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Como calcular IRRF em atraso? Passo a passo para regularizar sua situação

Como calcular IRRF em atraso? Essa pergunta já passou pela sua cabeça? Então saiba que o Imposto de Renda Retido na Fonte é uma atribuição da fonte pagadora, que pode ser seu contratante ou a instituição financeira responsável por gerenciar seus investimentos em renda fixa. 

De toda forma, o pagamento dos tributos do Imposto de Renda seguem sendo uma obrigação sua, e entender como calcular o imposto de renda atrasado pode te ajudar a resolver essa pendência com agilidade e ficar quite com o Leão. 

Confira, neste artigo, tudo o que você precisa saber sobre o assunto! 

IRRF: do que estamos falando? 

IRRF é a abreviação de Imposto de Renda Retido na Fonte. Na prática, ele funciona como uma espécie de antecipação do Imposto de Renda, obrigação tributária anual em que os cidadãos informam os rendimentos recebidos ao longo de um ano. 

Da mesma forma em que, na declaração anual do Imposto de Renda, o governo recolhe (ou devolve) uma parcela correspondente a encargos relacionados à faixa de renda recebida pelo declarante, há, também, alguns rendimentos sobre os quais os encargos incidem mensalmente. Estes encargos correspondem ao IRRF.

O imposto deve ser apurado e retido pelo pagador do contrato, que pode ser PF (Pessoa Física) ou PJ (Pessoa Jurídica) fazendo pagamentos a outra PF ou PJ.

Como o IRRF incide? 

De acordo com o portal do Governo brasileiro, consultado em março de 2022, estão sujeitos à incidência do IRRF:

  • rendimentos do trabalho assalariado, pagos por pessoas físicas ou jurídicas;
  • rendimentos do trabalho não assalariado pagos por pessoa jurídicas;
  • recebimentos de aluguéis e royalties pagos por pessoa jurídica;
  • rendimentos pagos por serviços entre pessoas jurídicas, tais como os de natureza profissional, serviços de corretagem, propaganda e publicidade;
  • valores pagos, creditados, empregados, entregues ou remetidos a pessoas jurídicas domiciliadas no exterior por fontes situadas no Brasil.

Como calcular IRRF?

Para apurar e destinar o valor equivalente ao IRRF à Receita Federal, evitando problemas com o fisco, é importante que você, na condição de fonte pagadora, siga algumas regras. 

A principal delas é considerar a tabela de alíquotas e parcelas dedutíveis do Imposto de Renda. Este documento, emitido pela própria Receita Federal, determina qual a incidência de imposto cabível a cada faixa salarial. Veja a seguir a tabela vigente e conheça as faixas de tributação: 

(Fonte: Valor Investe)

Como calcular IRRF? Exemplos práticos 

Salário

Para entender a incidência do IR nos salários, é importante ter em mente que:

  • é necessário descontar o valor pago ao INSS (taxas entre 8% e 11%, destinadas à garantia do pagamento da aposentadoria e demais benefícios aos trabalhadores brasileiros);
  • calcular o IRRF sobre o valor restante, identificando a faixa à qual pertence a remuneração em questão. 

Se a faixa salarial for inferior a R$1903,98, não há retenção de IR. Se for superior, cabe a tributação correspondente à alíquota prevista para a faixa de renda (conforme tabela acima).

Investimentos

Alguns tipos de investimento (como a LCI– Letra de Crédito Imobiliário) são isentos de Imposto de Renda. Entretanto, podemos dizer que grande parte dos investimentos de renda fixa têm IRRF, como as debêntures, os planos de previdência privada e o Tesouro Direto. Neste caso, o cálculo do IRRF segue a tabela regressiva de Imposto de Renda. Isso significa que investimentos de longo prazo tendem a ter menor incidência do tributo, conforme mostra a imagem abaixo, correspondente à tabela regressiva para planos de previdência privada:

Além disso, ao investir em aplicações tributáveis, o IRRF já é descontado dos rendimentos no momento do recebimento. Por isso mesmo, dizemos que o valor recebido é equivalente ao rendimento líquido da aplicação.

>>> Tem investimentos em renda variável? Entenda como declará-los no Imposto de Renda

Imposto de renda atrasado: o que fazer?

Como calcular IRRF em atraso? O que fazer ao perder o prazo do pagamento dos tributos?

Antes de respondermos a estas perguntas, é importante termos em mente a diferença entre os conceitos de Imposto de Renda Retido na Fonte e Declaração de Imposto de Renda. 

Enquanto o IRRF é de atribuição da fonte pagadora (empresa contratante, no caso do salário, ou instituição financeira, no caso dos investimentos de renda fixa), a Declaração de Imposto de Renda é obrigação de todo cidadão com rendimentos tributáveis que se enquadrem nas determinações da Receita Federal. 

Em 2022, os critérios determinados foram: 

  • ter rendimentos tributáveis cuja soma foi superior a R$28.559,70 em 2021;
  • caso os rendimentos sejam oriundos de atividade rural, a receita bruta deve ser superior a R$142.798,50;
  • ter recebido rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais);
  • obter, em qualquer mês do ano de 2021, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizaram operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;
  • ter, em 31 de dezembro de 2021, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais). 

Como pagar imposto de renda em atraso?

Anualmente, ao fazer a sua declaração do imposto de renda, você deve verificar se ainda há imposto a pagar ou se há imposto a restituir. Se o resultado da sua declaração for de imposto a pagar, você precisa pagar essa diferença de imposto por meio de uma guia DARF – Documento de Arrecadação de Receitas Federais .

Dessa forma, caso você, na condição de cidadão com rendimentos tributáveis, tenha deixado vencer a guia DARF de pagamento dos tributos, aqui estão algumas dicas.

Para pagar imposto de renda em atraso, você deve: 

  • acessar o aplicativo Meu Imposto de Renda;
  • aba “Serviço de Pagamento”;
  • seleciona a opção “Consultar Débitos”;
  • “Emitir DARF”;
  • “Alterar Quotas”. 
  •  selecionar “Impressão” para emitir o novo documento.

Como calcular IRRF em atraso?

Novamente, é preciso chamar a atenção para o fato de que o que cabe a você, enquanto contribuinte, é se atentar ao pagamento da guia DARF correspondente ao seu Imposto de Renda. 

Neste caso, é possível simplificar o caminho e acessar o sistema da Receita Federal, que faz o cálculo do imposto de renda atrasado de forma automática. 

Se ainda assim você deseja conhecer o processo de obtenção do valor cobrado, confira a seguir: 

  • multa: 1% ao mês sobre o valor do imposto de renda devido. O valor mínimo da multa é de R$ 165,74, podendo chegar, no máximo, a 20% do valor do imposto de renda.
  • juros de mora: acréscimo de 0,33% por dia de atraso, com valor máximo limitado a 20%.
  • acréscimo legal: também inclui juros de mora sobre o valor do tributo, somando a taxa Selic do mês seguinte ao do vencimento da DARF até o mês anterior ao pagamento e o resultado obtido a 1% relativo ao mês do pagamento.

Organize seus gastos e ganhos e não passe aperto na hora do Imposto de Renda! 

Prestar contas ao Leão pode trazer ansiedade e preocupação, especialmente para quem não controla seus gastos e ganhos. 

Para te ajudar a começar a enxergar suas finanças como um valioso ativo em sua vida, temos uma dica: separe 1h30 do seu dia para o Beabá Financeiro da Faculdade XP!

De forma didática e dinâmica, nossos experts te ensinam a entender as lógicas de juros, inflação, taxa selic e como dar os primeiros passos para passar de devedor a investidor.

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*Créditos da imagem de capa: Imposto de renda foto criado por katemangostar – br.freepik.com

Carreira em cibersegurança: tudo o que você precisa saber para se destacar no mercado

A Segurança da Informação (SI) visa garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade das informações. Isso todos nós sabemos. Mas, qual a diferença de conceitos e capacidades de um profissional de SI para aquele que seguiu carreira em cibersegurança?

Com o mundo cada vez mais conectado, a figura do especialista em cyber security vem ganhando mais relevância a cada dia. Isso porque, ele é o principal responsável pela proteção de sistemas e usuários em relação aos dados que trafegam online.

Tem interesse no tema e quer saber mais? Então, continue conosco, pois neste post, explicamos tudo sobre a carreira em cibersegurança, o que faz o profissional que trabalha neste campo, média salarial, perfil, rotina e desafios da área.

O que é segurança cibernética?

Também conhecida pelo termo cibersegurança, que vem do inglês, cyber security, a segurança cibernética é um conjunto de medidas que visam à proteção de sistemas, processos e dispositivos, bem como seus usuários — que podem ser pessoas ou empresas — contra fraudes, roubos e outros tipos de ataques no meio digital.

Qual é a diferença entre segurança cibernética e segurança da informação?

A segurança cibernética é voltada para a proteção das informações que trafegam no ciberespaço, portanto, tem uma conexão direta com tecnologia e redes. Enquanto isso, a segurança da informação inclui tais desafios e outros, como a proteção da informação impressa, falada e outras formas além das trafegadas pelo ciberespaço.

A segurança cibernética dá um foco maior no que é digital, e nada melhor do que foco para desenvolver melhores processos, tecnologias e controles, não é mesmo?

Portanto, ao falarmos de segurança cibernética, estamos essencialmente falando de uma parte (subset) da segurança da informação.

diagrama representando a relação entre cibersegurança e segurança da informação
Relação entre segurança cibernética e segurança da informação

É natural que muita gente se preocupe em conhecer o todo, e não apenas uma parte. Porém, dependendo da situação, pode ser melhor se especializar em uma área, desenvolvendo um conhecimento mais aprofundado acerca de um tema específico.

