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Tudo o que você precisa saber sobre a Realidade Virtual

A transformação digital, somada às restrições impostas pela pandemia de coronavírus, exigiram das empresas inovações extremamente rápidas para continuarem operando e se destacando no mercado. 

Nesse cenário, a fonte de recursos tecnológicos de ponta se mostrou uma saída eficiente e sem volta. Entre eles está a Realidade Virtual (RV), com destaque para as experiências imersivas como alternativa aos modelos tradicionais de atendimento e etapas de produção.

Isso envolve os mais diversos setores, da medicina até arquitetura e as artes, por exemplo. Baseada no uso de sistemas computacionais que simulam ambientes com a ajuda de dispositivos, como óculos virtuais, essa tecnologia permite inúmeras funcionalidades.

Não é à toa que, segundo um relatório da consultoria ReportsnReports, o mercado de RV deve chegar a US$34,08 bilhões, ou R$139 bilhões, até 2023. Um dos motivos é que as empresas do segmento estão desenvolvendo produtos não somente direcionados ao entretenimento, mas pensando no uso corporativo. 

Mas afinal, do que se trata esta solução, como funciona, quais as suas vantagens e de que forma pode ser aplicada na prática? Se estes são alguns dos seus questionamentos, você acaba de chegar ao lugar certo. Acompanhe o conteúdo, pois é justamente sobre isso que vamos falar!

O que é a Realidade Virtual, ou VR?

Como o nome sugere, a RV é um ambiente virtual onde o usuário pode se inserir como se fosse estivesse presente. No entanto, tudo não passa de uma tecnologia de interface. A partir de sistemas computacionais, são implementados efeitos visuais, sonoros e táteis, levando a uma imersão muito similar ao mundo real. Para isso, são utilizados dispositivos como óculos e headsets. Inclusive, este mercado está em plena expansão.

Qual a diferença entre Realidade Virtual x Realidade Aumentada (RA)?

Apesar de serem termos parecidos (e muitas vezes confundidos) tratam-se de recursos distintos. Enquanto a Realidade Virtual consiste na criação de um ambiente totalmente novo e independente do mundo real, a Realidade Aumentada busca incluir componentes digitais no mundo em que já vivemos.

Como surgiu a realidade virtual?

O conceito de realidade virtual é muito mais antigo do que se pensa. Estima-se que ele foi citado pela primeira vez em 1938, pelo diretor de teatro, Antonin Artaud, que comparava esta arte a uma “realidade virtual”, no livro “O Teatro e o seu duplo”.

Porém, o início da VR vista como tecnologia foi na década de 30, quando Edward Link inventou o Link Trainer, o primeiro simulador de voo comercial. O dispositivo era eletromecânico e controlado por motores, com um leme que simulava turbulência.

Uma das principais evoluções veio na década de 60, com Morton Heilig. Após anos de desenvolvimento, ele criou o Sensorama, similar a um fliperama, que trazia uma mistura de cadeira que se mexia, óculos com visor, alto-falantes e até odores para simular a experiência.

Em 1961, engenheiros da Philco criaram o Headsight, um projeto de estímulo visual e reconhecimento de objetos. Em 1985, ex-funcionários da Atari resolveram investir na área sozinhos, pois a empresa entrou em falência após uma crise. Inclusive, a VPL Research foi a organização a que oficializou o termo Realidade Virtual e ainda lança vários periféricos na área.

Porém, ela começou mesmo a sair dos laboratórios nos anos 90 e virou moda, especialmente nos games. O grupo Virtuality passou a fabricar dispositivos com a tecnologia, com a  novidade de serem multiplayesr.

Em 1993, a Sega anunciou um headset para o Mega Drive e até alguns jogos, mas nunca passou da fase de protótipo. Em 1995, a Nintendo apresentou o Virtual Boy, com um formato fora do convencional e gráficos 3D em vermelho e preto.

No mesmo período, houve o boom da Internet, tornando-se a principal tecnologia de destaque. Com isso, também teve início ao acesso a software para design 3D, e muitas pessoas começaram a focar-se nesse aspecto e não no hardware. Nessa época, a RV acabou ficando de lado.

Houve então um abismo entre os avanços do começo dos anos 2000 até 2012, quando Palmer Luckey iniciou a primeira versão do Oculus Rift. Deu tão certo que o jovem empresário até estampou uma famosa capa da revista Time.

A partir do momento em que Oculus Rift apareceu em cena, vários concorrentes começaram a investir em VR e lançaram seus próprios capacetes no mercado. Sony, Samsung e Google apresentaram seus dispositivos e, depois disso, houve muitos jogos e aplicativos de VR.

O que começou com um simples simulador de voo tornou-se hoje numa das tecnologias mais promissoras. Atualmente, a Realidade Virtual tem como base os óculos e headsets.

Qual a sua importância para os dias atuais?

Como citamos no início do artigo, a Realidade Virtual está sendo usada atualmente nas mais diversas áreas, como saúde, cultura, educação e arquitetura. De visitas guiadas em museus à dissecação de um músculo, ela permite imersões que, de outra forma, não seriam possíveis.

Através das ferramentas de RV, uma empresa pode inserir o seu usuário em um espaço digital que mostre a complexidade do produto ou serviço ofertado, as diferentes etapas de produção, e entre outras soluções.

A palavra-chave aqui é engajamento, tanto multissensorial quanto intelectual. Além disso, as organizações podem promover conexões emocionais a partir de realidades que encantem, sensibilizem e causem outras percepções positivas.

Além de imersiva, a realidade virtual é versátil e pode ser utilizada nas mais diversas áreas do conhecimento

Uma breve explicação de como funciona o VR

Uma das bases da ilusão visual de uma nova realidade é ter a máxima similaridade com a atual. Para isso, uma simples imagem plana passada diante dos olhos não basta. É aí que entram os pilares da realidade virtual. Veja uma breve explicação sobre os seus recursos:

Estereoscopia

Com o uso da estereoscopia, a ilusão de profundidade é criada. Para que isso acontece, duas imagens diferentes são geradas, uma para cada olho. O efeito consiste na interpretação do cérebro de que as duas imagens na realidade são uma só.

Efeito 3D

O espaço tridimensional pode ser definido literalmente como tendo três dimensões, sendo elas altura, profundidade e largura. O efeito da tridimensionalidade de imagens e objetos é dado justamente pela junção das três dimensões com luz e sombra, causando um relevo.

Luz e sombra indicam diretamente ao olho humano se um objeto está próximo ou distante de quem o observa. Desse modo, ao ver uma imagem que possua essas informações, o cérebro humano automaticamente a associa como algo tridimensional.

Tecnologia de ponta

A Realidade Virtual é a interface do computador com o usuário que permite a interação entre eles e utiliza a tecnologia de ponta, para a criação de efeitos reais no modo virtual.

Os elementos utilizados nesses efeitos são interativos e alguns com aspectos tridimensionais, sendo o ambiente 3D formatado por um computador, o que possibilita a realização de uma navegação real pelo usuário. A linguagem de programação das plataformas são a VRML, X3D, Java3D e OpenGL.

Existem dois tipos de Realidade Virtual, segundo o nível de interação e conectividade com o usuário: o tele operação, baseado pela interface à distância, como teleconferência, e o telepresença, sendo o agrupamento em um único ambiente virtual, por vários usuários.

Já os sistemas de RV pode ser de quatro tipos: simulação, aumentada, de mesa ou de projeção, podendo ser aplicados a diversos dispositivos como comunicação à distância, jogos, simuladores, projetos arquitetônicos e também na Medicina.

Quem pode utilizar a Realidade Virtual como estratégia?

Inúmeros setores do mercado podem se beneficiar da Realidade Virtual para otimizar os processos, oferecer uma experiência memorável a clientes, promover o entretenimento e vários outros objetivos. Veja alguns deles:

Saúde

Na área da saúde, a realidade virtual pode ser utilizada para diversas finalidades, seja auxiliando os profissionais em aprendizagem, ou como ferramenta médica e cirúrgica durante o tratamento de pacientes.

Há diversos aplicativos que se utilizam da RV para ajudar médicos e cirurgiões em seu dia a dia, como plataformas que ajudam em operações remotas. Com a ferramenta, o médico mais experiente que está distante é capaz de mostrar como fazer um procedimento por meio da projeção de suas mãos sobre o paciente.

Jogos digitais

Já existem mais de 500 games para jogar na realidade virtual, desde experiências simples e curiosas até versões robustas de grandes sucessos, como “Skyrim” e “Resident Evil 7”. Os jogadores podem escolher entre mais de 30 óculos diferentes, compatíveis com computadores, consoles e celulares.  

Educação

O setor educacional já vem utilizando há anos os recursos virtuais para aprimorar a experiência de alunos e professores. Museus e galerias de diversas partes do mundo disponibilizam passeios virtuais por seus corredores e obras. O Parthenon, por exemplo, conta com um aplicativo, chamado A Gift for Athena, que usa as próprias estátuas da coleção para contar sua história.

Outro exemplo é o da Pinacoteca de São Paulo, que, em parceria com a IBM, desenvolveram uma solução baseada em RV em que os visitantes podem conversar com as obras de arte por meio do Watson, uma plataforma de computação cognitiva.

Arte

Depois de já ter impactado a educação, a tecnologia está impulsionando o meio artístico, proporcionando uma nova forma de imersão nas obras, tanto por artistas quanto pelos espectadores.

