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O que é Venture Capital e como funciona?

Conhecido por muitos brasileiros como Capital de Risco, saber o que é Venture Capital, ou VC, essencial para compreender como essa modalidade de investimentos se tornou popular entre negócios com histórico operacional curto. 

Se você já ouviu falar nessa categoria de aplicação e acredita que ela é para qualquer tipo de empresa, devemos afirmar que esse pensamento é errôneo, e nós iremos te explicar o porquê. 

Porém, caso você nunca tenha ouvido falar nesse termo, mas quer se inteirar, mergulhar no mundo dos investimentos e, quem sabe, levar o seu negócio para outro patamar, você está no lugar certo e na hora certa! 

Preparado para conhecer o que é e como funciona o Venture Capital? 

Sendo assim, vamos lá! 

O que é Venture Capital?

Imagine uma empresa que tem até 2 anos de funcionamento, é de pequeno porte, tem baixo faturamento, porém, tem um potencial alto e rápido de crescimento e rentabilidade.

Imaginou? Bom, são nessas empresas que a modalidade de investimento Venture Capital, ou Capital de Risco tem foco.

Assim, o investimento ajuda com que essas empresas possam crescer consideravelmente, fazendo operações de vendas, fusão ou, quem sabe, futuramente, fazer uma abertura de capital na bolsa de valores, por exemplo.

Mas por que é “de risco”? 

Simples: como as empresas são jovens, ou seja, estão em início de carreira, elas não são consolidadas. Por causa disso, o investimento passa a ser de risco. 

Se você tem dúvida em como os fundos de Venture Capital são regulados, na realidade, eles são controlados pela CVM, ou seja, a Comissão de Valores Imobiliários e têm duas constituições: 

  • FMIEE: Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes; 
  • FIP: Fundos de Investimento em Participações.

Além disso, existem duas grandes modalidades no Capital de Risco importantes de serem conhecidas. São elas: 

  • General Partner ou Parceiro Geral: essa modalidade se aplica quando todos os investidores são livres no momento da escolha das próximas ações importantes da empresa;
  • Limited Partner ou Parceiro Limitado: ocorre quando nem todos os investidores têm a mesma função. Normalmente se dividem dois grupos: um focado na gestão da empresa e o outro no cuidado das aplicações financeiras.

Como funciona o Venture Capital?

Funciona basicamente como uma aposta que um investidor faz numa startup

Além de indicar profissionais para atuarem nas áreas executivas da empresa, os aqueles que investem por meio do Venture Capital dão orientação aos empreendedores, buscando sempre o alto crescimento e alta rentabilidade do negócio.

Caso a empresa cresça e os sócios queiram se retirar do negócio, os investidores retiram suas participações de lucro, o que conhecemos por “exit” ou evento de liquidez. É como um grande e sério acerto de contas.

Voltando ao funcionamento central do Venture Capital, muitas pessoas o confundem com Investidores Anjos e até mesmo com Private Equity, que são conceitos diferentes. 

Vamos conhecê-los? 

Diferença entre investidor anjo e Venture Capital

O Investidor Anjo realmente é um anjo para o seu negócio.

Ideal para empreendedores que estão nascendo, o investidor anjo é uma pessoa física que investe por meio de capital próprio na sua empresa, desde que ela tenha um alto potencial de evolução. 

O que o diferencia do Venture Capital é o fato de que o VC é o fundo que investe em empresas jovens, mas que já são mais maduras e têm certo posicionamento no mercado, enquanto o foco do investidor anjo é em empresas e/ou startups que estão em fase de nascimento.

Private Equity vs Venture Capital

Mas e o Private Equity, qual a diferença dele para o VC? 

  • Private Equity: é um fundo de capital para grandes empresas que estão prestes a abrir o seu capital, ou já o abriram;
  • Venture Capital: excelente para PMEs, os fundos de VC investem em empresas de médio porte, com faturamento expressivo, mas que precisam e podem ir bem mais longe.

Panorama Venture Capital no Brasil

Os números de Capital de Risco, no Brasil, são expressivos: segundo o Distrito, foram cerca de US$ 2,9 bilhões investidos em startups brasileiras no primeiro semestre de 2022. 

Além disso, esses investimentos aconteceram através de mais de 300 rodadas de negociação.

No entanto, por mais que esses bilhões de dólares pareçam muito aos olhos de pessoas de fora do nicho, quando comparamos os dados com o mesmo período de 2021, enxergamos uma diminuição de quase 50% no valor total dos investimentos. Isso é muita coisa.

Porém, profissionais da área afirmam que não se surpreenderam com o desaceleramento do número dos aportes de risco: em 2021, o ecossistema de inovação brasileiro estava, definitivamente, em alta.

Na imagem abaixo você conseguirá, de forma mais visual, compreender o avanço (e queda) no número dos investimentos em VC em 2020, 2021 e no primeiro semestre de 2022.

Valores investidos em startups brasileiras semestralmente | Reprodução Faculdade XP | Fonte: Distrito
Valores investidos em startups brasileiras semestralmente | Reprodução Faculdade XP | Fonte: Distrito

Qual o objetivo do VC?

Em suma: ganhar dinheiro. 

Os investidores de Capital de Risco colocam capital em um negócio e, em troca, os empreendedores os dão uma percentagem societária, que pode chegar até 40%. 

Depois de algum tempo, caso o investidor queira, ele pode vender suas ações através do IPO, que é a Oferta Pública Inicial, ou à compra da empresa por uma maior corporação.

Qual o momento certo de receber Venture Capital?

Você precisa compreender que os investidores de VC querem retorno significativo e, se possível, em um curto espaço de tempo. 

Você precisa fazer a si mesmo algumas perguntas sobre o seu negócio e, assim, chegar a conclusão de que está, ou não no momento de receber Venture Capital. 

Algumas delas são: 

  • A sua startup alcançou um grau mais alto de maturidade? 
  • Ela tem uma atuação expressiva no mercado? 
  • Os seus dados provam que o seu negócio tem potencial para ir mais longe? 
  • Ele é escalável? 

Após responder todas essas perguntas, analise-as e tenha todo embasamento necessário para apresentar uma proposta para os investidores.

Algumas dicas para apresentar o seu projeto para investidores: 

  • Prove que a sua ideia é inovadora;
  • Traga meios de rentabilizar o negócio;
  • Mostre que tem profissionais especializados na sua equipe;
  • Prove que você é um ótimo líder. E atenção, pois há uma grande diferença entre líder e chefe;
  • Confirme que tem um time de líderes fantásticos.

O que o Venture Capitalist busca no negócio?

Um profissional de Venture Capital sabe exatamente o que procurar quando vê um investimento em potencial. 

Veja, agora, quais são algumas das considerações importantes:

Gestão Sólida

Os Venture Capitalists analisarão se a gestão da empresa tem a capacidade de execução do plano de negócios acima de qualquer outra coisa. 

Ademais, eles estão à procura não de gerentes, mas de executivos de negócios de sucesso, que tenham, como resultado, alto retorno para investidores. 

Portanto, tenha uma lista com pessoas qualificadas, experientes e capazes de gerar resultados em mãos e mostre os papéis centrais que elas desempenharão na empresa. 

A liderança é levada muito a sério pelos Venture Capitalists: eles preferem investir numa ideia não tão inovadora, mas que tem uma ótima liderança, do que investir em algo inovador, mas que conta com uma péssima administração.

Tamanho do mercado 

Você, enquanto empreendedor buscando investimento, precisa provar que o seu negócio tem uma oportunidade de mercado grande. 

Mas o que é grande? Simples: um mercado que pode gerar mais de US$ 1 bilhão em receita.

Assim, tenha, no seu plano de negócios, uma análise bem detalhada do tamanho de mercado e coloque estimativas e relatórios de pesquisa e até mesmo feedbacks de clientes em potencial. 

Vantagem competitiva

Um bom VC quer investir em serviços e produtos com uma duradoura vantagem competitiva. 

Eles procuram soluções para problemas que ainda não foram resolvidos pelo mercado e produtos e serviços que os clientes não vivem sem! 

Setores mais procurados no Venture Capital

A nível mundial, os setores que mais se destacam são Saas, e-commerce, serviços financeiros e saúde, considerando a quantidade de rodadas, segundo a Reuters. 

No Brasil, por sua vez, alguns setores se destacaram no primeiro semestre de 2022 segundo o Distrito. São eles: 

  • Serviços financeiros (US$ 2,4 bilhões);
  • Mercado Imobiliário (US$ 829,4 milhões);
  • Varejo e e-commerce (US$ 416,2 milhões);
  • Recursos Humanos (US$ 231,8 milhões);
  • Supply Techs (US$ 223,9 milhões).

Vantagens e desvantagens do Venture Capital

Existem coisas boas e ruins em tudo, inclusive no VC. E nós, que amamos listas de prós e contras, não iríamos deixar essa de fora. 

Siga a leitura e conheça três vantagens e desvantagens do Capital de Risco. 

Vantagens

  • Investimento Financeiro: muitas empresas não crescem por falta de capital e, com o investimento de VC, esse problema será solucionado;
  • Apoio em diversas áreas: seja na gestão, no administrativo ou na fiscalização, com o Capital de Risco, vários recursos são disponibilizados, inclusive a ajuda de sócios do fundo;
  • Parceria longa: definitivamente a parceria entre os investidores e os donos da empresa será de longo prazo.

Desvantagens

  • Diminuição da liberdade: os investidores podem aplicar mecanismos de monitoramento e controle que podem, por sua vez, reduzirem a liberdade que o empreendedor tinha anteriormente;
  • Prestação de contas: tudo, absolutamente tudo, precisa ser alinhado. Assim, a exigência sobe e as obrigações crescem, afinal, só dessa maneira uma parceria pode dar certo;
  • Dedicação: muitas vezes será muito trabalho e pouco retorno, a priori. O processo do VC pode ser demorado, portanto, seja paciente.

Onde encontrar um Venture Capitalist?

Uma das melhores e mais populares formas de encontrar um gestor de Capital de Risco é através de empresas gestoras. 

Além disso, é importante procurar gestoras confiáveis, ok? 

