-on e uma imersão internacional. A Multi Mais oferece cerca de 20 trilhas na área de tecnologia. Esse é o modelo ideal para quem procura uma formação integral e alinhada aos desafios do mercado.

Cursos de Finanças

Os cursos com foco em finanças disponíveis para assinantes da plataforma Multi Mais Faculdade XP estão divididos em três temáticas.

Educação Financeira:

  • Desafio da prosperidade para casais;
  • Educação financeira para jovens;
  • O beabá financeiro;
  • O poder do autoconhecimento financeiro;
  • Dinheiro sem tabu.

Investimentos

  • CriptoInvestidor;
  • Especialista em investimento no exterior: encontre oportunidades fora do Brasil;
  • In the money: como começar a lucrar com Opções;
  • Previdência e planejamento: turbinando a sua aposentadoria;
  • Renda fixa: ganhos com baixo risco.

Trading

  • Consistência no Day Trade & Gestão Emocional;
  • Introdução ao Universo de Trading: conceitos básicos;
  • Minicontratos do zero: conceitos operacionais.

Cursos de Tecnologia

Por meio dos bootcamps, é possível aprender a desenvolver as principais tecnologias do mercado. Veja abaixo:

Agile

  • Agile Expert;
  • Analista de Processo de Negócios;
  • Engenheiro de Software Ágil;
  • Gerente de Projetos;
  • Gestor de Processos de Negócios;
  • Product Manager;
  • Product Owner;
  • Devops;
  • SRE.

Cibersegurança:

  • Analista de Ataque Cibernético;
  • Analista de Defesa Cibernética.

Cloud Computing

  • Arquiteto de Cloud Computing;
  • Profissional AWS;
  • Profissional Azure.

Cientista de dados

  • Analista de Banco de Dados;
  • Analista de Dados;
  • Arquiteto de Big Data;
  • Cientista de Dados;
  • Cientista de Dados de Renda Fixa;
  • Cientista de Dados de Renda Variável;
  • Desenvolvedor BI/ Engenheiro de Dados;
  • Engenheiro de Dados Cloud;
  • Gestor BI;
  • Gestor de Dados.

User Experience

  • Analista de Marketing Digital;
  • Product Designer;
  • UX Designer.

Desenvolvedor

  • Administrador Linux;
  • Arquiteto de Software;
  • Arquiteto de Soluções;
  • Desenvolvedor Python;
  • Front End;
  • Mobile Apps;
  • Mobile Android;
  • NODE.JS;
  • React.

Gestão TI

  • Gestor de Operações de TI;
  • Gestor de TI.

Inteligência Artificial

  • Arquiteto de Machine Learning;
  • Engenheiro de Machine Learning.

Transformação Digital

  • Analista de Inovação;
  • Analista de Transformação Digital.
assinante multi mais da xp educação
Assinantes da Multi Mais Faculdade XP têm acesso ao Radar de Oportunidades, uma plataforma exclusiva com diversas de vagas em tecnologia.

Quando é possível acessar as imersões internacionais?

As imersões internacionais da Faculdade XP podem ser acessadas a partir da assinatura da plataforma Multi Mais. Os programas são importantes oportunidades para os profissionais conhecerem, na prática, a aplicação das tecnologias e ferramentas que estão transformando os negócios e a sociedade em âmbito global.

Ao todo, são cerca de oito módulos, um por semana, com aulas interativas ao vivo e online, e também gravadas, contabilizando 50 horas de muito conhecimento para transformar a carreira e com direito a certificado ao final de cada capacitação.

Entre as vantagens da imersão internacional, estão o relacionamento com professores que são referência mundial em diferentes áreas e a possibilidade de networking com pessoas de todo o Brasil e de outros países. Vale destacar que não é necessário falar inglês. As aulas têm tradução simultânea.

A assinatura Faculdade XP dá acesso a três imersões internacionais:

  • Agile World: Descubra de que forma as metodologias ágeis estão revolucionando a gestão de projetos em empresas de diferentes segmentos. Interaja com experts mundiais em Agile;
  • AI Solutions: Entenda como a inteligência artificial está sendo aplicada em diversas áreas, como saúde, esportes, educação, varejo, setor geoespacial, veículos autônomos e na Indústria 4.0 em geral;
  • Tecnologias Disruptivas: Inspire-se com profissionais do ecossistema mais inovador do mundo: o Vale do Silício. Conheça as tecnologias que estão transformando a sociedade e seus impactos nas organizações.

O que é o Radar de Oportunidades?

Os assinantes XPE Multi Mais também têm acesso ao Radar de Oportunidades, uma plataforma exclusiva com milhares de vagas em tecnologia de empresas como Accenture, Méliuz, SysMap e Track.

Por meio do Radar é possível conquistar as melhores oportunidades profissionais e acelerar a sua entrada ou recolocação no mercado. Para acessar, basta seguir os seguintes passos:

  1. Faça sua assinatura na XPE Multi Mais e acesse a plataforma Radar de Oportunidades;
  2. Preencha informações básicas, faça upload de seu currículo e destaque suas habilidades;
  3. Selecione os critérios para encontrar as melhores vagas de seu interesse;
  4. Deu match?! Se inscreva na vaga e acompanhe o processo de todas as suas candidaturas;
  5. Agora que conseguiu seu emprego dos sonhos, continue atualizado para os desafios futuros!

E não se preocupe caso não encontre uma oportunidade alinhada ao seu perfil. Nosso Radar te notifica quando surgirem novas vagas!

Vantagens do Multi+ Faculdade XP

O programa Multi Mais da Faculdade XP oferece uma série de vantagens. Confira:

  • Acesso a um conjunto de cursos e atividades, por meio de uma experiência educacional interativa, com aulas ao vivo e online;
  • Formação contínua, acessível e de qualidade em Gestão e Tecnologia da Informação, por meio de dezenas de bootcamps práticos, imersivos e interativos, além de imersões com professores internacionais de referência, com tradução simultânea;
  • Portfólio variado de bootcamps em TI, que são complementares e podem ser usados para posterior upgrade para uma pós-graduação;
  • Acesso a imersões internacionais da área de tecnologia e inovação;
  • Otimização de tempo e recursos financeiros com cursos de curta duração;
  • Estudo imersivo e prático focado nos desafios reais do mercado;
  • Integralização de trilhas de especialização para aprofundamento na formação, permitindo a atuação no mercado em posições de maior responsabilidade, hierarquia e especialidade;
  • Estudo interativo com a premiada metodologia da Faculdade XP, envolvendo aulas gravadas, materiais didáticos autorais, aulas ao vivo por videoconferência, trabalhos práticos, desafios e muito mais;
  • Fortalecimento do currículo com certificados reconhecidos pelo mercado para os cursos que efetivamente concluir, com o desempenho necessário;
  • Interação e networking com dezenas de milhares de alunos e professores do Brasil e do exterior;
  • Candidate-se gratuitamente às melhores vagas em TI disponibilizadas por grandes empresas da área de tecnologia.

Afinal, como estar preparado para profissões que ainda não foram inventadas?