Por exemplo, na medicina, temos o clínico e o cirurgião geral. Ambos possuem uma visão holística da saúde e do funcionamento do corpo humano. No entanto, nosso corpo é tão complexo, que são necessárias especialidades, como cirurgiões plásticos, cardíacos, médicos pediatras e dermatologistas, apenas para citar alguns. 

De modo semelhante, podemos dizer que um profissional que segue carreira em cibersegurança está se especializando em um ramo da segurança da informação focado na proteção das informações que trafegam no meio digital. Ficou claro?

O que faz um profissional de cybersecurity?

O profissional de segurança cibernética realiza uma série de atividades, dentre as quais, se destacam:

  • definição e implantação de arquitetura segura de redes;
  • definição e implantação de arquitetura segura de aplicações, incluindo integração de sistemas;
  • análise funcional de aplicações, no intuito de identificar e corrigir propostas de negócio que possam colocar em risco as informações da empresa;
  • análise não funcional de aplicações, no intuito de promover a utilização de recursos de segurança, como criptografia, logs de acesso, autenticação e autorização seguras, dentre outros;
  • definição de políticas para desenvolvimento de sistemas, operação e implantação de aplicações;
  • operação e monitoração de redes, sistemas operacionais e aplicações, podendo, inclusive, se estender a análise de transações, comportamentos de usuários e de tráfego, dentre outros;
  • análise de vulnerabilidades;
  • outras atividades, que podem ser de maior ou menor intensidade, dependendo da empresa em que atua, tais como: análise forense, segurança física, etc. 

Quanto ganha um profissional em cybersecurity?

O salário de um profissional de carreira em cibersegurança varia de acordo com fatores como: nível de experiência, grau de especialização e empresa na qual trabalha. Tendo isso em vista, podemos considerar que, no Brasil, a média salarial desta categoria gira em torno de R$5.000 mensais.

Perfil profissional e principais desafios da carreira em segurança cibernética

Tende a se destacar na carreira em cibersegurança o profissional que tem paixão por adquirir conhecimentos relacionados direta ou indiretamente à rotina da sua área. Isso permite encontrar soluções e superar desafios, elevando a qualidade do serviço entregue pela empresa, o que contribui para que se diferencie das demais.

Todas as empresas querem estar no topo das reconhecidas como o melhor lugar para trabalhar, o motivo é único: profissional motivado entrega muito mais.

Portanto, se esta é uma característica geral, o profissional de segurança cibernética precisa encontrar motivação para adquirir conhecimento o tempo todo. Afinal, há alguns anos, falávamos em proteção de rede por meio de firewalls, mas, e hoje, que o processamento é distribuído e a internet das coisas já é uma realidade? 

A evolução tecnológica é exponencial, como diria a lei de Moore, logo, a motivação para continuar se atualizando também deve ser.

Portanto, um grande desafio para o profissional de segurança cibernética é se manter atualizado, de forma a entender e propor soluções de segurança para um mundo em constante transformação.

Conhecimento, no entanto, não é tudo. O profissional de segurança cibernética precisa frequentemente exercitar a empatia. Sim, a empatia!

Imagine um cenário em que a empresa na qual trabalha é vítima de ataques cibernéticos que minam sua lucratividade e imagem.

O profissional de cibersegurança poderia colocar a culpa no time de TI, alegando que estes não seguiram as regras definidas. No entanto, será que não seguiram porque não quiseram ou porque era difícil e caro demais implantar soluções, quando a pressão era por entregas funcionais, que adicionasse valor rápido às vendas?

Empatia, portanto, diz respeito a se colocar no lugar do desenvolvedor de TI, e encontrar a solução que seja capaz de manter as entregas bem-feitas, mas também de forma segura.

O que estudar para cybersecurity? Áreas de conhecimento e competências técnicas necessárias

O ciberespaço é composto de computadores que se comunicam com o objetivo de trocar informações, tais informações são enviadas, recebidas e processadas por uma enormidade de sistemas operacionais, plataformas e, principalmente, aplicações. 

Conhecer todas as tecnologias e as falhas de segurança a que estão sujeitas é humanamente impossível. Portanto, cabe ao profissional conhecer profundamente as tecnologias mais usadas em seu ecossistema ou na empresa em que atua, e ter amplo conhecimento dos princípios que norteiam o funcionamento de todas elas. 

Agora, vamos conhecer alguns exemplos de tecnologias e plataformas que fazem parte da carreira em cibersegurança.

Segurança de Aplicações

SQL Injection, Cross Site Scripting e outras vulnerabilidades de aplicação são frequentemente citadas por profissionais como os principais problemas de segurança de aplicações.

Cabe ao profissional de segurança cibernética, saber analisar um código e identificar, ao menos em uma linguagem de programação, o erro de implementação que permite a sua exploração. 

É muito comum termos excelentes profissionais de cyber security, que utilizam ferramentas de teste de segurança web automatizadas para encontrar vulnerabilidades, mas são incapazes de identificar, no código da aplicação, a vulnerabilidade em si.

Conhecer o erro no código é fundamental para poder exercitar o que citamos anteriormente: a empatia com o desenvolvedor de TI. 

Aquele erro de código estava ali devido a um problema pontual ou por conta de um problema de arquitetura?

Se o profissional de segurança não souber fazer esta análise, irá aplicar o mesmo remédio para doenças distintas e, muitas vezes, atuará apenas nos sintomas, sem corrigir a causa raiz.

Ferramentas de teste automatizado te apontam onde, na aplicação, está o erro. A correção, portanto, pode ser pontual, até que uma nova apareça. 

O objetivo é atacar a causa raiz, evitando que o problema volte a ocorrer. Isso só é possível quando o profissional de cibersegurança é capaz de analisar o código e, junto da área de desenvolvimento de sistemas, propor soluções que possam se aplicar ao processo como um todo ou, eventualmente, apenas a uma parte.

Além disso, a ideia é que as soluções propostas estejam de acordo com o problema, evitando o gasto de tempo e dinheiro além do necessário.

Segurança de infraestrutura

DDOS e malwares são exemplos comuns de problemas que afetam as redes, desktops e servidores. O antídoto? Frequentemente aparecem na lista nomes de fabricantes, mas, pouco se discute sobre processos para evitar a paralisação da infraestrutura devido a ataques como estes. 

WannaCry, que virou manchete de telejornal, não era um problema de tecnologia, mas sim de processos e monitoração. “Bastaria” fazer o óbvio: manter os sistemas atualizados e segmentados, monitorando os ativos que não sofreram atualização para isolá-los da rede. 

A grande questão é que temos cada vez mais profissionais que entendem da configuração, instalação e operação de tecnologias, mas poucos que estão preocupados em manter tais sistemas orquestrados, funcionando corretamente e, principalmente, monitorados.

Isso só é possível fazendo a parte chata da história: escrevendo e implantando processos de monitoramento e operação de tais tecnologias, de forma a mantê-las atualizadas e testadas, para que, ao menor sinal de falha, o plano de contingência seja acionado.

Ao analisar currículos da área, vemos frequentemente que o profissional tem certificação em tecnologia X ou Y. Porém, raramente vemos currículos de profissionais que destacam melhorias em suas empresas, devido a implementação de processos pelos quais foram responsáveis.

Imagine quão brilhante seria receber um currículo assim: “profissional responsável por liderar a implantação da tecnologia X e Y, que, em conjunto com as adequações de processo, reduziu o número de incidentes de segurança em 30% num espaço de 6 meses, representando uma economia calculada no valor de R$ x mil reais/mês.”

Você já pensou em seguir carreira em cibersegurança?

Dizer que o mundo está cada vez mais conectado, significa que há um maior número de aparelhos interligados uns aos outros por meio da internet. Isso implica em uma quantidade crescente de dados e informações trafegando a todo instante.

Se antes, a segurança da informação já era uma área extremamente importante dentro das empresas, imagine em um mundo em que sua cafeteira ou até mesmo a lâmpada da sua sala pode estar conectada à internet.

Neste contexto, aumenta a demanda por pessoas capacitadas para manter usuários e empresas protegidos contra vazamentos, golpes e roubo de dados.

Logo, o profissional com carreira em segurança cibernética se torna peça-chave em um mercado completamente aquecido, fazendo da cibersegurança a carreira do futuro.

E você não vai querer ficar de fora, não é mesmo?

Chegou a hora de dar este importante passo na sua carreira!

Conheça nosso MBA em Segurança Cibernética, uma pós-graduação certificada pelo MEC, que irá te preparar para se destacar neste mercado, tornando-se expert na identificação e solução de problemas cibernéticos. Acesse a página do curso e saiba mais!

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História do Bitcoin: como surgiu e quais os prós e contras da criptoeconomia?

É impossível negar a revolução causada pelas criptomoedas, mas você sabe a história do Bitcoin? Por que ele surgiu, como, quem o criou?

Apesar de  existirem muitas pesquisas relacionadas a moedas virtuais antes da sua criação, o Bitcoin foi a primeira criptomoeda, de fato, posta em prática. E, mesmo com a multidão de incrédulos, como grandes nomes do Nobel de Economia, presidentes de instituições financeiras e muitos investidores, a moeda não apenas explodiu, como se mantém ativa ininterruptamente há mais de 12 anos. 

Tanto que muitos “criptocéticos” já não afirmam com tanta convicção a previsão de que a moeda virtual terá uma grande quebra. Isso pode ocorrer? Sim, o mercado é instável, novo e possui algumas fragilidades, como qualquer outro. Mas não podemos negar que, hoje, as principais previsões indicam que entramos na era das criptomoedas e que, em alguns anos, elas podem se tornar um dos principais meios de pagamento.

Para entendermos melhor por que a história do Bitcoin revolucionou tanto o mercado, é preciso saber como ele surgiu e como funciona a base das suas transações. Acredite, isso vai resolver muitas dúvidas que você ainda deve ter! Aproveitamos também para entender algumas vantagens e desvantagens desse investimento.