Conheça três das principais gestoras presentes no Brasil a seguir:

Principais gestoras de Venture Capital no Brasil

1. Canary

Um dos fundos mais ativos do Brasil é, também, um dos mais jovens. 

A Canary investe em startups de agricultura, marketing, saúde e até entretenimento. A lista dos nichos é bem diversa. 

2. Valor Capital Group 

Tem escritórios em Nova Iorque e São Paulo e foi criada pelo ex-embaixador americano no Brasil Clifford Sobel. 

O que mais impressiona na Valor Capital Group é a presença de grandes unicórnios brasileiros como a Stone, Olist, Gympass e Loft. 

Já deu pra perceber que eles são um sucesso, não é?

3. Astella 

Contando com investimentos em 45 empresas na sua carteira, a Astella teve um exit da startup RD Station, vendida por R$ 1,8 bilhão, ou seja, a maior aquisição de uma empresa de software no Brasil. 

Dicas de como conseguir um Venture Capital

Em suma, as dicas são as seguintes: 

  • Crie um negócio realmente inovador: de preferência escaláveis, de fato, e lembre de fazer uma boa pesquisa de mercado e definir um nicho específico;
  • Faça a prospecção de investidores: a melhor forma de fazer isso é manter um bom relacionamento com grandes fundos de investimentos. Mantenha um bom network também;
  • Se organize: mapeie quais fundos de investimento você irá contactar, quando e como também são perguntas a serem respondidas;
  • Tenha sempre um ótimo pitch em mãos;
  • Colete feedbacks: recebeu um não? Pergunte aos fundos em quais aspectos você e/ou o seu negócio precisam evoluir.

Além disso, é importante dominar o tema investimentos ao entrar nessas negociações com fundos. 

A solução para não ficar para trás tem nome: o MBA em Ações e Stock Picking da Faculdade XP! 

Com ele você será capaz construir teses de investimentos em ativos dos principais setores da bolsa brasileira, fazendo uso da análise fundamentalista e valuation.

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Oracle Cloud: o que é e benefícios desse serviço na nuvem

As demandas de Tecnologia da Informação mudam cada vez mais rápido e tem se tornado ainda mais exigentes.

Diante dessa nova realidade, muitas empresas passaram a optar por migrar a sua estrutura de TI para a nuvem. O objetivo é otimizar o trabalho e reduzir custos.

Para isso, seguindo a tendência do mercado, as companhias têm apostado na contratação de provedores especializados em serviços na nuvem. ☁️

Este é o caso do Oracle Cloud. Mas do que se trata? Como funciona esse serviço e quais as suas vantagens e desvantagens. Confira a resposta para estas e outras perguntas ao longo do artigo.

O que é Oracle Cloud?

O Oracle Cloud é um provedor especializado em oferecer serviços de computação na nuvem para empresas.

O provedor oferece mais de 60 serviços de computação em nuvem (veja mais sobre o assunto no tópico abaixo), os quais podem ajudar clientes de setores variados. 🖥️

A Oracle exibe uma cartela relevante de empresas parceiras. Alguns exemplos de clientes Oracle são a montadora de veículos Toyota e o sistema de entregas Fedex. Na lista, ainda incluem a plataforma Spotify e a companhia de molhos Chipotle.

Como funciona um serviço de computação em nuvem?

A computação em nuvem é conhecida pelos usuários mais leigos, principalmente, como um espaço online para o armazenamento de dados, documentos e imagens. 📷

No entanto, este serviço de ‘memória’ é apenas uma pequena fração do que um provedor cloud computing pode alcançar.

Os serviços de computação em nuvem podem incluir de tudo. Aqui se encontram desde os conhecidos bancos de dados até a infraestrutura (servidores, rede e armazenamento), inteligência, aplicativos, plataformas de desenvolvimento de software e muito mais.

Ao optar por migrar para a nuvem, uma empresa passa a ter, por exemplo, a sua infraestrutura de Tecnologia da Informação armazenada externamente, em um data center mantido pelo provedor contratado.

O data center é um lugar físico onde empresas hospedam aplicativos e outros dados essenciais. Só que no caso da computação na nuvem, o provedor do serviço é quem tem a responsabilidade de, entre outras coisas, gerenciar a infraestrutura de TI e desenvolver recursos e funcionalidades para atender as demandas da empresa.

Tipos de serviços

Geralmente, os serviços de computação em nuvem se enquadram em três grandes categorias, de acordo com o tipo soluções ofertado. São elas:

  • Infraestrutura como Serviço (IaaS), que oferecem funcionalidades como a virtualização de servidores, armazenamento e redes;
  • Plataforma como Serviço (PaaS), que trabalham com o desenvolvimento, teste e implementação de aplicativos;
  • Software como Serviço (SaaS), que foca no oferecimento de aplicativos que podem ser acessados por um navegador Web;
  • Dados como Serviço (DaaS), que usa fontes da Oracle ou de terceiros para produzir resultados mais assertivos na análise de dados, especialmente nas áreas de marketing e vendas.

Oracle Cloud vale a pena?

Contratar um provedor de serviço de nuvem pode ser bastante benéfico. A computação em nuvem propicia agilidade, escala e flexibilidade para os clientes.

A premissa é que, ao invés de gastar energia e recursos em sistemas de TI legados, os clientes possam focar em outras áreas e tarefas mais estratégicas.

Existem no mercado hoje diversos provedores de destaque, como AWS, Microsoft Azure e Google Cloud, que hoje dominam o nicho de nuvem (cerca de 60% do mercado).

Por outro lado, a Oracle tem cativado o seu espaço na indústria. Por isso, é importante analisar tanto as vantagens quanto as desvantagens de se escolher a Oracle Cloud como o seu provedor de computação na nuvem.

Vantagens

Na busca de atrair um número maior de clientes, a Oracle apresenta uma abordagem um pouco diferente das outras empresas de referência do mercado.

😜 A companhia aposta em três grandes atrativos:

  • Preços competitivos;
  • Segurança avançada;
  • Maiores garantias sobre disponibilidade, desempenho e capacidade de gerenciamento.

Pode ser um serviço aplicado em organizações menores, incluindo Pequenas e Médias Empresas.

O sistema da Oracle Cloud traz automação e facilidade para os negócios e também facilidades para escalabilidade e provisionamento de recursos.

Desvantagens

Por outro lado, a Oracle Cloud deixa a desejar em alguns pontos. 🤔

No que se diz respeito à usabilidade, ela não é simples de integrar a outras ferramentas e leva um certo tempo para se aprender a usá-la, pois não conta com uma boa navegabilidade.

Outra questão é que o provedor é mais focado nos serviços de high-end. O que ele oferece para low-end pode ser bastante limitado. Também não apresenta um bom desempenho com as soluções baseadas em .Net

Ao optar por migrar para a nuvem, uma empresa passa a ter, por exemplo, a sua infraestrutura de TI armazenada externamente, em um data center mantido pelo provedor contratado. Foto: Getty Images

Oracle Cloud vs AWS

A Oracle Cloud e Amazon Web Services são empresas em patamares muito diferentes.

Enquanto a Oracle é relativamente nova, a Amazon Web Services já é vista como uma das maiores empresas do nicho.

Por um lado, o modelo de pagamento da Oracle Cloud permite que os clientes aproveitem de uma maior flexibilidade. Já a AWS é uma marca estabelecida, com experiência no fornecimento de serviços e suporte multilíngue.

Oracle Cloud vs Azure

A Azure, plataforma de cloud da Microsoft, também é uma das líderes de mercado nos serviços de computação na nuvem.

Entre os seus pontos positivos de maior destaque, podemos citar que é uma plataforma facilmente escalável, ou seja, que pode absorver e criar novas demandas e soluções.

A Oracle também oferece a escalabilidade como vantagem, mas de forma menos robusta.

É hora de decidir a melhor ferramenta de cloud computing para você!

No mercado existem várias ferramentas de cloud computing disponíveis para quem quer soluções de nuvem.

Não existe, exatamente, um provedor que seja melhor que o outro. Cada um deles oferece funcionalidades e especificidades diferentes que podem ser mais adequadas para determinadas empresas.

Para saber qual delas é a indicada para cada situação, é importante levar em conta variáveis, como a flexibilidade de pagamento, a capacidade de armazenamento e de inclusão de novas demandas, além da segurança do sistema.

Ainda tem dúvidas sobre o assunto? Conheça o curso da XPE em Cloud Computing e descubra tudo o que você precisa saber sobre o tema!

Sistemas de recomendação: como personalizar a experiência de seus usuários?

Sistemas de Recomendação (SR) são conjuntos de algoritmos capazes analisar e identificar padrões de comportamento dos usuários de determinada plataforma, com objetivo de fornecer sugestões personalizadas, com base em seus interesses e histórico de navegação.

A crescente variedade de informações disponíveis na web, somada ao rápido surgimento de novos serviços de e-business, gerou uma sobrecarga de opções aos usuários. Ter opções é  bom, mas, “infinitas” nem sempre é o melhor.

Surgem então, os Sistemas de Recomendação, a partir da necessidade de filtrar a quantidade de opções disponíveis para o usuário, automatizando a geração de recomendações baseadas na análise dos dados (Melville e Sindhwani, 2010).

Atualmente, os SR têm um papel fundamental em sites como Amazon, YouTube, Netflix, Yahoo, Tripadvisor, Walmart, Spotify e nas principais Redes Sociais, como Facebook, Twitter, e Instagram.

Quer entender como esses sistemas funcionam na prática?

Neste post, além de explicar o que é um Sistema de Recomendação, também mostramos como esse tipo de ferramenta funciona, quais tecnologias utilizar, exemplos e tendências para este mercado. Ao final, ainda indicamos algumas formações para quem deseja se capacitar para atuar na área. Boa leitura!

O que é um Sistema de Recomendação?

Um Sistema de Recomendação é um conjunto de algoritmos que utilizam técnicas de Aprendizagem de Máquina (AM) e Recuperação da Informação (RI) para gerar recomendações baseadas em algum tipo de filtragem. Seu objetivo é oferecer uma experiência de consumo mais personalizada para os usuários.

Para que serve um sistema de recomendação?