Com a aceleração das transformações digitais, e seus impactos no mundo do trabalho, novas profissões devem emergir no mercado nos próximos anos. A tendência é que a tecnologia se expanda cada vez mais e passe a fazer parte de todos os empregos no futuro.

Para se ter uma ideia, estudo do Senai, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Agência Alemã de Cooperação Internacional, mostrou 53 novas profissões da era digital, indicando as mais importantes para dar suporte em um mundo pós pandemia, conforme revelou a Exame.

Para estar preparado para as profissões que ainda nem foram inventadas, o aprendizado contínuo precisa ser contemplado na gestão de carreira.

Ou seja, o planejamento da vida profissional hoje requer qualificação constante não somente por meio da graduação, como também, e principalmente, via realização de cursos de atualização que abordem as temáticas demandadas pelo mercado e aliem o ensino à realidade das empresas.

Se chegou até aqui e ainda tem dúvidas, que tal experimentar a plataforma Multi Mais gratuitamente por 15 dias? Confira todos os benefícios de ser assinante Faculdade XP. Estude de forma imersiva, prática e interativa e dê um salto na sua carreira.

O que é design universal? E quais são seus princípios?

É provável que você já tenha usado o termo “público-alvo” em alguma reunião de planejamento, trabalho de escola ou até mesmo em casa. De tão difundido, este pode parecer ser um conceito bem resolvido na cabeça das pessoas.

No entanto, algum dia, você já parou para se perguntar quem é, de fato, esse tal de público-alvo? Onde vivem? Como se alimentam? Como se comportam enquanto usuários? 

Brincadeiras à parte, nosso objetivo é refletir sobre outro conceito que pode levar o público-alvo à extinção: o Design Universal.

Ao lado do design universal e acessibilidade, diversidade é a palavra de ordem dos dias atuais. Sendo assim, os produtos digitais não podem passar longe dessa tendência que veio para ficar.

Não só as pessoas com deficiência. Os idosos, estrangeiros (que ainda não dominam o idioma local) e até indivíduos com deficiência temporária ganharam, com razão, cada vez mais espaço, seja no mercado de trabalho ou na sociedade em geral.

Não é segredo que os espaços urbanos e seus equipamentos estão, ainda que timidamente, sendo adaptados para atender a esses públicos. Muito disso se deve ao desenho universal e à acessibilidade.

Podemos perceber que diferentes objetos, como aparelhos eletrônicos, automóveis, ônibus, banheiros e carteiras escolares possuem alguma adaptação para que as pessoas com deficiência consigam utilizá-los.

No campo do design e experiência do usuário online, existe uma corrente que pode parecer um pouco estranha para os próprios designers, desenvolvedores, publicitários e diretores de criação:

“Esqueça o público-alvo. Seu design é para todos… e para qualquer um!”

Mas, afinal, o que é o conceito de Design Universal? Como funciona e quais são os princípios do Desenho Universal? Acompanhe a leitura para descobrir!

O que é Design Universal?

O Design Universal (D.U), também chamado de Design Total e Design Inclusivo, sustenta a ideia de projetar (ou no inglês, to design) produtos, serviços, ambientes e interfaces que possam ser usadas pelo maior número de pessoas possível.

Ou seja, não importa as suas capacidades físico-motoras, idade ou habilidades, o seu design é para todos e para qualquer um!

O arquiteto americano Ronald Mace criou o conceito de Design Universal para descrever a criação de produtos e ambientes cuja estética e usabilidade são oferecidas a todos, independentemente da sua idade, habilidade ou condições.

Ele também foi um defensor dos direitos das pessoas com deficiência, uma marca muito importante em seu trabalho.

O campo do Design Universal sugere que o designer, projetista ou arquiteto se baseie em algumas “normas” que norteiam a criação de um produto, que ficaram conhecidos como os princípios do Design Universal:

  1. uso equitativo;
  2. uso flexível;
  3. uso simples e intuitivo;
  4. informação perceptível;
  5. tolerância ao erro;
  6. baixo esforço físico;
  7. tamanho e espaço para aproximação e uso.

São fruto de um estudo conduzido por um grupo multidisciplinar formado por arquitetos, engenheiros e designers, com o intuito de servir como guia a um vasto leque de outras disciplinas.

Qual a diferença entre Design universal, acessibilidade e usabilidade?

Para algumas pessoas pode ser difícil enxergar as fronteiras entre Design Universal, Acessibilidade e Usabilidade. Portanto, uma dica é pensar assim:

  • acessibilidade: se preocupa com a qualidade do acesso para qualquer pessoa (premissa básica para o próximo item);
  • usabilidade: uma vez garantido o acesso, estuda-se o perfil do usuário, a fim de propor a melhor qualidade de uso;
  • design universal:  se preocupa em fazer com que o produto seja acessado e usado por qualquer um, qualquer um mesmo, respeitando os 7 princípios do Design Universal.

Dá para perceber que um produto que possui um desenho universal não precisa de adaptações ou nem ajustes para que uma pessoa deficiente possa utilizá-lo. Isso significa que o mesmo produto pode ser usado por pessoas com ou sem deficiência física e dos mais variados biotipos.

Antes que você se preocupe em refazer um projeto do zero, é bom saber o seguinte: praticar Design Universal não quer dizer que qualquer produto ou ambiente possa sempre ser usado por todas as pessoas, em quaisquer condições. 

É por isso que é mais apropriado considerar o Design Universal não como uma meta a ser atingida, mas sim, como uma visão, um processo a ser adotado em todo o ciclo de vida do produto

Ou seja, o conceito de desenho universal é uma mudança de postura de mercado!

Como o design universal funciona na prática?

A Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, possui um centro de estudos chamado The Center for Universal Design (CUD), que tem como missão ser um centro de pesquisa, análise, desenvolvimento e promoção do Design Universal, tanto em produtos quanto em espaços públicos e domésticos.

Em 1997, a universidade lançou uma publicação na qual definiu os 7 famosos princípios do Design Universal que citamos anteriormente. Logo abaixo, vamos detalhá-los um por um, mas é bom entender primeiro como organizaram cada princípio.

  • Nome e número do princípio: serve para ajudar na assimilação;
  • Definição do princípio: é uma breve descrição das diretivas básicas;
  • Recomendações: uma lista de elementos-chave que devem estar presentes no design de um produto ou serviço.

É bom lembrar que nem todas as recomendações podem ser relevantes a todos os tipos de projeto. Agora, vamos aos princípios do Design Universal!

Princípios do Design Universal

Princípio 1: uso equitativo

Portas automáticas são convenientes para todos os clientes, especialmente, aqueles com as mãos ocupadas.

Definição: o design deve ser útil e comercializável às pessoas com habilidades diversas.

Recomendações:

  • fornecer os mesmos meios de utilização para todos os usuários: idêntico sempre que possível ou equivalente quando não;
  • evitar segregar ou estigmatizar quaisquer usuários;
  • promover privacidade, segurança e proteção igualmente a todos os usuários;
  • oferecer um design atraente para todos os usuários.

Princípio 2: uso flexível

Tesouras com encaixes maiores proporcionam o uso com as duas mãos, permitindo que possamos alterná-las durante as tarefas muito repetitivas.