História do Bitcoin: da criação até os dias de hoje 

Você conhece algum ativo que tenha passado de US $0,0008 para US $56.143,80, em 12 anos? Foi exatamente o que ocorreu na história do Bitcoin, cuja valorização exponencial se deu logo nos primeiros anos de atividade.

Isso, claro, gerou inúmeras dúvidas sobre segurança, manutenção, regulamentação, etc. O fato é que a história do Bitcoin ainda é rodeada de mistérios e incertezas. Porque, apesar de 12 anos ser um fator que a afasta de uma tendência, existem alguns pontos soltos que ainda causam desconfiança. 

Antes de entendermos melhor quais são eles, quando foi criado o Bitcoin e quem o criou, vamos esclarecer o que esse termo significa exatamente.

O que é Bitcoin?

Bitcoin é uma moeda digital e virtual que faz parte das categorias de criptomoedas. Ou seja, um meio que surgiu no ambiente digital e atua nele desde o seu surgimento. Hoje, podemos fazer transações, investimentos, compras e pagamentos reais, no mundo virtual. 

O grande diferencial do Bitcoin está na proposta de uma economia descentralizada, sem um órgão ou uma pessoa que aja como regulador, como o Bacen, por exemplo. A ideia é que os agentes consigam, em grupo, regulamentar, monitorar, aprovar e assegurar todas as transações em conjunto. 

Ah! E tudo isso garantindo o anonimato dos investidores, segurança de dados e transparência de transações. Todos podem, por exemplo, seguir os “nós” de cada transação para encontrar o seu início no bloco. 

Não é à toa que especialistas chamam de uma revolução no mercado financeiro, não é verdade? Afinal, antes da sua existência, não poderíamos imaginar  trocas comerciais sem um intermediário, como bancos, governos e instituições.

Não deixe de ler:

>>>Como funciona o investimento em Bitcoin? Vale a pena? É seguro?

Quando foi criado o Bitcoin?

Os estudos relacionados a moedas digitais já existiam muito antes do Bitcoin ser, de fato, criado. Segundo o site Bitcoin.org, o conceito de criptomoeda foi “descrito pela primeira vez em 1998 por Wei Dai na lista de discussão cypherpunks, sugerindo a ideia de uma nova forma de dinheiro que usa criptografia para controlar sua criação e transações, ao invés de uma autoridade central.”

Mas, antes do Bitcoin, não havia um modelo que fosse aplicável na prática, normalmente pela falta de segurança, metodologias, estudo e tecnologia. 

Em 31 de outubro de 2008 isso mudou, foi o start da história do Bitcoin, logo após a falência do Lehman Brothers, um dos maiores bancos de investimentos dos EUA. O Bitcoin foi criado, portanto, em meio a uma das maiores crises financeiras do mundo. Mas não há qualquer prova de ligação entre um acontecimento e outro.

O fato é que, nesse dia, Satoshi Nakamoto enviou um e-mail para pessoas que se interessavam por criptografia, com o white paper (manual) do Bitcoin. Muitos, claro, não acreditaram no potencial de aplicação do conceito.

Mas, mesmo com a descrença, em 3 de janeiro de 2009 surgia Gênesis, primeiro bloco da blockchain, com o registro das primeiras transações de criptomoedas. Essa ação foi chamada de mineração e, assim, iniciamos uma verdadeira revolução dos padrões financeiros. 

Apesar do Bitcoin ter sido lançado no final de 2008, o primeiro bloco (nome do arquivo com informações sobre transações) da blockchain da criptomoeda foi minerado apenas no dia 3 de janeiro de 2009.

E, em 2010, o Bitcoin passou a ter valor real de compra, com a famosa transação das 2 pizzas, por 10 mil BTC, realizada por Laszlo Hanyecz.

Quando surgiu o Bitcoin no Brasil?

A história do Bitcoin no Brasil não tardou a começar, e isso ocorreu logo no ano seguinte à compra das 2 pizzas. Veja abaixo um pouco dos acontecimentos mais marcantes por aqui:

  • Em 2011, primeira exchange de Bitcoin no Brasil, a Mercado Bitcoin;
  • Em 2012, foi criada a primeira comunidade que debatia o assunto no Facebook, a Bitcoin Brasil;
  • Em 2014, primeiro caixa eletrônico de Bitcoin, publicação do livro do economista Fernando Ulrich, chamado “Bitcoin. A Moeda na Era Digital”, um dos mais citados e relevantes no mercado brasileiro de criptomoedas.

Nos anos seguintes tivemos recordes de investidores cadastrados em exchanges de criptomoedas e o assunto ganhou grande repercussão em todo país.

Saiba mais: 

>>>Criptomoedas: 5 mitos e mentiras desvendados pela Faculdade XP

Quem criou o Bitcoin?

Falamos acima que Satoshi Nakamoto que deu o start na história do Bitcoin. Mas quem exatamente é ele? Bom, isso é um dos mistérios que ainda permeia o universo das criptomoedas. Nakamoto pode ser Dorian Nakamoto, Hal Finney, uma mulher, uma empresa, ou um órgão financeiro. 

Muitas teorias surgiram, desde 2009, sobre quem criou o Bitcoin, mas provaram ser apenas especulações. E deve permanecer assim, afinal, Nakamoto não “aparece online” desde abril de 2011, quando entregou o controle do código da criptomoeda para Gavin Andresen.

O fato é que essa questão não recebe tanta importância, pois o sistema das criptomoedas possui código aberto e pode ser continuado pela rede, sem a presença ou interferência dos criadores.

Quais as vantagens do Bitcoin?

Segurança e transparência

Essas são, sem dúvidas, algumas das mais importantes vantagens do Bitcoin. A segurança se dá, em grande parte, pelo sistema de blockchain, que é imutável e precisa de mineradores para autorizarem e registrarem as transações.

O fato de não haver apenas um centro controlador, diminui as chances de fraude e ações duplicadas. E, apesar de garantir o anonimato dos investidores, o sistema blockchain possibilita que qualquer um verifique o histórico de transações, aumentando, assim, a transparência de todo o sistema.

Vale ressaltar também que durante toda a história do Bitcoin não houve sequer uma invasão ao sistema. Com o avanço tecnológico tão rápido, isso é um bom sinalizador de segurança.

Liberdade e economia descentralizada

A economia tradicional é altamente centralizada e burocratizada, o que, naturalmente, restringe a liberdade de ação e decisão de quem não está no controle. Quando foi criado o Bitcoin, a ideia era nadar contra essa corrente e permitir que as pessoas acessassem o sistema de uma forma rápida e muito mais simples.

Hoje é possível realizar um cadastro em uma corretora apenas com o documento de identificação e em algumas horas você já pode adquirir bitcoins. Sem burocracia! 

Valor que não depende de gestões políticas e interesses governamentais

As variáveis que mais impactam a economia estão relacionadas a decisões, trocas e interesses políticos. Isso quer dizer que muitas moedas e investimentos ficam à mercê das mudanças governamentais. 

Isso não ocorre com o Bitcoin, uma vez que seu valor, transações e programação independem do governo, de instituições bancárias ou decisões de órgãos reguladores.

O paper white do Bitcoin, inclusive, protege a moeda de uma possível inflação, tão natural e esperada na economia tradicional. Para isso, Nakamoto estipulou uma oferta máxima de bitcoins no mercado, apenas 21 milhões de unidades podem ser mineradas.

Esse fator limitante torna a moeda um bem escasso, com expectativa de valorização constante e sem risco de inflação devido à emissão indiscriminada de novas moedas. 

Por fim, como não precisa responder a um Banco Central, o Bitcoin não pode ser congelado, taxado ou controlado. Suas flutuações são baseadas apenas no mercado, sem interferências institucionais. Tornando as transações muito mais livres e baratas.

Quais as desvantagens do Bitcoin?

Excesso de liberdade e descentralização do Bitcoin pode gerar problemas

O fato de não haver um órgão regulador pode ser uma vantagem em muitos aspectos, mas a falta de regulamentação abre oportunidades para a insegurança. Existem alguns casos pontuais de empresas que agiram de má-fé e clientes que tiveram prejuízos astronômicos. 

Esse é um risco do excesso de liberdade. Então, para evitar cair em situações assim, não aposte em empresas sem autoridade no mercado. É melhor pecar pelo excesso do que pela falta de cuidado ao escolher sua corretora. E para os investidores iniciantes, não é recomendado transações diretas, ou seja, realizadas sem o intermédio de uma corretora. 

Mineração corre risco com queda constante da remuneração

Como explicamos acima, a mineração é o processo de análise e verificação das transações com criptomoedas. Você deve imaginar que os mineradores são remunerados para realizar essas funções, certo? Mas você sabia que, para evitar uma “inflação” da moeda, essa remuneração é decrescente? 

Seguindo protocolo estabelecido, há uma queda do valor pago de 50% a cada quatro anos. Segundo o Infomoney, a remuneração começou em 50 bitcoins por bloco, caindo para 25 em novembro de 2012 e, em 2021, 6,25 bitcoins.

Essa queda pode desestimular novos mineradores. Afinal, os custos para realizar a função são extremamente altos, com grandes investimentos em tecnologia, energia, etc. Isso quer dizer que daqui a alguns anos não existirão pessoas interessadas em fazer a mineração, certo? 

Não exatamente, esse não é o único meio de remuneração dos mineradores, eles podem, por exemplo, ganhar valores extras dando prioridade às negociações. Isso quer dizer que essa desvantagem só será provada com o decorrer da história do Bitcoin. 

Incertezas em relação ao futuro da história do Bitcoin

Uma das maiores desvantagens é, sem dúvida, a incerteza relacionada ao futuro. Alguns especialistas acreditam que a moeda pode se tornar um meio universal para todos os tipos de transações. Mas, apesar de algumas empresas já aceitarem pagamento via criptomoedas, como a Tesla, Microsoft, Reserva, ainda é um movimento considerado embrionário perto do potencial esperado.

