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Engenharia de dados ou Ciência de dados? Veja as diferenças e tendências

É muito comum a dúvida entre engenharia de dados ou ciência de dados. Afinal, apesar de serem complementares, as atividades desenvolvidas por cada profissional e os skills necessários para atuar na área, são distintos.

De acordo com diversas pesquisas, como a do Empregos em Alta do Linkedin, o mercado de Data Science é crescente no Brasil e, cada vez mais, vemos pessoas em busca de profissionalização.

Contudo, existem dois termos que causam bastante confusão para quem ainda não é da área ou para quem está iniciando a carreira, são eles: Ciência de Dados e Engenharia de Dados.

É verdade que os dois termos que circundam o mundo da tecnologia são similares em alguns aspectos e caminham lado a lado, mas engana-se quem pensa que se tratam da mesma coisa. 

Diante dessa dúvida tão comum, decidimos criar este conteúdo para explicar a diferença entre Ciência de Dados e Engenharia de Dados e como atuar nessas duas áreas. Vamos lá?

O que é Ciência de Dados?

A Ciência de Dados é uma área multidisciplinar que tem como objetivo a análise de dados a partir de metodologias científicas e sistemáticas nas áreas de matemática e estatística. Em outras palavras, utiliza-se de conhecimentos teóricos e práticos para formular questões/hipóteses que deverão ser respondidas por meio de dados.

Apesar de muitos acharem que essa Ciência nasceu com a revolução tecnológica dos últimos anos, a verdade é que ela sempre esteve presente em qualquer tipo de estudo de análise quantitativa, o que envolve qualquer área de conhecimento: humanas, biológica ou exatas.

O que mudou nos últimos anos com a revolução tecnológica foi a quantidade de dados gerados para análise. Por isso, a Ciência de Dados acabou ganhando uma nova roupagem tornando-se uma das profissões mais promissoras.

Afinal, com tantos dados gerados, é preciso ter um profissional capaz de olhar para esses dados de maneira analítica, fazendo a limpeza e exploração daquilo que realmente vai ser de valia para a sua aplicabilidade.

Qual o salário de um cientista de dados?

De acordo com o Glassdoor, o salário de um cientista de dados no Brasil varia entre R$4.000 a R$13.000 mensais, sendo a média salarial de R$8.395/mês.

Exemplo da aplicabilidade da Ciência de Dados

Agora que você entendeu o que é Ciência de Dados, vamos dar um exemplo prático da sua utilidade no dia a dia.

Pensa só na pandemia desencadeada pela Covid-19 e a quantidade de estudos que foram realizados. Foi graças à Ciência de Dados aplicada na área da saúde que conseguimos acompanhar de perto as projeções de leitos de UTI ocupados, o número real e a porcentagem de infectados, mortes e curas.

Além disso, com milhares de artigos científicos publicados sobre o novo vírus, a Ciência de Dados foi a principal facilitadora para a leitura e análise de tantos dados de forma rápida e eficiente. Por sua vez, isso nos permitiu ter vacinas em tão pouco tempo.

Concluindo o que é Ciência de Dados: uma área voltada para o desenvolvimento teórico-prático para a elaboração e análise de um banco de dados eficiente, que será utilizado na tomada de decisões em qualquer área de conhecimento.

O que é Engenharia de Dados?

A Engenharia de Dados é responsável por executar o projeto metodológico criado pela Ciência de Dados. Ou seja, é a área profissional que vai construir, testar e executar toda a etapa prática do projeto, passando pela criação de sistemas de coleta, armazenagem, processamento e manipulação dos dados (pipeline de dados).

Portanto, é o engenheiro de dados quem  propõe as ferramentas e softwares úteis para execução do projeto, de modo a responder às questões que serão colocadas e garantir que os dados coletados sejam realmente fidedignos.

Qual o salário de um engenheiro de dados?

De acordo com o Glassdoor, o salário de um engenheiro de dados no Brasil varia entre R$4.000 a R$12.000 mensais, sendo a média salarial de R$7.400/mês.

cientista de dados ou engenheiro de dados
Tanto ciência de dados quanto engenharia de dados são consideradas áreas em alta no mundo da tecnologia

Principal diferença entre Ciência de Dados e Engenharia de Dados

A principal diferença entre ciência e engenharia de dados é a sua aplicabilidade teórico-prática. Como mencionado, não há teoria sem prática, assim como não há prática sem teoria.

Enquanto o cientista tem um papel mais teórico para criar metodologias aplicáveis e analíticas de modo a responder às perguntas de uma área de conhecimento ou relacionadas a um negócio, o engenheiro de dados tem o papel mais prático na execução do projeto garantindo que o pipeline seja executado.

Apesar de haver essa diferença teórico-prática, isso não significa que os conhecimentos não sejam compartilhados.

Dependendo do tamanho da empresa, por exemplo, um cientista de dados pode desempenhar a função de um engenheiro e vice-versa. Por isso, o conhecimento teórico-prático é fundamental para ambas as profissões.

< Leia também: Data Science: o guia completo para quem deseja começar na área />

O que faz um Cientista de Dados? E um engenheiro de dados?

De maneira geral, as principais atividades de um Cientista de Dados são:

  • Entendimento do projeto: saber quais as dores de um negócio ou da área de conhecimento que deverão ser respondida com análise de dados;
  • Metodologia: definição dos métodos utilizados para a coleta e análise de dados;
  • Organização: estruturar os dados e identificar padrões;
  • Análise: interpretação de dados brutos;
  • Relatórios: transformação de dados brutos em linguagem legível.

Já um Engenheiro de Dados tem como competência as principais atividades:

  • Captação: modelação de dados estruturados e não estruturados e automatização da captação a partir de diferentes fontes;
  • Processamento: definição e configuração da plataforma de processamento de dados, desenvolvimento de rotinas de limpeza, padronização, integração, etc;
  • Armazenamento: definição e configuração do banco de dados;
  • Acesso: definição e configuração de acesso aos dados, bem como a proteção dos mesmos.

Skills necessárias para a Ciência de dados

É importante ressaltar que os profissionais de engenharia de dados ou ciência de dados precisam ter uma mente orientada para a estatística e a matemática, assim como uma capacidade analítica. Contudo, por se tratar de profissões diferentes, cada uma delas possui os seus respectivos skills. 

Veja a lista com os cinco principais habilidades para se tornar um cientista de dados:

  1. Amplo conhecimento de estatística e matemática;
  2. Visão de negócio e gestão de projeto;
  3. Pensamento crítico;
  4. Proatividade na resolução de problemas;
  5. Capacidade analítica para visualização e interpretação dos dados.

Skills necessárias para a Engenharia de dados

Ao compreender o que é Engenharia de Dados, percebe-se que há determinadas habilidades imprescindíveis para seguir a carreira.

Sendo uma área mais prática dentro de um projeto de dados, os cinco principais skills de um engenheiro de dados são:

  1. Noção de estatística e matemática;
  2. Grande compreensão sobre linguagem e lógica de programação;
  3. Amplo conhecimento em infraestrutura de Tecnologia da Informação;
  4. Capacidade de colaboração;
  5. Curiosidade intelectual para se manter atualizado em um mercado que a cada dia lança uma nova tecnologia.

Como atuar na área de Engenharia de Dados ou Ciência de Dados?

O primeiro passo para começar a atuar na área de Ciência e Engenharia de Dados é buscar por uma formação.

Para quem está em busca de uma profissionalização mais rápida, existem bons cursos de Ciência de Dados EAD que vão permitir a obtenção de um diploma e uma formação de qualidade. Sendo um curso feito a distância, o aluno pode fazer conforme a sua própria disponibilidade e sem precisar de deslocamento.

O curso de Engenharia de Dados EAD também é bastante procurado por quem deseja atuar na área. Em poucas semanas é possível adquirir um bom conhecimento e já iniciar no mercado de trabalho.

Inclusive, como o mercado de trabalho anda bastante aquecido para Engenharia de Dados ou Ciência de Dados, muitas empresas estão contratando pessoas ainda na graduação. As mesmas vêm investindo em cursos técnicos para que o profissional possa se qualificar a nível acadêmico, após ter iniciado a sua trajetória na empresa.

Para ter uma ideia, segundo a revista canadense Towards Data Science Inc, 61% dos cientistas de dados são contratados apenas com o diploma de bacharel e 39% são profissionais com níveis acadêmicos mais elevados.

O mercado de trabalho para Ciência e Engenharia de Dados

Agora que já sabe os conceitos de Engenharia de Dados ou Ciência de Dados, saiba que o mercado de trabalho é promissor!

Segundo o estudo divulgado pelo Programa de Projeções de Emprego da Bureau of Labor Statistics, as profissões na área de matemática e estatística aparecem entre aquelas com maior crescimento até 2030. 

O estudo da SEAGATE não deixa dúvidas de quanto esses profissionais são importantes no mundo atual e o quanto serão necessários no futuro:

“A IDC definiu três locais como principais fontes de onde a digitalização está acontecendo e onde o conteúdo digital é criado: o núcleo (tradicional e data centers em nuvem), a borda (infraestrutura reforçada para empresas como celular, torres e filiais), e as extremidades (PCs, smartphones e dispositivos IoT). O somatório de todos esses dados, seja criado, capturado ou replicado, é chamado de Global Datasphere. A IDC prevê que o Global Datasphere crescerá de 33 Zetabytes (ZB) em 2018 para 175 ZB em 2025”.

Ainda de acordo com a pesquisa, uma vez que muitas empresas utilizam dados para melhorar as experiências do consumidor, este também tem adotado recursos personalizados para envio e utilização de dados em tempo real: 

“Hoje, mais de 5 bilhões de consumidores interagem com dados todos os dias – em 2025, esse número será de 6 bilhões, ou 75% da população. Em 2025, cada pessoa conectada terá pelo menos uma interação de dados a cada 18 segundos”.

Portanto, a hora de começar a atuar na área de Engenharia de Dados ou Ciência de Dados é agora. O mercado de trabalho está fortemente aquecido e pelas projeções futuras, ele continuará em crescimento. 

Se você quer iniciar seus estudos agora mesmo para ser um profissional de Engenharia de Dados ou Ciência de Dados de sucesso, confira os cursos da plataforma por assinatura XPE Multi+, da Faculdade XP. Basta pagar a mensalidade para ter acesso a dezenas de formações que são focadas nas habilidades técnicas para a atuação imediata no mercado.

Quer investir em crédito privado? Conheça os títulos, e os prós e contras do modelo de investimento

Criar uma carteira diversificada ultrapassa a ideia de que se deve aplicar em ativos possíveis sem a possibilidade de correr riscos. Nesse sentido, uma boa oportunidade de investimento é o crédito privado que, embora envolva riscos, apresenta boas vantagens. 