O objetivo dos SR é gerar recomendações válidas de itens que possam interessar aos usuários, tal como sugestões de:

  • livros e produtos na Amazon;
  • filmes e séries na Netflix;
  • amigos no Facebook;
  • vídeos no Youtube;
  • lugares no Foursquare;
  • e outras infinidades de recomendações.

Ou seja, podemos entender “item” como um termo geral, utilizado para designar o que o sistema recomenda ao usuário, podendo ser filmes, músicas, vídeos, roupas e até pessoas.

Na imagem abaixo é possível ver um exemplo do Foursquare, com recomendações de lugares relacionados a busca por alimentação em Belo Horizonte: 

 Fonte: Foursquare.com – Screenshot de Recomendação de Lugares

< Quer conhecer melhor seus usuários? Então, leia este post: Saiba como montar um mapa de empatia para conhecer o seu cliente />

Como funciona um sistema de recomendação?

Fazer um sistema de recomendação, como você pode imaginar, envolve a análise de dados como preferências e padrões de navegação dos usuários. Desse modo, é possível personalizar sua experiência, sugerindo conteúdos e produtos mais adequados ao seu perfil.

Para que isso seja possível, é preciso filtrar toda essa informação, de modo a encontrar padrões. Dentre as modalidades de filtragem mais comuns, temos:

  • colaborativa – considera a experiência de todos os usuários;
  • baseada em conteúdo – considera a experiência do usuário alvo;
  • híbrida – tanto a filtragem colaborativa, quanto a baseada em conteúdo são consideradas.

Vamos entender um pouco mais sobre cada uma delas a seguir:

Filtragem Colaborativa

Os algoritmos de recomendação de Filtragem Colaborativa são amplamente utilizados no ramo de e-commerce, assim como nas Redes Sociais.

O usuário alvo recebe recomendações baseadas nas avaliações de todos os outros usuários, de forma coletiva.

Por exemplo: em uma loja de comércio eletrônico, ao buscarmos por uma geladeira da marca X, recebemos também recomendações de geladeiras de outras marcas, com base nas avaliações realizadas pelas pessoas.

As avaliações dos itens podem ser feitas de diversas maneiras. Dentre os exemplos mais comuns, temos:

  • escala de pontuação;
  • escala de estrelas;
  • ícones de gostei e não gostei (avaliação binária);
  • comentários sobre o item.

Na imagem abaixo, temos o exemplo de sistema do recomendação de produtos utilizado pela Amazon:

Fonte: Amazon.com – Screenshot de Recomendação de produtos

Filtragem Baseada em Conteúdo

Já os SR que utilizam Filtragem Baseada em Conteúdo, apresentam sugestões de acordo com as configurações de preferências definidas pelo usuário, e/ou com base em seu histórico de navegação, indicando itens semelhantes aos que demonstrou interesse no passado. Ou seja, as recomendações são personalizadas.

Por exemplo, os anúncios patrocinados nas redes sociais são filtrados de acordo com as características do perfil, incluindo histórico de postagens, amigos/seguidores e seguidos.

Esse tipo de filtragem parte da premissa de que os usuários tendem a se interessar por itens semelhantes aos escolhidos no passado.

Abaixo, você confere um exemplo de sistema de recomendação de produtos no Twitter:

Fonte: Twitter.com – Screenshot de Anúncios Patrocinados

Similaridade de Item/Usuário

Um dos principais conceitos utilizados nos SR é a similaridade, que consiste em descobrir itens similares aos que o usuário já adquiriu, ou mesmo, usuários que sejam semelhantes entre si (vizinho mais próximo).

Utilizando as avaliações e preferências de todos os usuários, pode-se calcular a similaridade entre o grupo geral e um usuário alvo. Assim, se torna possível recomendar filmes ainda não assistidos para uma pessoa, com base na similaridade com os demais e na classificação deste item (Liu, 2014).

Por exemplo, em um site de filmes, podemos recomendar ao usuário, títulos que pessoas com gostos similares aos dele já assistiram.

A semelhança dos itens pode ser determinada pela busca booleana, métodos probabilísticos e também modelos vetoriais. Nessa abordagem, os algoritmos de Classificação mais utilizados são: Vizinho K-mais-próximo; Árvores de Decisão; Classificador de Bayes; SVM e Redes Neurais.

Um dos problemas em considerar a similaridade é o denominado Cold-Start, causado, por exemplo, por novos usuários que não tenham apresentado quaisquer avaliações e, portanto, não podem ser comparados a outros.

Método Híbrido

Para aumentar a eficiência dos algoritmos de sistemas de recomendação, vários métodos híbridos, que combinam as duas abordagens, foram propostos. Dentre as filtragens híbridas, destacam-se:

  • produzir listas separadas de recomendação (de cada abordagem) e unir seus resultados, a fim de produzir uma lista final;
  • utilizar pesos para os tipos de filtragem, por exemplo, na técnica colaborativa, podemos valorizar itens que receberem mais acessos;
  • utilizar as técnicas de classificação de Aprendizagem de Máquina. Pode-se, por exemplo, prever qual filme o usuário gostaria de ver, e também estimar se este conteúdo será ou não apreciado pelo usuário.

< Quer saber mais sobre como aprimorar a experiência do seu usuário? Então, confira este post: UI e UX Design: diferenças e semelhanças />

Exemplo de sistema de recomendação da Netflix

Um dos SRs mais personalizados atualmente é o utilizado pela Netflix, que aprimorou o algoritmo de seu sistema de recomendação de tal maneira que, cerca de 75% da atividade de sua audiência é direcionada pelas indicações da plataforma.

Um dos conceitos aplicados na Netflix é a diversidade, realizada a partir da combinação de várias métricas. Com foco nos dados do perfil de cada usuário, o sistema possibilita a recomendação de itens relevantes, mesmo que não possuam similaridade com o conteúdo já visto por ele.

A integração com as redes sociais, como o Facebook, também contribui para personalizar recomendações. Assim, é possível recomendar itens vistos pelos amigos do usuário.

Na imagem abaixo, vemos o exemplo do sistema de recomendação de conteúdos utilizado pela Netflix:

Fonte: Netflix.com – Screenshot de recomendações Híbridas

Quais são as tendências em sistemas de recomendação?

Não é novidade para ninguém que a tecnologia está em constante evolução, não é mesmo? Pegando carona nesses avanços, os mercados de consumo e entretenimento estão sempre em busca de inovações para oferecer experiências cada vez melhores a seus usuários. 

Conheça algumas tendências:

  1. agrupar os usuários por gostos similares, assim, a similaridade pode ser calculada entre os membros do grupo, ao invés de compará-lo com todos os usuários do sistema;
  2. aplicação de técnicas avançadas de Aprendizagem de Máquina, como Deep Learning, e também análise de sentimento;
  3. explorar a combinação de features, além das tradicionais, relacionadas aos itens e ao usuário, explorar a integração com outras plataformas, como as redes sociais;
  4. inserir diversidade e novidade nos resultados contribui para melhorar a experiência do usuário, impedindo a monotonia e previsibilidade do sistema.

Por fim, é importante ter clareza de que, quanto mais o usuário interagir com o sistema, mais precisas serão as recomendações obtidas, independentemente do tipo de técnica utilizada.

< Leia também: Quais são as profissões do futuro na área de tecnologia? Como se preparar? />

Como se preparar para atuar nesta área?

Os Sistemas de Recomendação tornaram-se essenciais para a fidelização de usuários. Principalmente pelo fato destes se sentirem reconhecidos, ao serem tratados com individualidade.

Ao que tudo indica, esta é a direção natural para esse tipo de tecnologia, uma vez que o caminho do sucesso passa pela personalização, a fim de oferecer experiências cada vez mais completas e satisfatórias para os consumidores.

Quer atuar nesta área, mas não sabe por onde começar? Confira algumas dicas de formação que vão te levar ao próximo nível:

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Este post foi escrito pela professora Michelle Hanne Soares Andrade. Se você deseja explorar este universos e entender mais sobre o assunto, não deixe de conferir:

Referências utilizadas

MELVILLE, P.; SINDHWANI, V. Encyclopedia of machine learning.[s.l.] Springer-Verlag, chapter Recommender systems, 2010.

LIU, Yang. Sistema de recomendação dos amigos na rede social online baseado em Máquinas de Vetores Suporte. Dissertação (Mestrado), Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

Recomendações de leitura

Recommender Systems: An Introduction, DietmarJannach, Markus Zanker, Alexander Felfernig, Gerhard Friedrich. Cambridge University Press, 2010.

Recommender Systems Handbook, Francesco Ricci, LiorRokach, BrachaShapira, Paul B. Kantor. Springer, 2015.

Recommender Systems: The Textbook, Charu C. Aggarwal. Springer, 2016.

O que são tuplas em Python e qual a importância delas?

Quem trabalha ou ao menos já se interessou pela área de Tecnologia da Informação (TI), com certeza já ouviu falar da linguagem de programação Python. Uma das linguagens mais simples e versáteis da programação, o Python tem três tipos básicos de sequência de dados: listas, objetos de intervalos e tuplas.

Quando bem utilizadas, as três sequências podem facilitar a vida do programador. Porém, muitas vezes, ao invés de ajudar, essas estruturas acabam confundindo quem está iniciando na área de programação ou não tem tanto domínio em Python.

Se esse é o seu caso, este artigo vai te ajudar a entender o que são tuplas em Python e qual a principal diferença entre as tuplas e as listas. Além disso, vamos te ensinar como criar e quando é indicado usar as tuplas. 

 Boa leitura! 

O que são tuplas em Python?

Tupla é um tipo de estrutura de dados do Python que tem como principal característica ser imutável. Ou seja, ao criar uma tupla você não consegue alterar nenhum elemento que faça parte dela. 

Normalmente, as tuplas são utilizadas para armazenar sequências de códigos que não serão modificadas. Isso porque a sua característica de imutabilidade dão mais segurança ao desenvolvedor e maior proteção ao código.

Entretanto, apesar dessa característica imutável, existe uma forma de fazer pequenas alterações nas tuplas. Para isso, você pode criar tuplas e armazenar objetos mutáveis nelas, como listas.

Dessa forma, você não altera a estrutura da tupla, mas sim o conteúdo do seu objeto.  

Qual a diferença entre as listas e as tuplas em Python?