Grande parte da ascensão dessa tendência é devido ao app Tilt Brush. Produzido pela Google, ele permite que os artistas ‘pintem’ em um ambiente 3D. Isso acontece com o auxílio da realidade virtual, contendo óculos e controles de interações.

Com interface intuitiva, diferentes texturas e paletas que não existem no mundo real, como fogo, neve e fumaça, os artistas podem criar novos formatos de artes.

Além disso, a interatividade com as obras criadas é um dos destaques. O espectador pode, por andar ao redor delas, ver seus diferentes lados e profundidades num ambiente tridimensional.

Segurança

Os treinamentos são práticas comuns nas grandes empresas, tanto na promoção da cultura organizacional, quanto nos setores que exigem prevenção de riscos aos trabalhadores. Com o objetivo de otimizar as capacitações aos colaboradores, a RV tem sido adotada como a mais nova ferramenta de Recursos Humanos.

Dentro de alguns anos, ela deve estar dentro de todos os programas relacionados a treinamentos e segurança do trabalhador, especialmente nas indústrias ou em áreas que naturalmente oferecem riscos aos profissionais, servindo propriamente como complemento dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Arquitetura

A realidade virtual na arquitetura é um recurso que permite a visualização de ambientes prontos, antes de os projetos saírem do papel. Na prática, é como visitar os cômodos de uma casa antes de a construção sequer começar.

Ao usar a RV, clientes e arquitetos também podem compartilhar a ideia de como ficaria um edifício, uma sala ou qualquer ambiente de um trabalho em andamento antes da finalização e durante a concepção de um projeto.

Essas são apenas algumas aplicações dessa tecnologia que leva às pessoas a realidades imersivas e muito similares ao mundo real, mas que não passam de sistemas computacionais de vanguarda.

Por que a realidade virtual está relacionada ao metaverso?

Desde que o Facebook mudou seu nome para Meta, o qual remete ao metaverso, o tema realidade virtual voltou a ser o centro das atenções pelo mundo. Para começar, o que é o metaverso? O conceito envolve a conciliação entre o mundo real e o mundo virtual.

Ele funciona da seguinte maneira: as imagens são produzidas através de hologramas e óculos de RV, conectado com as interações humanas. Ou seja, o acesso ao metaverso depende da RV para acontecer. Inclusive, essa será uma das maiores tendências para os próximos anos, estando cada vez mais presente no dia a dia.

Quanto custa ao total investir em óculos VR?

Há diversos modelos de óculos de realidade virtual disponíveis no mercado. Para se ter ideia de valores, confira os preços dos mais vendidos:

Oculus Rift e Quest

Esses modelos de óculos tem um custo relativamente alto. As versões mais básicas estão em torno de R$3.000,00 a R$3.500,00. Se você adicionar opcionais como sensores e controles, esse valor chega na casa dos R$5.000,00.

Além disso, eles precisam ser conectados a um computador de alto desempenho, que partem de R$3.000,00. E essa, ainda, é uma máquina com configurações básicas. Dependendo do software que se for utilizar, há a necessidade de um equipamento melhor, que custará ainda mais.

Gear VR

O Óculos Virtual Smart Gear VR, da Samsung, é uma nova técnica de imersão no mundo da tecnologia, onde é possível mergulhar na ação e sentir a emoção de várias aventuras, como viajar em um navio pirata e voar entres as galáxias. Ele não possui fone de ouvido acoplado, neste caso deve-se utilizar um fone de ouvido externo comum (não fornecido) conectado ao celular. Os custos estão em torna de R$600,00 a R$700,00.

Afinal, a realidade virtual é uma tendência ou não?

Uma das tecnologias que se firmaram durante as restrições de circulação em função da pandemia, foi a Realidade Virtual (RV). E ela deve, sim, sem uma grande tendência para os próximos anos.

Para se ter ideia, o Relatório Setorial 2019, desenvolvido pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom), aponta que, entre 2020 e 2023, os investimentos em tecnologia de transformação virtual no Brasil devem ultrapassar R$ 4,9 bilhões. Esse investimento será aplicado exclusivamente no setor de RV e RA.

Como posso me aprofundar no assunto?

Para acompanhar essa evolução tecnológica ligada à RV e outros recursos, é preciso estar sempre antenado nas novidades que surgem, e elas não são poucas. Para começar, qual tal participar do Programa de Imersão Internacional em tecnologias disruptivas da Faculdade XP? São aulas interativas e ao vivo com os maiores especialistas do mercado, diretamente do Vale do Silício. Não deixe de conferir!

O que é empreendedorismo social? Conheça os negócios que podem mudar o mundo

Aliança entre lucro e propósito. Se você se pergunta o que é empreendedorismo social, aqui está uma pista para começar a entender. 

A definição de empreendedorismo social passa pela criação de um negócio que tem, em seu modelo estrutural, o objetivo de solucionar uma demanda da sociedade. Ao mesmo tempo, e diferentemente de uma organização sem fins lucrativos, opera segundo a lógica do capitalismo, ou seja, visando também ao lucro. 

No Brasil, o empreendedorismo social passou por um boom de crescimento. De acordo com o Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental, da Pipe, o número de empresas registradas como negócios de impacto cresceu 219% entre 2017 e 2021. 

No artigo de hoje, vamos falar sobre este modelo de negócio e mostrar como atuam as chamadas empresas sociais. 

O que é empreendedorismo social?

Empreendedorismo social é um modelo de negócio cuja essência se constrói em torno da resolução de um problema social, econômico ou ambiental

Como pontuamos na introdução do artigo, um empreendedor social é diferente de um gestor de OSC (Organização da Sociedade Civil) na medida em que o primeiro leva em conta a viabilidade econômica de seu projeto, ou seja, espera que ele seja rentável, ainda que seu propósito seja, majoritariamente, o intuito de impactar positivamente o mundo ou a sociedade. 

De acordo com um relatório da Fundação Schwab, divulgado em 2020 no Fórum Econômico Mundial de Davos, o empreendedorismo social impactou mais de 622 milhões de pessoas em escala global nos últimos 20 anos. 

Dados sobre o empreendedorismo social no Brasil 

Para te ajudar a entender mais sobre o que é empreendedorismo social e como ele se coloca no cenário Brasleiro, separamos mais alguns dados interessantes, extraídos do 3º Mapa de Impacto da Pipe, mencionado anteriormente na introdução deste artigo: 

  • A maioria dos negócios sociais mapeados no País está em early stage, ou seja, até 2 anos de existência; 
  • 8 em cada 10 empreendedores de impacto utilizam tecnologias inovadoras em sua gestão (como Inteligência Artificial, Big Data, Chatbot etc); 
  • Apenas 20% dos negócios sociais do País já são sustentáveis financeiramente;
  • 58% dos empreendimentos sociais do Brasil estão na região Sudeste (estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo); 
  • 55% das empresas têm equipes formadas por 2 a 5 profissionais; 
  • 54% dos fundadores são homens e 43% são mulheres. As idades estão majoritariamente entre 30 e 44 anos;
  • as principais verticais de impacto trabalhadas pelos empreendimentos sociais são Tecnologias Verdes, Cidadania, Educação, Saúde, Cidades e Serviços Financeiros.  

A ideia de lucro no empreendedorismo social 

Embora haja um consenso sobre a importância da geração de lucro no empreendedorismo social, algumas correntes apontam para diferentes direções no que diz respeito à aplicação deste montante. 

Uma delas é liderada pelo pioneiro do empreendedorismo social e ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2006, Muhammad Yunus. 

Ele defende que os investidores não recebam o lucro de seus empreendimentos. Em vez disso, eles devem apenas recuperar o capital investido na abertura do negócio e, a partir de então, reinvestir o lucro total da empresa em seu próprio desenvolvimento. 

Já a segunda linha de pensamento foi criada por dois professores de Harvard, Michael Chu e Stuart Hart. 

Eles acreditam que a distribuição de lucro entre os empreendedores sociais deveria acontecer na medida em que funcionaria como um estímulo para a atração de novos investidores e captação de mais recursos para a expansão das iniciativas. 

Qual a estrutura de um empreendimento social? 

Seja qual for a sua orientação a respeito da destinação do lucro dos empreendimentos sociais, é importante conhecer os elementos-chave para o funcionamento do negócio. 

Essencialmente, um empreendimento social precisa reunir 3 pilares para embasar sua existência: propósito, inovação e ação. 

  • Propósito: o negócio deve existir a partir da consciência sobre os problemas sociais do ambiente em que se insere. A partir daí, cabe aos empreendedores trabalharem para direcionar seu core business para a solução de um ou mais deles.
  • Inovação: um empreendimento social deve se valer da inovação para repensar formas de conduzir processos e desenvolver soluções. Afinal, a base deste negócio é encaminhar questões que atingem a sociedade em grande escala, mas que não foram, de fato, solucionadas por nenhum órgão ou empresa até então. 
  • Ação: o terceiro pilar essencial para um empreendimento social é a ação. Cabe à empresa se movimentar e mobilizar investidores, parceiros e colaboradores que ajudem a viabilizar a proposta e trabalhar para mantê-la em constante evolução. Um dos caminhos possíveis para viabilizar esta etapa é o uso de recursos provenientes da chamada economia compartilhada. 