Definição: o design deve acomodar uma ampla gama de habilidades e preferências individuais.

Recomendações:

  • oferecer a possibilidade de escolha de métodos de utilização;
  • oferecer a possibilidade do uso por pessoas destras ou canhotas;
  • possibilitar a precisão e acurácia do usuário;
  • oferecer a capacidade de adaptação ao ritmo do usuário.

< Dica de leitura: o que é e o que faz um profissional de Product Designer? / >

Princípio 3: uso simples e intuitivo

Em estações de emergência, o uso de cores e símbolos altamente conhecidos permite aos transeuntes reconhecer os controles disponíveis de modo mais fácil.

Definição: o uso do produto deve ser fácil de entender, independentemente da experiência, conhecimento, competências linguísticas ou nível de concentração atual do usuário.

Recomendações:

  • eliminar a complexidade desnecessária;
  • oferecer consistência com a intuição e as expectativas dos usuários;
  • acomodar uma ampla gama de competências linguísticas e alfabetização;
  • organizar as informações em consistência com a sua importância;
  • fornecer mensagens eficazes de aviso e de informação, durante e após a conclusão da tarefa.

Princípio 4: informação perceptível

Pequenas ranhuras no teclado do celular revelam onde estão as funções mais importantes, sem que o usuário tenha que olhar para as teclas.

Definição: o produto deve comunicar ao usuário todas as informações necessárias de forma efetiva, independentemente das suas condições ambientais ou habilidades sensoriais.

Recomendações:

  • usar diferentes modos (pictórica, verbal, tátil) para apresentação redundante de informações essenciais;
  • fornecer uma diferenciação adequada entre informações essenciais e acessórias;
  • maximizar a legibilidade de informações essenciais;
  • diferenciar elementos de maneira que possam ser facilmente assimilados;
  • fornecer compatibilidade com uma variedade de técnicas ou dispositivos utilizados por pessoas com limitações sensoriais.

Princípio 5: tolerância a erros

Em uma pistola de pregos, uma sequência de segurança requer que o usuário primeiro pressione a trava de segurança para só então puxar o gatilho. Isso minimiza a chance do usuário atirar em alguém ou em algum objeto por acidente.

Definição: o design deve minimizar os riscos e as consequências adversas de ações acidentais ou não intencionais.

Recomendações:

  • organizar elementos para minimizar erros e riscos: os elementos mais usados, mais acessíveis; elementos perigosos eliminados, isolados ou blindados;
  • fornecer avisos quanto aos erros e aos riscos;
  • fornecer recursos à prova de erros;
  • evitar ações inconscientes em tarefas que exigem maior atenção e vigilância.

Princípio 6: baixo esforço físico

A maçaneta não requer um que o usuário segure-a totalmente para ser aberta. Neste exemplo, ela ainda pode ser usada com a mão fechada ou mesmo com o cotovelo.

Definição: o produto pode ser usado eficiente e confortavelmente, com um mínimo de fadiga.

Recomendações:

  • permitir que o usuário mantenha uma posição corporal neutra;
  • racionalizar a força necessária para sua operação;
  • minimizar ações repetitivas;
  • minimizar o esforço físico permanente.

Princípio 7: tamanho e espaço para aproximação e uso

Portas largas nas estações de metrô podem acomodar cadeirantes, bem como trabalhadores com pacotes ou bagagem.

Definição: oferecer espaço e tamanho apropriados para aproximação, alcance, manipulação e uso independentemente do tamanho do corpo, postura ou mobilidade do usuário.

Recomendações:

  • oferecer uma linha clara de visão dos elementos mais importantes para qualquer usuário, esteja sentado ou de pé;
  • oferecer o alcance a todos os elementos de maneira confortável para qualquer usuário, esteja ele sentado ou em pé;
  • acomodar variações de mão e punho;
  • fornecer espaço adequado para o uso de dispositivos de auxílio ou assistência pessoal.

Os princípios acima são uma tradução livre da cartilha divulgada pelo CUD. Para baixar a cartilha original em inglês, clique aqui.

Imagens: The Center for Universal Design (1997). The Principles of Universal Design, Version 2.0. Raleigh, NC: North Carolina State University.

Um dos objetivos deste artigo é para que possamos repensar em nossa postura como desenvolvedor, designer e cidadão. Ou, pelo menos, para que o conceito e os princípios do Design Universal tenham plantado uma semente para uma nova forma de pensar ao elaborar projetos de UX, por exemplo.

< Não deixe de ler: o que é User Experience? Como seguir carreira em UX? / >

Quer melhorar as suas habilidades e aumentar os conhecimentos para aplicar o Design Universal em seus projetos?

Conheça o Multi+, plataforma de assinatura da Faculdade XP na qual você tem acesso a um ecossistema digital de aprendizado contínuo para desenvolver profissionais para a nova economia.

Com a assinatura do Multi+, você pode acessar todos os bootcamps de tecnologia e se tornar um profissional cada vez mais qualificado!

Analista de infraestrutura de TI: como construir carreira na área?

Conheça melhor a carreira de analista de infraestrutura de TI: o especialista em alinhar as necessidades do negócio às possibilidades tecnológicas.

A área de Tecnologia da Informação, dentre as profissões modernas, é uma das que mais sofre transformações em um curto período de tempo. Talvez reflexo da famosa Lei de Moore (conceito que estima que a capacidade de processamento dobra a cada 18 meses), o fato é que as inovações em TI surgem em uma velocidade que, muitas vezes, dificulta seu acompanhamento na rotina. 

Neste artigo, vamos falar sobre os desafios e oportunidades desta área desafiadora, que instiga a inovação constante e que permite que o profissional caminhe por outras áreas, além da tecnologia.

O que é infraestrutura de TI?

Infraestrutura de TI é o alicerce que fundamenta todo o sistema de Tecnologia de Informação de uma empresa. Trata-se de uma extensa lista de componentes relacionados ao software (programas e automações) e ao hardware (equipamentos e estruturas) que possibilitam a solução de problemas e a gestão de dados. 

Veja, a seguir, alguns dos elementos componentes da infraestrutura de TI no que tange ao software e ao hardware: 

Elementos de software

  • sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (CRM);
  • softwares de Planejamento de Recursos Corporativos (ERP);
  • servidores online; 
  • sistemas operacionais; 
  • aplicativos; 
  • plataformas de colaboração na rede mundial de computadores.

Elementos de hardware

  • computadores;
  • servidores;
  • hubs;
  • roteadores;
  • instalações;
  • centros de dados (data centers);
  • etc.

9 desafios típicos enfrentados pelo analista de Infraestrutura de TI

Muito se fala do famoso alinhamento de TI com Negócios. Aliás, talvez seja um dos mantras mais praticados entre os gurus de tecnologia e negócios. 

Mas na prática, o que isso quer dizer? Acreditamos que todos têm consciência de que as empresas são organismos vivos que, assim como o corpo humano, precisam de cooperação entre os órgãos. 

Um coração ou cérebro, sozinhos, não fazem um ser humano sobreviver. Igualmente, a área de marketing ou TI sozinhas não fazem a empresa sobreviver. 