Para entender a diferença entre as listas e as tuplas, existem dois conceitos do glossário Python que são bem didáticos em relação a isso: mutável e imutável

O mutável se refere a objetos que podem ter o seu valor alterado e ainda assim manter a identidade do objeto. 

Enquanto o imutável se refere a objetos com valor fixo, que não podem ser alterados. Para armazenar um novo valor, é preciso criar um novo objeto imutável.  

Se vai programar em Python, deve entender que a grande diferença entre as listas e as tuplas é que as listas são mutáveis e as tuplas são imutáveis. Ou seja, nas listas você consegue alterar as informações, adicionando ou removendo elementos quando achar necessário.

Já o contrário acontece nas tuplas. Ao definir uma tupla, você não consegue adicionar ou remover nenhum elemento que faça parte da sua estrutura. 

Abaixo, mencionamos outras características das listas e das tuplas para que você possa visualizar melhor no que elas se diferem:

ListasTuplas
Usada para armazenar itens homogêneos Usada para armazenar itens heterogêneos
Ordena dados em sequênciaOferece estrutura para os dados
Indicadas entre [colchetes]Indicadas entre (parênteses) 
Diferença entre listas e tuplas em Python

Quando utilizar as tuplas em Python?

Normalmente o uso das tuplas é indicado para armazenar dados heterogêneos ou armazenar informações que não serão alteradas.

Por exemplo, os meses, as estações do ano ou as vogais do alfabeto são informações que não serão alteradas com facilidade. Sendo assim, esses são elementos que podem ser colocados em tuplas sem problemas.  

Como criar tuplas em Python?

Existem diversas maneiras de construir tuplas em Python. Abaixo, mostramos cada uma delas:

  • Par de parênteses para tupla vazia: ( )
  • Vírgula à direita para identificar uma tupla singleton: a, ou (a, )
  • Itens separando por vírgulas: (a, b, c) ou a, b, c
  • Usando o tuple ( ) built-in: tuple()outuple(iterable)

Aqui, temos um exemplo para que você consiga visualizar melhor a criação de uma tupla:

1 | meses_ano = ('janeiro', 'fevereiro', 'março')

2 | 

3 | print(type(meses_ano)) # class=’tuple’

4 | print(meses_ano) # ('janeiro', 'fevereiro', 'março')

Por fim, o resultado fica da seguinte maneira:

1 | ('janeiro', 'fevereiro', 'março')

Declarar as tuplas em Python

Para declarar uma tupla em Python é super simples. Basta apenas você adicionar vírgula entre os elementos para separá-los.

O uso da vírgula é necessário para que o Python identifique que se trata de uma tupla. Abaixo, um exemplo de como declarar as tuplas em Python: 

# tupla com parênteses / declaração implícita

>>> tupla_meses = (janeiro, fevereiro, março)

>>> tupla_meses

(janeiro, fevereiro, março)

Aqui, um importante ponto para destacar é que, com exceção da tupla vazia, os parênteses são opcionais nas demais tuplas. Isso porque o que forma uma tupla é o uso da vírgula e não necessariamente dos parênteses. 

De modo geral, os parênteses são mais utilizados para evitar ambiguidade semântica do que por necessidade. 

Programadores criando tuplas em Python
Saber como criar as tuplas em Python e quando utilizá-las é um dos passos para aprender a programar.

Como saber se existem elementos em uma tupla?

Para identificar se um item existe ou não nas tuplas é bem simples. Você só precisa usar o operador in e ele automaticamente informa se o elemento existe ou não por meio do True se houver ou do False caso não exista.

Abaixo, trouxemos um exemplo utilizando os meses do ano:

Se existir o elemento na tupla:

>>> elementos_tupla = ('janeiro', 'fevereiro', 'março')

>>> print('março' in elementos_tupla)

True

Se o elemento não existir na tupla:

>>> elemento_tupla = ('janeiro', 'fevereiro', 'março')

>>> print('setembro' in elemento_tupla)

False

Contar elementos em uma tupla

Contar a quantidade de vezes que um determinado item aparece numa tupla também é bem simples. Para isso, basta você utilizar o método .count().

De forma resumida, o count faz o levantamento em todo o código e traz os números resumidos.

Confira o exemplo abaixo:

>>> tupla_meses = ('janeiro', 'janeiro', 'fevereiro', 'fevereiro', 'janeiro', 'janeiro', 'março')

>>> print (tupla_meses.count('janeiro'))

4

>>> print (tupla_nomes.count('março'))

1

>>> print (tupla_nomes.count('agosto'))

Perceba que o mês de janeiro apareceu 4 vezes no código e foi representado pelo número 4. Já o mês de agosto não apareceu nenhuma vez e foi representado pelo número 0. 

Exibir o índice do elemento em tupla

O método index() possibilita ao desenvolvedor encontrar a primeira aparição do elemento no seu projeto. Dessa forma, o trabalho do programador ganha mais velocidade para achar os elementos em um projeto com muitos dados.

Essa pesquisa do índice pode ser feita de três formas diferentes: elemento, início ou final. Abaixo, um exemplo de como é feita essa busca pelo índice:

>>> tupla_meses = ('janeiro', 'fevereiro', 'março', 'abril')

>>> indice_tupla = tupla_meses.index('fevereiro')

>>> print (indice_tupla)

Importância das tuplas no desenvolvimento de sistemas

O Python é uma das linguagens back-end mais utilizadas em todo o mundo. Essa popularidade se dá por conta da sua adaptabilidade, visto que ela é uma linguagem que funciona bem tanto para desenvolvimento web, quanto para aplicações web.

Diante da importância do Python para a programação, as tuplas assumem um grande papel na linguagem.

As tuplas são as principais responsáveis pelo armazenamento seguro de elementos importantes para o código. Isso porque elas são imutáveis e possuem uma estrutura mais consistente do que as listas em Python.  

Como aprender a programar as tuplas em Python?

Se você quer aprender a programar tuplas ou qualquer outra sequência de dados em Python, você precisa aprofundar os seus conhecimentos na linguagem Python.

Na internet existem diversos bootcamps e cursos 100% online gratuitos ou pagos, que podem ser o pontapé inicial para a sua carreira como desenvolvedor. 

Devido ao aumento na quantidade de cursos na bolha do desenvolvimento, é importante você ficar atento a reputação e a qualidade da instituição para não cair em uma cilada. 

Por isso, indicamos o nosso bootcamp online Desenvolvedor(a) Python. Nele você aprende tudo sobre a linguagem de programação em um curso com apenas 10 semanas de duração.  

O curso é totalmente imersivo, com aulas interativas ministradas por profissionais da área e atividades práticas que preparam você para ingressar no mercado de trabalho logo após a conclusão do curso.   

Mas, além de estudar, é preciso treinar bastante. Afinal, não adianta você saber toda a teoria e não entender como funciona a lógica de programação no dia a dia.  

Portanto, o segredo para aprender tudo sobre programação em Python é: estudar, treinar e se dedicar bastante a linguagem. 

O que é robótica: saiba TUDO sobre o assunto

Nos últimos anos, a tecnologia evoluiu de tal maneira que viabilizou a automatização de diversas atividades e processos. Hoje, é impossível imaginar, por exemplo, uma linha de produção automotiva composta por humanos. Se você sabe o que é robótica, provavelmente já associou grande parte dessas evoluções a essa área da tecnologia.

Mas não se engane ao pensar que robótica se resume apenas a um robô. Na verdade, os projetos que antecedem sua criação exigem grande estudo, lógica e cuidado. Se você tem curiosidade sobre o assunto ou quer dar os primeiros passos na área, confira o artigo abaixo. Nele, você confere um conteúdo completo com:

  • Conceito de robótica;
  • Como é a construção de um robô;
  • Categorias de robôs;
  • Aplicação da robótica nos negócios;
  • Robótica educacional;
  • Previsões para o futuro.

Aproveite!

O que é robótica?

Basicamente, a robótica é uma vertente da ciência dedicada ao estudo de robôs. Indo mais além nesse conceito, essa área envolve não só a ciência em si, como também a engenharia e a tecnologia. Mas e o que são, afinal, os robôs?

Talvez uma das primeiras imagens que venha à sua cabeça seja a do ator Robin Willians no filme O Homem Bicentenário. Fazer essa associação não é um erro, mas está longe de ser a mais comum.

Na verdade, o foco da robótica é direcionado para a criação de máquinas capazes de realizar movimentos e atividades antes executados pelos humanos. Isso inclui objetos do dia a dia, como um aspirador de pó ou um liquidificador. O objetivo é justamente auxiliar — ou até mesmo substituir — as ações do homem.

Onde surgiu e como a robótica foi conceituada?

A primeira vez que se ouviu falar sobre robôs foi em 1921, na peça R.U.R, produzida pelo escritor tcheco Karel Capek. Nela, Capek atribuía aos humanos artificiais o nome de robôs.

Já o termo robótica data de outra década: 1950. Na ocasião, o escritor Isaac Asimov falou sobre três Leis da Robótica em seu livro, intitulado Eu, Robô.

  • 1ª lei: sob nenhuma hipótese, os robôs devem machucar os humanos. Da mesma maneira, eles não devem permitir que um humano passe por uma situação de sofrimento.
  • 2ª lei: todas as instruções dadas pelos humanos devem ser obedecidas pelos robôs, a menos que essas instruções comprometam a primeira lei.
  • 3ª lei: a existência dos robôs deve ser protegida, inclusive por eles mesmos — a menos que essa existência comprometa as leis 1 e 2.

Se por algum momento você já teve medo de um robô se rebelar contra a humanidade com o propósito de destruí-la, saiba que são essas as leis que norteiam pesquisadores e desenvolvedores ao redor de todo o mundo. Dessa maneira, qualquer invenção deve ser pautada por elas, justamente com o propósito de manter o equilíbrio e segurança da sociedade.

Como os robôs são construídos?

São os engenheiros robóticos os responsáveis por idealizar e construir robôs. Esse processo é feito após uma série de estudos, que buscam entender pontos como necessidades, viabilidade, desafios e oportunidades.