Inclusive, existem grandes nomes da economia que não acreditam nesse futuro e pregam que o ápice da história do Bitcoin já passou. O fato é que nada é certo, são apenas previsões, isso quer dizer que daqui a dez anos o Bitcoin pode não existir ou se tornar a moeda mais utilizada no planeta.

Se tem uma certeza no mercado financeiro é a volatilidade, que, obviamente, tem suas consequências, mas pode ser muito vantajosa para os investidores. A dica é se informar, criar embasamentos para as suas estratégias  e compreender os riscos.


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Leilão de ações: entenda o que é, para que serve e como ele funciona na prática

Diariamente as ações de empresas listadas na bolsa de valores são negociadas no chamado pregão.

A todo momento realizam-se operações de compra e venda de ações. Quando há altas oscilações na oferta e demanda desses ativos, a bolsa de valores faz uso de um mecanismo para controlar a volatilidade do mercado.

Estamos falando do leilão de ações. Você já ouviu falar?

Neste artigo, vamos esclarecer o que significa ações em leilão, como funciona esse processo e por que ele acontece.

Continue a leitura para descobrir também quais são os principais tipos de leilão que são realizados na B3.

O que é leilão de ações?

Podemos definir o leilão de ações como um recurso da bolsa de valores para conter as altas oscilações no valor de ativos, diminuindo distorções nos preços.

Trata-se de um mecanismo pelo qual se interrompem as negociações das ações de determinada empresa no pregão e as ofertas de compra e venda passam a acontecer em um sistema fechado.

No leilão, a transação só é concluída quando a ordem de compra e a ordem de venda de uma ação são equivalentes.

>>> Leia também: Como operar na bolsa? 7 dicas para investir no mercado de ações

Como funciona o leilão de ações?

O leilão de ações funciona como uma forma de proteger não somente os ativos, mas também os investidores e o próprio mercado de ações.

O leilão é uma estratégia que interrompe a negociação imediata de ações com o objetivo de manter sob controle o valor dos ativos, que podem tanto subir de forma estratosférica como   descer vertiginosamente em determinadas situações.

A intenção é fazer com que as ofertas de compra e venda ocorram com preços mais racionais, evitando oscilações atípicas.

Geralmente, os leilões de ações duram cinco minutos e podem ser prorrogados pelo mesmo tempo.

Um exemplo mais notório de leilão ocorreu com as ações da Vale logo após o último rompimento da barragem de minério em Brumadinho, Minas Gerais.

Na época, as ações da empresa despencaram e foi preciso ativar esse mecanismo para conter a desvalorização desses ativos.

Veja mais: Qual o significado dos códigos das ações? Saiba identificar os ativos na Bolsa

Por que as ações entram em leilão?

Depois de entender o que é leilão de ações e como ele funciona, fica mais fácil compreender por que as ações de uma companhia podem passar por esse processo.

Como mencionamos, essa é uma estratégia a qual a B3 recorre para frear a alta volatilidade do mercado, quando tem muita gente querendo comprar ou vender ao mesmo tempo.

Basicamente, os principais motivos para justificar a entrada de ações em leilão são:

  • alta ou queda a partir de 10% no preço de um papel em relação ao preço registrado na abertura do dia (durante a sessão) ou no fechamento do dia anterior (antes de abrir o pregão);
  • oscilação entre de 10% a 20% no preço da ação em relação ao último preço desse papel antes de ele entrar em leilão.

Quais são os principais tipos de leilão de ações?

Existem três diferentes tipos de leilão de ações. Cada um possui uma finalidade específica e se diferem principalmente em relação ao momento em que ocorrem.

Leilão de pré-abertura

O leilão de pré-abertura é realizado 15 minutos antes de o pregão  abrir. Durante esse período, os investidores têm a oportunidade de fazer suas ofertas de compra e venda dos papéis de interesse.

No entanto, as negociações só começam mesmo com a abertura do pregão. Essa modalidade é mais comum para ativos de liquidez mais elevada e serve para testar os preços das ações logo no início do pregão.

Leilão de fechamento

Quando o pregão está a cinco minutos de fechar, inicia-se o leilão de fechamento. Esse tipo é restrito para ações atreladas a algum índice Bovespa.

Por exemplo: 3R Petroleum, Alpargatas, Ambev SA e Americanas.

Segundo dados da bolsa de valores divulgados pela Capital Search, muitos investidores aguardam os momentos finais do pregão para fechar lances, pois querem ter certeza de que estão adquirindo os ativos pelo preço final. 

Por isso, o volume de negociações no leilão de fechamento chega a ser de 5 a 10% das operações realizadas no dia.   

IMPORTANTE: As ofertas não podem ser canceladas, a não ser em casos muito atípicos.

Leilão durante o pregão

Há também os casos em que o leilão ocorre enquanto o pregão está aberto. A intenção é proteger o mercado de oscilações muito abruptas

Saiba mais: Conheça os principais tipos de ações e saiba como reconhecê-los

Bom, espero que tenha ficado para você o que é e como funciona o leilão de ações. 

Lembre-se de que estudar os mecanismos da Bolsa de Valores é indispensável para que você possa ser bem sucedido ao investir no mercado de ações.

Para isso, que tal fazer um curdo com dicas como estas:

  • Com funciona o mercado de ações;
  • Como é feita a remuneração dos acionistas;
  • Participação do mercado e controles.

Matricule-se agora no curso: Aprenda a investir na bolsa de valores

Como investir em LCA? Faça seu dinheiro render com Letras de Crédito do Agronegócio

Já pensou em se tornar um investidor do agronegócio? Sim? Bom, para isso, é importante saber como investir em LCA?!

Investir em LCA – Letras de Crédito do Agronegócio, significa que você pode entrar em um dos ramos mais rentáveis de nossa economia sem ter que comprar terras ou entender de agronomia. 

Mas como funciona esse tipo de investimento?

Bem, agricultura e pecuária são alguns dos setores estratégicos de maior importância para o nosso país. E, ao adquirir Letras de Crédito do Agronegócio, você ajuda a financiar o desenvolvimento dessa área que cresce cada vez mais.

Para quem prefere investir com mais cautela e não arriscar muito, as LCAs são categorizadas como investimento de renda fixa e de baixa volatilidade. Além disso, os rendimentos chamam a atenção de investidores que procuram diversificar sua carteira.

Ficou curioso e quer saber mais sobre esse produto? Então continue a leitura para conferir o que é LCA, como funciona a LCA e as principais vantagens de investir nessa modalidade.

Ao final deste conteúdo, vamos mostrar também um passo a passo de como investir em LCA de maneira fácil e segura:

  1. Abra sua conta em uma corretora de valores;
  2. Transfira o dinheiro do banco para a corretora;
  3. Escolha qual título atende melhor a seus objetivos;
  4. Finalize o investimento.

O que é LCA?

LCA significa Letra de Crédito do Agronegócio. Trata-se de um título de investimento de renda fixa que bancos e instituições financeiras públicas e privadas emitem para financiar o setor de agronegócio.

A emissão desse papel acontece desde 2004 e tem como objetivo ampliar a captação de recursos para promover o desenvolvimento de operações ligadas à produção e ao comércio de produtos agrícolas.

Como funciona a LCA?

A lógica de funcionamento da LCA é bastante simples.

Os investidores, que podem ser pessoas físicas ou jurídicas, compram as Letras de Crédito do Agronegócio que são emitidas por bancos e outras instituições financeiras. Essas instituições oferecem uma remuneração em juros para quem adquire os títulos de LCA.

O dinheiro que os bancos recebem da compra dos papéis de LCA é utilizado para conceder empréstimos que vão financiar empreendimentos do agronegócio. Esse empréstimo é concedido a uma taxa de juros superior à acordada com os investidores para que, assim, os bancos ganhem nessa operação.

O valor captado com a emissão de LCAs pode ser repassado, por exemplo, como empréstimo para produtores rurais que precisam renovar o maquinário e comprar insumos para produção.

>>> Aproveite e confira: 

Quais as vantagens de investir em LCA?

A principal vantagem dessa modalidade é que as LCAs são isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas. Além disso, há também a isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

As aplicações em LCA são seguradas pelo Fundo Garantidor de Crédito, que cobre investimento de até R$ 250 mil por CPF e por instituição. Portanto, se o banco “quebrar”, você não perderá o seu dinheiro.

>>> Veja também: O que são fundos de renda fixa? 2 opções para escolher!

Passo a passo: como investir em LCA?

Bom, agora que você já sabe o que é LCA, como funciona e quais são as principais vantagens, é hora de conferir o passo a passo de como investir em LCA.

1. Abra sua conta em uma corretora de valores

Você pode investir em LCA pelo seu próprio banco, aquele em que já tenha uma conta. No entanto, as opções costumam ser mais limitadas, a rentabilidade dos títulos tende a ser menor (pois as corretoras têm investidores especializados em achar as melhores opções de investimento) e, além disso, você ainda precisará pagar uma taxa de administração para o banco.

Com uma corretora de valores, como a XP, você tem mais opções de LCAs e não é cobrada a taxa de custódia.

Veja como é fácil abrir sua conta na XP, preenchendo formulários simples como este:

como investir lca

2. Transfira o dinheiro do banco para a corretora

É necessário fazer uma transferência da sua conta bancária para a conta na corretora que você escolheu. Lembrando que essa transação deve ser feita entre contas de mesma titularidade.

3.  Escolha qual título atende melhor a seus objetivos

Depois de abrir a sua conta na corretora e transferir o dinheiro, você deve entrar na área de produtos de renda fixa na plataforma da corretora e verificar a lista de papéis disponíveis para investir em LCA.