É preciso que as áreas cooperem entre si. E, para que isso funcione adequadamente, é necessário que um setor compreenda bem o papel de outro dentro da empresa e faça o possível para que esse papel seja cumprido sem entraves burocráticos ou desnecessários.

Nesse sentido, e para zelar pelo espírito colaborativo nas organizações, o profissional de Infraestrutura de TI enfrenta alguns desafios relacionados a diversas disciplinas técnicas e gerenciais. Entre eles, destacamos alguns, os quais você confere a seguir. 

1- Alinhamento da disponibilidade dos serviços com as necessidades do negócio

O profissional de infraestrutura precisa entender e praticar as melhores formas de ajudar as áreas de negócios, utilizando TI como ferramenta.

2- Redução dos custos de manutenção da infraestrutura

Sempre haverá a cobrança por redução de custos, o que implica diretamente na redução do TCO (Total Cost Ownership, ou custos de aquisição) da TI.

3- Melhoria da resiliência da infraestrutura

Uma das métricas mais importante da infraestrutura de TI é o SLA (Service Level Agreement, ou Acordo de Nível de Serviço). Melhorar a resiliência interfere diretamente, de forma positiva, no SLA da área.

4- Garantia do ROI da infraestrutura

Portanto, tudo que é investido em TI deve voltar para a empresa, direta ou indiretamente.

5- Garantia das políticas de segurança da informação 

Boa parte das questões envolvendo segurança da informação passam por operações de infraestrutura de TI. Por isso, cabe ao analista compreender e zelar por processos que respeitem e assegurem a privacidade da informação circulante na empresa.

6- Atender aos requisitos legais/compliance

O mundo está cada vez mais informatizado. Assim, decisões de negócios muitas vezes precisam estar em compliance com requisitos técnicos de infraestrutura.

7- Administrar ambientes de alta complexidade

Aquele velho Centro de Processamento de Dados (CPD) com 2 máquinas e um ar condicionado não existe mais. Independente do porte da empresa, os ambientes estão cada vez mais complexos, com software, rede e hardware interligados e interdependentes.

8- Administrar a dependência do negócio com a TI 

Lidar com a ansiedade de usuários que estão cada vez mais dependentes de serviços de tecnologia é um dos grandes problemas enfrentados pelos profissionais de infraestrutura de TI.

9- Gerenciar os riscos de TI

Decisões estratégicas que podem colocar toda operação de uma empresa em risco passam diariamente pela análise de profissionais de infraestrutura de TI.

Perfil do analista de infraestrutura de TI

Nesse contexto desafiador é que surge a demanda do mercado por um profissional de infraestrutura com uma mentalidade global, que pense fora da caixa. 

Sendo assim, espera-se que um analista de infraestrutura de TI tenha como soft skills (características comportamentais):

  • Vontade de aprender: o conhecimento técnico e o investimento em treinamento e desenvolvimento para atuar em gestão de infraestrutura de TI, obviamente, é importantíssimo. Sem ele, não é possível tomar decisões técnicas acertadas, que permitem que a área funcione como um relógio, entregando o que se espera dela como produto final;
  • Visão 360º: aliado ao conhecimento técnico específico da área, o profissional precisa ter um conhecimento básico abrangente de outras áreas, correlatas ou não, como: finanças, RH (Recursos Humanos), gestão de projetos, governança e compliance, entre outras. 
  • Resiliência: não dá para mentir, a área de infraestrutura é onde se concentram muitos problemas. Ser capaz de enfrentar esses problemas é uma característica importantíssima esperada de um profissional de infraestrutura.
  • Autodidática: procurar cursos de aperfeiçoamento da área, como pós-graduações e MBAs é essencial. Estes cursos lhe darão uma visão ampla do negócio. Porém, para enfrentar os incêndios da área, dificilmente haverá tempo hábil para um curso formal. Portanto, no momento das crises, o profissional de infraestrutura de TI saber aproveitar os recursos que tem disponível para encontrar a melhor solução.

Áreas de conhecimento técnico necessárias

Pensando pelo lado estratégico, o analista de infraestrutura de TI deve mesclar conhecimentos ligados à tecnologia com disciplinas de negócios, mas também estar alinhado com as principais ondas do mercado, que fatalmente serão trazidas pelos fornecedores com o objetivo de criar diferenciais estratégicos para a empresa. 

Falar a linguagem do mercado, seja cliente ou fornecedor, é um papel importante do profissional de infraestrutura.

Conheça as principais áreas de conhecimento técnico de um profissional de infraestrutura de TI

  • Data Center: conhecer todos os componentes de um Data Center (hardware, software, pessoas, redes), questões ligadas ao SLA de Data Centers e suas camadas (Tiers), etc.
  • Virtualização de Servidores: é imprescindível para um profissional de infraestrutura de TI conhecer as diferentes técnicas de virtualização de servidores, bem como os principais players desta área.
  • Virtualização de Desktops: técnica cada vez mais comum como forma de melhorar o custo de operação de empresas. É importante conhecer os benefícios e fornecedores destas soluções.
  • Virtualização de Aplicações: assim como a virtualização de desktops, a virtualização de aplicações também é um assunto importante para o profissional de infraestrutura de TI.
  • Cloud Computing: “o futuro está na nuvem”, dizem os especialistas. E o presente aponta cada vez mais que eles estão certos. Isso passa por conhecer os principais tipos de nuvem (privada/pública/híbrida) e suas topologias (IAAS, PAAS, SAAS, etc.).
  • Redes de Telecomunicações: este é um assunto bastante abrangente. Mas saber o básico de infraestrutura cabeada (par trançado e fibra ótica), wireless e roteamento é necessário para qualquer profissional de infraestrutura de TI.
  • Segurança da informação: boa parte das brechas de cibersegurança estão em vulnerabilidades de infraestrutura básica de TI. Assim, é importante para o profissional de infraestrutura conhecer seu sistema e prever falhas oportunas para crackers ou hackers.
  • Outsourcing: boa parte das demandas de terceirização passam pela área de infraestrutura. A escolha de um provedor de BPO ou ITO, deve ser uma tarefa corriqueira para o analista de infraestrutura de TI. Dessa forma, é importante conhecer as modalidades e diferenciais de cada modelo.
  • Big Data/Data Science: não adianta ter a melhor infraestrutura do mundo se não se sabe o que fazer com os dados. Big Data, Analytics, Data Science, Machine Learning, devem ser termos corriqueiros na vida de um profissional de infraestrutura de TI.

Competências do analista de infraestrutura de TI

As principais competências esperadas de qualquer profissional, hoje em dia, também servem para o profissional de infraestrutura de TI. Assim, espera-se, em geral, que o profissional de infraestrutura de TI consiga desempenhar:

Trabalho em equipe

Ser alguém que só consegue trabalhar sozinho já não cabe mais nos modelos corporativos atuais — e isso se aplica bem à infraestrutura de TI.

Afinal, os componentes de infraestrutura atuais estão todos interligados. Um problema em um serviço pode ter sua causa na rede, no storage, no ar condicionado ou até na arquitetura das construções. Assim, é imprescindível que o profissional de infraestrutura de TI consiga transitar bem com equipes de todas essas áreas.