Para que os esboços saiam do papel, é preciso ter conhecimentos específicos e técnicos, entre eles:

  • Linguagens de programação: para ser possível programar comandos;
  • Mecânica: para projetar movimentos e funções;
  • Física e química: para desenvolver pontos relacionados à condução de eletricidade e transmissão de calor;
  • Eletrônica: para a definição de componentes eletrônicos a serem usados.

Com esse conhecimento, os passos de construção envolvem, além do projeto, etapas de montagem e testes.

Quais são as categorias de robôs?

Engana-se quem pensa que os robôs pertencem a um único grupo. Na verdade, embora todos eles devam obedecer a critérios como a presença de componentes elétricos em suas estruturas, há características que os dividem em 5 classificações diferentes.

01. Pré-programados

Braços mecânicos atuando em linha de produção automobilística

Assim como o nome sugere, esses robôs são programados previamente para executarem funções simples e repetitivas. Um exemplo são os braços mecânicos usados nas linhas de montagem de concessionárias para apertarem parafusos.

02. Humanoides

Os humanoides possuem, muitas vezes, características semelhantes às humanas

Esse tipo de robô imita/reproduz o comportamento humano e, muitas vezes, tem até aparência semelhante. Entre as ações que podem ser executadas por um humanoide estão andar e carregar objetos.

Um exemplo de humanoide é a BINA48, desenvolvida pela empresa Hanson Robotics. Ela é conhecida como a primeira robô desse tipo a dar aulas em uma universidade.

03. Autônomos

Os robôs autônomos estão mais perto do que você imagina. Sabe aquele aspirador de pó que tem se tornado o sonho de consumo de muita gente? Ele é um exemplo.

Em resumo, os autônomos são os robôs que não dependem da assistência ou da supervisão humana para funcionarem.

04. Teleoperados

Os teleoperados são uma espécie de robôs semiautônomos. Isso porque eles têm certa autonomia para desempenharem suas funções (já que elas são executadas longe dos humanos), mas, ao mesmo tempo, são controlados a uma certa distância.

Imagine um terreno infestado por minas terrestres. Manusear um drone à distância pode ser uma maneira bastante segura de identificar esses artefatos. Neste caso, esses drones são exemplos de robôs teleoperados.

05. Robôs de aumento

Também chamados de robôs biônicos, eles têm a função de aumentar a capacidade humana. Isso significa, por exemplo, suportar grandes cargas, como fazem os exoesqueletos.

Outro exemplo de função dos robôs de aumento é a recuperação de partes do corpo perdidas pelos humanos. É o caso das próteses que substituem membros como pernas e braços.

Como a robótica pode ser aplicada nos negócios?

Agora que você já sabe o conceito, como funciona a tecnologia robótica, bem como as classificações e funcionalidades associadas aos robôs, provavelmente entendeu o quanto essa área é importante para o desenvolvimento humano. Prova disso é que de acordo com um estudo da Oxford Economic, até 2030 mais de 20 milhões de empregos industriais serão ocupados por robôs em todo o mundo.

Além de questões econômicas, outras razões que levam as empresas a optarem pelo uso de robôs em suas produções são:

  • Redução de erros;
  • Velocidade de produção;
  • Segurança;
  • Capacidade de aprendizagem;
  • Precisão.

Exemplos de aplicação da robótica

Já citamos neste artigo a participação dos robôs na indústria automotiva. Entretanto, eles estão presentes em outras áreas. Veja para que serve a robótica em outras áreas:

  • Medicina: máquinas capazes de fazerem pequenas incisões ou cirurgias tendo como objetivo reduzir sangramentos e acidentes;
  • Fisioterapia: equipamentos para estimulação motora e mobilização de membros, a fim de recuperar movimentos e melhorar desempenho físico;
  • Varejo: quem já foi ao mercado e experimentou finalizar as compras em um caixa automático já atuou diretamente com uma espécie de robô.

É possível aprender por meio da robótica?

Considerando que a tecnologia robótica envolve uma série de habilidades e conhecimentos técnicos, é completamente possível fazer dela um braço de aprendizagem.

Como já citado neste artigo, essa vertente científica pode direcionar alunos e curiosos para noções de programação, física, química e eletrônica. Isso sem falar em características como criatividade, curiosidade e raciocínio.

O que é robótica educacional?

A robótica educacional é um método de aprendizagem pautado por três tópicos:

  • Descoberta;
  • Pesquisa;
  • Construção;

O objetivo é estimular o lado investigativo dos alunos, de modo que eles usem o conhecimento adquirido em sala para construir máquinas. Os projetos são elaborados a partir de materiais não estruturadas, como itens de reciclagem e sucatas ou ainda kits de montagem.

Ao fim, as máquinas construídas devem conseguir receber comandos e executar determinadas tarefas.

Por que a robótica educacional é importante?

Os conhecimentos ligados ao estudo da robótica não se limitam a essa área. Pelo contrário, se tratam de temas globalmente em alta. É o caso da programação, que atrai um número crescente de profissionais e aquecido o mercado de tecnologia. Por isso, ela é importante para introduzir ao aluno, por meio de um conteúdo leve e divertido, temas relevantes.

Quais as vantagens da robótica educacional?

Além da visibilidade para conhecimentos técnicos da tecnologia, a robótica educacional acumula uma série de vantagens, especialmente comportamentais. Veja as principais delas:

  • Raciocínio lógico e pensamento crítico, a partir de problemas matemáticos;
  • Estímulo de criatividade diante de oportunidades de criação;
  • Capacidade de relacionamento, a partir de tarefas coletivas;
  • Noções de planejamento decorrentes do projeto desenvolvido;
  • Facilitação do entendimento de disciplinas técnicas, como matemática e física;
  • Enriquecimento curricular.

Previsões para o futuro da robótica

Nem sempre as previsões sobre o futuro são assertivas. Entretanto, se tratando de robótica, é possível afirmar que os próximos anos serão de crescimento substancial. A justificativa é simples: essa área gera resultados significativos em seus campos de atuação, sinônimo de evolução.

Se você não quer ficar de fora, mas também não sabe por onde começar, a Faculdade XP oferece um bootcamp de Arquiteto(a) de Machine Learning. Com ele, você aprende mais sobre essa linguagem e como aplicá-la na resolução de problemas diversos.

O curso tem duração de 10 semanas, nas quais você aprende com profissionais renomados do mercado temas relevantes, como:

  • Características básicas de Redes Neurais Artificiais;
  • Análise Semântica;
  • Introdução ao processamento da Linguagem Natural;
  • Computação em nuvem, neblina e edge na IoT.

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Aprenda 5 maneiras de aplicar o Teste MVP (Minimum Viable Product) na sua empresa

Da ideia à validação de hipóteses de sucesso. Aprenda, com exemplos práticos, como aplicar um teste MVP!

Em contextos de incerteza de mercado ou de tecnologia, novas ideias, conceitos e estratégias precisam ser validados antes de se converterem em investimento. Afinal, nenhuma empresa quer perder dinheiro, não é verdade? 

Por isso, é tão importante realizar o teste MVP. Isso porque ele permite  avaliar a viabilidade de um produto e analisar sua aceitação no mercado, antes da empresa apostar em seu lançamento. 

O teste MVP, sigla em inglês para minimum viable product (ou produto mínimo viável), é uma ferramenta conceitual para validar hipóteses. 

O termo foi criado por Frank Robinson e popularizado por Steve Blank e Eric Ries, fundador da metodologia Lean Startup, para destacar uma questão simples e  importante:  vale a pena criar  uma solução brilhante para um problema que não interessa a ninguém?

De acordo com Ries, um MVP é a versão de um novo produto que permite à equipe reunir o máximo de conhecimento comprovado do cliente com o mínimo de esforço. 

Isso porque o teste MVP permite compreender bem o problema  e explorar as diferentes possibilidades de solução. Envolve, assim, avaliar hipóteses sobre o que pode ou não funcionar, sobre os níveis de engajamento de clientes potenciais, sobre o tamanho de mercado e vários outros fatores.

Nesse sentido, usar a validação MVP para testar um modelo de negócio é provavelmente a estratégia de lançamento de produtos e serviços mais popular entre as startups.

Teste MVP: o que é e para que serve?

O teste MVP é uma abordagem para validar hipóteses de interesse para um determinado problema. A sua ideia básica  é que a experimentação leva a melhores resultados. Ou seja, o processo de testar um produto mínimo viável deve passar por: elaborar ideias, levantar hipóteses, experimentar, avaliar os resultados e decidir.

A questão é que, para empreendedores e inovadores, realizar experimentos custa dinheiro, tempo e esforço. Assim, a ideia fundamental do MVP é obter, com o menor investimento possível, o máximo de informação possível sobre o problema. Com isso, os investimentos tornam-se mais assertivos, interrompendo projetos pouco promissores logo no seu início. 

Dessa forma, é possível priorizar investimentos em projetos ou ideias com maiores chances de sucesso. Essas chances, por sua vez, são bem mais assertivas que apenas insights após as hipóteses terem sido validadas no teste MVP.

Vejamos, abaixo, alguns exemplos de como fazer um processo de validação MVP.

Exemplos de como fazer um processo de validação MVP

Os dois exemplos que apresentaremos a seguir são icônicos e reúnem ideias para inspirar você ao mesmo tempo que ensinam na prática como testar um MVP. 

Zappos

Nick Swinmurn fundou a Zappos com base em um experimento para validar a hipótese: “existe demanda para um bom serviço online de venda de sapatos?”

Para avaliá-la, Nick realizou um experimento bem simples: ele foi até uma loja (física) de sapatos e tirou fotos de alguns produtos, combinando com o dono da loja que voltaria e compraria os sapatos caso alguém decidisse comprá-los pela Internet. 

Nick disponibilizou os produtos em um website bastante rudimentar, com funcionalidades limitadas de navegação e comunicação entre cliente e “loja”.

Mas, os resultados do MVP validado (que, no caso, era o site) foram animadores. Por meio deles, Swinmurn aprendeu sobre a demanda real e a experiência do usuário, como suas necessidades, comportamento e decisão de compra. 

O crescimento da Zappos foi impressionante. Tanto que, em 2009, foi vendida – muito a contragosto de seu fundador – para a Amazon, por US$1,2 bilhão.