Além dos três pilares acima descritos, os empreendimentos sociais tendem a seguir algumas políticas comuns, tais como: 

  • cooperação e trabalho em rede; 
  • atenção à cadeia produtiva (avaliação rigorosa de fornecedores e colaboradores);
  • cuidados com os impactos ambientais gerados;
  • alinhamento e parceria com o poder público para a viabilização de projetos. 

O que é um empreendedor social? Profissionais brasileiros que são referência

Agora você sabe o que é empreendedorismo social e o que caracteriza este modelo de negócio. Que tal conhecer algumas das habilidades presentes nas mentes criadoras (e criativas) destes negócios? 

Empreendedores sociais de sucesso são naturalmente inquietos. O incômodo com problemas sociais é o que os leva ao movimento. Além disso, por valorizar e compreender o papel da sociedade na construção de um futuro sustentável, se relaciona muito bem com diferentes públicos e comunidades. 

Além da habilidade em fazer networking, empreendedores sociais de sucesso são bons gestores. Sabem defender seu negócio em um pitch, entendem aspectos administrativos do negócio e têm alto senso de responsabilidade

Que tal conhecer alguns empreendedores sociais brasileiros que inspiram a transformação positiva? 

1- Celso Athayde (CUFA)

É fundador da Cufa (Central Única das Favelas) e lidera, desde 2015, o Favela Holding, grupo de 22 empresas de diversos setores que desenvolve negócios e gera empregos para moradores de comunidades.

Em maio de 2022, recebeu, do Fórum Econômico Mundial, o prêmio de Empreendedor Social do Ano.

2- David Hertz (Gastromotiva)

Em 2006, o chef e empreendedor social David Hertz fundou a Gastromotiva: uma organização que oferece formações profissionais para que seus alunos se tornem empreendedores, auxiliares e chefs de cozinha, replicadores da sua metodologia.

3- Dani Junco (B2Mamy)

Em 2016, Dani Junco fundou a B2Mamy, hub de inovação e tecnologia com foco no empreendedorismo feminino, estimulando a formação de líderes que são mães e mulheres.. Em 2022, o hub ultrapassa a marca de 50 mil inscritas em sua plataforma digital.

Ideias de empreendedorismo social: exemplos reais para inspirar

No tópico anterior, você conheceu algumas ideias de empreendedorismo encabeçadas por profissionais visionários e dispostos a tornar o mundo um lugar mais inclusivo e menos desigual. 

Mas se você quiser conhecer outros projetos de empreendedorismo social, visite o portal do Projeto Draft, iniciativa jornalística que reúne iniciativas de brasileiros dispostos a aliar lucro e propósito. 

E você? Pronto para se tornar um empreendedor? 

Se o empreendedorismo é a sua praia, está na hora de começar a transformar seus sonhos em realidade. Em parceria com o IBMEC, a Faculdade XP lançou o MBA de Gestão Exponencial

O curso é voltado para quem já tem um CNPJ, pretende tê-lo ou quer se destacar no exercício de gerência. Além daqueles que lideram projetos e unidades de negócios trabalhando em empresas de grande potencial.
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*Créditos da imagem de capa: Clay Banks em Unsplash

Realidade aumentada: como funciona e tendências

Pokémon GO e filtros para Instagram são apenas algumas das infinitas possibilidades que a Realidade Aumentada (RA) tem apresentado para o mercado nos últimos anos. 

A tecnologia de augmented reality (AR) está expandindo a interação entre homem e máquina, gerando novos graus de conectividade e comunicação entre estes mundos distintos. 

Parte importante da transformação digital, que já está afetando o nosso dia a dia, a RA também se mostra como uma incrível oportunidade profissional. 

Afinal, desenvolvedores de realidade aumentada têm boas perspectivas no mercado – com salários bem atraentes, como veremos mais adiante.

Então, fique com a gente para descobrir como funciona a RA, sua origem, onde ela é aplicada e como você pode aprender mais sobre a revolucionária tecnologia. Acompanhe!

Como funciona a realidade aumentada?

A realidade aumentada proporciona a interação entre o universo físico e o universo virtual. Dessa forma, a RA possibilita a interação entre elementos reais (como objetos e pessoas) e elementos digitais. 

De maneira simplificada, podemos dizer que a tecnologia, com o auxílio de câmeras e softwares, sobrepõe o virtual ao físico. Para isso, ela coloca imagens e vídeos digitais sobre imagens e vídeos reais, de forma interativa e conectada.

O QR Code, tão comum em operações bancárias, é um exemplo de augmented reality.

Origem da realidade aumentada

Apesar de ser uma tecnologia com ares futuristas, que está sendo bastante comentada em nossos dias, a RA tem origem há mais de 60 anos. 

De acordo Joana Rita Santos Ferreira, engenheira e gestora industrial:

Os primeiros indícios de RA surgem por volta de 1960 com o investigador Ivan Sutherland. Sutherland desenvolveu um capacete de visão ótica direta para visualização de objetos 3D no ambiente real”.

Ainda segundo a profissional, “a realidade aumentada surge da evolução da realidade virtual“.

Assim, foram criados diversos aparelhos de realidade virtual ao longo dos anos que “abriram as portas para a RA”;  entre eles, estão capacete interativo por vídeo da Philco, primeiras luvas de dados e Powerglove.

Com o processo evolutivo da RV, a realidade aumentada pode então ser desenvolvida. 

O termo augmented reality foi utilizado pela primeira vez por Tom Caudell ao se referir à projeção de uma imagem virtual, realizada pela Boeing, sobre a linha de montagem dos equipamentos das aeronaves.

De lá para cá, surgiram várias tecnologias de RA que vêm trazendo novas possibilidades para a interação entre homem e máquina.

Realidade Aumentada x Realidade Virtual: como diferenciá-las?

Como vimos, a realidade virtual (RV) antecedeu à realidade aumentada (RA). Mas, qual é a diferença entre as tecnologias?

Podemos dizer que, ao utilizar a RV, uma pessoa “imerge” em um espaço digital montado por imagens 3D e 360º. Nele, ela pode interagir com os itens virtuais de maneira mais realista possível.

Assim, enquanto a RA apenas sobrepõe o virtual sobre o real, a RV gera a sensação de imersão do usuário no ambiente virtual.

como funciona a realidade aumentada
A realidade aumentada utiliza elementos do mundo real, como a face, e sobrepõe efeitos virtuais.

Onde a realidade aumentada é mais utilizada?

A augmented reality tem ampla utilização no ambiente corporativo, pessoal e social, estando contida em muito mais tecnologias do que a gente pode imaginar, sabia? 

A seguir, separamos alguns dos principais usos da realidade aumentada em aplicativos e situações do nosso dia a dia; confira: 

Filtros do Instagram

Filtros que sobrepõem imagens, desenhos, frases e outros objetivos às fotos e aos vídeos do Instagram usam o RA em sua execução. 

Para localizar filtros com realidade aumentada, basta pesquisar pelo termo na galeria de efeitos disponibilizada pela rede social – e se divertir!

Jogos digitais 

Como falar em jogos que usam AR sem mencionar o Pokémon GO? O game foi pioneiro na difusão da tecnologia, expandindo a realidade aumentada para mais pessoas.

No game, os jogadores deveriam “caçar pokémons” em locais físicos utilizando a realidade aumentada – que fazia com que as criaturas “aparecessem” pelas ruas e por outros lugares com o auxílio da câmera do celular.

Além do Pokémon GO, outros jogos usam a AR como Walking Dead: Our World, Jurassic World Alive e Mobbles.

Google Maps

O Google, um dos gigantes da tecnologia de modo geral, não poderia ficar de fora da RA, não é verdade? Por isso, a empresa utiliza a realidade aumentada em uma de suas principais aplicações: o Google Maps.

Nele, o recurso de RA “Live View” permite que o usuário veja o destino desejado e indicadores visuais que sinalizam para onde ele deve ir. A tecnologia está disponível para trajetos feitos a pé e pode ser ativada ou desativada nas configurações de uma rota já traçada.

Tradução instantânea

Outro uso da augmented reality está relacionado a uma função cada vez mais demandada em uma sociedade multiconectada: a tradução instantânea.

O Google disponibiliza o recurso no app “Google Tradutor”. Para utilizá-lo, baixe o aplicativo e selecione a opção “câmera”. Em seguida, você pode escolher por apontar para um texto em outra língua, digitalizar ou importar arquivos em outro idioma. 

O app traduz instantaneamente o texto escrito no arquivo e mostra as palavras na língua desejada.

Aplicativos de simulação

Existem vários apps de simulação com RA. Muitos deles estão sendo desenvolvidos para melhorar a experiência do consumidor com a marca.

As funções destes aplicativos de simulação são variadas e vão de experimentar virtualmente tênis e roupas (Grailify, Gucci) a escolher a nova cor da parede (Coral Visualizer).

Scanner facial

O escaneamento facial está alcançando novos níveis e possibilidades com a realidade aumentada. A tecnologia “lê” o rosto do usuário e sobrepõe imagens e outros elementos sobre a face escaneada.

Profissionais de Odontologia e Estética, por exemplo, usam a augmented reality para digitalizar a imagem do rosto e simular intervenções.

Campanhas interativas de publicidade

O mundo dos anúncios também se beneficia com a RA. Com ela, as possibilidades de conexão entre a empresa e seus clientes se expandem consideravelmente, elevando os níveis de interatividade entre eles.