Visão estratégica

Como já falado, a atuação do profissional da área já expandiu as fronteiras da Tecnologia da Informação. Assim, qualquer ação deve ser tomada pensando nos impactos estratégicos. 

A execução de uma rotina de manutenção, por exemplo, deve ser pensada em termos do impacto da indisponibilidade do serviço que sofrerá manutenção e sua consequência na área usuário. Sempre!

Comunicação

Comunicação é condição para exercer bem o trabalho e conseguir manter o bom funcionamento da infra.

Domínio do inglês

Ter o domínio da língua é essencial para o profissional de infra pois grande parte da documentação de infraestrutura de TI está em inglês. 

A maioria dos sistemas de suporte de grandes fornecedores (Oracle, Microsoft, Amazon, etc.) funcionam através de tickets abertos nessa língua. Portanto, ler e escrever em inglês é condição básica. Da mesma forma, falar é altamente recomendado.

Pensar fora do mundo técnico

Tão importante quanto, ou mais importante, é a capacidade do profissional de infra sair de seu mundo técnico e entender que ele faz parte de um negócio no qual a infraestrutura de TI é uma engrenagem extremamente importante.

Assumir papéis

A capacidade de conseguir “trocar o crachá” constantemente de técnico para analista, gestor, negociador, entre outros, é uma das competências mais valorizadas em TI — e uma das mais difíceis de se encontrar.

Tarefas e atividades que o analista de infraestrutura de TI realiza

O papel do profissional de infraestrutura de TI vai muito além da capacidade técnica de deixar todo hardware e software funcionando. 

Mas, além disso, fazem parte do escopo de trabalho do analista tarefas como:

  • garantir o funcionamento da infraestrutura de TI abrangendo seus processos e atividades rotineiras;
  • estimular a inovação na área, por meio de melhorias de processos ou produtos que possam otimizar o funcionamento da área e, consequentemente, dos setores dependentes da infraestrutura;
  • planejar e realizar atividades de suporte de infraestrutura de TI (servidores, desktops/notebooks, telefonia, Telecom, etc.);
  • elaborar projetos como o PCN – Plano de Continuidade de Negócios ou o PRD – Plano de Recuperação de Desastres, que detalham como a área de infraestrutura irá suportar o negócio da empresa em caso de situações inesperadas;
  • interagir e negociar com os principais fornecedores de infraestrutura de TI como servidores, telecom, appliances de rede, cabeamento, energia, resfriamento, etc.
  • garantir que as soluções tecnológicas contratadas sejam implementadas de acordo com as especificações de infraestrutura necessárias.

Comparação com outros perfis profissionais

Dentro do mapa de TI da empresa, o profissional de infraestrutura é uma interface. Algumas vezes, essa interface é terminal, pois seus serviços são executados com a finalidade de prover os recursos para outra área ou serviço. 

Em outros casos, essa interface é de ligação, pois os serviços de infraestrutura de TI são necessários para que duas ou mais áreas ou serviços possam se comunicar. 

Assim, dentro dos papéis apresentados aqui como características dos profissionais de infraestrutura de TI, é importante diferenciar o que se espera em termos de conhecimento destes perfis.

Apesar de serem áreas muito parecidas e, algumas vezes, conflitantes, o profissional de infraestrutura de TI tem seu foco na infraestrutura. É importante destacar, porém, que, algumas vezes, será necessário ao analista adentrar em gestão da segurança, gestão de projetos, gestão de pessoas, ou mesmo gestão de TI.

Analista de infraestrutura em TI: salário

De acordo com o portal Glassdoor, que armazena dados sobre diferentes profissões e categorias de trabalho, a média salarial de um analista de infraestrutura de TI é de R$4.200,00, podendo chegar a R$8.000 em casos específicos. 

Os dados disponíveis no portal foram atualizados em agosto de 2022, e trazem uma média nacional estruturada a partir de informações cedidas por trabalhadores da área em diversas localidades do país. 

Carreira em infraestrutura de TI: por onde começar?

Se você acompanha o blog da Faculdade XP, sabe que acreditamos na máxima “conhecimento é poder”. Por isso, nossa dica para quem deseja construir uma carreira em infraestrutura de TI é: estude o setor, experimente diferentes modelos educacionais e construa uma base teórica atualizada. 

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*Créditos da imagem de capa: Christina @ wocintechchat.com em Unsplash

O que é Agile Testing? Entenda como o profissional da área trabalha

Entenda como o Agile Testing, conjunto de práticas de testagem em ambiente de automação, possibilita ao profissional da área a identificação prévia de falhas e a entrega de um produto com desempenho otimizado ao cliente. 

Neste artigo, vamos refletir sobre o processo de Agile Testing e o papel do profissional da área, o Agile Tester. Vamos entender quais as suas atribuições e de que forma é possível evoluir em sinergia com o desenvolvimento das demais técnicas e metodologias ágeis de trabalho e gestão. 

O que é Agile Testing?

Agile Testing é a prática de testagem de softwares segundo os princípios do Manifesto Ágil do Teste. Estas orientações guiam a estruturação dos sprints e auxiliam na identificação rápida de desvios, bem como o seu encaminhamento aos setores responsáveis pelo aprimoramento dos produtos. 

Os 5 princípios do Manifesto do Agile Testing são: 

  • Testar continuamente mais que testar no final;
  • Prevenir defeitos mais que encontrar defeitos;
  • Entender o teste mais que verificar a funcionalidade;
  • Construir o melhor sistema mais que quebrar o sistema;
  • Time responsável pela qualidade mais que responsabilidade do testador.

< Saiba mais em: Manifesto Ágil: veja como ele surgiu e conheça seus 12 princípios />

Do planejamento à adaptabilidade: a importância de seguir o processo evolutivo

A metodologia tradicional de desenvolvimento sempre primou pela excelência no planejamento. Sendo assim, o membro da equipe deveria seguir os procedimentos à risca (by the book). Qualquer nova atividade, ideia, método, requisito, necessidade, não poderia ser levado em conta, afinal já existia um planejamento que foi feito por profissionais competentes para chegar ao resultado esperado.

Dessa forma, se eu seguir o planejamento à risca, tudo vai dar certo, não é verdade? Bom… nem sempre!

O grande problema dos planejamentos muito engessados é que eles se baseiam no fato de que todos os requisitos, características, situações e riscos são conhecidos, e isso quase nunca é verdade. 

Muitas vezes, mesmo os projetos muito bem planejados e executados podem ter como resultado um produto ruim. Um exemplo disso foi o Iridium, da Motorola. Trata-se de um projeto de bilhões de dólares que criou um telefone por satélite por meio do qual seria possível se comunicar em qualquer lugar do mundo. 

Esse projeto foi aclamado pelo PMI (Project Management Institute, instituição de referência na gestão de projetos) como um dos mais bem planejados da época, que conseguiu ser concluído no prazo, escopo e custo conforme o planejado. 

Porém, o resultado foi um fracasso. E, por incrível que pareça, o principal motivo para o fracasso foi o projeto ter sido executado exatamente como planejado. O mundo mudou, outras tecnologias mais baratas surgiram, a necessidade do público-alvo mudou, e o projeto não contemplou nada disso.