Groupon

Num dado momento da história da Internet, havia o The Point, uma plataforma de “ativismo coletivo” que possibilitava organizar ações cívicas, influenciar a mudança e o impacto social positivo. 

Andrew Mason e seu time eram fascinados com a ideia, e investiram onze meses de trabalho intenso no seu desenvolvimento. Depois de lançar o The Point, no entanto, os fundadores perceberam que, apesar da ótima ideia, o valor obtido foi muito inferior ao  criado – ou seja, concluíram que o negócio não era  viável. 

O momento “revelação” veio quando Andrew decidiu usar a mesma estrutura de plataforma para ajudar a vender, com bons descontos, as pizzas produzidas no restaurante que ficava no andar térreo do prédio que sua startup ocupava. 

A ação foi um sucesso, o que levou o time a desenvolver um website simples para vender cupons de desconto, validando a dinâmica de divulgação, venda, entrega e execução das ofertas – nascia então o Groupon.

< Quer saber como validar uma ideia para startup? Leia este artigo: O que é MVP – para que serve e quais os benefícios />

5 maneira de realizar seu teste MVP

Os dois exemplos descritos acima mostram todo o processo, desde a concepção da ideia até o teste MVP na prática. Agora, vamos mostrar como validar o seu produto mínimo viável. 

Aqui estão cinco maneiras fáceis, mas comprovadas, de fazer a sua validação MVP antes de transformar sua ideia em um produto completo. 

1. Entrevistas com clientes

Entrevistar clientes em potencial é a melhor maneira de validar seu MVP. Isso porque, por meio delas, você recebe feedback de usuários potenciais reais do seu produto. Você pode coletar informações valiosas dessas entrevistas sobre suas queixas e expectativas de sua base de usuários e melhorar seu produto antes de lançá-lo no mercado.

2. Financiamento coletivo

Sites de financiamento coletivo, como Catarse, ajudam inovadores a criar protótipos de MVP financiados por pessoas interessadas  nesses projetos. Os benefícios do crowdfunding incluem uma base de usuários existente atraídos pelo seu produto e os fundos para levá-lo à produção.

3. Vídeos explicativos

Se você ainda não tem um produto, um vídeo explicativo pode ser uma ótima maneira de realizar uma apresentação corporativa. 

O Dropbox fez exatamente isso com seu vídeo explicativo, pelo qual eles mostraram a sua funcionalidade para um grande público. O vídeo  era simples – mas efetivo, comunicou bem o que eles queriam com o MVP, causando uma onda de inscrições que ajudou o Dropbox a chegar onde está hoje.

4. Landing pages

As landing pages (uma página que conta com todos os elementos voltados à conversão, do visitante ao Lead ou da oportunidade ao cliente) podem fornecer muitas informações sobre sua base de usuários em potencial. 

O uso de ferramentas para capturar análises dos usuários pode ajudá-lo a coletar métricas que determinarão o interesse deles e ver como eles interagem com sua página. Nesse sentido, as landing pages são informativas tanto para o cliente quanto para o desenvolvedor do MVP e podem ajudar a orientar um produto na direção certa.

5. Testes A/B

Os testes A/B ajudam a determinar a melhor versão entre as duas. Por exemplo, você pode criar duas páginas da web para mostrar duas versões diferentes do seu MVP. Você pode então avaliar as entradas do usuário do teste A/B MVP usando plataformas como o Google Analytics.

Agora que você já sabe como realizar seu teste MVP, o que acha de dar um passo além no caminho do conhecimento? Com o plano de assinatura da Faculdade XP Multi+, você tem acesso a todos os nossos cursos rápidos, como os bootcamps em Analista e Gestor(a) de Processos de Negócios, e ainda aproveita:

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  • acesso às melhores oportunidades de carreira;
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Padrões de navegação mobile: conheça vantagens e desvantagens!

Os padrões de navegação mobile mais usados possuem vantagens e desvantagens de acordo com a proposta e o público-alvo do seu aplicativo ou site responsivo.

Um estudo feito com 179 pessoas, realizado pelo Nielsen Norman Group, concluiu que os menus de padrões de navegação online são mais usados nos dispositivos móveis (tablets e smartphones) do que nos computadores desktop (apesar do termo, os notebooks também entram nessa categoria). A equipe analisou seis websites com grande volume de acesso:

  • 7digital (música, e-commerce);
  • BBC (notícias);
  • Bloomberg Business (notícias sobre negócios);
  • Business Insider UK (notícias sobre negócios);
  • Supermarket HQ (e-commerce);
  • Slate (notícias);
Figura 1 – O uso do elemento de navegação é maior no mobile que no desktop

Esse estudo é um ótimo indicativo do comportamento de usabilidade mobile, uma vez que,  ao contrário do que se pensava, os menus são mais acessados nas telas menores.

Ou seja, boa parte dos usuários já entende as estratégias mais comuns que os designers utilizam para oferecer a navegação de um conteúdo para outro.

Quando alguém começa a usar um aplicativo ou um website responsivo, geralmente, precisa saber como navegar de uma tela para outra e, principalmente, saber de onde veio e para onde ir. Continue a leitura e aprenda tudo sobre padrões de navegação mobile e veja as vantagens e desvantagens dos mais usados atualmente!

Por que usar padrões de navegação mobile?

Uma boa estratégia de padrões de navegabilidade é como um ônibus confortável que leva os usuários aonde querem. Porém, estabelecer uma boa navegação num dispositivo móvel é um grande desafio devido às limitações da tela pequena e a necessidade de priorizar o conteúdo em relação aos menus.

Pois, ao contrário do desktop, não é aconselhável “gastar espaço” da tela enchendo-a com abas, menus e links. Afinal, esse espaço poderia ser melhor aproveitado com o conteúdo principal, não é mesmo?

Por causa disso, diversos padrões de navegação mobile foram concebidos para resolver esse desafio de diferentes maneiras. Mas todos eles sofrem com uma variedade de problemas de usabilidade.

Porém, como usabilidade é contexto, neste artigo, citamos cinco padrões básicos de navegação móvel e descrevemos os pontos fortes e fracos de cada um deles. Boa leitura!

< Leia também: O que é User Experience? Como seguir carreira em UX? />

Avaliação de usabilidade de aplicativo mobile 

1.   Menu Hambúrguer

No mobile, o espaço da tela é algo precioso e o menu de hambúrguer (ou drawer lateral) é um dos padrões de navegação mais populares para economizá-lo.

O painel drawer permite ocultar a navegação além da margem esquerda da tela e revelá-la somente após o usuário clicar no ícone das três barrinhas (daí vem o nome Hambúrguer).

Figura 2 – Drawer fechado e aberto após clicar no ícone hambúrguer

Vantagens 

Grande número de opções de menu

A principal vantagem desse menu é que ele pode acomodar um grande número de opções de navegação em um espaço minúsculo.

Layout mais limpo

O menu hambúrguer proporciona um design limpo e minimalista, que interfere muito pouco na composição da tela e dá mais importância ao conteúdo.

Desvantagens

Baixa percepção dos usuários

Quando o drawer está fechado, boa parte das pessoas ainda não percebe a presença do ícone. Porém, esse tipo de navegação está se tornando padrão e muitos usuários mobile já estão familiarizados com o famoso “ícone das três barrinhas”.

Conflito com regras de navegação do sistema operacional

O menu de hambúrguer tornou-se quase um padrão no sistema Android. Mas, no iOS, seu uso pode ser um tanto arriscado porque pode concorrer visualmente com os elementos básicos do sistema e isso pode sobrecarregar a barra de navegação.

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Figura 3 – Barra de navegação do iOS
Perda de contexto

O menu hambúrguer não comunica a localização atual. Para saber onde o usuário se encontra é necessário clicar no ícone.

Figura 4 – O drawer esconde a localização atual do usuário

2.   Painel de abas (tab bar)

O padrão de navegação mobile painel de abas ou tab bar é mais um exemplo de padrão de interação herdado do desktop.

Geralmente, ele contém poucos itens que possuem o mesmo grau de importância e oferecem acesso direto de qualquer lugar do aplicativo/website.

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Figura 5 – O painel de abas é visível em qualquer tela

Vantagens

O contexto é facilmente percebido

O painel de abas informa muito bem a localização atual. As pistas visuais, adequadamente utilizadas (ícones, etiquetas e cores), permitem que o usuário entenda sua localização atual de uma só vez.

Acesso rápido e fácil

Nesse padrão de navegabilidade, as abas são fixas. Com isso, a navegação permanece à vista independentemente da página que o usuário está visualizando. Ele tem visibilidade clara de todas as áreas/seções do aplicativo e pode acessá-las com um único clique.

Dentro do que chamamos de Thumb Zone o painel de abas é mais facilmente acessado quando localizado na parte inferior da tela.

Recentemente, até o Google com o Material Design já adotou o padrão de abas inferiores. Até 2016, o Material Design adotava apenas as abas superiores.

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Figura 6 – Posição ideal para a utilização das abas de acordo com o UXmag

Desvantagens

As opções são limitadas

Se o menu de navegação do seu aplicativo tiver mais de cinco opções, mantê-los em um painel de abas pode ser uma tarefa árdua. Considere a opção de usar o menu hambúrguer nesses casos.

Tamanho é documento

Deve-se garantir que cada aba tenha, no mínimo, 10mm de largura ou altura.

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Figura 7 – 10mm quadrados são suficientes para a maioria dos usuários

< Saiba mais: Keyvisual: dicas para ter uma identidade única />

3.   Hub de navegação

O hub de navegação é uma página (geralmente a página inicial) que lista todas as opções de navegação. Para acessar uma nova tela ou seção, os usuários devem primeiro voltar ao hub e usar uma das opções listadas lá.

Esse tipo de navegação é mais útil quando o app ou website é mais orientado à execução de tarefas e menos ao conteúdo.

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Figura 8 – Fonte: Smashing Magazine

Vantagens

Sem distrações

Pode funcionar bem em sites e aplicativos baseados em tarefas, especialmente quando os usuários tendem a se limitar a usar apenas um ramo da hierarquia de navegação. Ou seja, quando realizam apenas uma tarefa durante a sessão.

Caminho seguro

Pode ser mais adequado e seguro para usuários que precisam realizar uma tarefa muito específica, como fazer check-in em um voo, gerar segunda via de boleto ou alterar as configurações do telefone.