Recentemente, a batata RUFFLES criou uma campanha em que os usuários poderiam interagir com a marca. 

Qual a importância da RA para os dias de hoje?

Como vimos, a realidade aumentada já está presente em diversas áreas. Seja em jogos ou em traduções instantâneas, em escaneamentos faciais ou campanhas publicitárias, a tecnologia está inovando em todos os campos da sociedade, gerando mais conexão entre físico e digital.

De acordo com Forte e Kirner:

Podemos afirmar que a Realidade Aumentada trata do mundo real como ponto de partida

para uma experiência que leva o utilizador a experimentar o mundo virtual”.

Assim, a tecnologia é como uma “abertura de portas” para o universo digital.

Como funciona a realidade aumentada?

De acordo com o portal Tecmundo, a augmented reality precisa de, pelo menos, 3 elementos para funcionar; são eles:

  1. Um item real com alguma marca que permita a interpretação da parte virtual;
  2. Uma câmera ou outro dispositivo que transmita a imagem do objeto real;
  3. Um sistema que seja capaz de interpretar o sinal transmitido pela câmera ou dispositivo.

Veja agora detalhes destes e de outros fatores que são importantes para que a AR funcione:

  • Referências de objetos reais: primeiramente, é preciso que um item do mundo físico esteja disponível sobre o qual a tecnologia irá atuar.
  • Envio de estímulos capturados pela câmera: em seguida, uma câmera deverá ser posicionada sobre o objeto real a fim de capturar a sua imagem.
  • Software materializa o objeto virtual solicitado: o dispositivo em que a câmera capturou o item físico precisa ter um sistema que contenha a tecnologia AR para que ela seja executada sobre o objeto.
  • Dispositivo de saída sobrepõe ao mundo real: então, o software irá atuar sobre a imagem capturada, sobrepondo a imagem virtual sobre a real.

Para quem serve a realidade aumentada?

Considerando toda a sua amplitude, a RA é uma tecnologia que tem a capacidade de se difundir em muitos segmentos. 

Seja em soluções simplificadas para o entretenimento, seja em serviços complexos de utilidade pública, a realidade aumentada serve para todas as áreas da sociedade – incluindo uso corporativo, pessoal e social como um todo.

Benefícios e vantagens de se investir nessa tecnologia

Como você pode conferir, a RA é uma tecnologia que vem se expandindo em diferentes setores. Assim, quem se interessa em conhecer mais a fundo sobre o tema encontra diversificadas oportunidades no mercado de trabalho.

O profissional de realidade aumentada, responsável por fazer a ordem estrutural das criações, pode ter salários de até R$20 mil.

Ao fazer menção sobre pessoas que usam o programa Unreal Engine – que mistura RA e RV -, o desenvolvedor de VR da Aerolito, Guilherme Novak, indica que:

Não é à toa que foi apontado um salário médio inicial de a partir de U$ 73.000 anuais (aproximadamente R$ 20.000 por mês) para profissionais formados ou com bons portfólios que conseguem entrar nas empresas líderes da indústria”.

Se você se interessou pela realidade aumentada e quer saber mais sobre o assunto,  saia na frente no mercado e conheça agora mesmo o programa da Faculdade XP de imersão internacional em Tecnologias Disruptivas.

O que faz um Scrum Master e quais são suas responsabilidades dentro do time?

Se você tem um projeto junto com uma equipe, provavelmente necessita de um bom planejamento para ele funcionar. Usar metodologias ágeis para isso tem sido cada vez mais comum devido sua eficiência de resultado. O Scrum é um dos mais escolhidos, principalmente no ramo da Tecnologia da Informação (TI) e junto a ele é necessário definir o papel de cada pessoa no processo, sendo o Scrum Master um dos principais. 

Você sabe o que ele faz? Embora existam mais dois papéis na composição do Scrum (Product Owner e o time de Desenvolvimento), o Scrum Master é uma das figuras mais famosas no mercado de projetos, devido sua importância em guiar os processos da metodologia ágil.

Em poucas palavras podem dizer que ele é o que age como um Coach para todos os outros.

Continue o artigo e entenda o que é a metodologia de Scrum, quem é o Scrum Master, suas principais funções e o que é preciso para se tornar um.

O que é Scrum?

Antes de entender quem é o Scrum Master, é importante saber o que é a metodologia Scrum

Assim como o Kanban, nada mais é que uma metodologia ágil de gestão de projetos que funciona de forma incremental no andamento do mesmo. Ou seja, diferente das metodologias tradicionais, ele tem o objetivo de criar um conjunto de ações e estratégias para solucionar problemas (ser um framework) para que o projeto seja finalizado de forma mais objetiva, rápida, com mais qualidade e com otimização de recursos.

É um processo que separa as atividades em etapas, executando cada uma de modo mais interativo e funcionando de forma personalizada para atingir todas as necessidades de execução. 

Assim, o Scrum funciona da seguinte forma, divida em etapas:

  1. Ter uma visão total do projeto;
  2. Dividir as funcionalidades;
  3. Definir prioridades;
  4. Dividir em ciclos;
  5. Iniciar dos ciclos;
  6. Revisão dos ciclos.

Dentro dessa execução existem as etapas chamadas de Sprints, que é o momento em que se planeja as próximas ações após a finalização do planejamento anterior.

E durante sua execução são realizados os Daily Scrum, que são reuniões diárias para sintetizar as atividades do dia e organizar o resto dos planos previstos. Essas reuniões acontecem até que o resultado final aconteça. 

Quem é o Scrum Master no time?

O Scrum Master é um mediador e organizador de todo o processo de execução do projeto. Ele é o responsável por fiscalizar se as tarefas estão sendo bem desempenhadas, se estão alinhadas com as expectativas e por coordenar os sprints. São os facilitadores da metodologia scrum, que defende o objetivo e os valores a serem seguidos.

Podemos fazer uma analogia como se ele fosse um treinador de futebol, que sem ele o time não jogava bem e nem ganhava. 

Todo projeto precisa de alguém que serve como um guia para a equipe e possibilita que todas as etapas sejam executadas corretamente. Lembre-se que sem essa pessoa, mais erros podem acontecer e prejudicar o resultado final. 

Enquanto o Product Owner está focado em construir o produto correto e a equipe de desenvolvimento está focada em produzir corretamente o produto, e o Scrum Master é o cara que ajuda todos a compreender os valores, princípios e práticas do Scrum. 

Importante dizer também que o Scrum Master não é um líder de equipe, mas um parceiro do desenvolvimento, já que representa a todos na execução do trabalho, mas não é o que vai expulsar alguém, embora possa participar da decisão.

Além disso, vale ressaltar que o Scrum Master não é uma figura exclusiva da área de TI, que embora seja um framework scrum utilizado em equipe de desenvolvimento, outros setores de equipes podem se aproveitar da mesma metodologia ágil.  

Quais são suas responsabilidades?

#1 Facilitar os Sprints

Ele tem a função de fazer com que os membros se reúnam conforme necessário para debater os problemas, planos e progressos do projeto. Vale deixar claro que o Scrum Master não é quem determina a função de cada Sprint e de que jeito será realizada, mas sim dá liberdade às equipes para trabalharem de modo que acharem correto e disponibiliza os recursos necessários. 

Além disso, tem o papel de aconselhar quando necessário e dar o direcionamento quando for solicitado.

#2 Ajudar o Product Owner

O Scrum Master não está ali para resolver os problemas em nome dos outros, apenas para ajudá-los a encontrar a solução. É como se ele fosse o treinador do time e o Product Owner o dono da equipe. 

Logo, é o principal canal de comunicação entre Product Owner e Time Scrum, ajudando a equipe a entender a visão e a meta desejada.

#3 Eliminar empecilhos

O Scrum Master é quem também protege a equipe de desenvolvimento de interferências externas para que todos mantenham o desempenho e o foco alto. 

Por isso, assume o papel de remover qualquer obstáculo que possa inibir a produtividade da equipe. Imprevistos sempre acontecem, então ele deve estar atento e prevenido para resolvê-los. 

#4 Fazer conexão do projeto como um todo

É ele quem cria as conexões, seja com os integrantes do projeto do Scrum, seja com as pessoas externas, como os gestores da empresa ou demais fontes úteis para a execução. 

Assim, sempre busca alinhar as funcionalidades que devem ser priorizadas e os feedbacks do Product Owner e o Time Scrum nos Daily’s.

Como se tornar um Scrum Master?

Por ser o guia do processo, ele tem um perfil profissional distinto, sendo necessário alguém que naturalmente é bom em administrar a relação e que saiba organizar e acelerar um projeto

Lembrando que o Scrum Master não é um Gerente de Projetos. Caso você necessite se tornar um Scrum Master algumas características vão lhe ajudar, como:

  • Ser bom ouvinte e agir como um coach;
  • Saber negociar;
  • Ser bom em resolucionar conflitos e problemas;
  • Ter grande inteligência emocional;
  • Ter humildade acima de tudo;
  • Fazer especializações nessa área.

Sem o Scrum Master o seu projeto não anda!

Portanto, o Scrum Master é um agente de mudança dentro da organização e na execução de projetos com a utilização de metodologias ágeis.

É ele quem educa e promove as mudanças culturais, tanto na sua equipe quanto no Product Owner, o que contribui para atingir o resultado final esperado. 