Como o testador na metodologia ágil pode colocar a reação a mudanças em prática?

Muitas pessoas pensam, erroneamente, que a palavra “Ágil” da abordagem ágil é sinônimo de velocidade. Na verdade, ágil, aqui, significa “capacidade de reação”. Ou seja, é a capacidade de romper a inércia, se adaptar aos novos fatores do seu ambiente. A velocidade é uma das consequências da agilidade.

Dessa forma, a abordagem ágil foca na reação às mudanças. Isso significa que toda forma de trabalho deve ser centrada no fato de que é certo que haverá mudanças.

Isso tem um impacto enorme na forma como um membro da equipe deve se portar. Afinal de contas, os membros da equipe têm que realizar todo o seu trabalho já tendo em vista que algo pode mudar. Assim, a criatividade, que não era recomendada na metodologia tradicional, agora tem um forte papel.

O novo papel do Agile Tester

Métodos ágeis exigem grandes mudanças na equipe, e não é somente no time de desenvolvimento. Implementar uma metodologia ágil para a equipe de desenvolvimento e não compartilhá-la com a equipe de teste reduz a flexibilidade e produz resultados insatisfatórios.

Por exemplo, a implementação do código é feita de forma ágil, com kanban, painéis de acompanhamento Scrum e stand-up meetings diários em conjunto com o cliente. Tudo acontece conforme as boas práticas sugeridas pela comunidade ágil. 

No entanto, se o teste de software for feito por outra equipe, este será feito em outra iteração (nome dado a uma sequência de ações e instruções realizadas repetidamente). Erros aparecem mesmo em funcionalidades desenvolvidas há vários sprints (etapas de desenvolvimento) atrás. É possível, inclusive, que estes desvios inviabilizem sprints seguintes, trazendo atrasos para o projeto. Por isso, não devem existir duas equipes separadas operando individualmente, e sim, um time unificado e sinérgico.

Apesar disso, mesmo em ambientes que trabalham com uma única equipe, há questionamentos para entender se, em uma equipe ágil pequena, deve haver um profissional exclusivo para testes. 

A verdade é que não há consenso. O Scrum, por exemplo, defende que o time de desenvolvimento reúna todas as habilidades necessárias, incluindo as relacionadas ao agile testing.

Porém, especialistas da área, como Glenford Myers, defendem que é preciso contar com um especialista em Testes que tenha foco somente nisso, para que não aconteça o problema da visão viciada. 

Entretanto, mesmo com a presença de um especialista, algumas atividades podem ser executadas pelo resto da equipe, como planejamento e gestão da qualidade, estimativas, elaboração de relatórios e dashboards.

Comunicação ativa e antecipação dos feedbacks: entenda como equilibrar

Quanto mais tarde acontece o agile testing, mais problemas aparecem e menor é o tempo de resposta para tratá-los. 

Na abordagem ágil, os efeitos de retardar os testes são ainda mais desastrosos. Dessa forma, devem-se iniciar os testes o quanto antes. E quanto mais rápido eles forem executados, mais rápido será o feedback junto ao Product Owner. Consequentemente, mais veloz será a execução das medidas cabíveis para a solução dos problemas.

Mas cuidado com a ideia de “antecipação”! Isso porque, quando realizados de forma precoce, os testes também podem trazer diversos prejuízos se não forem feitos adequadamente. 

Alguns dos erros comuns relacionados a esta precipitação são:

  • executar testes em funcionalidades que ainda estão sendo alteradas;
  • verificar requisitos errados;
  • não alinhar todo o time envolvido sobre a etapa de testes. 

A verdade é que, em geral, os testadores ágeis não dispõem de grande documentação de requisitos como base para casos de teste ágil. 

Por isso, eles se apoiam fortemente na comunicação, que pode ser verbal, escrita ou virtual, para assimilar a informação de que necessitam. Eles aprendem a fazer as perguntas certas, no momento certo e fornecer o nível certo de feedback no melhor momento.

Dessa forma, é fundamental haver o equilíbrio entre os dois fatores-chave: testar o mais cedo possível e ter a comunicação ativa, tanto para receber feedback quanto para entender os requisitos.

Acompanhamento dos resultados

Se não há tempo suficiente para documentações detalhadas, também não há tempo para elaboração de relatórios complexos sobre o andamento da verificação da qualidade. 

E, para executar essa árdua tarefa, mais uma vez, exige-se as capacidades de automação e comunicação.

Testadores ágeis devem saber configurar painéis de testes que deem aos desenvolvedores o feedback necessário em relação à verificação do produto. Esses painéis devem fornecer gráficos e exibir os defeitos mais graves encontrados e priorizados para correção. Além disso, devem fornecer uma visão geral sobre o andamento e evolução da qualidade do software.

Estimativas

Com a evolução do processo de desenvolvimento, o Agile Tester ganhou novas responsabilidades. E uma delas é contribuir com estimativas. 

Para isso, o Testador Ágil deve ter noções de métricas de tamanho de software, bem como informações históricas do esforço gasto nas funcionalidades passadas. Assim, ele pode ajudar na previsibilidade de esforço da seguinte forma:

1- Estimando a quantidade necessária de testes

Baseado na complexidade dos requisitos de qualidade, o Testador Ágil deve fornecer uma estimativa dos testes necessários e de como eles serão executados. A estimativa de testes é importante para dimensionar se o tempo de desenvolvimento dos testes se encaixa no prazo da próxima entrega.

2- Fornecendo uma previsão do que pode ser automatizado

O Testador Ágil deve indicar quais requisitos podem ser automatizados. Como testes automatizados são mais baratos e mais eficientes, eles devem ser priorizados. Nesse sentido, saber avaliar corretamente quais deles podem ser automatizados resulta em uma grande diferença de esforço e qualidade ao final de uma sprint. De forma geral, o Testador deve priorizar automatizar:

  • Testes de Regressão;
  • Tarefas repetitivas;
  • Cálculos matemáticos.

3- Estimando o que não deveria ser automatizado

Complementando o item anterior, o Testador Ágil deve estimar quais funcionalidades não precisam de automatização. De forma geral, não se usa automação nos seguintes casos:

  • Funcionalidades instáveis;
  • Funcionalidades pouco usadas;
  • Funcionalidades que exigem inspeção visual.

Torne-se um Agile Tester com a ajuda da Faculdade XP!

Colocar em prática os 5 princípios do Manifesto Ágil de testes é uma boa forma de sentir, na prática, o fluxo do trabalho de melhoria contínua. 

Entretanto, que tal se preparar para mergulhar de cabeça no mundo do desenvolvimento com uma excelente base teórica? 

Nossa sugestão é o bootcamp online Engenharia de Software Ágil. Neste intensivo, você aprende todos os princípios das metodologias mais efetivas e modernas no mercado, como o Scrum, XP e Kanban para ser um(a) Engenheiro(a) de Software focado na metodologia Ágil. 

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Professor autor: Marcelino Campos

*Créditos da imagem de capa: Christina @ wocintechchat.com em Unsplash

Infraestrutura de Desktop Virtual: por que ela é aliada da equipe de TI?