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Figura 9 – Hub de navegação do Yelp

Desvantagens

Pode ser um desperdício

Um hub de navegação precisa “gastar” uma página inteira só com links para outras áreas do app.

Pode ser enfadonho

Ter que voltar à página inicial toda vez que quiser navegar para outra área do app pode irritar bastante os usuários.

4.   Floating Action Button (FAB)

Esse padrão de navegação mobile pode até ser entendido mais como um botão de ação primária do que como um elemento de navegação. De toda forma, o FAB pode ser usado para saltar de uma seção para outra.

O Float Action Button é um dos principais expoentes do Material Design. Trata-se de um botão circular que flutua sobre a interface com uma cor bem distinta do restante dos elementos.

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Figura 10 – O FAB pode ter duas ações, como Play e Pause

Vantagens

É uma boa maneira de priorizar a ação mais importante na tela. Ele ocupa pouco espaço e, quando comparado ao painel de abas, percebe-se que ele não ocupa uma linha inteira.

Um estudo feito por Steve Jones demonstra que um FAB prejudica a usabilidade mobile quando os usuários interagem pela primeira vez com o elemento.

No entanto, uma vez que os usuários concluíram com êxito uma tarefa usando o FAB, eles são capazes de usá-lo de forma mais eficiente do que um botão de ação tradicional.

Desvantagens

Distrai o usuário do conteúdo

Por ser chamativo, o FAB pode desviar a atenção do usuário do que realmente importa: o conteúdo.

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Figura 11 – O FAB distrai o usuário do conteúdo
Pode bloquear conteúdo

No aplicativo do Gmail, por exemplo, o FAB bloqueia o ícone de “favoritar” (estrela), bem como o label de data/hora da última linha.

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Figura 12 – O usuário precisa deslocar o conteúdo para acessar o ícone de favoritar ou para ver a data/hora da mensagem

5.   Navegação gestual

Com o uso cada vez mais difundido das telas multitoque, muitos designers começaram a explorar um padrão de navegação mobile entre telas além do gesto mais comum que é o clique (tap).

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Figura 13 – App de tarefas que usa slide e pinch como gestos de navegação

Esse padrão é útil quando os usuários desejam explorar os detalhes de conteúdo específico de forma fácil e intuitiva. Ele é mais indicado para as situações em que as pessoas passarão mais tempo com conteúdo do que propriamente navegando pelo app.

Vantagens

Resolve a “desordem” da interface

Usar gestos como o cerne da interação permite que você torne suas interfaces mais minimalistas e economize espaço de tela para conteúdo.

Torna a interação mais natural

Luke Wroblewski fala sobre um estudo no qual 40 pessoas em 9 países foram convidadas a criar gestos para 28 tarefas diferentes, como exclusão, rolagem e zoom.

Ele descobriu que os gestos tendem a ser semelhantes em todas as culturas e níveis de experiência analisados.

Por exemplo, quando solicitado a “excluir”, a maioria das pessoas – independentemente da nacionalidade – tentou arrastar o objeto para fora da tela.

Determina a característica marcante de um produto

O Tinder popularizou massivamente o conceito de navegação baseada em gestos e, basicamente, fez com que esses swipes se tornassem sua marca registrada.

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Figura 14 – O Swipe se tornou quase uma marca registrada do Tinder

Desvantagens

É praticamente invisível

Uma regra importante na concepção de uma interface é a visibilidade: por meio dos menus, todas as ações possíveis devem ser visíveis e, portanto, facilmente detectáveis. Não é o caso da navegação por gestos.

Demanda mais habilidade do usuário

A maioria dos gestos não são naturais nem fáceis de aprender ou lembrar. Ao criar uma navegação por gestos, tenha em mente que a curva de aprendizado tende a aumentar e é natural que os usuários fiquem confusos no início.

< Continue aprendendo: UI e UX Design: diferenças e semelhanças />

Como trabalhar com padrões de navegação mobile?

Criar interfaces ricas, usáveis e acessíveis já é suficientemente difícil em qualquer dispositivo. No mobile essa tarefa é ainda mais desafiadora. Não só pelas limitações da tela reduzida, mas até mesmo pelas possibilidades que esses dispositivos oferecem.

Uma das grandes habilidades de qualquer designer de interação é conhecer bem o seu público e, principalmente, o contexto de operação do seu produto interativo. Com esses dois conceitos bem-definidos, as chances de sucesso da avaliação de usabilidade de um aplicativo mobile são muito maiores.

Gostou de aprender as vantagens e desvantagens dos principais padrões de navegação mobile? Quer se tornar um especialista nesse e em outros assuntos da área? Aproveite a plataforma da Faculdade XP, a XPE Multi+, e assine dezenas de cursos online para alavancar sua carreira!

Gestão de riscos de TI: como identificar e mitigar ameaças?

Riscos sempre vão existir quando se trata de ações de negócio. Por isso, não devem ser evitados, mas identificados, planejados e gerenciados.

Antecipar problemas sempre é melhor: pensar em tomadas de decisões, saber quais são as consequências positivas ou negativas e como determinadas ações podem levar a situações arriscadas. 

Por isso, para realizar a gestão de riscos de TI, foque nos mais prováveis e perigosos, deixando os outros de impactos menores com prioridade menor.

Cuidado, porque decisões de negócios, projetos ou operações ocorrem em fases. Assim, a probabilidade do risco muda em diferentes pontos ao longo do caminho. 

Ser ponderado é sempre interessante, assumir a possibilidade mais provável, independente se são piores ou melhores cenários. Pensar em maneiras para mitigar o risco é outra abordagem que colabora para o  gerenciamento de riscos em projetos. 

Busque observar a ocorrência de possíveis riscos secundários junto com cada esforço para mitigar os  primários. Quanto mais tempo você planejar e se preparar, melhor será sua gestão de riscos de TI. 

Ao analisar  determinado cenário pela ótica dos métodos ágeis, os riscos possuem uma maneira peculiar de serem planejados e gerenciados: são encarados como oportunidades. 

Por sua vez, ameaças podem ser analisadas de forma proativa e contínua durante o projeto. Assim, é possível identificar, avaliar, definir curso de ações e atuar.

Se você quer entender melhor o que é gerenciamento de risco, qual o papel da governança de TI nesse processo e conhecer exemplos de riscos de TI, continue a leitura deste artigo. Vamos explicar tudo isso a você!

O que é gestão de risco de TI?

O gerenciamento de riscos de TI, ou “gestão de riscos de segurança da informação”, consiste em políticas, procedimentos e tecnologias que uma empresa usa para mitigar ameaças de agentes mal-intencionados e reduzir vulnerabilidades que afetam negativamente a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados.

< Sugestão de leitura: Qual a diferença entre TI e SI? Conheça as áreas />

Qual o papel da governança de TI na gestão de riscos?

A governança de TI é um elemento da governança corporativa destinado a melhorar o gerenciamento geral de TI e obter maior valor do investimento em informação e tecnologia.

Segundo o IT Governance Institute, braço da ISACA (uma associação profissional internacional focada em governança de TI), a gestão de riscos é um dos cinco domínios da governança em tecnologia da informação. Os outros quatro são: 

  1. entrega de valor;
  2. alinhamento estratégico;
  3. gestão de desempenho; 
  4. gestão de recursos. 

Assim, as estruturas de governança de TI permitem que as organizações gerenciem seus riscos na área de forma eficaz e garantam que as atividades associadas às informações e à tecnologia estejam alinhadas com seus objetivos gerais de negócios.

Exemplos de riscos de TI

Os riscos de TI incluem falhas de hardware e software, erro humano, spam, vírus e ataques maliciosos, bem como desastres naturais, como incêndios ou inundações. 

Confira abaixo uma lista com os riscos de segurança de tecnologia mais comuns:

1. Phishing

Phishing é o uso de e-mails ou telefonemas fraudulentos para obter informações confidenciais, como números de contas bancárias, informações de cartão de crédito ou senhas.

2. Malware


Software malicioso (ou “malware”) é qualquer software que tenha uma intenção prejudicial. Ele pode roubar ou corromper suas informações, fazer com que os sistemas falhem ou gravar secretamente sua atividade no computador. 

O malware normalmente infecta um computador após um ataque de phishing ou um funcionário baixando acidentalmente arquivos infectados.

3. Wi-Fi e trabalho remoto

Um sistema wifi mal protegido pode deixar sua empresa vulnerável a um hacker dentro do alcance de sua rede. Ele pode obter informações confidenciais, danificar seus sistemas ou instalar ransomware (software que bloqueia o acesso a computadores ou arquivos até que um resgate em dinheiro seja pago).

4. Senhas fracas

Senhas de funcionários mal escolhidas – por exemplo, uma sequência lógica de números, como 1234 – podem aumentar a exposição da sua empresa a riscos de segurança. Muitos problemas ocorrem quando os funcionários escolhem senhas que são facilmente deduzidas por pessoas não autorizadas.

5. Descarte inadequado de equipamento antigo

O descarte inadequado de dispositivos antigos pode entregar a outra pessoa todas as suas informações comerciais. Se as informações forem muito confidenciais, excluir dados ou formatar o disco rígido pode não ser suficiente. Talvez seja necessário destruir fisicamente o computador ou contratar um especialista para fazê-lo.

< Leia também: O que é defesa cibernética e como iniciar uma carreira na área? />

Gestão de riscos de TI: como fazer?

Você pode realizar o gerenciamento de riscos em projetos concluindo uma avaliação de risco de negócios. Ter um plano de continuidade de negócios pode ajudar sua empresa a se recuperar de um incidente de TI. Quando um risco é identificado, é importante entender as causas possíveis, a área de incerteza e os potenciais efeitos. 

Os procedimentos para gerenciar riscos em métodos ágeis passa pela:

  • compreensão de várias técnicas para identificar riscos;
  • avaliação e estimativa dos riscos identificados; 
  • priorização dos riscos;
  • mitigação para desenvolvimento de estratégia apropriada para lidar com o risco;
  • comunicação dos resultados para os stakeholders apropriados; 
  • determinação da sua percepção em relação a eventos de incerteza.