Gostou do conteúdo e planeja estudar mais sobre metodologias ágeis e como se tornar um Scrum Master? Confira nossa pós em Gestão Ágil de Projetos e como ela pode lhe ajudar nesse sentido. 

Tripé macroeconômico: como ele influencia os seus investimentos?

O que você precisa levar em conta antes de investir? Decerto, o que lhe vem primeiro à mente são fatores como rentabilidade do produto, risco, retorno, liquidez…mas e o tripé macroeconômico do Brasil? Você sabe como impacta a sua escolha? 

No artigo de hoje, reunimos algumas informações importantes sobre o tripé macroeconômico brasileiro. Vamos explicar como esta política de gestão da economia orienta e influencia os mais diversos perfis de investimentos do mercado. 

Boa leitura! 

O que é tripé macroeconômico brasileiro? 

Tripé macroeconômico é o nome dado ao conjunto de metodologias que orientam a política econômica do Brasil. A metodologia, muito utilizada por nações desenvolvidas, foi adotada no país em 1999, por Armínio de Fraga, então presidente do Banco Central.

Em uma entrevista, concedida neste ano por Fraga ao programa Roda Viva, ele dá a explicação que serviria como base para o entendimento da nova estratégia econômica do País: 

“O que se tem hoje é uma mudança que dá à taxa de câmbio uma função diferente da função que ela tinha antes. Antes, o Governo dizia para a taxa de câmbio: ‘Você toma conta da inflação’ e dizia para a taxa de juros: ‘Você toma conta do balanço de pagamentos’, que é um regime de taxa de câmbio fixa. Hoje, nós estamos escalando o time de forma diferente. Nós estamos dizendo para taxa de câmbio: ‘você toma conta do balanço de pagamentos’ e para taxa de juros: ‘você toma conta da inflação’. Agora, nada disso funciona sem uma boa política fiscal.”

Em resumo, podemos definir que, segundo o tripé macroeconômico brasileiro: 

  • taxa de câmbio: é flutuante e tem impacto na balança de pagamentos;
  • taxa de juros: é responsável pelo funcionamento da taxa de inflação;
  • política fiscal: gerencia e mantém positiva a imagem do Brasil perante seus credores.

Assim, o tripé macroeconômico consolidou o protagonismo de 3 pilares-chave: câmbio flutuante, metas de inflação e metas fiscais.

Entenda os 3 pilares do tripé macroeconômico do Brasil

Agora que você já entendeu o conceito, que tal abordar, com um pouco mais de detalhe, cada um dos componentes do tripé macroeconômico do Brasil?

1- Câmbio flutuante

Uma moeda que tem o preço orientado pelo câmbio flutuante segue as leis de oferta e demanda. Certo. Mas o que isso quer dizer na prática?

Na prática, a taxa de câmbio da nossa moeda, o real, flutua conforme a procura no mercado internacional em relação a outras moedas. 

Dessa forma, quando investidores estrangeiros fazem câmbio de dólares para reais, por exemplo, há um fortalecimento da nossa moeda em função do aumento da procura. 

Se, por outro lado, nosso País enfrenta uma crise que afasta investidores, fazendo com que eles liquidem seus ativos no País e convertam seus reais em dólares, nossa moeda sofre desvalorização. 

Importante: em casos pontuais, o Banco Central pode intervir na política de câmbio do País por meio de leilões que ajudem a controlar a oferta de dólar. Esta ação aconteceu, por exemplo, ao longo da crise provocada pela pandemia, quando o real passou por desvalorização acelerada e desproporcional. 

2- Metas de inflação

O segundo pilar do tripé da economia brasileira são as metas de inflação. Estas metas são definidas pelo CMN, o Conselho Monetário Nacional, formado pelo Ministro da Economia, o presidente do Banco Central e o secretário especial de Fazenda. 

Após esta definição, cabe ao Banco Central executar a política monetária trabalhando para manter o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)  na faixa pré-estabelecida. Para isso, utiliza, como base a taxa Selic, que é ajustada (para cima ou para baixo), conforme o desempenho econômico do País.  

Em cenários de forte inflação, como a vivida no primeiro semestre de 2022, a tendência do BC é de elevar a taxa Selic. O objetivo, neste caso, é dificultar o crédito e desaquecer a economia, reduzindo o consumo e, consequentemente, estimulando a queda dos preços. 

>>> Leia mais sobre a taxa básica de juros do País, a taxa Selic.

3- Metas fiscais 

Por fim, as metas fiscais são previsões do governo para os gastos e receitas. Estas previsões funcionam como guias para a atuação das entidades econômicas do País, e devem ser seguidas para assegurar a manutenção ou crescimento da confiança dos credores, que emprestam dinheiro à União.

O objetivo desejado é que o resultado do ano seja um superávit (ou seja, que as receitas geradas superem os gastos). Entretanto, em casos em que o governo gasta mais do que recebe, há uma situação de déficit fiscal primário. 

As metas fiscais são construídas e validadas anualmente na Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO. Dessa forma, o Congresso Nacional aprova o limite de gastos do governo em itens como: 

  • salários de servidores públicos;
  • investimentos; 
  • serviços;
  • etc.

Como o tripé da economia influencia nos seus investimentos?

Conhecer os elementos do tripé macroeconômico é uma forma de tornar sua análise fundamentalista de investimentos mais confiável e profissional. Isso porque a avaliação de cada componente ajuda a: 

  • compreender o momento da economia;
  • traçar tendências e perspectivas para o futuro;
  • encontrar rentabilidades mais altas e produtos mais vantajosos de acordo com o cenário;
  • entender como está a confiança dos investidores no País (e desenhar perspectivas de entrada ou saída de recursos, o que valoriza/desvaloriza o real);
  • acompanhar o desempenho do País no que tange às metas de inflação (o que gera impacto direto na rentabilidade dos investimentos e no retorno real obtido);
  • antecipar a emissão de títulos públicos em condições mais atrativas pelo governo (o que acontece em casos de déficit fiscal);
  • prever os rumos da taxa Selic, que sofre ajustes conforme os caminhos trilhados pela política monetária do País, e que impacta diretamente a atratividade de produtos de Renda Fixa, como o Tesouro Direto, CDB, LCA e LCI. 

E por falar em renda fixa…

Se você deseja acompanhar o tripé macroeconômico por interesse em produtos de renda fixa mais atrativos, temos uma boa notícia: nós podemos te ajudar a embasar a sua decisão em mais algumas variáveis importantes! 

No curso Renda Fixa: Ganhos com Baixo Risco, nosso time de especialistas te ajuda a identificar, entre os produtos disponíveis no mercado, aquele que melhor se adequa às suas expectativas e necessidades como investidor. 

E o melhor: o curso tem 2 horas de duração e módulos altamente didáticos! 

Comece agora mesmo!

*Créditos da imagem da capa: wirestock – br.freepik.com

Lazy Loading: como aumentar a velocidade do site?

Como o próprio nome já indica, Lazy Loading (carregamento preguiçoso, em português) se trata de uma técnica que otimiza a performance de aplicações. Ao implementá-lo, é possível obter vantagens como a melhora da experiência do usuário, uma das características essenciais do projeto. 

É isso mesmo, uma técnica de “carregamento preguiçoso” na verdade pode tornar a sua aplicação mais fácil de acessar, tornando o processo mais rápido. Achou confuso? Basta continuar a leitura para entender melhor!

O que é  Lazy Loading?

O Lazy Loading se trata de uma estratégia de desenvolvimento web utilizada para identificar os recursos que não são necessários em um primeiro momento e deixar para carregá-los depois, reduzindo o tempo de carregamento da página. Ele pode ser aplicado em websites ou mesmo aplicações em Angular.

Por que utilizar o  Lazy Loading?

Você já desistiu de acessar algum site que não carregou rapidamente? A maioria das pessoas abandonam as páginas que levam mais de 3 segundos para carregar. Além disso, lá em 2010 o Google já tinha avisado que o tempo de carregamento do site era um dos fatores que poderiam fazer o site ranquear melhor ou não.

Nós vivemos na era do imediatismo e, ao buscar por uma informação, 5 segundos podem parecer eternidade. Por isso, pensar na user experience (experiência do usuário) significa pensar na velocidade de carregamento das aplicações.

Como funciona o Lazy Loading?

Antigamente, o carregamento do conteúdo de uma página era carregado todo de uma vez. Enquanto todos os módulos não fossem carregados, o conteúdo não aparecia. Chamado Eager Loading (carregamento ansioso, em português), esse método demandava um tempo de resposta de acordo com o tamanho da aplicação. 

Desenvolvedores trabalham com lazy loading
Desenvolvedores precisam aplicar a técnica de lazy loading para garantir a velocidade de carregamento.

Aquelas que continham muitos arquivos, resultavam em um tempo de espera longo para os usuários. Com a popularização do acesso feito a partir de dispositivos móveis e em locais com conexões mais lentas, a velocidade do carregamento passou a ser cada vez mais importante para as aplicações.

Com o Lazy Loading, o carregamento dos módulos acontece sob demanda, apenas quando são necessários. Por isso, ao acessar determinada página, o usuário consegue visualizar o conteúdo muito mais rapidamente, enquanto o restante será carregado apenas quando ele fizer alguma ação – como rolar a tela.