O crédito privado é uma opção de renda fixa que ajuda a financiar empresas para um bem maior. Em troca, o investidor recebe em determinado período o valor aplicado e somado superior aos pagos pelos títulos públicos.

Essa pode ser uma boa opção para você? Ao longo deste artigo nós vamos esclarecer o que é crédito privado, os principais tipos, como funciona, e seus prós e contras.

Para explicar os principais detalhes, confira os principais tópicos:

  • O que é crédito privado?;
  • Qual a modalidade do crédito privado?;
  • Quais são os títulos de crédito privado?;
  • O que são fundos de crédito privado?;
  • Qual é a tributação dos fundos de crédito privado?;
  • Vantagens e desvantagens do crédito privado;
  • Vale a pena investir em crédito privado?

Boa leitura!

O que é crédito privado?

Crédito privado é um modelo de emissão de dívida realizado por empresas que desejam expandir seus negócios, tornar viável um projeto ou circular o capital de giro. Em suma, o investidor empresta dinheiro às empresas em troca de remuneração. 

Supomos, por exemplo, que uma empresa necessita fazer investimentos para crescer no mercado, seja para ampliar seus equipamentos agregando novas tecnologias, ou para aplicar em campanhas de marketing e, assim, ganhar maior engajamento do público-alvo.

Esse tipo de projeto pode se tornar realidade em pouco tempo, mesmo que o empreendedor não tenha recursos disponíveis naquele momento. Logo ele pode conseguir alavancar seu objetivo de duas formas:

  • 1. Pegar dinheiro emprestado com um banco tradicional, ciente de que há juros abusivos conforme a quantidade de parcelas requisitada;
  • 2. Fazer uma operação no mercado de capitais, uma ideia não muito conhecida para a maioria das pessoas.

Ao optar pela segunda opção, quem viabiliza o capital são os investidores. Estes, por sinal, contam com o pagamento de juros sobre o valor, referente à valorização do montante ao longo dos anos.

A troca de “dinheiro”, nesta situação, é o que conhecemos por título. Quando emitido, ele deve chegar ao investidor, sendo que esse processo pode ser feito por meio de bancos de investimentos, corretoras, etc.

Outra funcionalidade do crédito privado é levantar verba para projetos dos setores do País, como o agronegócio e o mercado imobiliário, por exemplo.

Normalmente é indicado para quem busca retorno a longo prazo, já que grande parte das ideias dos investidores é focar em projetos ambiciosos de alta duração.

Qual a modalidade do crédito privado?

Existem basicamente dois modelos de investimentos: renda fixa e variável, mas o título privado se encaixa melhor em renda fixa. Sabe por quê?

Os investimentos em renda fixa contam com cálculo predefinido, isto é, durante a ideia de começar uma aplicação é possível prever o retorno financeiro.

Para que todo o processo seja realizado concretamente, são acordados os prazos, taxas, índices de referência e outros detalhes da negociação.

Logo, é possível entender que, no crédito privado, o investidor tem noção sobre o retorno do investimento e o quando isso irá acontecer.

Mas o crédito privado não se destina a apenas aplicações de renda fixa. Na modalidade de renda variável, as ações são negociadas na bolsa de valores. 

Geralmente este tipo de aplicação é feito por investidores que não temem os riscos do mercado

Quais são os títulos de crédito privado?

Uma das formas de investir em crédito privado é por meio de títulos. Nesse sentido, existem três tipos de papéis para aplicação. São eles:

Debêntures

Quando as empresas evitam empréstimos bancários por conta das altas taxas, elas recorrem à emissão de debêntures. Para os investidores este é um bom negócio, uma vez que, geralmente, a rentabilidade é maior que os títulos públicos.

De modo geral, as debêntures são títulos de dívida que, ao serem aplicados, fornecem um empréstimo à empresa. Elas servem para financiar projetos em troca do recebimento de juros.

Existem dois tipos de debêntures:

  • Simples: a rentabilidade de uma debênture é paga em dinheiro diretamente na conta-corrente;
  • Conversível: você recebe por meio de cotas empresariais.

Vale frisar que os formatos têm cobrança de Imposto de Renda (IR), mas para pessoas físicas existem as debêntures isentas de IR, quando aplicadas em projetos de infraestrutura. Nesse caso, chamam-se debêntures incentivadas.

Atenção para a possibilidade de calotes das empresas emissoras de títulos, uma vez que esse tipo de investimento não é coberto pelo FGC. Por essa razão, é importante analisar a classificação das agências de risco (rating) sobre as emissoras antes de finalizar uma operação.

CRI e CRA

O CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e o CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) são modelos em que o investidor adquire parcelas de financiamentos, podendo receber os retornos por períodos ou somente no vencimento do título.

Um dado importante é que esses títulos não são emitidos por instituições financeiras, como, na maioria dos casos, e, sim, por especialistas em concretizar créditos em formato de títulos.

Do mesmo modo que as debêntures incentivadas, o CRI e o CRA são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas.

FIDC

Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) são um modelo de investimento que busca alta rentabilidade por meio de direitos de crédito. 

Isso significa que quem escolhe esse modelo detém os direitos de receber valores por parte da empresa, como, por exemplo, contas a receber, duplicatas e cheques. 

Nesse caso, as empresas oferecem títulos que geram aumento de liquidez no fluxo de caixa, porém, o pagamento da rentabilidade acordada é feito no prazo determinado. 

O que são fundos de crédito privado?

Os fundos de crédito privado são aqueles em que o gestor investe parte do capital em títulos de empresas e instituições privadas.

Quando o investidor adquire os fundos de crédito privado, é como se ele emprestasse dinheiro para as companhias que emitem os papéis. Logo, elas remuneram o investidor com juros durante e ao final da aplicação.

Consideram-se fundos de crédito privado quando o investidor possui mais de 50% do patrimônio totalmente aplicado em títulos de empresas e instituições privadas.

Vale ressaltar que esse aporte está sempre integrado aos indicadores como CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou IPCA (Índice de Preços ao Consumidor).

Qual é a tributação dos fundos de crédito privado?

Os fundos de crédito privado incidem sobre alguns impostos. São eles:

1. Imposto de Renda

A tributação mais conhecida do país é aquela que recolhe parte do que você ganha. Como ela acompanha a evolução de cada patrimônio, o governo pede que os trabalhos e empresas informem os ganhos anuais para a Receita Federal.

As alíquotas do IR seguem a tabela regressiva das aplicações de renda fixa:

  • Até 180 dias: 22,5%;
  • De 181 a 360 dias: 20%;
  • De 361 a 720 dias: 17,5%;
  • Acima de 720 dias: 15%.

Vale lembrar que as debêntures isentam pessoas físicas da contribuição do Imposto de Renda quando as aplicações são feitas para projetos de infraestrutura, o que chamamos de incentivadas. 

2. IOF

O Imposto sobre Operações Financeiras visa regularizar a economia nacional. O recolhimento acontece proporcionalmente de acordo com cada operação, dando conhecimento da demanda e oferta de crédito. Nesta situação, o IOF serve para resgates em aplicações inferiores a 30 dias.

3. Come-Cotas

Esse tipo de tributação acontece quando se investe em fundos de crédito privado, o investidor compra cotas dele, e parte dessa cobrança é repassada à Receita Federal. Assim, o investidor perde cotas após pagar a tributação.

Vantagens do crédito privado

Maior rentabilidade

Em comparação aos títulos públicos, os fundos de crédito privado são mais rentáveis quando as taxas de juros estão baixas, como a Selic e o IPCA.

Redução de riscos

O risco é relativamente menor em relação aos investimentos em ações, que, porventura, são mais arriscados, devido às oscilações do mercado no valor dos ativos. 

Isenção de impostos

Alguns tipos de crédito privado, como debêntures incentivadas, CRI E CRA, por exemplo, não cobram impostos.

Existência de Ratings

Rating é um tipo de avaliação que uma empresa especializada faz em relação às empresas de investimento em crédito privado. Assim, por meio da nota você vai saber os verdadeiros riscos. Por exemplo, se a nota da empresa é alta, significa que ela é estável, portanto, isso diminui as chances da debênture não ser paga.

Desvantagens do crédito privado

Ausência do FGC

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma entidade privada que protege os investidores que incluem seu dinheiro em instituições financeiras, assegurando até R$250 mil por CPF e instituição financeira. No entanto, essa proteção não se aplica ao crédito privado, deixando o investidor totalmente desamparado em caso de calote ou falência da empresa.

Investimentos iniciais altos

Em alguns casos, os primeiros investimentos podem ser elevados, um problema aparente para quem não dispõe de alto capital.

Possibilidade de quebra de empresas

Embora seja um investimento qualificado, ele é um recurso do setor privado, o que gera possibilidade de falência.

Enfim, vale a pena investir em crédito privado?

Com essas informações, você já tem noção sobre o que é crédito privado e se é a melhor alternativa para você.

Como percebemos, há diversas vantagens e desvantagens em jogo, mas o mais importante é que o investimento em crédito privado depende do seu capital disponível.

A única certeza é que o crédito privado é um investimento de renda fixa, conhecido por gerar uma previsão mais assertiva em torno dos ganhos. Mas isso acontece de fato? E o que significa renda fixa?

O curso Renda Fixa: ganhos com baixo risco é feito para quem deseja aplicar o dinheiro neste tipo de investimento, porém deseja aprender mais detalhadamente este mundo.

No curso, o aluno conhece os produtos de renda fixa (CRI, CRA, LCI, CDB, Debêntures, e tantos outros) e têm a única certeza de que são mais compensadores do que a caderneta de poupança.

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Qual a melhor plataforma para day trade? Veja 4 opções!

Um bom software de análise gráfica e automatização de operações é um excelente aliado para os investidores adeptos da especulação e dos ganhos no curto prazo. Nesse sentido, você sabe qual a melhor plataforma para day trade disponível no mercado?

Além de um bom conhecimento de mercado financeiro e da análise técnica de gráficos, investir em uma boa ferramenta é fundamental para dar mais autonomia, segurança e agilidade para as suas operações de trade.

Isso porque essas plataformas contam com uma tecnologia de inteligência de dados que pode te oferecer insights e seguir ordens padronizadas de maneira automática sem que você precise passar o dia inteiro na frente do computador.

Portanto, se  deseja aprender mais sobre a importância de contar com uma plataforma para operar day trade, separamos  quatro opções, entre pagas e gratuitas, para que você  avalie  seus atributos e descubra  qual delas combina mais com seus objetivos.

Confira!

Qual a melhor plataforma para day trade?

Profit (One, Plus e Pro)

A Profit é uma das plataformas para day trade mais populares do mercado por ter diferentes versões que contemplam tanto funcionalidades mais simples, como um modelo mais completo que oferece recursos exclusivos para melhorar a performance do trader.