Ao escolher qual comprar, verifique o prazo de vencimento, o valor mínimo para investir e o rendimento. Este último pode ser prefixado, pós-fixado ou híbrido.

  • Prefixado: você já sabe qual será o rendimento no momento da aplicação;
  • Pós-fixado: o rendimento esteja atrelado a um índice, como CDI ou IPCA;
  • Híbrido: acrescenta-se uma porcentagem de juros ao índice escolhido.

Renda fixa é um mistério para você? Então, dê uma olhada neste vídeo e tire todas as suas dúvidas:

4. Finalize o investimento

Depois de escolher a LCA, você deve finalizar o investimento informando quanto quer aplicar no título. A compra será concluída após a sua assinatura digital.

Viu como investir em LCA é fácil?

Agora que você já conhece mais sobre Letras de Crédito do Agronegócio, que tal diversificar a sua carteira e fazer o seu dinheiro render com segurança em LCAs?

Se você quiser mais dicas de como investir, seja em LCA ou em outros tipos de ativos, temos um curso criado sob medida para você: Primeiros Passos no Mundo dos Investimentos.

Nele, com a ajuda de especialistas, você vai descobrir qual é seu perfil de investidor, aprender a definir objetivos, a manter uma reserva de emergência e saber qual é o melhor investimento para você, entre outros tópicos!  

Imagem da campanha de um curso online sobre "Os primeiros passos no Mundo dos Investimentos" da Faculdade XP School.

Como resgatar título de capitalização? Dicas de investimentos mais rentáveis

Recebeu uma oferta “irrecusável”, mas agora está em busca de entender como resgatar seu título de capitalização? Saiba que este produto, embora pouco rentável e com baixa liquidez, ainda é bastante popular em nosso País, o que leva muitas pessoas a tomarem   decisões semelhantes à sua. 

Se você se deu conta de que este investimento pode render muito mais em outra aplicação, mas ainda não sabe qual, não se preocupe. Temos aqui uma lista com 7 diferentes possibilidades. 

Continue a leitura e saiba mais!

O que é título de capitalização? 

De acordo com a SUSEP — Superintendência de Seguros Privados, órgão regulador dos títulos de capitalização, trata-se de um “produto em que parte dos pagamentos realizados pelo subscritor é usado para formar um capital, segundo cláusulas e regras aprovadas e mencionadas no próprio título (Condições Gerais do Título) e que será pago em moeda corrente num prazo máximo estabelecido.

O restante dos valores dos pagamentos é usado para custear os sorteios, quase sempre previstos neste tipo de produto e as despesas administrativas das sociedades de capitalização”.

Você certamente já recebeu ofertas para aderir a um título de capitalização. Seja diretamente, por meio de um convite do seu gerente de banco, ou indiretamente, assistindo a propagandas na televisão e programas criados com o intuito de popularizar ainda mais o produto, os títulos fizeram parte da vida dos brasileiros com grande intensidade nos anos 90. 

De acordo com o InfoMoney, recentemente, em 2020, com a crise provocada pela pandemia, as vendas dos títulos de capitalização enfrentaram queda de 7%. Ainda assim, o produto respondia por um mercado de R$31 bilhões. 

Como funcionam os títulos de capitalização? 

Quando você compra um título de capitalização de um banco, sua verba é segmentada em três partes: uma equivale à taxa para concorrer aos prêmios, e a outra é destinada ao financiamento da manutenção de instituição financeira — a chamada taxa de administração. A última parte se destina à capitalização do valor investido.

O pagamento desses títulos pode ser feito mensalmente (no chamado PM, ou pagamento mensal) ou de uma só vez, no conhecido PU: pagamento único. 

Muitas pessoas optam pelos títulos de capitalização para criar uma reserva de emergência que funciona como garantidora de crédito no caso do aluguel de um imóvel. 

É possível, por exemplo, que o inquilino adquira um título (cujo valor mensal é acordado entre ele e o locatário) e se comprometa com o pagamento mensal das taxas. O valor “arrecadado” pode ser destinado para a cobertura de aluguéis atrasados, ou mesmo para a realização de reparos e reformas cuja necessidade tenha sido gerada pelo inquilino. 

Por que você deve resgatar seu título de capitalização? 

Olhando o tópico anterior, o título de capitalização não parece uma ideia ruim, certo? 

Esta é a hora em que te apresentamos o outro lado da moeda. 

A principal razão pela qual você deve resgatar seu título de capitalização é a consciência de que o produto não representa um investimento, e sim uma possibilidade de ganhar prêmios por meio de sorteios — algo semelhante a uma aposta na loteria ou à aquisição de uma rifa. 

O que diferencia o título de capitalização de um sorteio convencional é a possibilidade de resgate de parte do valor aplicado com uma correção monetária. No entanto, o rendimento gerado pelos títulos de capitalização é de cerca de 0,5% ao mês somada à Taxa Referencial (TR), o que torna a rentabilidade deste produto menor até que a da poupança;

>>> E por falar nela… Poupança: por que não é mais um bom investimento? 

Além da baixa rentabilidade do título de capitalização, o resgate dos valores aplicados no fundo é dificultado por períodos de carência: retirar o aporte antes do vencimento do título acarreta em uma multa rescisória. Isso faz com que o detentor do título não consiga ter acesso ao mesmo valor investido, e sim a uma parte dele. 

Falaremos um pouco mais sobre isso no tópico a seguir. 

Como resgatar o título de capitalização?

A maioria dos títulos prevê um período no qual o capital investido fica retido pela instituição e indisponível ao titular: a carência, anteriormente mencionada.

Isso significa que, se solicitar o resgate durante esse período, ou mesmo se optar por cancelar a aplicação, você, na figura de detentor do título, só terá acesso a uma parte do capital. 

De acordo com a SUSEP, em casos de resgate antecipado, cabe à Sociedade de Capitalização estipular uma penalidade de até 10% do capital constituído.

Para evitar a perda substancial de recursos, você também pode optar por um Resgate Parcial do título. Neste caso, a penalidade de 10% se restringe à parcela que você deseja sacar. 

Passo 0 para resgatar seu título de capitalização 

Caso você seja o detentor deste produto ainda em fase de carência e queira saber como resgatar seu título de capitalização, a dica é buscar pelas Condições Gerais ou o Contrato de adesão ao produto. Você deve buscar pelos dados que informam o prazo mínimo de contribuição que possibilita o resgate do maior valor possível. 

Comumente, essas informações aparecem em forma de tabela, com os percentuais equivalentes ao resgate em cada período do contrato.

Veja o exemplo da tabela disponibilizada no site da SUSEP e compare as porcentagens:

(Fonte: SUSEP)

Resgatei meu título, e agora? Conheça novas possibilidades de investimentos

Conseguiu resgatar seu título de capitalização? Ótimo! Hora de considerar novas possibilidades de investimentos — e nós vamos te ajudar com isso. 

Neste artigo, vamos considerar opções para investidores de perfil conservador a moderado. Caso ainda não conheça o seu perfil de investidor, recomendamos a leitura do nosso artigo sobre o tema. 

A lista de ativos a seguir traz opções em Renda Fixa, ou seja, a modalidade de investimento cujo foco está na compra e na venda de títulos públicos e privados, com regras de rendimento definidas no ato da aplicação e taxas prefixadas, pós-fixadas ou híbridas.

Veja algumas opções de investimentos em renda fixa e clique sobre eles para saber mais sobre cada um: 

Quer aprender mais sobre o mercado de renda fixa e seu leque de ativos? 

Agora que você sabe como fazer o resgate do título de capitalização e como cancelá-lo, que tal dar um passo além e destinar 2 horinhas do seu dia a aprender mais sobre o tema? Nosso time de especialistas preparou um curso exclusivo para você, que quer abrir a mente e investir em novas formas de capitalização.

No curso Renda fixa: ganhos com baixo risco, você tem um panorama do mercado, conhece os principais produtos disponíveis e aprende como montar uma carteira diversificada e segura! 

As inscrições estão abertas e o início é imediato. Comece a reorientar sua percepção sobre o mercado financeiro agora mesmo! 

Créditos da imagem de capa: Towfiqu barbhuiya em Unsplash

Microeconomia e macroeconomia: entenda a diferença e a importância de cada uma

Em qual contexto você costuma ouvir falar sobre economia? Provavelmente no político, certo? Embora muitas vezes pareça distante do cotidiano das pessoas, é ela quem sustenta o conceito de sociedade que conhecemos hoje.

Para entender melhor esse conceito, podemos dividir a economia em duas partes: microeconomia e macroeconomia. Você sabe o que cada uma delas significa?

Basicamente, trata-se da perspectiva sobre a qual a sociedade avalia a economia. Em uma, os detalhes são priorizados, enquanto na outra o assunto é tratado de maneira mais ampla. Aqui nesse artigo, nós explicamos cada uma e suas características. Confira!

O que é microeconomia?

Assim como o nome já sugere, a microeconomia tem como objetivo analisar a sociedade em um nível maior de detalhes. Isso significa entender o comportamento, ações e impactos provocados por entidades específicas e individuais, como pessoas, empresas e até mesmo países.

A principal função da microeconomia é estudar como ocorre a interação entre esses indivíduos e como isso afeta a sociedade. Por exemplo: como uma empresa se relaciona com uma pessoa e como isso interfere na lei de oferta e demanda.

Outra prática da microeconomia está pautada pela maneira como os indivíduos usam os recursos disponíveis e se relacionam com fatores como serviços, bens e preços. Exemplo: de que maneira uma família utiliza sua renda mensal.

Que atire a primeira pedra quem nunca cometeu um erro na jornada de investimentos. Porém, se você está começando agora, precisa estudar bastante para não cometer as falhas mais recorrentes dos investidores.