A infraestrutura de Desktop Virtual impacta diretamente o trabalho da equipe de TI e, consequentemente, de todo o funcionamento de uma empresa.

A gestão de custos nas empresas tem ganhado cada vez mais força e importância estratégica. Principalmente quando o assunto é segurança e facilidade de uso e de acesso às ferramentas tecnológicas. Por isso, a infraestrutura de Desktop Virtual, conhecida como VDI, é a opção escolhida para promover o alto desempenho de todos os setores.

Em suma, ela é a melhor aliada da equipe de TI e, consequentemente, da empresa como um todo. Antigamente, implementar e/ou integrar sistemas era um obstáculo imenso para qualquer negócio. O custo era alto e o trabalho, no mínimo, desafiador.

Alguns exemplos desses desafios são:

  • o tempo que uma empresa demora para disponibilizar no mercado uma nova unidade de negócios;
  • o tempo que a organização leva para colocar uma nova estação de trabalho em funcionamento para novos colaboradores.

Nessas situações é a equipe de TI (Tecnologia da Informação) que precisa resolver e assumir responsabilidades para instalar e gerenciar todos os softwares utilizados pela corporação, sem atrasar os processos e os planejamentos corporativos.

Mas, como fazer isso de modo rápido, eficiente, seguro e econômico? Pelo Virtual Desktop Infrastructure (VDI) ou Infraestrutura de Desktop Virtual. Leia até o final e entenda o que é e como esse ambiente funciona na prática.

O que é infraestrutura de Desktop Virtual ?

A infraestrutura de Desktop Virtual, chamada de virtual desktop infrastructure (VDI) em inglês, é o conjunto de máquinas virtuais que fornece e gerencia desktops virtuais de modo remoto. Ou seja, é um servidor que permite que os colaboradores acessem serviços, sistemas e aplicativos corporativos de qualquer lugar.

Ela é a forma mais eficiente e econômica que a equipe de TI tem para gerenciar a segurança de toda a infraestrutura virtual de uma empresa, mantendo-a em funcionamento contínuo.

O ambiente de VDI de informática possibilita a criação de um data center virtual que reúne e integra dados, aplicativos e desktops empresariais aos colaboradores por meio da internet. Tudo é feito por meio de um servidor host.

A VDI pode ser:

  • persistente: o colaborador se conecta ao mesmo desktop e pode personalizá-lo de acordo com suas necessidades. Nesse caso, os desktops virtuais em ambiente de VDI funcionam igual a um desktop físico pessoal, como o notebook que você tem em casa;
  • não persistente: a conexão é feita em desktops genéricos, sem salvar alterações. É usada em empresas com muitos colaboradores que acessam o computador para tarefas básicas, repetitivas ou limitadas, sem precisar de um desktop personalizado.

< Leia também: Cloud Computing: tudo o que você precisa saber para ingressar na área com o pé direito />

Como funciona a VDI?

No ambiente de Desktop Virtual, a área de trabalho do colaborador se encontra em uma imagem padronizada que fica armazenada no data center central da companhia, podendo ser acessada a qualquer momento e de qualquer lugar.

Num ambiente de VDI, o único item indispensável é o equipamento cliente, em geral um thin client, que tem a grande vantagem de ser instalado por alguém sem nenhum conhecimento técnico.

Afinal, só é necessário conectar o thin client em uma tomada elétrica e um cabo de rede, pois, todo o restante da configuração, é controlado pelo software central de gestão do ambiente de Desktop Virtual .

Por se tratar de um ambiente centralizado, a utilização do investimento feito no ambiente de VDI é melhor aproveitado do que aquele feito em um ambiente tradicional com um desktop para cada funcionário.

Pois, nesse caso, temos o compartilhamento dos recursos dos servidores e a possibilidade de que a “sobra” de recursos de um usuário possa ser direcionada para atender às necessidade de outro.

Esse tipo de possibilidade também apresenta melhor um indicador muito importante, que é o Custo Total de Propriedade, ou TCO na sigla em inglês, que indica quanto custa para a empresa ser dona de determinada tecnologia ou de determinado equipamento.

De forma resumida, a infraestrutura de Desktop Virtual  funciona por meio de máquinas virtuais (VMs) que são controladas por um software centralizado. Essas máquinas hospedam um sistema operacional, como o VDI Microsoft.

Benefícios da infraestrutura de Desktop Virtual 

Num ambiente de VDI, o funcionário tem a liberdade e a flexibilidade de trabalhar de lugares distintos do seu ambiente principal.

Imagine que um colaborador trabalhe em Belo Horizonte e um dos seus projetos esteja em uma situação crítica, gerando uma viagem de última hora para Fortaleza. Ao chegar lá, ele loga no ambiente virtual da empresa e tem acesso à mesma tela e à mesma configuração usada na sua estação de trabalho.

Ou seja, ele não perde tempo reconfigurando a área de trabalho virtual e entendendo um novo sistema.

Além disso, o uso do Desktop Virtual nas empresas proporciona a redução de custos e de tempo de implantação de sistemas e aplicativos. O que era feito durante dias, é resolvido em poucas horas.

E mais: não é preciso que um funcionário de TI se desloque, ele pode resolver tudo de seu sistema que integra outras máquinas virtuais.

< Saiba mais: Conheça os 10 mitos da computação em nuvem />

Exemplo de ambiente de VDI

Quando falamos em disponibilizar uma nova estação de trabalho para um colaborador, por exemplo, deve-se pensar em um equipamento que possua a capacidade para atender às demandas da função específica (CPU, memória, HD, etc), licenciamento dos softwares, manutenção, spare parts (equipamentos sobressalentes), atualização tecnológica etc.

Isso levando em consideração que os fabricantes mudam constantemente suas linhas de produtos, o que dificulta a padronização do ambiente e, consequentemente, aumenta o custo de manutenção do mesmo.

Portanto, a Virtual Desktop Infrastructure é uma grande aliada na redução do tempo de implantação de um novo ambiente produtivo, além de permitir o aumento da produtividade dos profissionais a partir da padronização do seu desktop, independentemente de onde ele esteja fisicamente.

Ainda no que diz respeito à diminuição do tempo para a ativação de novas unidades produtivas, um conjunto de ferramentas e novos conceitos, tais como NFV, SDN e SD-WAN, podem complementar a VDI e trazer ganhos ainda maiores na operação de ambientes complexos ou altamente distribuídos.

Percebeu que o uso de uma infraestrutura de Desktop Virtual impacta toda a organização? 

Por isso, é importante aprender e conhecer todas as novas possibilidades tecnológicas e potencializar o trabalho dos colaboradores.

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Spring Data JPA: o que é e como implementar?

O Spring Data JPA fornece um modelo consistente de programação considerando os aspectos específicos de cada sistema de armazenamento de dados.

Se você está buscando maior produtividade e eficiência na implementação de funcionalidades na camada de persistência de seus projetos Java, não pode deixar de conhecer (e aplicar!) o subprojeto Spring Data JPA.

Muitos desenvolvedores se deparam com dificuldades para mapear e manipular objetos em Java para as representações em um banco de dados. Afinal, os registros em Java são caracterizados por objetos que apresentam comportamento e o banco de dados possui forma textual, sem comportamento.