A sua versão mais básica, por exemplo, é a One. Ela é indicada para operadores menos exigentes, mas ainda assim oferece indicadores e recursos diversos para enriquecer a análise técnica de gráficos.

Já a versão Plus, a intermediária, oferece ferramentas mais exclusivas, como o livro de ofertas visual e a SuperDom, que permite o envio de ordens padrões de forma automática diretamente para o livro de ofertas.   

Já a versão Pro, por fim, é perfeita para operações complexas e mais sistematizadas, além de permitir um modo de simulação no qual o trader pode fazer testes de estratégias e ficar mais protegido contra riscos.

>>> Quer dicas para fazer um bom gerenciamento de risco? Então confira esse conteúdo especial da série Investimento às Claras:

SmarttBot

A SmarttBot é uma solução desenvolvida por uma startup sediada em Belo Horizonte. Seu principal diferencial é a utilização de robôs de investimento (ou bots) que, por meio de tecnologias de inteligência de dados, executam ordens automáticas.

O objetivo por trás dessa plataforma é evitar que o trader passe horas na frente de um computador analisando gráficos e emitindo ordens. 

Com a ajuda dos procedimentos automatizados, o investidor otimiza seu tempo e tem mais agilidade e segurança para monitorar e realizar suas operações.

Sua utilização é simples e intuitiva: basta criar uma conta grátis, cadastrar a corretora que você utiliza e, finalmente, começar a operar.

Tryd (Trader e Pro)

Assim como a Profit, a Tryd é uma plataforma voltada para traders profissionais e scalpers que desejam contar com uma ampla reunião de recursos para otimizar seus processos e melhorar a eficácia das posições e estratégias.

Ela possui duas versões: a Trader e a Pro. A primeira oferece a oportunidade de fazer operações mais alternativas, como no mercado de opções e no forex trading, além de disponibilizar ótimos recursos:

  • indicadores e totalizadores de mercado; 
  • monitor de cotações;
  • acesso ao livro de ofertas;
  • leilões;
  • e negociações em tempo real.

Por sua vez, a versão PRO possui todos os recursos disponíveis na Trader, porém com o acréscimo de filtro de ofertas por corretora, acesso ao livro de ofertas com profundidade, diversas opções de gráficos atemporais para análise técnica e muito mais. 

Metatrader

Para muitos, o Metatrader pode ser considerada a melhor plataforma para day trade ou swing trade pela sua capacidade de reunir uma grande diversidade de recursos e ferramentas em uma interface extremamente intuitiva e simples de utilizar. 

Ele foi criado em 2005 pela empresa MetaQuotes Software Corp, e conta com duas versões ativas na atualidade: o Metatrader 4 e o Metatrader 5. Em ambas as versões, o trader é conectado instantaneamente ao home broker de inúmeras bolsas de valores mundo afora.

Seu sistema de automação inteligente, por exemplo, permite a coleta de insights em tempo real para orientar a tomada de decisão estratégica e gerenciar a posição de ativos. Assim, como no Profit Pro, aqui também é possível fazer simulações para testes.

Por fim, o Metatrader também oferece uma loja de robôs com funções diversas para que você os adquira de acordo com seus objetivos e estratégias.

Escolha a melhor plataforma para day trade e invista em conhecimento

E aí, gostou do conteúdo? Qual a melhor plataforma para day trade na sua opinião? Independente da qual você escolha, as quatro opções apresentadas são excelentes e você só precisa aliar quais funcionalidades são mais pertinentes para seus objetivos.

E lembre-se: além de uma boa ferramenta, o melhor aliado que você pode ter no mundo dos investimentos a curto prazo é o conhecimento contínuo não só sobre o mercado financeiro, mas também sobre análise técnica de ativos mais voláteis.

Nesse sentido, se você busca incrementar seus conhecimentos sobre o tema, a Escola de Investimentos da Faculdade XP oferece um curso exclusivo sobre o mercado de day trade para que você descubra o caminho das pedras e conquiste excelentes lucros nessa empreitada.

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Bear Market: o que é e como funciona o mercado urso nos investimentos?

Quem investe em ações e em renda variável precisa conhecer alguns termos e jargões financeiro para ter sucesso em investimentos de risco. Nesse sentido, é essencial entender o que é o bear market, que representa a tendência de queda do mercado. 

Mas calma! Ao entender o significado de bear market você conseguirá ampliar seu conhecimento e compreender os momentos mais críticos do mercado para poder reverter os investimentos. 

Quer entender melhor o assunto? Ao longo deste artigo vamos explicar o que é bear market e como funciona. Acompanhe a gente!

O que significa bear market?

Em tradução livre, o termo bear market significa “mercado de urso”. É uma referência ao momento na natureza em que o urso ataca outras espécies com um movimento de cima para baixo, impedindo a sua presa de sair.

Essa definição é a mais conhecida e foi criada por Richard S. Tedlow – professor de Administração de Empresas em Harvard e especialista em história dos negócios.

Se você já teve a oportunidade de ver essa cena em algum documentário, percebeu que o urso, ao atacar, “sufoca” a vítima até prendê-la no chão. Metaforicamente, essa ação de movimento para baixo faz conexão com os preços em queda. 

Logo, bear market se refere a uma situação economicamente negativa nos preços das ações no mercado como um todo.

Isto é, quando o mercado entra em queda e fortalece a tendência de prejuízos iminentes com a desvalorização. 

Mas isso não significa que são períodos de correção em longa duração, os bear market são menos previsíveis e estão associados a perspectivas pessimistas na economia em período curto.

Um exemplo da ocorrência do bear market foi a pandemia do coronavírus em 2020, quando surgiu, alterando o cenário da economia mundial. Assim, com o mercado em baixa, o patrimônio do investidor pode ser diminuído consideravelmente.

Tal cenário é bem capaz de provocar um efeito dominó no sentido descendente dos preços dos ativos presentes no mercado de ações.

>>> Leia também: Short squeeze: o movimento que influenciou ações da GameStop

O que influencia a tendência do bear market?

Existe um conjunto de fatores que leva ao bear market, desmistificando a ideia de que seja apenas uma situação causadora.

A queda dos números relacionados ao Produto Interno Bruto (PIB), a falta de empregos e o aumento nos juros são reflexos de um cenário econômico pessimista. 

Por estarmos tratando de uma tendência em queda, mais investidores querem vender suas ações, receosos com a possibilidade de sofrerem com possíveis prejuízos.

Pensando de outra forma, quem opta por adquirir ações em época de baixa, tende a esperar o momento de lucro no longo prazo, já que a queda dos preços pode ser longa.

>>> Aprenda mais: Para que serve o PIB? Como ele é calculado?

Qual a diferença entre bear market e bull market?

Os termos bear market e bull market andam juntos no mercado financeiro, embora eles tenham significados opostos.

O bull market corresponde ao “mercado do touro”, animal que age de baixo para cima, diferente do bear market, em que o ataque é no sentido contrário.

Sendo assim, o bull market diz respeito ao mercado em ascensão. De modo geral, são nos momentos otimistas que os investidores fazem seus aportes.

Como aproveitar o bear market?

Uma estratégia relativamente interessante para utilizar durante esses períodos de bear market é conferir os indicadores fundamentalistas das empresas.

Dessa forma, se a empresa segue expandindo e melhorando suas operações, mesmo com a tendência de queda do mercado, é um sinal de resiliência.

O investidor pode justamente se beneficiar dessa época em que as ações estão com preços mais baixos, oferecendo boas oportunidades.

Por fim, também é indicado fazer a operação short, ou venda a descoberto. Ela representa a venda de ativos que o investidor não tem em sua carteira.

Aqui o objetivo é vender o ativo por um preço altíssimo, recomprá-lo por uma cotação menor após a queda e devolvê-la ao doador. 

Neste caso, é evidente a possibilidade de lucrar com a diferença dos preços, mas vale ressaltar o desconto da taxa de aluguel e os custos, como corretagem e emolumentos.

Bear Market: conheça mais sobre o mercado financeiro

Ao longo deste artigo podemos perceber que o bear market é uma referência negativa de mercado, mas que pode ser contornado de acordo com o movimento das ações. 

Para isso, é necessário estudar as variações do mercado, possibilitando buscar soluções mais assertivas diante de uma crise financeira.  

Uma dica fundamental é acompanhar os nossos artigos sobre o tema no blog da Faculdade XP, como vídeos sobre bolsa de valores. Este aqui é um exemplo para você se inspirar, em que a especialista Clara Sodré explica, de forma simples, como começar a investir em ações:

Outra recomendação é explorar o curso Aprenda a Investir na Bolsa de Valores, da Faculdade XP School. O material online traz dicas interessantes para criar uma carteira diversificada de investimentos e a contornar situações indesejadas de oscilações do mercado.

Afinal de contas, o bear market é um indicador com relevância para a economia e as movimentações do mercado de ações da bolsa de valores

Portanto, agora que você compreendeu o assunto, que tal conhecer mais sobre o mercado financeiro?

Comece agora mesmo!

Imagem da campanha de um curso online sobre "Começar a Investir na Bolsa de Valores" da Faculdade XP School.

Análise fundamentalista: o que é? Passo a passo para avaliar as ações

Para quem busca rentabilidade a longo prazo ao investir no mercado de ações, saber sobre a análise fundamentalista é um fator essencial. Tanto essa modalidade quanto a análise técnica buscam avaliar a situação financeira de uma empresa como um todo.

De modo geral, a análise fundamentalista usa dados econômicos, indicadores do mercado financeiro e balanços como método para identificar as oportunidades de mercado.

Se você deseja saber mais sobre essa metodologia e como aplicá-la no dia a dia para obter investimentos seguros, neste artigo vamos explicar tudo sobre a análise fundamentalista de ações, abordando os seguintes tópicos:

  • O que é análise fundamentalista?
  • Como surgiu a análise fundamentalista?
  • Como fazer análise fundamentalista de ações?
  • Análise fundamentalista: vantagens e desvantagens
  • Análise fundamentalista x análise técnica: qual a diferença?
  • Como usar a análise fundamentalista de ações?

Boa leitura!

O que é análise fundamentalista?

A análise fundamentalista é um recurso que avalia o histórico de uma empresa, a situação financeira e econômica a fim de determinar o valor de suas ações e suas expectativas para o futuro.

Em suma, é possível dizer que a análise fundamentalista estuda o valor de uma companhia, e não o preço das ações. Isso significa que o investidor prioriza empresas com valor elevado naquele momento, embora os preços das ações sejam baixos.

Logo, o objetivo da análise fundamentalista é conquistar lucros a partir da diferença entre o preço de compra e o preço de venda. E, para chegar a esta conclusão, são usados os indicadores da empresa e as perspectivas do cenário a longo prazo.