>>> Na série “Investimento às Claras”, a especialista da Faculdade XP, Clara Sodré, conta quais são os 5 principais erros do investidor iniciante. Dê o play e confira: 

Principais características da microeconomia

Imagine uma pirâmide. No topo, a sociedade como um todo, com suas relações internacionais e indicadores. Na base, elementos individuais de uma sociedade, como as pessoas, suas famílias e empresas. É na base que está fundamentada a microeconomia, e essa é sua principal característica.

Com as informações obtidas individualmente, a microeconomia analisa como elas impactam o todo, ou seja, a nação. Uma empresa listada na Bolsa de Valores, por exemplo, pode influenciar a situação econômica de um país apenas por anunciar fusões, lucros ou prejuízos.

Um dos desdobramentos mais importantes decorrentes de uma análise microeconômica é a formação de preços de um produto. Ao considerar variáveis individuais, que vão desde insumos e mão de obra, ela é capaz de determinar o preço de um item.

Em resumo, as principais características da microeconomia são:

  •   A análise de variáveis individuais e que ajudam a entender e determinar o todo.
  •   O foco em fatores como preços, produtos, ofertas e demandas.
  •   Aplicação em questões operacionais ou de menor complexidade. 

E macroeconomia, o que é?

Como o próprio nome também diz, a macroeconomia estuda fatores mais amplos, que conduzem vários aspectos do mercado financeiro.

É com ela que conseguimos observar alguns dos índices mais importantes da economia de um país, como: taxa de juros, de desemprego, nível de inflação, crescimento ou queda do PIB, entre outros. 

Com todas essas variáveis, os analistas conseguem descobrir tendências e relacionar informações como, por exemplo, o impacto da queda dos juros no índice de desemprego.

E não é só: os especialistas de mercado ainda levam em conta esses dados para fazer diversas análises, pois são números com uma grande representatividade no cenário financeiro de um país. 

Com os números em mãos, essas análises começam a ser cascateadas para quase todos os segmentos da economia. O resultado gera um forte impacto nesses nichos, seja positiva ou negativamente. 

Por falar nisso, como será que os indicadores macroeconômicos impactam seus investimentos?

>>> Na série “Investimento às Claras”, a especialista em finanças da Faculdade XP, Clara Sodré, explica rapidamente como esses dados são importantíssimos. Sabendo disso, o ideal é que você seja sempre uma pessoa atualizada e esteja por dentro de tudo o que acontece no país. Dê o play no vídeo abaixo e confira mais algumas dicas sobre o tema: 

Principais características da macroeconomia

Conforme falamos, a macroeconomia possui uma forma ampla de analisar o mercado. É com ela que podemos entender diversos movimentos financeiros, sejam nacionais, internacionais ou, até mesmo, globais.

Além dos indicadores que já citamos, alguns acontecimentos atípicos podem impactar diretamente a macroeconomia. Um bom exemplo é a pandemia do coronavírus, que trouxe uma série de impactos para todos os mercados.

Além desses fatores, há outras características importantes na macroeconomia, como: análise da renda per capita, poder de compra das pessoas, distribuição de renda e quantidade de pessoas empregadas.  

Microeconomia e macroeconomia: qual o conceito mais importante?

Na verdade, os dois mercados são extremamente importantes. A diferença está no objetivo da sua análise.

Para observar informações específicas como, por exemplo, relacionadas ao segmento de varejo, será necessário um mix entre ambas. A taxa de juros e de desemprego, que são indicadores macroeconômicos, além da lei de oferta e demanda, que são fatores micro, podem oferecer boas respostas para esse caso. 

No final das contas, o ideal é conhecer a fundo as principais diferenças entre um e outro. Isso fará com que suas análises tenham ainda mais assertividade.

Para quem está pensando em investir, entender cada um dos conceitos é essencial, pois eles impactam diretamente no resultado das aplicações.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre microeconomia e macroeconomia, que tal investir em mais conhecimento de mercado? Aqui na Faculdade XP você pode aprimorar ainda mais sua compreensão a respeito das principais formas de investir.

No curso “Cenários e investimentos: macroeconomia para investidores” você vai conhecer em profundidade os principais indicadores da economia brasileira e como elas impactam os investimentos. Faça já a sua inscrição clicando no link abaixo:

Imagem da campanha de um curso online sobre "Macroeconomia para Investidores" da Faculdade XP School.

O que é o PIB? Qual sua conexão com investimentos?

“PIB do Brasil cai e país entra em recessão técnica”. Esta foi a notícia publicada pelo G1 em dezembro de 2021.  Porém, não foi a única! Afinal, costumeiramente somos bombardeados com reportagens sobre esse tema, não é verdade?

Ou seja, com certeza você já se deparou com uma notícia sobre isso e, provavelmente, deve ter se perguntado: “Afinal, o que é PIB?”, “Por que se fala tanto sobre ele?” e “Qual a sua relação com o mundo dos investimentos?”. 

Saiba que essas dúvidas são bastante recorrentes! A boa notícia é que estamos aqui para explicá-las. 

Fique com a gente até o fim. Boa leitura!

O que é o PIB e para que serve?

Afinal, o que significa PIB?

O PIB (Produto Interno Bruto) é o principal indicador para medir o crescimento da economia de um país.

O índice do PIB soma todos os bens e serviços finais produzidos em um determinado período na moeda corrente do local. Para chegar aos valores, a oferta e a demanda dos próprios bens e serviços são levadas em conta. 

Aqui no Brasil, quem faz a medição é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O termo PIB foi criado em 1930 por Simon Kuznets, um economista russo naturalizado estadunidense.

Naquela época, ele usou a demografia e dados estatísticos para entender quais eram os impactos do crescimento da população sobre a produtividade da região.

No fim, o valor absoluto e a taxa de elevação do PIB servem como referenciais importantes do desempenho econômico do país.

E para que serve o PIB?

É importante compreender que o PIB não representa a riqueza de uma nação, como uma espécie de Tesouro Nacional. Na realidade, o PIB é o indicador de movimentação de novos bens e serviços produzidos em um determinado período de tempo.

Logo, se um país não produzir nada durante três meses, por exemplo, seu PIB será zero.

Ficou claro o que é o PIB?

Entenda agora como este índice funciona.

Como o PIB funciona?

A medição de bens e serviços finais para evitar erros de contagem é feita no preço que chega ao consumidor.

Isso quer dizer que também são levados em consideração os impostos sobre os produtos comercializados.

Para se ter ideia, o PIB é avaliado de forma trimestral e anual, e os resultados, então, são comparados com o trimestre ou o ano anterior.

Assim, chega-se ao número que vai indicar ou não o crescimento econômico e de atividade do Brasil.

No caso de queda da atividade econômica do país em um determinado período, o PIB também vai cair naturalmente, e vice-versa.

Diante do resultado do PIB, é possível entender algumas situações melhor, como:

  • Avaliar como a produtividade do país variou;
  • Comparar com as economias de diferentes países;
  • Chegar ao PIB per capita (a divisão do total pelo número de habitantes do país).

Como é calculado o PIB?

Calculado de acordo com a produção total de bens e serviços do local, no caso do Brasil, o PIB é o resultado da soma de toda a produção nacional.

Assim, o valor que os produtos recebem é subtraído pelo custo total de produção e do preço de venda.

Exemplo?

Se um produto custou R$ 1 mil e foi repassado às lojas por R$ 2 mil, o valor dele no PIB é de R$ 1 mil.

Essa subtração de preço de venda e custo de produção foi a solução dada para que os itens não fossem duplamente contabilizados, o que aumentaria de forma artificial o PIB.

Para facilitar o entendimento sobre como é calculado o PIB, veja,  como a apuração do indicador é feito segundo a fórmula:

PIB = CF + IP + GG + BC

  • CF é o consumo familiar;
  • IP é o investimento privado (gastos das empresas);
  • GG é o gasto do governo;
  • BC é a balança comercial (exportações – importações).

Nesta conta, são incluídos dados estatísticos de empresas, pessoas físicas, investimentos públicos e privados, além de importações e exportações.

Como já mencionado, a responsabilidade pelo cálculo é do IBGE.

Como o PIB influencia os investimentos?

Antes de entender o que significa PIB para os investimentos, é importante ter em mente que, embora tenha um papel importante na economia, esse indicador não pode ser avaliado isoladamente no momento de uma aplicação.

Isso porque as variações dele têm consequências na inflação e na taxa de juros, também conhecida como Selic.

Caso as condições estejam favoráveis e o PIB suba, há expectativa de aumento dos preços – o que significa inflação, e ao  entender para que serve o PIB, também devemos considerar esse indicador também.

Portanto, em síntese, PIB alto significa grandes chances de inflação.

Nesse caso, o BC (Banco Central) pode optar por aumentar a taxa de juros para conter as pressões inflacionárias. Por outro lado, se o PIB mostra retração, o consumo sofre resultado similar e começa a cair.

Nesse cenário, o BC tende a diminuir os juros para que o crédito fique barato e, assim, estimule o consumo.

De qualquer forma, em momentos de economia em alta e taxas de juros estáveis, os setores geralmente estão se desenvolvendo.

Esse, então, é um contexto propício para que as empresas invistam e aumentem a fatia de mercado – ou seja, é um bom momento para aplicação em renda variável e fundos.

Claro, isso levando-se em conta que as empresas escolhidas estejam consolidadas para o médio e longo prazo, por exemplo.

Além disso, um quadro positivo de PIB em alta e inflação controlada aumenta a confiança na economia como um todo.

Como encontrar um ponto de equilíbrio entre o PIB e a inflação?

Esta é uma tarefa realmente delicada.

Um dos instrumentos muito utilizado para balizar esses dois fatores e entender se as ações da bolsa de valores estão caras ou baratas, é o Índice Warren Buffett. 

Este índice mede o valor de mercado das empresas listadas na bolsa com o PIB, obtendo um percentual de capitalização das empresas listadas em relação ao índice final da soma de todos os bens e serviços produzidos em um país.