Como resolver esse problema? Com a padronização do mapeamento e das especificações dos frameworks, sem precisar que um mesmo código seja reescrito várias vezes ou usar muitos códigos para operações simples. Ou seja, com o Spring Data JPA.

Continue a leitura até o final e entenda o que é esse subprojeto do Spring Data e como implementar o Repository Spring Data nos seus projetos.

O que é Spring Data JPA?

O Spring Data JPA (Java Persistence API) é um projeto da Spring Source e subprojeto do Spring Data com proposta de padronizar e facilitar o acesso a diferentes tecnologias de armazenamento de dados, como bancos de dados relacionais e não relacionais, utilizando as funcionalidades da especificação JPA.

Ou seja, ele elimina a necessidade de implementar interfaces referentes aos repositórios ou DAOs, deixando algumas funcionalidades pré-instaladas, como paginação de registros e ordenação das consultas.

Sua principal finalidade é integrar as aplicações Spring com a JPA. E podemos dizer que esse framework tem tido bastante sucesso no seu objetivo. Afinal, ele tem como maior benefício a capacidade de criar a camada de acesso aos dados sem a necessidade de implementar manualmente as classes de Data Access Object.

Ele apresenta as seguintes funcionalidades:

  • Operações de criação, remoção, modificação e seleção, chamadas de CRUD;
  • Query Methods;
  • Method Names;
  • Query Annotation;
  • Named Queries;
  • Ordenação.

< Aprenda mais: Linguagens back-end: qual é a melhor opção para o seu projeto? />

Como funciona o Spring Data?

Para entender melhor como ele atua dentro do sistema do Spring Data, analise a Figura 01. Esse framework possui vários módulos de acesso em diferentes modelos de bancos de dados.

Ele contém diversos subprojetos para trabalhar com as especificidades dos variados Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBDs).

Figura 01. Visão geral da arquitetura do Spring Data.

Tem-se o módulo Spring Data JPA que adiciona uma camada extra sobre o JPA Provider. Esse módulo contém uma camada Repositórios (JpaRepository) que dá suporte à criação de repositórios estendendo interfaces do Spring Data. A infraestrutura é compartilhada pelos bancos e o JPA Provider que implementa o JPA.

Além do Spring Data JPA, tem o módulo Spring Data MongoDB que provê suporte à persistência de dados com o banco de dados MongoDB e possui métodos básicos para armazenamento e recuperação de documentos. Sua principal característica é o suporte à persistência de dados não estruturados.

Já o módulo Spring Data Neo4J cuida da persistência de dados no SGBD Neo4J. Ele é um banco orientado a grafos que permite o armazenamento e a recuperação de dados. É similar aos bancos relacionais no tocante às transações e às operações ACID (Atomicidade; Consistência; Isolamento e Durabilidade).

< Leia também: Mongodb: o que é e como usar esse banco de dados? />

Como implementar Repository do Spring Data?

O objetivo do Spring Data Custom Repository é reduzir a quantidade de código necessário para implementar a camada de acesso e persistência de dados.

A abstração principal é a classe Repository. Sua principal finalidade é gerenciar a classe de domínio assim como o tipo de dado do id da classe.

CrudRepository

Disponibiliza operações CRUD para a entidade que está sendo gerenciada. A Figura 02 traz a estrutura dessa interface em que se pode notar várias operações como save, findOne e delete.

Essa interface já é fornecida pelo Spring Data. Para utilizá-la, deve-se apenas implementá-la criando um repositório específico para cada entidade.

    Figura 02. IntefaceCrudRepository.

PagingAndSortingRepository

No contexto de uma aplicação com vários formulários, é comum ter funcionalidades em que os usuários podem fazer consultas e essas podem retornar zero ou dezenas de registros.

É sabido que, quando a consulta retorna muitos registros, não é interessante listar todos esses dados para o usuário: deve-se dividir os dados em páginas. Além disso, esses dados são ordenados de acordo com algum critério.

É prática comum o uso de estratégias para buscar as informações de uma base de dados de tal forma que essa informação será paginada, ou seja, a consulta não trará todos os dados, mas apenas aqueles que serão apresentados ao usuário de acordo com a página em que o mesmo está inspecionando.

O Spring Data fornece a interface PagingAndSortingRepository que traz facilidades para implementar a estratégia de ordenação e paginação. A Figura 03 traz as duas operações dessa interface. Ao implementá-la, tem-se algumas comodidades em relação à implementação de um sistema de paginação e ordenação.

Figura 03. Interface PagingAndSortingRepository.

O código abaixo mostra o uso do PagingAndSortingRepository para buscar um conjunto de 20 produtos da tabela Produto que se refere à página 1. A classe PageRequest permite definir a página passando para seu construtor a página e o tamanho da mesma.

PagingAndSortingRepository<Produto, Integer> repository = // … get access to a bean

Page<Produto> produtos = repository.findAll(new PageRequest(1, 20));

Métodos de Consulta

É comum a necessidade de métodos de acesso às entidades além daqueles de CRUD. O Spring Data com a classe Repository fornece uma estrutura que permite a criação de métodos de acesso sem a necessidade de escrever comandos SQL.

O exemplo de código abaixo tem uma interface UsuarioRepository definida pelo desenvolvedor que estende a classe Repository .

O método findByNome da interface é a implementação da consulta que busca uma lista de usuários de acordo com o nome. Com apenas a assinatura do método, a consulta já está feita.

O Spring Data gera automaticamente a consulta correspondente simplesmente com a assinatura do método.

Nota-se que o nome do método tem três elementos importantes:

  • o findBy;
  • o Nome;
  • o parâmetro String nome.

O método sempre tem que iniciar por findBy para consultas, o Nome do exemplo se refere ao atributo nome da entidade Usuário, já o parâmetro String nome é o valor que será usado para filtrar a consulta por nome.

O nome da variável do parâmetro pode ser qualquer nome, porém a cadeia de caracteres que acompanha o findBy tem que ser exatamente o nome da propriedade da entidade com a primeira letra em caixa-alta. Se a consulta fosse filtrada por senha, então a assinatura do método seria List<Usuario>findBySenha(String senha).

public interface UsuarioRepository extends Repository<Usuario, Long> {

List<Usuario>findByNome(String nome);   }

Consultas com JPQL

Além da funcionalidade de criar consultas pela assinatura do método, é possível que você precise executar consultas com JPQL. Por isso, o time que desenvolveu o Spring Data JPA incluiu a anotação @Query Spring Data no framework:

public interface Produtos extends JpaRepository<Produto, Long> {

@Query(“from Produto where nome like concat(?1, ‘%’)”)

List<Produto> pesquisarProdutos(String nome);

}

Percebe-se que nesse método é preciso criar a consulta e um parâmetro, porque o Spring Data JPA vai usá-lo no momento da execução. 

Com este artigo foi possível conhecer algumas das potencialidades do framework Spring Data JPA aplicado no Big Data. Essa tecnologia permite que o Engenheiro de Software trabalhe com facilidades usando bancos de dados relacionais ou não relacionais como o MongoDB, Neo4J e Redis.

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