Como surgiu a análise fundamentalista?

Antes de entendermos a fundo como usar a análise fundamentalista de ações, vamos conhecer a história da metodologia.

O pioneiro da análise fundamentalista foi Benjamin Graham. O economista inglês defendia a tese de que o preço de uma ação deve ser a base para alcançar lucros futuros, tendo em vista o fluxo de caixa naquele momento.

Isto é, ele procurava indicadores que mostravam o potencial de crescimento e valorização de determinadas empresas.

Warren Buffett, empresário americano e multibilionário, foi um dos seus maiores alunos e figura conhecida por investir em ações usando esse tipo de análise.

Não é por acaso que Buffett é conhecido por usar a estratégia Buy and Hold (comprar e manter), em que o investidor compra e segura os ativos por décadas ou até mesmo para sempre.

Em outras palavras, investimento é estar associado a boas empresas, firmando sociedade, enquanto permanecer lucrando, podendo desfazer da parceria no momento que achar mais apropriado.  

Na prática, o investidor que usa a análise fundamentalista compra ações das empresas em crise ou subvalorizadas, e aguarda períodos de longa duração prevendo o momento de valorização do ativo para negociá-lo.

Como fazer análise fundamentalista de ações?

Cabe ressaltar que existem várias maneiras de usar a análise fundamentalista. Uma delas é por meio da análise horizontal, cujo foco é compreender a evolução dos resultados de uma companhia ao longo do tempo.

Já a análise vertical se propõe a verificar o percentual dos resultados de cada setor da empresa, comparando a relação entre dois ou mais campos do balanço patrimonial.

Por fim, cabe ressaltar ainda que existem várias maneiras de se obter resultados através da análise fundamentalista. Uma forma usual é por meio dos indicadores financeiros, que veremos a seguir.

Indicadores financeiros

A avaliação dos indicadores da empresa é um dos principais momentos para chegar a uma definição de compra e venda de ativos do mercado financeiro.

Os índices têm como premissa encontrar organizações negociadas abaixo do valor intrínseco, ou seja, subavaliadas no mercado e, portanto, a tendência é garantir oportunidades de adquirir ações mais em conta.

Para facilitar a análise fundamentalista, por lei, toda empresa é obrigada a divulgar suas informações operacionais por meio de relatórios que apresentam os dados financeiros.

O Balanço Patrimonial, o Demonstrativo de Resultado do Exercício e o Demonstrativo do Fluxo de Caixa são os documentos financeiros que apresentam os indicadores que ajudam a desenhar o comportamento da empresa e o seu real potencial de valorização.

Preço/Lucro 

O Preço/Lucro, ou P/L, é o indicador que aponta o quão interessante está o preço de uma ação de uma empresa em comparação ao de outras no mesmo segmento.

Logo, se o resultado do P/L é baixo, a ação tem um preço atrativo e com grandes chances de compra.

A equação é:

P/L = Preço da Ação/Lucro por Ação (LPA)

Preço/Valor Patrimonial

O P/VPA mostra, basicamente, quanto o investidor está disposto a pagar pelo ativo. Logo, quanto mais alto o indicador, mais caro é o ativo.

P/VPA = Preço da Ação/Valor Patrimonial da Ação (VPA);

VPA = Patrimônio Líquido/Número total de ações

Preço/Vendas

O Preço dividido pelas Vendas (P/V) corresponde a relação entre o capital e valor das vendas líquidas da companhia.

P/V = Preço da Ação/Receita por Ação

Valor da empresa/Ebitda (VE/Ebitda)

Para conhecer o valor de mercado da companhia, faz-se o seguinte cálculo:

Valor de Mercado = Preço da Ação negociada x Número total de ações

Em seguida:

Valor de Mercado + Endividamento Bancário líquido = Valor da Empresa (VE) 

O endividamento bancário líquido é igual ao total de empréstimos e financiamento menos o saldo das aplicações financeiras.

Ebitda (LAJIDA)

O Ebitda (sigla em inglês para Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), cuja tradução livre para português é LAJIDA (Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), é o índice que ajuda a analisar o desempenho operacional da empresa mensurando sua produtividade e eficiência dentro de um setor.

A fórmula é a seguinte:

EBITDA = Lucro Operacional Líquido antes dos Impostos + Depreciação + Amortização + Juros

Dividend Yield

O Dividend Yield (DY) é outro importante indicador da análise fundamentalista, sobretudo para investidores que buscam aplicações com foco em dividendos.

Em geral, o DY é apresentado em percentuais pagos nos últimos 12 meses ou pela hipótese dos próximos 12 meses.

Se você deseja investir em DY, busque sempre empresas que pagam bons dividendos, pois, além da valorização da ação, receberá bons proventos.

O cálculo do DY é:

Dividend Yield = Dividendos pagos nos últimos 12 meses/Preço da ação

ROE (Return On Equity)

O ROE mede o desempenho de uma empresa e diz se ela gera benefícios aos acionistas. De todo modo, o recurso avalia a eficiência da gestão de uma empresa, avaliando seu valor por meios dos próprios recursos.

Para calcular o ROE, divida o lucro líquido pelo patrimônio líquido do período contábil anterior. Os valores encontram-se no balanço patrimonial.

Análise fundamentalista: vantagens e desvantagens

Vantagens

Abrangência

A análise fundamentalista traz dados amplos e concretos, o que proporciona mais segurança devido à quantidade de dados apresentados, e agilidade, uma vez que as informações são precisas e com a ajuda de um consultor de investimentos o processo se torna mais rápido para avaliar e tomar decisões.

Investimento duradouro

Um investidor que busca comprar ações para mantê-las na carteira por longo tempo tem na análise fundamentalista sua grande aliada. Isso porque o recurso é utilizado para aplicações futuras.

Desvantagens

Conhecimento aprofundado

Para saber como usar a análise fundamentalista de ações é importante ter conhecimento e tempo para realizar o cálculo dos índices e avaliar todo o histórico de uma empresa.

Isso não significa que o investidor deva passar o dia em frente ao home broker e se preocupar com a volatilidade do mercado, até porque o foco é a longo prazo. Porém, quanto mais estudo, mais chance de criar um estudo completo e com resultados positivos.

Análise fundamentalista x análise técnica: qual a diferença?

Podemos perceber que a análise fundamentalista é uma metodologia clara para os investidores, principalmente quando se trata de formar patrimônio a longo prazo.

No entanto, não se pode descartar as vantagens da análise técnica, método bastante aplicável, mas com características bem diferentes em relação à fundamentalista. A começar pelo período de investimento.

A análise técnica é geralmente empregada por quem busca lucros a curto prazo, proveniente da especulação do ativo.

Por isso, quem foca em operações day trade não considera os fundamentos como base de perspectiva de crescimento, pois o investidor não está interessado pelo valor intrínseco de uma ação, e sim, no seu valor a curto prazo.

Na análise técnica, os dados no gráfico são o único elemento visionário para decisão de compra e venda, enquanto na fundamentalista mede-se o histórico de uma empresa e o valor qualitativo dela.

Percebeu a diferença?

Como usar a análise fundamentalista de ações?

Agora que você já sabe o que é análise fundamentalista e para que ela serve, é importante saber usar a metodologias para investir corretamente, considerando que o seu propósito financeiro seja a longo prazo.

Para ajudá-lo a descobrir mais sobre o mercado financeiro e como utilizar a análise fundamentalista, indicamos o curso Análise Fundamentalista: identifique os futuros vencedores da Bolsa.

Com esse treinamento você irá dominar os métodos para avaliar o valor de uma empresa e descobrir quais dados são utilizados para realizar os cálculos antes de comprar um ativo.

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O que é um pitch? Saiba o que significa e crie apresentações incríveis  

Alguns empreendedores de primeira viagem definem o que é pitch como uma forma de “vender seu peixe”. 

Se esse for o seu caso, é melhor você mudar seu mindset e rever alguns conceitos. Isso porque um pitch poderoso pode ajudá-lo a fazer excelentes negócios. Em contrapartida, um ruim, pode significar o contrário. 

Mas, afinal, o que é pitch? Como montar um? Descubra agora! 

O que é pitch?

O pitch pode ser definido como uma apresentação direta e breve de uma ideia, produto ou projeto. Ele é realizado por quem está em busca de investidores, parcerias ou de clientes. 

O pitch se baseia em um discurso e têm um período curto de duração, que geralmente fica entre 5 e 8 minutos. Logo, devido a isso, é essencial que ele seja bem estruturado, uma vez que não há tempo a perder para convencer e persuadir. 

< Aprenda também: Perfil de investidor: que tipo você é? />

O que é um pitch de negócios?

No campo do empreendimento, o pitch de negócios é conhecido como uma prática muito positiva, especialmente para captar parceiros e investidores. Popularizada no universo das startups, é comum ter um espaço dedicado para apresentações de pitch em eventos.

Aliás, se engana quem pensa que pitch também pode ser uma reunião de negócios, a oficialização de uma parceria ou o cumprimento de uma venda.

Na verdade, é mais apenas o pontapé inicial para um futuro investimento ou compra – dependendo do lado em que você estiver – em um primeiro contato com o investidor ou cliente.

Então, se você precisa convencer um determinado público a acreditar no seu negócio, o pitch é um ótimo espaço para isso, servindo para qualquer empresa.

O que você, empreendedor, precisa ter em mente é que deve dizer em poucas palavras o significado do seu projeto, em qual mercado vai atuar, a solução e o que busca com tudo isso.

Agora que você já sabe o que é pitch, continue lendo para conhecer os seus diferentes tipos! 

< Leia mais: Venda coberta de opções: como fazer e estratégias />

Quais são os tipos de pitch de investimento?

Os tipos de pitch variam de acordo com as regras do jogo e dos objetivos do cliente. Veja como um empresário pode impactar outras pessoas com sua apresentação.

Elevator pitch

Elevador pitch é uma versão reduzida do pitch de vendas.

Como assim? Visualize que, ao estar em um elevador, entra um grande investidor em potencial e você quer apresentar suas ideias convencendo-o de que são boas.

Por permanecer nesse local fechado e com pouco tempo para desenvolver as ideias entre as mudanças de andares, o tempo que você tem é curto, logo, é preciso ser sucinto e prático até que a porta se abra novamente e continue seu trajeto.

É nesse contexto que surgiu esse termo.

One-sentence pitch

No português, o “pitch de uma frase” chama a atenção de possíveis parceiros para o seu negócio utilizando apenas uma sentença.

Para quem não conhece direito seu empreendimento ainda, pode parecer até complicado resumir seu projeto em uma única frase e, ao mesmo tempo, atrair o interesse de investidores em potencial. 

Mas se você conhece detalhadamente as características do projeto, basta procurar as palavras-chave principais. Se bem selecionadas, elas impressionarão o ouvinte e, a partir daí, abrirão portas para uma conversa mais longa.