Benefícios de utilizar o Lazy Loading

Aplicar o Lazy Loading pode proporcionar diversos benefícios. Abaixo você confere uma lista com os principais.

  • Melhora a experiência do usuário: a página é exibida mais rapidamente e consome apenas a quantidade de dados necessária;
  • Possibilidade de inserir mais conteúdo sem prejudicar o carregamento: se antes a quantidade de conteúdo precisava ser considerada, por atrasar o carregamento, agora isso não é mais um problema. Podem ser inseridos mais recursos e deixar o conteúdo mais atrativo;
  • Aumento de conversão: se menos pessoas abandonam o site, mais delas podem ser convertidas em leads ou mesmo em clientes. Sendo assim, indiretamente, a velocidade do carregamento pode ajudar na taxa de conversão;
  • Otimização da estrutura: o uso do Lazy Loading pode tornar a estrutura modularizada mais organizada, deixando o código mais limpo e tornando a manutenção mais fácil;
  • Economia de recursos: para quem fornece os dados, um dos benefícios é a economia dos recursos, que só serão utilizados conforme o usuário solicitar;
  • Aumento de performance do SEO: o próprio Google recomenda adiar o carregamento não crítico ou não visível para melhorar o desempenho. A documentação oficial fala sobre a importância do conteúdo estar visível quando carregado na viewport, caso contrário, a indexação é prejudicada.

Inclusive, o Google implementou o Core Web Vitals para analisar o desempenho de sites e portais e mede o LCP (Largest Contentful Paint, ou exibição do maior conteúdo), FID (First Input Delay, ou latência de entrada) e CLS (Cumulative Layout Shift, ou mudança de layout cumulativa). Você pode conferir o desempenho de um site usando o Google Search Console.

Compatibilidade com navegadores

No Internet Explorer 11 já havia sido introduzido o conceito de Lazy Loading, porém, de uma maneira ainda pouco eficiente, que acabou não sendo implementada por nenhum browser da época. Em 2019 o Chrome voltou a abordar o recurso na sua versão 76

Depois, ele passou a ser implementado também em navegadores como Edge, Firefox, Chrome, Opera e Android Browser. A versão do WordPress 5.5 fez a introdução do recurso de Lazy Loading no seu Core em 2020.

Como implementar o Lazy Loading?

A maneira de implementar o Lazy Loading vai depender de como e onde ele será aplicado. Para implementar no Angular, por exemplo, é preciso criar novos módulos que são carregados sob demanda. 

Já se você utiliza o WordPress a partir da versão 5.5, não precisa fazer nada. Porém, se utiliza uma versão anterior, pode optar por outros métodos. Veja abaixo.

Divisão de códigos

É possível dividir as linguagens de programação CSS, HTML e JavaScript em pedaços menores e, com isso, enviar o código mínimo necessário para fornecer o valor antecipadamente. O restante é carregado sob demanda. 

CSS

O navegador não renderiza o conteúdo até que o CSSOM seja construído, por isso, o CSS precisa ser leve e entregue com a maior velocidade possível. Além disso, os tipos de mídia e o uso das consultas são aconselhados para desbloquear a renderização. Para isso, podem ser realizadas algumas otimizações CSS.

<link href = “style.css” rel = “stylesheet” media = “all”>

<link href = “portrait.css” rel = “stylesheet” media = “orientação: retrato”>

<link href = “print.css” rel = “stylesheet” media = “print”>

Imagens e iframes

Imagens podem ser um dos motivos para a demora do carregamento de uma página. Por vezes, elas não estão na tela assim que o usuário abre o site e é preciso uma interação, como a rolagem da página, para que elas sejam visualizadas. Desse modo, instruir o navegador para que ele adie o carregamento de imagens e frames fora da tela é uma maneira de aumentar a velocidade de carregamento inicial.

<img src = “image.jpg” alt = “…” loading = “lazy”>

<iframe src = “video-player.html” title = “…” loading = “lazy”> </iframe>

Fontes

Por vezes, ocorrem atrasos na renderização do texto por causa do atraso da solicitação de fontes, que só acontece quando a árvore de renderização já está construída. Para mudar esse comportamento padrão, você pode pré-carregar os recursos de fonte da web por meio do <link rel = “preload”>, a propriedade CSS font-display e a API de carregamento de fonte.

Polyfill

O Polyfill é usado quando é preciso implementar recursos modernos de JavaScript em navegadores mais antigos. Existe um polyfill para implementar o Lazy Loading: loading-attribute-polyfill

API Intersection Observer

Essa API funciona como uma sentinela, avisando quando o elemento passa a ficar visível dentro da página. Com isso, é possível executar ações sem precisar ficar olhando o scroll da tela, ganhando performance, mas sem que o código fique complexo.

Mas, ao implementar o Lazy Loading, é importante realizar testes para assegurar que os elementos sejam exibidos no momento certo. Além disso, é importante que o conteúdo possa ser rastreado pelos bots que fazem a indexação do Google.

E, se você se interessa pelo tema, vai gostar de saber que assinando o Multi+ você tem acesso a dezenas de cursos, inclusive o bootcamp online de Desenvolvedor(a) Front-End que tem duração de 10 semanas e aborda, entre outros temas, noções de UI (User Interface) e UX (User eXperience), além de Angular, CSS, Vue e muito mais. 

Com apenas uma assinatura você também pode acessar outros bootcamps como Desenvolvedor(a) NODE.JS e até Desenvolvedor Mobile.

O que é declaração retificadora? Como fazer para evitar multas?

Você certamente conhece o Imposto de Renda para Pessoa Física. Mas sabe o que é declaração retificadora? O documento é aliado de contribuintes que, por falta de informação sobre o preenchimento ou de familiaridade com o sistema, cometem erros no momento da prestação de contas. 

Saber como fazer a retificação do imposto de renda é fundamental para assegurar o cumprimento das obrigações tributárias e evitar a penalização pelo Leão. 

Continue a leitura do artigo para entender, em um passo a passo simples, como fazer a retificação do imposto de renda. 

O que é declaração retificadora?

Se, após submeter a declaração de Imposto de Renda no sistema, você identificar erros ou perceber que deixou de incluir informações essenciais, é preciso recorrer à declaração retificadora. 

De acordo com o portal da Receita Federal, “A declaração retificadora tem a mesma natureza da declaração originalmente apresentada, substituindo-a integralmente e, portanto, deve conter todas as informações anteriormente declaradas com as alterações e exclusões necessárias, bem como as informações adicionadas, se for o caso”

Quando é preciso fazer a retificação do Imposto de Renda?

A retificação do Imposto de Renda pode ser feita a qualquer momento em um prazo de cinco anos, desde que o contribuinte não esteja sob procedimento de ofício. 

Neste caso, ele não poderá fazer a retificação, devendo, portanto, efetuar o pagamento da multa estabelecida pela Receita na notificação oficial. 

O que acontece se você não entregar sua declaração retificadora?

Se você identificou inconsistências no preenchimento da sua declaração de Imposto de Renda, deve utilizar o modelo oficial de declaração retificadora. 

Caso não entregue a declaração, você, contribuinte, pode cair na malha fina e passar por uma fiscalização detalhada da Receita Federal, podendo, inclusive, receber multa pelo não-cumprimento das exigências predeterminadas. 

Como fazer a retificação do Imposto de Renda 2022?

Agora que você já sabe o que é declaração retificadora, é importante compreender, também, como preencher e enviar o documento à Receita Federal. A boa notícia é que o passo a passo é bem simples. 

Suponhamos que você deseje submeter uma declaração retificadora ao imposto declarado em 2022 (ano-calendário 2021).

1- Abra o programa de declaração. Em seguida, busque, no topo da página do lado esquerdo da tela, pela opção “Retificar” na aba “Declaração”. 

Importante: caso você deseje retificar a declaração de outro ano, é necessário utilizar o programa referente a ele (exemplo: retificação da declaração exercício 2020/ano calendário 2019, utilizar o programa Imposto de Renda 2020).

2- Selecione a declaração a ser corrigida.

3- Caso seja a primeira retificação, selecione a que aparecer na tela como “Original”. Caso tenha submetido mais de uma declaração retificadora e precise fazer nova correção, selecione a última “Retificadora” enviada. 

4- Após este procedimento, a declaração aberta na tela aparecerá como “Retificadora”. Este é o indicativo de que o novo documento tem a função de reparar enganos cometidos anteriormente.Utilize o novo documento para fazer as correções desejadas.

5- Antes de submeter a retificação do Imposto de Renda, clique em “Verificar pendências” , em “Fichas de Declaração”, e confirme se o sistema não identificou outras falhas no preenchimento. 

6- Por fim, clique em “Entregar declaração”, do lado esquerdo na aba “Declaração”.

Vale lembrar que a declaração retificadora deve ser enviada pela internet, mediante a utilização do programa ou por meio do aplicativo “Meu Imposto de Renda”. 

Entretanto, após o fim do período da declaração, o documento também pode ser submetido em mídia removível (CD, DVD, pendrive etc) em uma das unidades da Secretaria Especial da Receita Federal.

>>> Antes de seguir em frente, recapitule o passo a passo para fazer sua declaração retificadora no vídeo abaixo: 

Recapitulando: quando é preciso declarar Imposto de Renda?