Na prática, ele pode ajudá-lo a ter um maior parâmetro e segurança na hora de estudar a compra de ações. 

E por falar em estudar, este hábito é o que levará suas aplicações ao sucesso, atendendo seus objetivos financeiros.

Já que falamos sobre um índice crucial para a economia do país, indicamos fortemente o curso da Faculdade XP Cenários e investimentos: macroeconomia para investidores para que você tenha mais domínio sobre outros aspectos conduzidos pelo governo que podem impactar a rentabilidade das suas aplicações.

Acesse o banner e bons estudos!

Agora que você sabe exatamente o que é o PIB, como este índice é calculado e qual é o seu impacto para os investimentos, não deixe de dividir seu conhecimento com outras pessoas, compartilhando este post!

O que é transformação digital e qual sua importância e benefícios para as empresas

As rápidas mudanças no mundo da tecnologia fizeram com que as empresas tivessem que adaptar os seus negócios a essa nova realidade.

Muitas companhias que nasceram de ideias atreladas ao mundo físico precisaram rever alguns modelos, trazendo soluções modernas para otimizar seus resultados. Mas o que é transformação digital e como ela pode ser aplicada no mundo dos negócios? 

Para ajudar a entender um pouco mais sobre o tema, separamos neste artigo tudo o que você precisa saber.

Aprenda desde o conceito básico até como ele deve ser aplicado nas empresas, além dos principais benefícios, desafios e o motivo desse assunto ser tão importante atualmente. Aproveite o texto e boa leitura! 

O que é transformação digital?

A transformação digital é uma expressão utilizada para indicar a utilização de ferramentas e soluções modernas no dia a dia das pessoas. Ela traduz a mudança de hábitos que eram feitos de uma forma e, com os recursos digitais, passaram a ser feitos de outra maneira. 

Para ilustrar na prática e facilitar o seu entendimento, vamos ao seguinte exemplo. Antigamente, as pessoas utilizavam cartas para se comunicar e esperam dias para receber os recados. Ao longo do tempo, e com o surgimento de novas tecnologias, isso mudou completamente.

A criação do telefone, por exemplo, revolucionou a maneira de se comunicar. Depois, surgiram os bips, os celulares e, mais recentemente, os smartphones. 

Atualmente, a troca de mensagens é realizada basicamente por meio de aplicativos e e-mails. Hoje em dia, quase ninguém utiliza cartas para se comunicar. Ou seja, foi por causa da transformação digital que esse hábito foi substituído por formas mais rápidas e eficientes. 

E transformação digital nas empresas, o que é?

Da mesma forma que as novas tecnologias mudam os hábitos das pessoas, elas têm um impacto ainda maior sobre as empresas. Isso porque há uma série de recursos que podem ajudar em vários aspectos, seja para solucionar problemas, criar novos produtos ou melhorar serviços. 

Na prática, a transformação digital nas companhias nada mais é do que uma mudança de mindset, ou seja, de mentalidade. As empresas precisam estar abertas a essas transformações, pois a necessidade dos consumidores caminha junto com as mudanças. 

Os maiores desafios estão em corporações que nasceram quando as tecnologias ainda não estavam tão avançadas.

Um exemplo disso é a Magazine Luiza, que soube entender esse processo e passou por uma incrível transformação digital. A varejista, que nasceu apenas com lojas físicas, adaptou seu negócio e virou um dos principais players do mercado de e-commerce em todo Brasil. Isso alavancou os seus resultados.  

>>> Por falar em transformação digital, você sabia que ela chegou também no mundo dos investimentos? Se você já ouviu falar em criptomoedas, saiba que elas são resultado da modernização tecnológica. Mas será que vale a pena investir nesse tipo de ativo? A especialista da Faculdade XP, Clara Sodré, fala um pouquinho mais sobre esse tema. Dê o play no vídeo a seguir e saiba mais:

Por que essa transformação é importante para as empresas?

Um dos pontos mais importantes para uma empresa aderir à transformação digital é com relação à inovação. Ela é fundamental para o crescimento do negócio e garante um lugar no futuro.

Inovar permite que as companhias criem produtos e ofereçam soluções adequadas às necessidades dos clientes. 

Hoje em dia, empresas que nasceram no digital, como o Nubank, estão sempre criando soluções que facilitem o dia a dia de seus clientes. Essa rotina de ideias é super importante, pois faz com que os consumidores tenham uma percepção positiva da empresa.

Trata-se de uma forma de se diferenciar dos seus concorrentes no mercado. E, mais do que isso: de usar a tecnologia para melhorar ainda mais os seus serviços. 

Quais os principais benefícios da transformação digital nas empresas?

Como você pode ver, as empresas precisam estar cada vez mais antenadas no que acontece no mundo digital. Por isso, é importante ficar de olho em todas as novidades e como elas podem agregar ao negócio.

Separamos, a seguir, os principais benefícios que a transformação digital pode trazer às empresas. Vamos lá?

Satisfação dos clientes

Uma empresa bem estruturada e com serviços modernos faz com que os clientes fiquem mais satisfeitos. Pelo menos essa é a tendência.

Ao investir em ferramentas de relacionamento, a companhia está priorizando a maneira como ela conversa com os consumidores. Isso traz mais agilidade na resolução de problemas e, consequentemente, maior satisfação entre os seus usuários. 

E isso não se limita apenas ao setor de atendimento. Podemos dizer que se estende a várias áreas da empresa que impactam diretamente na experiência do cliente, como o marketing digital, vendas, financeiro, entre outras. 

Gestão estratégica

Mais do que espelhar na linha de frente, a transformação digital também ajuda na gestão estratégica da companhia.

Atualmente, há diversas soluções e ferramentas que auxiliam na organização das áreas internas. Tudo isso tem como objetivo ganhar mais agilidade, ter a visão de toda a cadeia e, até mesmo, otimizar o rendimento dos colaboradores. Há ótimas soluções para os líderes das empresas nesse sentido.  

Otimização de processos

Em muitas empresas, um dos principais desafios é a integração entre as áreas. Há uma série de processos que cada uma delas inclui, mas que, muitas vezes, acabam travando diversos projetos da companhia. Porém, com a transformação digital, muitas coisas podem ser melhoradas no dia a dia. 

Sabe aquela planilha que só a sua área tem acesso na rede interna? Há ferramentas de armazenamento em nuvem que podem ajudar a desburocratizar o acesso, aumentando a integração e trazendo mais agilidade. 

Aumento da produtividade

Se existe uma forma de aumentar a produtividade, bem como a satisfação dos colaboradores, é na implantação de ferramentas que ajudem na rotina de trabalho. Por isso, uma empresa que foca em transformação digital precisa pensar na automação de processos como um dos principais pilares dessa estratégia. 

Ao olhar para isso, os gestores podem ver resultados incríveis de performance do time. Afinal, diminuir o número de tarefas manuais pode impactar diretamente tanto na entrega, como na relação que os colaboradores têm com o trabalho.

Diferencial competitivo

Ao investir em tecnologia, as empresas podem se diferenciar das outras e ganhar uma vantagem competitiva em relação à concorrência. Quando uma companhia aposta na transformação digital, ela consegue entender melhor a necessidade de seus clientes.

Tal investimento permite criar novas soluções, produtos ou serviços que sejam úteis para os consumidores, resolvendo problemas de maneira mais eficiente. 

Muitas vezes, esse tipo de solução acaba impactando diretamente nos resultados. Afinal, dependendo do serviço ou do produto, mesmo que pareçam simples, eles passam a ser únicos, ganhando a confiança do cliente e do mercado

Redução de custos

Muitas empresas que não estão acostumadas a investir em tecnologia enxergam esse tema como algo que gera um custo ainda maior no balanço. Porém, ao olhar de forma mais estratégica para o tema, é possível notar que a transformação digital é, também, uma forma de reduzir os custos da companhia. 

Há diversas ferramentas disponíveis que ajudam a fazer cálculos mais assertivos e, também, a diminuir os gastos, como: compra de materiais de escritório, envio de correspondências, logística, entre muitos outros.  

Quais os principais desafios da transformação digital nas empresas?

Há vários desafios que uma empresa encontra no processo de transformação digital. Porém, podemos citar três principais pontos que são fundamentais para ele acontecer. Confira quais são eles: 

Desburocratização

Muitas vezes, empresas que nasceram no mundo físico têm algumas “manias” que atrapalham a transformação digital. Portanto, o ideal é mudar o mindset e desburocratizar processos antigos, que fazem com que a evolução desse aspecto leve ainda mais tempo; 

Digitalização

Sabe aqueles arquivos que estão todos em caixas de papelão? É hora de trazê-los todos para o ambiente digital. Quanto mais informações estiverem em sistemas eletrônicos, mais rápido será o processo de digitalização. O armazenamento em nuvem será um ótimo aliado; 

Transformação Digital

De fato, essa etapa é quando as anteriores já foram superadas. Mesmo que a estratégia ainda não esteja 100% finalizada, é importante pelo menos ter o básico já estabelecido. Ao passar por elas, as próximas etapas serão mais tranquilas, porém trabalhosas. 

Como se preparar para eles?

A primeira coisa a se fazer é reunir as principais lideranças da empresa para comunicar a intenção desse projeto.

É preciso que todos estejam cientes da importância da transformação digital e como ela pode agregar tanto para as áreas, como para a empresa de forma geral. É primordial que todos os setores façam uma análise de como o projeto impactará o dia a dia de trabalho. 

Por fim, é necessário fazer ainda um planejamento de implantação e, principalmente, mudar a cultura organizacional: o mindset correto é essencial para o sucesso dessa jornada. 