Pitch deck

Este tipo de pitch remete à utilização de recursos visuais, como slides, que dão suporte à sua fala na hora da apresentação da ideia. 

As apresentações desse modelo são feitas pelo Power Point ou Prezi, por exemplo.

Porém, é importante ficar atento para não criar uma apresentação mal planejada que misture os recursos visuais e atrapalhe a leitura da outra pessoa. 

Como sabemos, muitas vezes, a utilização de slides pode atrapalhar a venda das suas ideias se for mal trabalhada. Tenha em mente que eles estão lá para oferecer suporte ao seu discurso e não ser a atenção principal.

Então, use o layout da apresentação para:

  • mostrar a identidade do seu negócio;
  • transmitir profissionalismo;
  • dar o toque de criatividade.

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Como fazer um pitch de apresentação? 7 passos

Pesquise sobre seu público

Saber como se comporta e o que pensa o público que desejamos atingir é fundamental para criar um projeto direcionado a um nicho específico. Desse modo, as chances de crescimento e de sucesso no mercado são muitas. 

Mas não foque somente no público-alvo. Analise também quem estará avaliando o seu projeto na hora da apresentação. Pode parecer apenas uma pessoa aleatória, mas que poderá contribuir muito para fortalecer o seu talento.

Em suma, entender sobre essas pessoas, linguagem e gestos, fará você construir uma apresentação mais clara e objetiva.

Faça o planejamento da apresentação

Dificilmente, conseguimos nos sair bem quando não adotamos um plano estratégico claro, seja para uma apresentação ou até para a execução de um projeto. Por isso, estabelecer uma organização e/ou cronograma detalhado do que será feito ou falado é muito importante.

Sentir-se seguro com a estratégia planejada gera confiança sobre o que se pretende “vender”. 

Logo, traçar o principal objetivo do seu negócio dentro desse planejamento não pode ficar de fora.

Seja objetivo

Já deu para perceber que, independentemente do tipo de pitch que adote, o tempo é curto, então demorar para explicar sobre seu projeto pode ser um grande problema.

Separe o que há de mais essencial sobre o que pretende contar aos investidores e deixe os dados complexos para uma segunda oportunidade. O importante é transmitir a informação completa para gerar o interesse do seu público.

Explique o problema a ser solucionado

Se não deixar claro o problema que seu empreendimento busca solucionar, vai ficar muito difícil para o ouvinte compreender a importância da sua ideia.

Por mais objetiva que seja a apresentação, é fundamental encontrar espaço para explicar o problema que sua empresa vai resolver e como pretende fazer isso.

Fale sobre sua concorrência

Mostrar que você conhece a respeito dos seus competidores transmite confiança.

Então, nomeie seus principais concorrentes, mencionando seus lugares de mercado e como superá-los.

Isso elevará sua credibilidade.

Apresente seu modelo de negócios

Para o público ter uma ideia de como conduzirá seu projeto no dia a dia, é bom explicar sobre seu modelo empresarial.

Comentar sobre quais canais utilizará e como tratará outros aspectos do seu negócio deve fazer a diferença na sua apresentação.

Prepare-se para as perguntas

As perguntas são essenciais para esclarecer dúvidas e também para fortalecer o poder de vendas, já que elas ajudam a ampliar novas estratégias.

Se você domina o assunto, não será difícil responder determinados questionamentos, isso só mostra que você está preparado para atrair novos investidores.

Então, no pitch de vendas, não se acanhe! Deixe as perguntas chegarem e mostre o seu melhor

Neste vídeo engraçado e criativo, veja como os apresentadores utilizam suas técnicas para apresentar o pitch de vendas:

Como usar o pitch a seu favor?

Tenha em mente que as apresentações profissionais requerem competências que precisam ser desenvolvidas. Por isso, treinar os tipos de pitch é uma atitude fundamental para desenvolver essas habilidades. 

Lembre-se de que o pitch ideal depende do seu objetivo, do tempo disponível e da maneira como você irá conduzir sua apresentação.

Nesse sentido, avalie as melhores ferramentas, visualize os diferentes cenários e aplique as técnicas com eficiência. Essa é a melhor forma para conduzir um pitch de vendas sem complicações. 

Para ajudá-lo no processo de conquistar mais clientes, indicamos o curso Tudo que aprendi em 12 anos de day trade, da Faculdade XP School.  

Neste treinamento você vai aprender com as dicas de André Moraes, analista de investimentos da Rico, a ingressar no mundo dos investimentos e a ter macetes poderosos para montar um pitch de vendas ideal. 

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Saiba quais são as principais estratégias de investimento e como usá-las a seu favor

Quando se pensa em crescimento financeiro, deve-se levar em conta as estratégias de investimento. Adotadas com a finalidade de ajudar o investidor a alcançar suas metas financeiras, as estratégias têm como base o planejamento e a organização contínuos.

Mas diversos fatores contribuem para o sucesso de um investidor: prazo de investimentos, valor disponível para negociar, produtos financeiros, entre outros, devem ser analisados constantemente.

Mesmo assim, eles não são únicos, o perfil de investidor tem peso considerável, uma vez que as estratégias de investimento variam, desde os mais arrojados aos mais conversadores que, geralmente, caminham por uma linha tênue.

Então, como decidir qual o melhor trajeto para evoluir? Neste artigo, listamos os principais tipos de estratégia de investimento para que você escolha a que mais se aproxima dos seus objetivos e da sua personalidade. Continue com a gente!

O que são estratégias de investimento?

Estratégia de investimento, ou estratégia financeira, é um plano estabelecido de acordo com os objetivos do investidor. Ela deve ser construída a partir de cinco parâmetros. São eles: 

  • Objetivo do investimento;
  • Período para cumprir o objetivo;
  • Capital para alocar no investimento;
  • Conhecimento sobre produtos financeiros;
  • Perfil de investidor (para compreender a margem de risco).

Nesse contexto, é importante ter em mente o que é perfil de investidor e como usá-lo a seu favor na hora de montar suas técnicas de investimento.

Perfil de investidor 

Perfil de investidor é a análise das características do ser humano em relação aos investimentos que deseja aplicar, considerando o grau de risco. Logo, o perfil funciona como um indicador para a montagem da carteira de investimentos.

Ele pode ser classificado em três tipos: conservador, moderado e arrojado.

Conservador

Normalmente o conservador é conhecido como aquele que prioriza a segurança de suas ações. Tem como característica tomar atitudes menos arriscadas.

Na hora de criar uma carteira de investimentos, o conservador mantém parte dela com produtos de baixo risco, como, por exemplo, Tesouro Direto, CDB, LCI, Fundos de Renda Fixa, entre outros.

Moderado

Meio-termo entre o conservador e o arrojado, o moderado é aquele que gosta de segurança, mas tolera investimentos de risco. Ele é versátil e aproveita o melhor do investimento para conquistar lucros acima da média.

Arrojado ou agressivo

Esse é o tipo de investidor que não teme as oscilações do mercado. Ele entende que as perdas a curto prazo não são definitivas e são necessárias para adquirir lucros mais altos a longo prazo.

É muito comum encontrar em investidores arrojados o foco em aumentar o patrimônio e se aposentar mais cedo para viver de renda.

Estratégias de investimento x estratégias de trading: qual é a diferença?

Antes de apresentarmos os tipos de estratégia de investimento, vamos esclarecer a diferença de trading, um termo muito comum no mundo dos investimentos. 

Tanto o investimento quanto o trading representam a exposição da economia no mercado financeiro, mas ambos com conceitos diferentes.

Estratégia de investimento

Normalmente as estratégias de investimento são mais focadas a longo prazo, já que a proposta é ter um ativo e mantê-lo por longo período a fim de obter uma rentabilidade alta.

Por isso que uma análise fundamentalista é essencial para criar uma estratégia adequada, pois ela analisa o histórico da empresa e dos investimentos, a saúde financeira e os fatores econômicos.

Estratégia de trading

O trading, ou trade, é uma operação de compra e venda de ativos da bolsa de valores em curto ou médio prazo. O trader, profissional operante, especula o preço de um ativo prevendo um retorno em pouco tempo.

Por ser um modelo de investimento baseado em períodos, necessita de mais atenção e conhecimento. Isso porque a procura por oportunidades para entrar e sair do mercado é mais ampla, sendo possível negociar uma pequena parcela.

Percebeu a diferença? Mas tratando-se de estratégias de investimento, o foco do nosso artigo, vamos avaliar os principais fatores para você criar a sua.

Como escolher uma estratégia de investimentos?

Lembra-se dos parâmetros que apresentamos no início do artigo citando o que se deve levar em consideração na hora de criar uma estratégia de investimento? Pois bem, aqui iremos entender melhor o que eles representam e sua importância durante o processo de planejamento.

Vale ressaltar que a estratégia financeira é importante para você manter o pensamento racional sobre o dinheiro, evitando de ser influenciado inteiramente por suas emoções.

Vamos a eles:

1. Objetivo

Você já se perguntou qual objetivo que pretende alcançar? Existem várias respostas para chegar a um consenso sobre como usar o dinheiro para investir, afinal, você pode querer apenas aumentar seu capital a curto prazo, ou querer ter uma renda para o resto da vida.

Uma opção interessante é buscar um rendimento que seja pago periodicamente, como os dividendos ou Fundos Imobiliários, assim, você verá o retorno do seu investimento com mais frequência e sentirá que está no caminho certo. 

2. Período

É importante que você estabeleça um tempo para alcançar o valor dos seus investimentos, por isso, entender quais aplicações investir a curto, médio e longo prazo faz a diferença.

3. Perfil de investidor

Como vimos acima, o perfil é um aspecto importante ligado à personalidade do investidor, prevendo até que ponto ele aceita os altos e baixos do mercado. Por isso, busque entender se você se classifica como conservador, moderado ou arrojado.

4. Capital

O valor dos aportes é estabelecido conforme sua estabilidade financeira e, consequentemente, o tempo disponível para chegar aos seus objetivos.

5. Produtos

Existem investimentos de renda fixa e variável, e cada uma apresenta produtos característicos. Avalie com cuidado cada uma delas.

Quais são os tipos de estratégia?

Agora que você já sabe a importância de construir estratégias de investimento, vamos conhecer os principais tipos de mercado para chegar a uma conclusão sobre a mais adequada para o seu perfil. Acompanhe!

Renda fixa

Os investimentos de renda fixa incluem títulos, sejam corporativos ou públicos, certificados do tesouro, depósitos bancários, entre outros. Eles têm uma parcela de ganhos, entregues por período e com data de vencimento.

As estratégias de investimentos de renda fixa são consideradas de baixo risco, no entanto, elas oferecem uma rentabilidade menor em comparação às de renda variável.