É importante se atualizar anualmente sobre os requisitos para a obrigatoriedade da declaração. Em 2022, o Imposto de Renda era mandatório para contribuintes que: 

  • receberam rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70 em 2021;
  • no caso de atividade rural, obtiveram receita bruta superior a R$ 142.798,50 no ano passado.
  • tiveram rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, de mais de R$ 40 mil;
  • detêm patrimônio de mais de R$ 300 mil;
  • tiveram ganho de capital na alienação de bens ou direitos;
  • fizeram operações na bolsa de valores, incluindo os dependentes.

Além disso, a declaração de imposto de renda é obrigatória ainda para quem passou a residir no Brasil em 2021 e para quem vendeu imóveis residenciais e comprou outro até 180 dias depois da venda.

Como declarar investimentos no Imposto de Renda? Guia de conteúdos 

Agora você já sabe o que é declaração retificadora e quais os passos essenciais para preencher e entregar o documento de maneira correta à Receita Federal.

Outra dúvida comum entre contribuintes diz respeito à forma correta de declarar investimentos no Imposto de Renda. 

Para te ajudar a entender os procedimentos relacionados a cada produto e cumprir corretamente suas obrigações tributárias, preparamos um guia de conteúdos relacionados ao tema.

Confira: 

Como declarar renda variável no IR?

Guia para calcular Imposto de Renda no Day Trade 

Como declarar LCI no Imposto de Renda? 

Declaração de BDR no Imposto de Renda

Como declarar opções no IR?

*Créditos da imagem de capa: Towfiqu barbhuiya em Unsplash

O que faz um Desenvolvedor back-end e como iniciar na carreira?

A tecnologia facilitou a vida da sociedade. Hoje é comum utilizarmos softwares para tudo, seja para pesquisar assuntos, comprar e vender. Tudo é feito por um aplicativo de celular. E para isso funcionar um desenvolvedor back-end se torna uma profissão essencial. 

Primeiramente, vamos diferenciar o termo back-end e front-end, que são muito comentados no setor de tecnologia da informação. 

Ambos são camadas de softwares mas com funções diferentes. O front-end é o responsável por tudo que acontece ao usuário, como a organização das interfaces de apps e outros conceitos para a melhor experiência do usuário. Já o back-end fica nos bastidores, ou seja, é o que cuida da inteligência do software, do aplicativo que o usuário usa. 

Neste artigo você vai entender sobre o que faz um desenvolvedor back-end, quais são suas principais responsabilidades, onde ele pode atuar, o salário médio do profissional e quais as principais habilidades para investir numa carreira na área. Continue a leitura e descubra!

O que faz um desenvolvedor back-end?

O Back-end não fica armazenado no celular nem no computador do usuário. Ele é armazenado e executado em um servidor, um computador central. É assim que ele consegue fornecer informações em tempo real.

O desenvolvedor back-end é fundamental para o desenvolvimento de um projeto

O desenvolvedor back-end é aquele que responde às necessidades do cliente. Ele é quem está por dentro das linguagens de programação, de desenvolvimento de software, e também domina conceitos de HTML, CSS e outras ferramentas importantes para desenvolvimento e manutenção dos softwares. 

Por essas funções, é essencial que ele saiba resolver problemas do site e tenha toda uma lógica para identificar parâmetros.

Por exemplo, imagina que você acessa um app para comprar um produto, mas ele está com erro, cliques indo para locais errados e os códigos e comandos estão com algo estranho, é o desenvolvedor back-end quem vai solucionar.

Em resumo, sua principal função é entender os objetivos dos projetos e criar soluções eficazes, armazenando os dados e os assegurando que estão funcionando de maneira correta.

Quais as as responsabilidades e as principais áreas de atuação do desenvolvedor back-end?

Complementando o que foi falado anteriormente, o desenvolvedor back-end gerencia todos os recursos de APIs de dispositivos variados, assim como em toda a arquitetura do sistema e análise de dados para a implementação de algoritmos e resolução de problemas.

Dentre algumas principais responsabilidades deste profissional estão:

  • Acessar os banco de dados para guardar e resgatar as informações do sistema;
  • Cuidar da inteligência do software;
  • Fazer a comunicação com outros sistemas para validade uma compra, por exemplo, junto com uma instituição financeira;
  • Fornecer dados para o Front-end exibir na tela do usuário;
  • Sempre se preocupando com os dados e não com a aparência, essa segunda é função do front-end.

Em relação às áreas de atuação, o mercado está em alta, pois qualquer projeto envolvendo a internet são onipresentes e o conhecimento de quem entende do assunto é valioso. Além de que o que mais surgem são aplicativos para dispositivos móveis para resolver nossos problemas.

Junto a isso há a questão da Internet das Coisas, onde há a conexão de objetos cotidianos na web.

Assim, qual a diversidade do Desenvolvimento Back-End? Fizemos um compilado com as possibilidades:

  • criação de aplicativos;
  • desenvolvimento de e-commerce;
  • desenvolvimento de sites;
  • administração e desenvolvimento de banco de dados;
  • consultoria em desenvolvimento.

Lembrando que também podemos separar os devs em juniores, plenos e seniores, dependendo das skills que eles possuem.

Skills necessárias para trabalhar com programação back-end

Sabendo das principais funções que um desenvolvedor back-end realiza, chegou o momento de entender como construir uma carreira na área. 

Aprender algumas soft e hard skills vão fazer a diferença no seu sucesso profissional. Assim, conheça algumas das mais recomendadas:

  • Ter domínio de sistemas operacionais específicos para servidores;
  • Saber analisar informações;
  • Conhecer as principais linguagens de programação;
  • Saber fazer relatórios de erros e de estatísticas;
  • Entender sobre frameworks;
  • Ter agilidade e flexibilidade;
  • Ter habilidades de comunicação;
  • Gostar de trabalhar em equipe;
  • Saber mais de um idioma.

Sendo importante destacar que não existem cursos específicos para quem quer se tornar um desenvolvedor, mas normalmente esses profissionais se formam em Engenharia da Computação, Sistema de Informação ou Ciência da Computação. 

O importante para você começar a investir é fazer muita pesquisa sobre a área, estudar as linguagens mais utilizadas e sempre se colocar no lugar do usuário, pois você vai trabalhar sempre focando nele e em suas necessidades. 

Qual o salário de um back-end?

Agora que você já sabe o que esperar da área, tem uma dúvida que sempre surge: será que investir nessa carreira vale a pena? Qual é a média salarial de um profissional?

Segundo pesquisa da empresa de recrutamento digital Intera e divulgada pelo Valor Globo, o salário de desenvolvedor back-end no Brasil varia de R$ 5.465,23 para cargos juniores e pode chegar até R$ 15.675,13 para especialistas.

Essa é uma área que se você é tecnólogo ou bacharel, o seu salário vai ser alto por ser do setor de tecnologia. 

Importante destacar que isso vai variar de acordo com a oferta e a demanda da região em que você atua, o porte da empresa que vai trabalhar ou se é autônomo, e a sua progressão de carreira. 

Vamos especializar na carreira de Dev?

Portanto, a profissão de desenvolvedor back-end é muito necessária para o momento atual e vem crescendo cada vez mais. 

Só que os profissionais precisam se dedicar para conquistar os melhores cargos. 

Você quer ser um deles? Confira mais detalhes das nossas especializações em desenvolvimento e veja qual mais tem a ver com seus objetivos.

O que é marcação a mercado? Entenda seu impacto no Tesouro Direto

Conhecer a rentabilidade dos papéis escolhidos é um dos motivos pelos quais investidores de perfil conservador tendem a optar por produtos de renda fixa. No entanto, mesmo com uma boa previsibilidade, é necessário considerar oscilações nestes papéis. E isso acontece por conta da marcação a mercado. 

O conceito de marcação a mercado está ligado ao valor de um ativo naquele momento exato — ou seja, é especialmente relevante se você, investidor, tem a intenção de liquidar algum produto antes de seu vencimento. 

Continue a leitura para entender, com mais detalhes, o que é marcação a mercado e como ela impacta especificamente o Tesouro Direto.

O que é marcação a mercado? 

Marcação a mercado é o nome dado à oscilação de preços de um ativo de renda fixa ou de uma cota de fundo de investimento disponível para compra ou venda. 

Essa marcação ocorre diariamente, e é impulsionada por movimentos do mercado — daí o nome. 

A base para a oscilação do valor dos ativos é a mudança nos valores dos indexadores, os indicadores de referência para cada produto. 

Esses indexadores variam de acordo com movimentos internos (como a lei da oferta e da demanda, que determina ativos com maior ou menor procura no mercado) ou externos, como acontecimentos macroeconômicos. 

Recentemente, por exemplo, a crise ocasionada pela eclosão da pandemia fez com que os ativos sofressem desvalorização. Isso porque os investidores adotaram uma postura defensiva, com medo de grandes retrações no mercado, e liquidaram seus papéis, reduzindo seu valor de mercado. 

Quais outros fatores impactam a marcação a mercado? 

Além dos impactos do cenário microeconômico e da situação macroeconômica, outros fatores também se relacionam com a marcação a mercado. A seguir, adicionamos mais duas variáveis à equação, estas, relacionadas à natureza dos investimentos realizados. 

Rentabilidade 

De acordo com o tipo de rentabilidade previsto em cada produto, varia, também, a forma como a marcação a mercado acontece.