Agora que você já sabe o que é transformação digital, é hora de melhorar os seus conhecimentos sobre o mercado financeiro. Com o curso “Superando o medo de investir”, da Faculdade XP, você vai aprender a fazer aplicações de um jeito simples e dar os primeiros passos no mundo dos investimentos. Aproveite agora mesmo e faça já a sua inscrição clicando na imagem abaixo. Confira:

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O que é análise técnica? Para que serve e quais indicadores acompanhar?

Quando se pensa em investir em uma ação ou derivativo, as duas principais escolas que ajudam o investidor a tomar essa decisão são a análise fundamentalista e a análise técnica de ações.

Só que a análise técnica é, geralmente, vista como o caminho mais rápido, já que não depende de:

  • Muitas equações;
  • Extenso estudo sobre o setor;
  • Muita análise do negócio de uma empresa.

Para que as características da análise sejam ainda mais visíveis, abordaremos os itens abaixo:

  • O que é análise técnica;
  • Para que serve a análise técnica;
  • Quem utiliza a análise técnica;
  • Quais são os principais gráficos de ações
  • Quais são os indicadores de análise técnica. 

Acompanhe!

O que é análise técnica de ações?

Também conhecida como análise gráfica, a análise técnica é uma forma de antecipar os movimentos das ações utilizando-se do histórico delas por meio de gráficos.

Isso porque os gráficos funcionam  como excelentes ferramentas para antecipar as mudanças dos ativos, uma vez que eles mostram historicamente em quais estágios os investidores costumam ficar mais otimistas ou pessimistas com um papel, por exemplo.

Em suma, é o estudo dos preços ao longo do tempo.

Para que serve e quem utiliza a análise técnica?

A análise técnica é uma estratégia especialmente eficiente para quem pretende fazer operações de curto prazo.

O objetivo principal é identificar uma tendência, operar a favor dela e sair da operação ao verificar sinais de que essa direção está sendo mudada.

Existem três tendências principais que um ativo pode ter em um momento:

  • De alta (acumulação): caracterizada por um gráfico com topos e fundos ascendentes;
  • De baixa (distribuição): quando os topos e fundos estão cada vez mais baixos;
  • De lateralização: quando o preço do papel oscila dentro de uma banda bem definida sem subir ou cair muito.

Além de ser um método menos trabalhoso de comandar, a análise técnica é uma ferramenta ágil e objetiva.

Exemplo: um investidor que analisa o gráfico de uma ação pode definir um ‘preço-alvo’ – ou seja, quando venderá a ação com o lucro esperado – e um stop loss, momento em que venderá a ação com um prejuízo relativamente aceitável.

Assim, fica mais fácil tirar as emoções do jogo e estabelecer um preço para entrar e um preço para sair da operação.

Como fazer análise técnica de ações?

Basicamente, existem 3 gráficos que o investidor pode usar para entender como fazer análise técnica de ações:

  • Gráfico de linhas;
  • Gráfico de barras;
  • Candlestick.

Porém, o candlestick é o mais utilizado na análise técnica de ações.

Isso porque o gráfico de linhas só mostra a evolução dos preços de fechamento – sem revelar como se comportou o ativo durante o dia – e o de barras não representa bem as viradas que ocorrem durante um pregão.

Em um candlestick, cada uma das barras parecidas com velas (as tais candles) representa o movimento de um ativo em um determinado período.

Dentro de um gráfico diário, o corpo – parte grossa do candle – mostra o quanto a ação subiu ou caiu da abertura até o fechamento.

Assim, se o candle for branco, verde ou azul, o dia foi de alta; se for preto ou vermelho, o dia foi de queda.

Já o fio que sai do candle é o movimento não predominante do ativo naquele período.

“O que isso quer dizer?”

Isso quer dizer que esse fio representa os momentos em que a ação operou com queda em relação ao nível de abertura num dia em que fechou em alta, ou o avanço momentâneo do papel em um dia de baixa.

>>> Não deixe de conferir: Como analisar candlesticks? 19 padrões do gráfico de velas!

Indicadores da análise técnica de ações

Para identificar quando há uma mudança de tendência olhando para o gráfico, os analistas técnicos observaram uma série de padrões, como os seguintes:

Suporte e resistência

Este é o mais famoso e mais utilizado.

Os suportes são regiões de preço que costumam atrair compradores sempre que a ação alcançou aquele ponto – isto é, o papel sobe após atingir aquela cotação.

Por outro lado, as resistências são trechos de preços que costumam atrair vendas – a ação costuma cair após bater naquela cotação.

Ao traçar essas linhas e acompanhar a movimentação das tendências, as possibilidades de ganhos são ampliadas e elevam a precisão do gerenciamento de risco.

Figuras de alta/baixa

As figuras formadas pelos candles geralmente são seguidas por uma alteração no comportamento dos preços.

Entre os padrões de mudança de tendência para alta está o engolfo: ocorre quando a mínima, a máxima e todo o corpo do candle de um período são mais relevantes que o candle do período anterior.

Já nos padrões de baixa mais famosos está o engolfo em que a máxima registrada em um pregão é maior que a da sessão anterior, mas o ativo fecha em baixa com uma mínima menor que a do dia anterior.

Outro ponto a ser lembrado é que uma figura de reversão de tendência tem maior chance de estar correta quanto maior for o volume de negócios do ativo quando essa figura aparece.

Médias Móveis

Como o próprio nome diz, funciona tirando a média dos preços de um ativo durante um determinado período.

Exemplo: um traçado de médias móveis de dois dias é formado pelos preços médios do papel nos dois dias anteriores.

Dessa forma, ao colocar em um gráfico de candlestick, as médias móveis aparecem como linhas que evoluem junto à cotação do ativo.

Aliás, existem dois tipos de médias móveis possíveis, as aritméticas e as exponenciais.

Em suma, a diferença da segunda para a primeira é que nas exponenciais os preços mais recentes possuem peso maior que os preços mais antigos.

Veja também a live “O método XP de avaliar as ações”, que também mostra como analisar o gráfico candle:

Bandas de Bollinger

Esses são indicadores estatísticos de volatilidade complementares às médias móveis, mostrando a dispersão dos preços de um ativo.

Eles calculam os desvios-padrão da distribuição normal de preços para definir o quanto as cotações podem ficar acima ou abaixo da média móvel.

No gráfico, as Bandas de Bollinger aparecem como bandas superiores e inferiores que acompanham uma linha central que, normalmente (na calibragem padrão), é a média móvel de 20 períodos.

A estratégia prática relacionada a elas é verificar quando o candle dos preços toca na banda inferior ou superior das bandas, afastando-se da média móvel.

Se a cotação encosta na banda inferior, a tendência é voltar a subir em direção à média, e quando bate na superior, é comum que caia de novo em direção à média.

Em síntese, este indicador de análise técnica serve para:

  • Prever os níveis de preço de um ativo;
  • Predizer topos e fundos de preço no gráfico;
  • Anunciar a força das valorizações e desvalorizações dos ativos;
  • Mostrar se uma ação está barata ou cara, em um determinado período de tempo.
Reprodução/ XP Expert

Índice de Força Relativa

O IFR (Índice de Força Relativa) é um oscilador que busca mostrar regiões de sobrecompra ou sobrevenda de um ativo, indicando o surgimento ou enfraquecimento de tendências e rompimentos de suporte ou de resistências.

O Índice de Força Relativa é um dos mais utilizados pelos investidores, já que atua como um termômetro que expõe o momento mais favorável para a compra ou venda de ativos.

Ele associa a média das cotações nos últimos “n” dias em que o papel subiu dividido por “n”, com a média nos últimos “n” dias em que a ação caiu também dividida por “n”.

A escala de variação do IFR é de 0 a 100 e a região considerada como sobrecompra – papel tende a cair para voltar a um padrão razoável de negociação – é acima de 70.

Enquanto isso, na zona de sobrevenda – a ação deve subir – é aquela abaixo de 30.

Por fim, o IFR aparece como um traçado dentro de uma escala na parte de baixo de um gráfico.

A fórmula utilizada para o cálculo do IFR é: 

IFR = 100 – 100/(1 + FR)

Fibonacci

Assim como os outros indicadores que citamos até aqui, o método de Fibonacci também traça projeções e retrações.

Na análise técnica, apropria-se da proporção áurea (1,618) para indicar a magnitude do próximo movimento de impulsão ou de correção de um ativo.

Para se ter ideia, impulsão é o movimento a favor da tendência, como:

  • Uma alta dentro de uma tendência ascendente;
  • Uma queda em uma tendência descendente.

Já as correções correspondem ao contrário, sendo os movimentos de queda dentro de uma tendência de alta ou de alta dentro de uma tendência de queda.

Ao projetar Fibonacci em um gráfico, o investidor pode traçar o tamanho da impulsão anterior a partir do seu fundo ou topo.

Isso para tentar antecipar para onde vai o papel na trajetória atual.

Assim, aparecem no gráfico cinco linhas horizontais:

  • A primeira parte do topo ou fundo do movimento anterior;
  • A segunda representa 38,2% (nada mais que 100 – 61,8 da proporção áurea) daquele movimento;
  • A terceira é 50% da trajetória;
  • A quarta é 61,8% (a própria proporção áurea);
  • A quinta é 100% do movimento anterior.

No entanto, pode-se projetar ainda uma sexta linha, que é a dos 161,8%, chamada de expansão de Fibonacci e costuma ser usada pelos traders como o alvo da operação.

Por ser impossível adivinhar quando um ativo atingiu de fato seu fundo ou topo, então Fibonacci é sempre projetado quando já há sinais suficientes de que uma nova tendência se formou.

Na contramão de outros indicadores, este não serve para apontar reversões de tendência.

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  • Entender a diferença entre a teoria e a prática.

Agora que você entendeu o que é análise técnica e quais indicadores você pode utilizar para praticá-la, não deixe de dividir seu conhecimento com mais pessoas. Para isso, compartilhe este artigo com mais colegas investidores!

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