Renda variável

1. Buy and hold 

Os investimentos em buy and hold (comprar e manter) não significa vender as ações, pelo contrário, a ideia é comprar e manter um ativo por longo período. 

Quem usa o buy and hold geralmente acredita que os retornos de longo prazo diluem o risco de volatilidade, isto é, preveem uma solidificação nas operações de renda variável.

O investidor que aposta nessa estratégia procura empresas com boa saúde financeira, que já estejam consolidadas no mercado e/ou tenham alta possibilidade de crescimento, já que se espera ser beneficiado com a valorização dos papéis.

Geralmente, o término do investimento em buy and hold só acontece quando o investidor avalia que a empresa alcançou seu patamar máximo de crescimento e dificilmente expandirá além.

2. Value investing

No value investing (ou “investimento em valor”) o investidor faz uma análise das empresas e ações para identificar quais estão com preço de negociação abaixo do que realmente valem.

O foco é extrair o lucro por meio da valorização das ações, quando os preços voltarem ao normal.

>>> Quer ficar por dentro desse tipo de investimento? Feito para quem já tem conhecimento sobre o mercado, o curso Valuation: Avaliação de Empresas e Ações faz você entender os conceitos de valor para analisar uma empresa e descobrir os aspectos que levam um negócio a ter mais valor de mercado do que outro. Inscreva-se!

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3. Foco em dividendos

O objetivo dessa estratégia de investimentos é fazer com que o investidor receba bons proventos decorrentes dos ativos, seja em pagamentos mensais, trimestrais, semestrais, assim por diante.

Quem investe nos dividendos deseja receber renda passiva, isto é, em muitas vezes ele não se importa com a oscilação dos preços, desde que tenha em mãos os dividendos como combinado.

4. Day Trade

O Day Trade é uma estratégia com maior número de risco, porque corresponde à compra e venda de ativos em um único dia. Isso faz com que o investidor conquiste lucros mesmo com a variação de preços em curtíssimo tempo.

Embora seja arriscado, o day trade tem como diferencial fazer com que o investidor alcance alta rentabilidade em horas ou minutos. A base dos acertos e erros está na análise dos gráficos.

5. Swing trade

Sob a mesma proposta do Day Trade, em que se envolve a compra e venda de ativos e derivativos, o Swing Trade conta com o prazo maior para especular as operações, uma vez que elas não duram apenas um dia, e sim, podem levar dias ou semanas.

6. Position Trade

Com tempo mais longo, o Position Trade inicia e encerra suas operações em meses ou anos. Isso gera a possibilidade do investidor ter menos riscos causados pela volatilidade da renda variável.

7. Green Trading

Com uma proposta sustentável, o Green Trading é uma estratégia de investimento que foca em investir em empresas que obtêm lucros por meio de atividades ambientais ou voltadas a questões ecológicas.

Como usar as estratégias de investimento no dia a dia?

As estratégias de investimentos ajudam o investidor a fazer aplicações com menos possibilidade de erros, pois, como vimos, diversos fatores são equivalentes antes de negociar ativos ou derivativos. Em suma, toda estratégia tem sua particularidade, o que não significa ser fácil ou difícil, e sim, precisa saber utilizá-la. 

Pensando nisso, chegou a hora de perder o medo de investir.

Agora que você já sabe as técnicas de investimento, ficou mais fácil entender o processo. Para ajudá-lo a evoluir, a XP INc. desenvolveu o curso Combo: Superando o medo de investir. Por meio dele, você vai aprender a esmiuçar os problemas e conhecer o próprio autoconhecimento financeiro.

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Como funciona a bolsa de valores: o que é, tipos de ativos e como investir?

A bolsa de valores é um ambiente de negociação em que investidores compram e vendem ativos financeiros representados por títulos de empresas com capital público, misto ou privado. 

Muita gente conhece a bolsa como o local de compra e venda de ações, entretanto entre os ativos que podem ser negociados estão:

  • Ações, 
  • Derivativos de ações,
  • Títulos de renda fixa, 
  • Títulos públicos federais,
  • Derivativos financeiros,
  • Moedas à vista,
  • Commodities agropecuárias.

O que significa B3? 

Entender o que é B3 é bastante simples. B3 é a Bolsa de Valores oficial do Brasil, sediada na cidade de São Paulo. 

No País , desde março de 2000, existe apenas uma bolsa de valores, a BM&FBovespa (ou B3) sediada em São Paulo. Ela é a maior da América Latina. Entretanto, em outros países, como os Estados Unidos existem duas: NYSE e NASDAQ.

Independentemente do número de bolsas dentro de cada região, o objetivo delas é o mesmo: é reunir negociações financeiras e garantir um ambiente seguro e organizado para investidores.

Outro valor importante das bolsas de valores é a transparência. Exatamente por isso que qualquer pessoa pode acessar as informações das transações que foram realizadas. 

Como funciona a bolsa de valores?

Entendido o que é bolsa de vamos seguimos para a compreensão sobre como ela funciona. 

A bolsa de valores reúne quem deseja vender ativos e quem deseja comprar esses ativos como forma de investimento, em busca de rentabilidade. 

Se uma empresa decide abrir seu capital e disponibilizar ações para que possam ser compradas, deve se registrar como companhia aberta na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e pedir permissão para ser listada na bolsa de valores. 

Ou seja, deve solicitar autorização para ter suas ações disponibilizadas e negociadas. 

Isso quer dizer que empresas que desejam disponibilizar ações devem, obrigatoriamente, disponibilizar suas ações por meio da bolsa de valores. 

Na outra ponta, alguém que decide comprar uma ação também deve se direcionar até a bolsa e escolher seus ativos, a partir de uma corretora.

A bolsa de valores funciona como um mercado que reúne fornecedores (empresas com ações disponíveis) e consumidores (pessoas que desejam comprar as ações disponibilizadas).

Aqui surge um ponto importante: a primeira coisa que você deve entender ao planejar fazer aplicações na bolsa é que pessoas físicas não são autorizadas a negociar. Por isso, é fundamental se cadastrar  em um corretora como a Rico ou a XP Investimentos

É por meio delas que você poderá aplicar , negociar ativos, comprar e vender ações e mais. 

Outra informação relevante  é que grande parte dos pregões, atualmente, ocorre de forma eletrônica.. 

Isso quer dizer que aquela imagem clássica de homens engravatados, gritando ao telefone, não reflete mais a realidade do mercado. 

No pregão eletrônico as negociações de compra e venda são atualizadas automaticamente pela internet. 

Como funciona o mercado de ações? Mercado primário e mercado secundário

Afinal, o que é mercado primário e mercado secundário e o que isso têm  a ver com o funcionamento do mercado de ações? 

O mercado de ações engloba dois tipos de mercado:

  • primário, 
  • secundário. 

Mercado primário

Assim que uma empresa é listada no mercado de ações ela tem seus títulos negociados no mercado primário. Isso indica que é a primeira vez que esses ativos estão disponíveis. O investidor compra os títulos diretamente da empresa e se torna um tipo de sócio da empresa. 

Para colocar as ações da empresa disponíveis na B3, a empresa deve fazer um IPO (Initial Public Offering ou Oferta Pública Inicial). Na prática, é quando as companhias  colocam as ações disponíveis para ofertas públicas, ou para a compra. 

Esse movimento do mercado primário ajuda a delimitar uma relação de oferta e demanda pelos títulos.

Ao vender os títulos no mercado primário, as empresas recebem os aportes feitos pelos investidores. 

Ou seja, o valor pago por uma ação  é direcionado para a própria organização.

Esse é o principal motivo de uma empresa disponibilizar ações no mercado: receber capital de investimento para suas operações

Mercado secundário

Depois de ser negociada no mercado primário, as ações só serão negociadas novamente no mercado secundário. 

Ou seja, depois de comprar uma ação no mercado primário, o investidor que quiser vender suas ações só poderá realizar essa transação no mercado secundário. 

Imagine que comprou    ações no mercado primário e que esses ativos valorizaram.  Logo, você prevê que o preço delas irá cair nos próximos dias. Diante desse cenário,  você opta por vender suas ações. Essa negociação será feita no mercado secundário. 

Como investidor primário você lança uma ordem de venda com um valor que deseja obter pelas ações, usando a corretora de valores. Essa ordem é enviada à bolsa de valores.

Um segundo investidor interessado em comprar a ação, por acreditar em sua valorização futura, envia uma ordem de compra, com o valor que está disposto a pagar por ela. Isso também acontece com o intermédio da corretora. 

Quando a ordem de compra e venda chega à bolsa com o mesmo valor, a negociação é concluída e as ações passam a ser de propriedade do investidor que optou por comprá-las.

Já o capital investido na compra da ação é direcionado ao investidor que vendeu a ação, e não mais à companhia que inicialmente disponibilizou o título. 

Toda essa negociação entre investidores é feita no mercado secundário, assim como todas as futuras negociações de compra e venda.

Para o investidor todas essas movimentações são realizadas dentro do home broker, nome dado aos sistemas das corretoras que fazem o processamento de compra e venda das ações. 

E é importante deixar claro que esse processo que parece ser lento e demorado é, na verdade, bastante rápido e automático, conectando quem deseja comprar com quem deseja vender suas ações. 

[EXTRA] Mercado de balcão

O mercado de balcão é um ambiente descentralizado de negociação de títulos. É nele em que ocorrem a compra e venda de ativos que não são negociados na bolsa de valores. Ou seja, ele funciona como um mercado paralelo.

Essas operações também são registradas pela CVM, mas as condições de compra e venda não precisam ser divulgadas com tanta transparência.

Essas transações podem ocorrer por telefone, e-mail e por um canal eletrônico.

mercado da bolsa de valores funcionando na prática
No Brasil, a única bolsa de valores do país, B3, é considerada a maior da América Latina

Quais os ativos que são negociados na bolsa de valores?

Entendido como funciona a bolsa de valores, seguimos para a lista de ativos que podem ser negociados dentro dela. Muita gente acredita que apenas as ações podem ser compradas e vendidas dentro da B3, mas isso não é verdade. 

Entre os ativos que podem ser negociados na bolsa de valores estão:

  1. Ações
  2. Opções de ações
  3. Contratos futuros
  4. Fundos de investimento
  5. Fundos de índices (ETF)

1. Ações

Ao longo deste artigo falamos muito sobre ações. Elas representam uma parte significativa do funcionamento da bolsa de valores e são ativos que devem ser considerados pelos investidores que desejam iniciar aplicações de renda variável.

Os títulos de renda variável não possuem um retorno previsível e nem conhecido previamente. Por isso recebem este nome. 

Ao  aplicar nas ações de uma empresa, o investidor pode obter lucro a partir da compra e venda dos títulos, mas também a partir de dividendos que algumas empresas pagam aos seus sócios/acionistas. 