Por exemplo: em títulos pós-fixados, o ajuste nos preços ocorre seguindo a taxa de referência do produto. Em casos como estes, costumamos dizer que há um retorno “sempre positivo”, mesmo que o crescimento da rentabilidade seja menor em relação à taxa de juros. 

Já nos títulos pré-fixados e relacionados à inflação, as oscilações acompanham o comportamento da taxa Selic ao longo do período do investimento. Nesse caso, a rentabilidade pode ser negativa caso o resgate do investimento não ocorra no vencimento pré-determinado. 

Liquidez

Assim como o tipo de rentabilidade, a liquidez também impacta a maneira como ocorre a marcação a mercado. 

Investimentos com maior liquidez, como os títulos públicos (é o caso do Tesouro Direto), a marcação é mais rápida, e toma, como base, o fechamento diário dos preços. 

Por outro lado, investimentos com menor liquidez têm sua marcação relacionada a uma estimativa de preço justo para a negociação. 

Quais os objetivos da marcação a mercado? 

Mas afinal, quais os objetivos da marcação a mercado? O movimento acontece com o objetivo de orientar os investidores sobre a melhor decisão a tomar. 

Utilizando a referência da marcação a mercado, você, na figura do investidor, pode avaliar se o momento em que considera adquirir ou vender um papel ou cota de fundo de investimento é propício.

Vamos retomar a situação da crise do coronavírus, pontuada no tópico anterior? Podemos dizer que a marcação a mercado deu sinais aos investidores de que aquele não era o melhor momento para liquidar seus ativos.

Em contrapartida, a análise dos indicadores em um momento de otimismo pode ser a receita para ganhar dinheiro com a marcação a mercado.

No caso específico dos fundos de investimentos, a marcação a mercado é obrigatória segundo a CVM (Comissão de Valores Imobiliários), Isso significa que todos os cotistas de um fundo têm acesso à oscilação do valor investido ao longo do tempo. 

Tesouro Direto e marcação a mercado: entenda a relação

A esta altura, você já consegue responder qual a relação entre Tesouro Direto e marcação a mercado, certo? Isso porque o Tesouro se enquadra na categoria de investimentos de renda fixa, uma das quais sofre incidência do processo de marcação. 

Neste caso específico, o processo de marcação define a oscilação dos títulos do Tesouro Direto ao longo do período de investimento. Por se tratar de um produto com alta liquidez, ele é marcado diariamente, e a liquidação dos títulos pode acarretar em uma perda de rentabilidade se feita sem a avaliação desta oscilação.

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O leque de possibilidades de investimentos em renda fixa é vasto, e cada produto oferece características diferentes, como rentabilidade e liquidez variadas. 

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*Créditos da imagem de capa: Carlos Muza em Unsplash

O que é holding de investimentos? Será que este modelo funciona para você?

É investidor e mira a formação de patrimônio? Busca caminhos para administrar seus bens de forma segura e rentável? Neste caso, saber o que é holding de investimentos pode te ajudar a tomar uma decisão. 

Isso porque este é um caminho para gerenciar múltiplos patrimônios de forma unificada, usufruindo, inclusive, de alguns benefícios fiscais. 

Ao longo deste artigo, falaremos com mais detalhes sobre esta modalidade de gestão de  investimentos e quais as vantagens e pontos de atenção ao adotá-la. 

O que é holding? Como funciona? 

Antes de mais nada, um passo para trás. Você sabe o que é holding?

Holding é o nome dado a uma empresa — constituinte de um CNPJ —, que tem participação no capital de outras. O nome vem do inglês, “to hold”, verbo que significa “segurar”, e português. 

Entendendo a origem do termo, fica mais fácil identificar, também, seu significado. A holding “segura” a gestão das empresas, centralizando sua administração. 

Para que serve uma holding? 

Como pontuamos no tópico anterior, a existência de uma holding diz respeito, sobretudo, ao controle, ou à centralização deste controle, de uma ou mais empresas. Estão entre as atribuições da holding: 

  • atuar na administração gerencial de empresas;
  • organizar estruturas de capital;
  • fazer parcerias com outras empresas; 
  • gerir fundos de investimentos, ações, imóveis, patentes ou outros ativos, de acordo com o modelo de negócio das empresas integrantes do grupo. 

Do ponto de vista do mercado, negócios que funcionam sob o guarda-chuva de uma holding tendem a ter modelos gerenciais semelhantes e, portanto, servem como referência de desempenho. 

Portanto, se um investidor tem interesse em adquirir ações de uma empresa que integra uma holding, sua análise fundamentalista tomará, como base, a performance dos outros empreendimentos do grupo. 

Tipos de holding

Agora você sabe o que é holding. Que tal entender como este tipo de estratégia se divide? Aqui estão alguns dos mais comuns tipos de holding e suas principais atribuições. 

1 – Holding patrimonial

Organização criada com o objetivo de centralizar a gestão do patrimônio dos sócios, incorporando-os ao capital social da empresa. 

2 – Holding pura

Neste caso, a função exclusiva da organização é gerenciar o capital social da(s) empresa(s). Por este motivo, as decisões tomadas no grupo são restritas a assuntos financeiros, não cabendo à holding nenhum tipo de interferência em outros aspectos econômicos do negócio. 

3 – Holding mista

Diferente da holding pura, neste caso, a organização participa de outras decisões que não apenas ligadas à gestão do capital social, tais como a operação, produção e comercialização dos produtos ou serviços das empresas.

Nesses casos, é comum que a holding mista obtenha receita por duas fontes diferentes: dividendos das subsidiárias e lucro proveniente das demais atividades realizadas.  

5 – Holding administrativa

O objetivo da holding administrativa é centralizar a tomada de decisões das empresas envolvidas no grupo. Além disso, a existência da holding é um caminho para “blindar” as figuras dos sócios gerenciais e de seus patrimônios pessoais. 

Exemplo de holding 

Entendeu o que é holding e quais características diferem os principais modelos de organização existentes no mercado? 

Que tal um exemplo para ilustrar? 

A holding que trazemos a seguir é bastante popular, e você certamente já ouviu falar sobre ela ou sobre as empresas que a integram. 

Estamos falando da Itaúsa, holding criada em 1965 e que hoje detém o banco Itaú Unibanco e controla também marcas como Duratex, Deca e Elekeiroz, além de participações em empresas de serviços financeiros e manufatura. 

O que é holding de investimentos? Como ela funciona?

A esta altura da leitura, você pode estar se perguntando “mas o que é holding de investimentos e por que ela ainda não foi mencionada?”. A verdade é que utilizamos um outro nome dado a esta organização para defini-la no tópico anterior. 

Holding patrimonial e holding de investimentos são sinônimos, e servem para definir organizações cujo principal objetivo é gerenciar bens de forma centralizada. 

Diferenças entre holding de investimentos e fundos de investimentos

Antes de falarmos sobre as diferenças entre uma holding de investimentos e um fundo de investimentos, um aviso: neste caso, não nos referimos aos fundos abertos, que oferecem cotas a acionistas. 

Os fundos fechados, ou privados, são aqueles criados para gerenciar o patrimônio de uma empresa ou investidor, e não operam de acordo com o produto de renda variável que você conheceu neste artigo

Sendo assim, o que diferencia um fundo de investimento privado de uma holding? 

O principal aspecto de diferenciação entre os dois modelos de gerenciamento de patrimônio é a facilidade na formalização. 

Enquanto um fundo de investimento necessita da ação de um gestor certificado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a holding de investimentos pode ser formalizada por meio da mediação de contadores e advogados, sem que haja grande burocratização. 

Outras vantagens de fazer uma holding e pontos a considerar

No tópico anterior, você viu que criar uma holding de investimentos pode ser mais simples do que optar pelo gerenciamento de patrimônio via fundo de investimentos. E sim, a desburocratização do processo de formalização é uma vantagem das holdings. 

Porém, há mais alguns pontos positivos no modelo, os quais você conhece a seguir. 

1- Benefícios tributários

Empresários e gestores com patrimônio que optam pelo modelo da holding para centralizar a administração de seus bens contam com alguns benefícios tributários. Um exemplo é a escolha do regime tributário. Se for o lucro presumido, há um abatimento de 32% na base de cálculo do Imposto de Renda.

Outro aspecto tributário positivo na formação de holdings de investimento diz respeito ao processo de sucessão patrimonial. Quando ocorre dentro de uma holding, a transferência de bens é menos custosa do que a tradicional sessão via inventário. 

2- Planejamento sucessório

E por falar em transferência de bens…o planejamento sucessório também é facilitado quando o patrimônio é centralizado em uma holding. 

Dessa forma, ele pode ser segmentado entre os potenciais herdeiros por meio de cotas — em um modelo semelhante àquele praticado nos fundos de investimentos. 

3- Blindagem patrimonial

Ao se associar a uma holding, você, na figura do detentor do patrimônio, se protege da potencial perda dos bens no caso de ações judiciais ou outras crises. 

Isso porque, quando estão sob a gestão da holding, a execução dos bens torna-se mais complexa, o que possibilita a construção de estratégias legais mais contundentes no sentido da reversão da decisão.

Agora que você já sabe o que é holding de investimentos, que tal dividir seu conhecimento com amigos e colegas? Para isso, convidamos você a compartilhar esse conteúdo em suas redes sociais!

*Créditos da imagem de capa: Aidan Hancock em Unsplash