Esses dividendos de ações representam parte do lucro que a companhia teve no período e que é repartido com seus acionistas. 

É por isso que ter ações de algumas empresas consolidadas e muito lucrativas é uma boa forma de investimento para quem deseja viver de renda. 

2. Opções de ações

As opções são um tipo de contrato que dá ao seu titular o direito de comprar ou de vender um ativo por um valor determinado em uma data específica, no futuro.

São uma categoria  de derivativo em que o preço de uma opção “deriva” do preço do ativo ao qual está atrelada.

Quando negociadas pela B3, as opções possuem características padronizadas e têm data de vencimento estipuladas. Resumindo, no mercado de opções são negociados contratos futuros. 

Entretanto, além de negociadas na B3, as opções também podem ser negociadas no mercado de balcão, sobre o qual falamos acima. 

Estamos falando de um tipo de ativo mais complexo do que as ações e que exigem um pouco mais de conhecimento sobre o mercado. Contudo , é uma opção que pode trazer bastante lucro. 

Para que você acelere o seu conhecimento sobre o mercado de opções e como funciona a bolsa de valores para esse ativo, leia o artigo,Mercado de opções: o que é, vantagens e riscos”.  

3. Contratos futuros

Falamos brevemente sobre mercado futuro ao citarmos opções como ativo negociado na bolsa de valores. Porém, as opções não são os únicos títulos que podem ser negociados desta forma. 

Os contratos futuros também são derivativos, mas são criados com base em outros produtos do mercado financeiro. 

As commodities, como café, milho e soja são produtos muito negociados no mercado futuro. 

Outros produtos que também representam grande parte das aplicações neste tipo de ativo são: petróleo, boi e até o dólar.

A grande vantagem desse modelo de investimento é que ele visa proteger o investidor contra as oscilações de preços do mercado. 

O mercado futuro padroniza o valor de um produto na bolsa de valores, evitando que as oscilações de preço prejudiquem compradores e vendedores. 

Se você faz o investimento em café, por exemplo, o contrato futuro garante uma transição equilibrada em que o preço de compra e venda não será um inviabilizante para a transação. 

< Leia mais em: Saiba como investir no mercado futuro e adquirir renda no tempo certo />

4. Fundos de investimento

Os fundos de investimento são formados por vários investidores que se reúnem para realizar seus aportes financeiros. 

Eles são uma opção muito cômoda para quem investe, porque ao entrar em um fundo você conta com um gestor profissional para cuidar das aplicações que serão realizadas pelo fundo. 

Esses fundos reúnem diferentes investidores e diferentes tipos de aplicação, montando uma carteira diversificada. 

Existem fundos de investimento de renda fixa, multimercado, ações e mais. E é possível fazer um fundo com um pouco de cada tipo de aplicação. 

Entretanto, existem regras relacionadas ao montante de cada ativo, dentro de cada tipo de fundo. 

Por exemplo, fundos de renda fixa devem possuir pelo menos 80% dos ativos da carteira alocados em renda fixa. 

Para fazer esse tipo de aplicação dentro da B3 você também deve usar a sua corretora e buscar pelos fundos de investimento que ela oferece. 

5. Fundos de índices (ETF)

Fundos de índices (ETF), ou “Exchange Traded Funds”, também representam cotas de um fundo de investimento, entretanto, esse fundo é referenciado a algum índice, também conhecido como valor econômico. 

Como são ativos negociados na bolsa de valores mais complexos, vamos deixar que o vídeo abaixo aprofunde o conteúdo com você e explique o que são os ETFs e porque são opções de investimento interessantes. 

Quais são os riscos e as vantagens de investir na bolsa de valores? 

Dentro das explicações sobre como funciona a bolsa de valores, uma questão é sempre muito levantada: afinal, quais são os riscos e os benefícios de investir na B3?

Alguns dos riscos que o investidor precisa considerar ao investir na bolsa de valores, entre eles a possibilidade de uma ação desvalorizar e não voltar a valorizar dentro do período que você deseja. 

Além disso, o mercado de ações é fortemente influenciado pelo o que acontece no mercado, podendo variar negativamente em momentos de instabilidade.

Sem dúvida um dos maiores riscos, entretanto, é a pressa e a falta de conhecimento. Como estamos falando de um tipo de investimento de renda variável, é preciso ter cuidado ao escolher onde aplicar seu capital. 

Entre as práticas necessárias estão:

  • aprender como avaliar muito o mercado, 
  • entender como analisar os gráficos,
  • definir seus objetivos, 
  • saber identificar os melhores momentos de vender e comprar ações e mais. 

Ao dominar as metodologias de investimento e entender o mercado, suas chances de ganhar são muito altas.

Daí surgem os benefícios deste investimento que incluem alta liquidez (você pode vender uma ação e receber o dinheiro imediatamente) e alta rentabilidade.

Além disso, também estamos falando de um tipo de investimento que paga dividendos, permitindo que você aproveite a lucratividade oferecida pelo ativo sem precisar vender seus títulos.   

O que é ganho de capital? Como declarar os impostos?

Ao pesquisar sobre as suas obrigações com o fisco, provavelmente já te passou pela cabeça: “o que é ganho de capital?”. Este conceito, muitas vezes confundido com a ideia de juros, está relacionado à diferença entre o custo de venda de um produto e seu custo de aquisição. 

Para driblar problemas fiscais, cabe a você, investidor, conhecer o conceito e saber como declarar o valor para a Receita Federal, arcando com os impostos cabíveis. 

Continue a leitura para entender com detalhes o que é ganho de capital e quais os passos necessários para cumprir as obrigações tributárias relacionadas a estes montantes.

O que é ganho de capital?

No site da Receita Federal, encontramos a definição de ganho de capital como sendo “a diferença positiva entre o valor de alienação (venda, por exemplo) de bens ou direitos e o respectivo custo de aquisição (compra, por exemplo)”. 

A partir desta classificação, podemos entender, então, que o conceito representa o lucro obtido a partir de operações de vendas de imóveis, automóveis e até ações. 

Ganho de capital x juros: tem diferença? 

É comum que haja alguma confusão entre os conceitos de ganho de capital e juros. No entanto, há diferenças substanciais entre os dois, as quais pontuamos a seguir.

Enquanto os juros funcionam como um tipo de remuneração ao credor pelo tempo em que ele abdicou da liquidez de determinada quantia de dinheiro, os ganhos de capital funcionam de maneira diferente. 

Ele tem relação com a obtenção de bens e imóveis e, acima de tudo, é um conceito tangível, facilmente calculado. Enquanto os juros variam sob diferentes índices e taxas referenciais, o ganho de capital tem, como base, a relação exclusiva entre o preço de compra x o preço de venda. 

Por exemplo, ao comprar um imóvel por R$150 mil e vendê-lo por R$250 mil, o ganho de capital é equivalente a R$100 mil. 

Como calcular o ganho de capital?

No tópico anterior, você descobriu o que é ganho de capital e viu como é simples estruturar seu cálculo. 

Além de ajudar a entender o valor da transação, o cálculo do ganho de capital também ajuda a ficar em dia com o fisco. Isso porque, pessoas físicas que tenham ganhos dessa natureza devem apurar e pagar imposto de renda sobre eles. 

Para calcular o ganho, basta realizar a relação entre o valor de venda e o valor de compra de um produto ou ativo. 

Como pagar ganho de capital? 

O caminho para entender como pagar o imposto devido pelo ganho de capital é simples. Basta acessar o portal do Governo do Brasil e seguir o passo a passo, que leva ao programa Ganhos de Capital. 

Por meio do serviço, é possível inserir informações sobre as transações realizadas, apurar o valor do imposto, emitir a guia DARF e pagar o imposto incidente sobre o ganho de capital. 

Além disso, é importante considerar que a alíquota de pagamento é calculada segundo uma tabela predefinida. Ou seja, mesmo antes de emitir sua guia, você já pode projetar o valor do imposto devido.  

Veja a tabela de alíquotas sobre Ganhos de Capital vigentes no IR 2022: 

Ganho de capital Alíquota aplicada
Até 5 milhões10%
De 5 a 10 milhões17,5%
De 10 a 30 milhões20%
Acima de 30 milhões22,5%
Fonte: LEI Nº 13259

No caso de ganhos de capital sobre ativos financeiros, como ações de investimento, a porcentagem de tributação varia de acordo com a situação. 

Em operações de Day Trade, por exemplo, a alíquota cobrada equivale a 20%. Já em ações com ganhos convencionais, a porcentagem é de 15%. 

É importante salientar, porém, que, caso a movimentação mensal das ações não atinja o valor de R$20 mil, você, investidor, fica isento da contribuição com o IR. 

Exemplo prático

Suponhamos que você tenha um imóvel, comprado há 5 anos pelo valor de R$450.000. No ano passado, você realizou sua venda pelo valor de R$600.000. 

Isso significa que o ganho foi de R$150.000, e que, portanto, o imposto incidente sobre a movimentação será equivalente a 15%. 

Como declarar impostos relacionados ao ganho de capital de pessoa física? 

Mas afinal, como declarar impostos relacionados ao ganho de capital de pessoa física? A seguir, algumas informações importantes. 

Isenção de imposto de renda sobre ganho de capital

Mesmo sabendo o que é ganho de capital, a obrigatoriedade do pagamento de tributos pode gerar algumas dúvidas. Para te ajudar a eliminá-las, aqui vai uma lista dos casos em que há isenção de IR sobre este tipo de ganho:

  • Venda de um único imóvel por valor menor que R$ 440.000,00 (desde que não tenham sido efetuadas alienações de outros imóveis até 5 anos antes);
  • Vendas de imóveis comprados até o ano de 1969;
  • Vendas de bens imóveis com recursos utilizados para a aquisição de outro imóvel residencial (desde que a operação seja feita em até 180 dias após a alienação).

Como pagar imposto sobre o ganho de capital? 

Se você não se enquadra em nenhuma das condições acima descritas, terá de pagar os impostos sobre seus ganhos. E isso deve ser feito logo após a transação, obedecendo a um prazo máximo de 180 dias e seguindo as orientações dadas anteriormente neste artigo. 

Como declarar ganho de capital no IR?

Mesmo emitindo a guia DARF e efetuando o pagamento do  imposto no prazo de 180 dias, é preciso apresentar a transação realizada na declaração do Imposto de Renda

Dessa forma, qualquer atividade de compra e venda precisa constar na lista de movimentações do ano-calendário, assegurando, assim, o cumprimento de todas as normas fiscais.

Quer ler mais sobre imposto de renda? Veja nossa seleção de artigos sobre o tema

Agora você já sabe o que é ganho de capital e como calcular o valor adquirido e a alíquota devida ao Imposto de Renda. 

Sabemos que este é um assunto complexo, e que gera dúvidas, sobretudo para investidores que optam por produtos variados, como a renda variável.

Para te ajudar a se orientar, preparamos uma lista de leituras com alguns de nossos conteúdos sobre o tema: 

Como calcular o Imposto de Renda em operações Day Trade?

Declaração de LCI no Imposto de Renda

Como declarar renda variável no Imposto de Renda?

TUTORIAL: Como preencher e pagar o DARF Renda Variável?

*Créditos da imagem de capa: Scott Graham em Unsplash

CNPI: saiba como receber o certificado e se tornar um analista de investimentos

Em primeiro lugar, tirar CNPI não é simplesmente ter um certificado em mãos, e sim, provar a qualificação de um profissional voltado ao mercado de investimentos. Logo, a certificação credencia o analista de investimento a recomendar aplicações a terceiros.

No entanto, para exercer a profissão, é preciso passar por um exame realizado pela Apimec. Com isso, é possível trabalhar no mercado de capitais, analisando e indicando ativos.

Se este é o seu propósito, leia o nosso artigo até o fim, pois aqui vamos explicar como se tornar um analista CNPI. Continue com a gente!

O que é CNPI?

O CNPI (Certificação Nacional do Profissional de Investimento) é uma documentação direcionada a pessoas que trabalham com análise de investimento no Brasil.

Implementada pela Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais), a certificação visa fortalecer a competência dos profissionais ligados ao mercado financeiro. Por essa razão, ela é obrigatória para todos que atuam como analistas de valores mobiliários.

CNPI: para que serve?

O CNPI possibilita que o analista seja visto com profissionalismo no mercado de investimentos. Com a obtenção do registro, ele pode recomendar uma variedade de papéis, inclusive os da bolsa de valores

Além disso, com o selo CNPI, os profissionais são submetidos a um código de ética de conduta para que possam exercer o trabalho. 

Onde o analista CNPI pode atuar?

O analista de valores mobiliários pode indicar ativos na bolsa de valores, como ações, fundos imobiliários, ETFs, entre outros.

Para isso, ele deve ter conhecimento sobre as oscilações do mercado, usar a análise fundamentalista das empresas para entender como reagem no dia a dia, avaliando seu poder de crescimento e os aspectos econômicos.

Ao tirar CNPI, as principais funções de um analista é recomendar valores mobiliários, montagem de relatórios e análise de investimentos. Além disso, ele tem como habilidades:

  • administrar recursos e riquezas;
  • vender e operar no Mercado de Capitais;
  • analisar e realizar consultoria na área de finanças e de valores mobiliários;
  • prestar atendimento a instituições oferecendo serviços para captar recursos;
  • relacionar-se com investidores.

A área é tão abrangente que existem instituições como corretoras de valores, bancos de investimentos e casas de análises financeiras que buscam profissionais desse gabarito. Até consultoria autônoma é um campo bastante desejado.

Como funciona o CNPI?

Criada pela Apimec em parceria com a ACIIA (Association of Certified International Investment Analyst), a certificação qualifica os profissionais que atuam com análise de valores mobiliários, como vimos anteriormente. Assim, eles aconselham sobre os principais ativos financeiros a novos e experientes investidores.

No entanto, é fundamental ser aprovado no exame do CNPI, realizado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). E, por isso, o profissional deve rigorosamente respeitar as normas descritas no Código de Conduta da Apimec, como, por exemplo:

  • manter o compromisso de buscar informações idôneas para serem utilizadas em análises;
  • cumprir as instruções e nomas emitidas pela CVM;
  • buscar o aprimoramento técnico, entre outros

Isso significa que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), autarquia vinculada ao Ministério da Economia, deve fiscalizar e organizar o mercado de valores mobiliários no Brasil, a fim de que não sejam descumpridas as regras estabelecidas. Caso contrário, o analista será punido pela Apimec.

Quais são as categorias do analista de investimento?

Em suma, existem três categorias para a certificação, por isso, o profissional deve decidir por qual delas antes de prestar o exame.

CNPI

Direcionada a trabalhar como analista fundamentalista, o profissional deve ser aprovado no exame CB (Conteúdo Brasileiro) e no CG1 (Conteúdo Global 1). Assim, ele terá direito de analisar os ativos, identificando se estão caros ou baratos, por meio de dados financeiros das companhias listadas na B3.

CNPI-T

Aqui o foco é a formação de analista técnico, mas, para isso, é necessário ser aprovado no exame CB e CT1 (Conteúdo Técnico 1).

Logo, o profissional poderá recomendar o tipo de investimento mais adequado aos clientes, a partir da leitura de gráficos, além de analisar o seu perfil de investidor, gerenciar riscos e criar estratégias durante as operações.

CNPI-P

A categoria mais completa visa formar um analista pleno (fundamentalista + técnico), que será habilitado para atuar tanto na escola fundamentalista quanto na técnica.

Para isso, ele deve ser aprovado em todos os testes aplicados: Conteúdo Brasileiro, Conteúdo Global 1 e Conteúdo Técnico 1.

O que estudar para as provas CNPI?

Após as categorias, vamos descobrir quais são os conteúdos que caem nas provas CNPI, considerando que todas têm, duas horas de duração e 60 questões de múltipla escolha.

CB – Conteúdo Brasileiro

Disciplinas:

  • Sistema Financeiro Nacional;
  • Mercado de Capitais, de Renda Fixa, de Derivativos;
  • Conceitos Econômicos;
  • Conduta e Relacionamento;
  • Governança Corporativa;
  • Relações com Investidores;
  • Sustentabilidade.

 CG1 – Conteúdo Global 1

 Disciplinas:

  • Análise e Avaliação de Ações e Finanças Corporativas;
  • Contabilidade Financeira e Análise de Relatórios Financeiros.

CT1 – Conteúdo Técnico 1

Disciplinas:

  • Fundamentos de Análise Técnica;
  • Teoria de Dow;
  • Conceito de Tendência;
  • Figuras Gráficas;
  • Teoria das Ondas de Elliott;
  • Padrões de Candlestick;
  • Indicadores;
  • Gerenciamento de Risco;
  • Estratégias Operacionais;
  • Trading Systems.

Obs.: O candidato tem um prazo de 12 meses, a partir da data da realização do primeiro exame em que foi aprovado, para concluir o próximo teste.

Isso significa que não precisa seguir uma ordem para realizar os exames. No entanto, caso o candidato perca seu prazo de 12 meses, precisará inscrever-se novamente e ser aprovado nos exames já realizados.

Como se tornar analista CNPI?

Algumas regras são fundamentais para se tornar analista CNPI. Vamos explicar uma por uma:

Ter nível superior

A primeira condição é ter nível superior completo em qualquer área reconhecida pelo MEC. Vale ressaltar que o comprovante de ensino superior completo solicitado deve ser apresentado somente no momento do credenciamento.

Isto é, o candidato pode se aprofundar nos estudos para tirar boas notas sem ter o diploma em mãos, desde que complete a graduação em até 24 meses (12 meses para finalizar os exames + 12 meses para requerer o certificado).

Fazer a inscrição

O próximo passo para tirar CNPI é realizar a inscrição dos exames. Como vimos, existem três provas, mas agora trazemos o número mínimo de questões que devem ser respondidas corretamente.

  • Conteúdo Brasileiro: no mínimo 40 questões certas;
  • Conteúdo Global 1: no mínimo 40 questões certas, mas em cada módulo o candidato deve acertar pelo menos 50%;
  • Conteúdo Técnico 1: no mínimo 40 questões certas.

A Apimec divulga o resultado do exame em duas etapas:

  • Resultado provisório: disponível no fim do exame, com possibilidade de alteração até a divulgação do resultado definitivo;
  • Resultado definitivo: publicado no site da FGV em até cinco dias úteis após a realização das provas com o índice de aproveitamento do candidato.

Custo da prova

A taxa para realizar a inscrição na prova do CNPI varia entre R$457 e R$762, diferindo para associados e não associados. Lembrando que esses são os valores para realizar cada etapa da certificação.

Além do mais, os profissionais são submetidos a exames de reciclagem, com valores que podem ficar entre R$375 a R$510. Essa exigência acontece porque as certificações têm validade de cinco anos da data da solicitação.

Dessa maneira, antes do vencimento da certificação, o profissional deve escolher entre dois modelos de educação:

  • aprovação em Exame de Reciclagem;
  • manutenção da certificação por meio de créditos com atividades válidas, como reuniões presenciais de trabalho.

Além disso, fica a cargo do profissional o custeio da manutenção da certificação por meio do pagamento trimestral à Apimec de uma taxa de R$239. 

Um ponto importante é que os profissionais certificados, porém não credenciados (aqueles que não exercem a função de analista de valores mobiliários) devem atualizar anualmente os dados cadastrais e pagar a taxa.

Caso contrário, a situação fica pendente e ele será proibido de usar a identificação de CNPI até regularizar sua situação. 

Por outro lado, os analistas licenciados são isentos dos pagamentos de taxas e outros requisitos de manutenção do CNPI.

Enfim, como tirar CNPI?

Resumindo, para o candidato tirar CNPI e receber a certificação, ele deve:

  • cadastrar-se no site da APICEM, pagar o boleto e agendar a prova;
  • passar na prova da APIMEC, principalmente no exame de Conteúdo Brasileiro, fundamental para ser uma analista técnico ou fundamentalista;
  • ser aprovado em uma segunda durante os próximos 12 meses

Outras observações:

  • os exames são distribuídos nos Centros de Testes da FGV, em todo território nacional;
  • para solicitar a emissão do certificado, é necessário acessar o site do Apimec no campo Certificação/Credenciamento;
  • após a publicação dos profissionais certificados, o documento estará disponível para download no site. OBS: vale frisar que o aprovado tem um ano para requerer o certificado CNPI.

Como ser um analista de investimentos?

Para se tornar um profissional qualificado e requisitado no mercado de investimentos é necessário tirar o certificado CNPI, afinal, a documentação comprova a veracidade do seu esforço e conhecimento. 

Mas para chegar a esse patamar, é necessário passar por um caminho que vem desde entender o conceito dos investimentos até criar as primeiras operações. E nisso, muitos investidores iniciantes se perdem por não aprender o básico. 

Nesse ponto, é indicado fazer um curso específico que mostre as informações sobre o mercado de investimentos, altos e baixos, e ensine na prática a criar operações. 

Por isso, invista no curso Tudo o que Aprendi em 12 anos de Day Trade. Fundado por André Moraes, analista de investimentos da Rico, ele mostra como ingressou no mercado como trader e virou analista. É um material fascinante e servirá como inspiração para você!

Inscreva-se agora e mude a sua vida. 

Campanha de um curso online sobre "Tudo que aprendi em 12 anos de day trade" da Faculdade XP School.