Perspectiva inovadora para a gestão de riscos em TI

Veja abaixo os cinco passos para gerenciar riscos em projetos de tecnologia da informação adotando métodos ágeis. 

1. Identificação

  • Revisar lições aprendidas;
  • Checklist de riscos;
  • Lista de riscos;
  • Brainstorming e/ou Delphi;
  • Estrutura analítica de riscos.

2. Avaliação

  • Reunião de riscos;
  • Árvore de decisões;
  • Análises Pareto;
  • Matriz de probabilidade X impacto;
  • Valor monetário esperado

3. Priorização

  • Priorizar riscos para obter um repositório com o que deve ser feito;
  • Criar um processo de priorização de riscos

4. Estratégia

  • Desenvolver estratégia apropriada para lidar com o risco;
  • A resposta vai depender da probabilidade e impacto;
  • Deve ser uma resposta proativa

5. Comunicação

  • Comunicar os resultados para os stakeholders apropriados;
  • Determinar a percepção dos stakeholders em relação a eventos de incerteza

Além disso, mesmo depois de aplicada a gestão de riscos de TI, é importante monitorar por tempo indeterminado o processo. Afinal, conforme a tecnologia avança, os riscos também mudam, o que requer uma cultura organizacional focada na melhoria contínua dentro da organização. 

Agora que você já sabe o que é gestão de riscos de TI, leve seu conhecimento para o próximo nível! Faça um MBA em Gestão de TI e atue como gestor na área, realizando o planejamento estratégico de TI, definindo seus indicadores de gestão, gerenciando equipes e processos de governança. Matricule-se já!

Topologia Anel: o que é e quais as vantagens e desvantagens

Ao se trabalhar com tecnologia e computadores é necessário atenção a respeito de como organizar os processos e sistemas, bem como deixar tudo com usabilidade e boa performance. E quando lidamos com sistemas nas empresas, contar com uma topologia anel em rede torna a rotina mais segura e prática.

Você sabe o que é o conceito de topologia de rede? E o modelo de Anel? Antes de entrar em detalhes, já ressalta-se a necessidade de ter no seu dia a dia como desenvolvedor, pois garante funcionalidade no trabalho e confiança no desenvolvimento como um todo.

Neste artigo você vai entender o que é o conceito geral de topologia, os diferentes tipos de tecnologia, vantagens e desvantagens, e muito mais. Confira!

O que é Topologia de rede?

Vamos com uma analogia: imagine que você tem um software na sua empresa e você quer conectar todas as máquinas dos funcionários em uma única rede para melhor acesso, comunicação, segurança e compartilhamento dos arquivos.

A topologia de rede funciona com esse objetivo de estruturar uma rede de computadores, dispondo de máquinas entre si, tanto os hubs quanto os witches, e os demais elementos. Tudo operando de maneira conectada.

Topologia de rede.

Topologia Anel: como funciona?

A topologia em anel, também chamada de topologia ativa, tem a função de conectar uma rede computadores com um formato de anel. 

Sua característica é que ela transmite as informações entre os dispositivos conectados de acordo com a proximidade imediata em uma estrutura de anel. Ou seja, conecta todos em um mesmo círculo, de acordo com a distância, um caminhando para o outro.

É um modelo de topologia muito utilizado por organizações com tráfego mais pesado e robusto.

Assim, cada estação de computador está conectada a apenas duas outras, uma de cada lado, quando todas estão ativas. No entanto, caso uma máquina falhe, toda a rede fica comprometida e só continua com o tráfego em uma direção. O resultado disso é não entregar o resultado esperado.

Topologia Anel

Vantagens

  • Mais eficiente em transmissão de dados sem erros;
  • Ter mais confiabilidade nos dados;
  • O número de pessoas não impacta o desempenho da rede;
  • Boa para usar fibra óptica, já que cada posto pode estar diretamente ligado ao outro.

Desvantagens

  • Ter a disposição em círculo gera mais vulnerabilidade com a falta de um dispositivo;
  • Não é recomenda em operações em crescimento, pois a cada dispositivo adicionado haverá mais atraso nos processos;
  • Para funcionar todos computadores precisam estar ligados.

Tipos de Topologia Anel

Dentro do conceito de rede em anel, existem duas possibilidades de funcionamento e transmissão de dados por sinal. São eles:

Unidirecional

Como o próprio nome já diz, a rede de computadores transmite as informações em único sentido, seja ele horário ou anti-horário.

Elas são as mais utilizadas, pois asseguram a entrega da mensagem corretamente e em sequência ao destino.

Bidirecional

As ligações são duplas, ou seja, pode transmitir para dois vizinhos adjacentes. Assim, é um bom modelo para evitar conflitos e colisões, bem como testar se está funcionando corretamente.

Outros tipos de topologia

Além da topologia de anel, existem maneiras de estruturar uma rede de computadores. São eles: Árvore, Barramento, Estrela, Ponto a Ponto, Malha e Híbrida.

Percebe-se que todos eles têm um nome bem ilustrativo, que já permite a interpretação de como operam. No entanto, alguns são considerados mais estáveis e outros mais caros.  

O importante ao escolher uma opção é que não existe a estratégia perfeita. Além disso, você deve considerar o índice de reparabilidade.

Árvore

Sua estrutura lembra os galhos de uma árvore, tendo uma hierarquia na disposição dos nodes. É bem diferente da topologia em anel que é círculo e sem grau de prioridade.

Assim, tem como vantagem eliminar a vulnerabilidade do tipo Anel, e facilitar a identificação de erros, já que cada ponto é analisado individualmente.

No entanto, é uma das mais caras.

Barramento

É o padrão mais simples e prático. Nele, os dados fluem unidirecionalmente por um cabo.

Logo, sua maior vantagem é ser mais econômico e versátil, tendo um um custo baixo de implementação e por não apresentar complexidade em seu manuseio.

Estrela

Sua topologia prioriza a simplicidade. Seu padrão é organizado como uma estrela, em que redes partem de um ponto central.

Essa é uma das estratégias mais convenientes do ponto de vista do gerenciamento da rede, pois tem conexão independente de cada node ao Hub Central, o que facilita a identificação de problemas.

Ponto a Ponto

É o padrão mais simples de todos. Ele é aquele quando você joga com amigos em casa, conectando a televisão diretamente ao modem para melhorar a diversão.

Logo, sua principal vantagem é ser uma alternativa popular e acessível para instalações residenciais.

Malha

Sua principal característica é a confiabilidade. Seu padrão incentiva a conexão de todos os dispositivos entre si, tornando-se muito utilizado por empresas e operações maiores.

Também permite bastante estabilidade.

Híbrida

Assim como seu nome, é um tipo que mistura dois ou mais padrões de organização da rede.

A versatilidade e a fácil adaptação são as principais características e, por isso, é a topologia mais utilizada no mercado.

Afinal, como aprender a usar a Topologia Anel?

Portanto, a topologia em rede está mais presente em nosso dia a dia do que você imaginava. E dentro do conceito existem diversos modelos, cada um adaptável a sua necessidade. 

A topologia em anel possui benefícios como segurança, eficácia e estabilidade, mas outros contratempos podem ocorrer. 

Agora que você conta com uma noção mais profunda dos diferentes tipos de topologias, principalmente das características da rede em anel, aproveite para entender mais sobre a temática de arquitetura de softwares e qual se encaixa aos seus objetivos. 

Acesse e saiba mais sobre a trilha de especialização aqui da Faculdade XP.

Administrador de banco de dados: o que faz e como se tornar um

O avanço tecnológico fez com que muitas profissões, que antes não existiam, se tornassem essenciais nas grandes empresas. E a função de administrador de banco de dados é uma delas.

Fundamental para a segurança dos sistemas e o planejamento de inovações sistêmicas, esse profissional está cada vez mais requisitado no mercado. Mas você sabe o que ele faz?

Para ajudar a entender um pouco mais sobre o tema, separamos neste artigo tudo o que está por trás do dia a dia deste profissional. Aqui você encontrará o que é um administrador de banco de dados, qual o seu principal papel, quais as tarefas pela qual ele é responsável, o que é necessário estudar e como se tornar um. Portanto, aproveite o texto e boa leitura!

O que é administrador de banco de dados?

O administrador de banco de dados, também conhecido no mercado como DBA (database administrator), é a figura responsável pela administração e pelo gerenciamento de todo o banco de dados de uma empresa. Ele integra, na maioria das vezes, as equipes de tecnologia da informação (TI) das empresas.

Considerada uma das profissões do futuro, essa pessoa tem como principal skill criar, monitorar e instalar toda a estrutura de banco de dados da companhia. Além disso, um DBA tem como responsabilidade armazenar e organizar informações como registros de pessoas, lugares (como endereços de lojas, por exemplo), dados financeiros, entre outros. 

Qual o principal papel do administrador de banco de dados?

Um dos principais objetivos de um administrador de banco de dados é aumentar a eficiência na busca e na consulta dos dados. A ideia é ajudar os mais diferentes setores da empresa que têm essa necessidade, como a área financeira, de marketing, comercial, entre outras, a terem fácil acesso à informação.

Cabe ainda a este profissional proporcionar uma navegação leve e fluída dentro dessa base, fazendo com que o sistema seja leve, confiável e que não apresente erros durante o uso.

Um dos principais objetivos do DBA é fazer com que toda a infraestrutura tecnológica tenha o suporte adequado. Isso é extremamente importante, pois esse banco de dados precisa se adaptar a vários tipos de aplicação, que podem variar de área para área.

>>> A área de tecnologia é uma das que mais tem ganhado espaço no mercado de trabalho. E se você quer se aprofundar nesse segmento, precisa melhorar os seus conhecimentos. Por isso, aqui na Faculdade XP você encontra custos especializados, como a graduação em Ciências de Dados. Aprenda neste habilidades para analisar, interpretar e reunir todas as informações que os dados oferecem. Saiba mais aqui!  

Quais as tarefas do dia a dia de um administrador de banco de dados?

Agora que você já viu qual a função desse profissional, é hora de ir para a parte prática. A seguir vamos mostrar o dia a dia da função de administrador de banco de dados: o que faz e as suas principais atribuições. Vale ressaltar, entretanto, que elas podem variar de acordo com o segmento da empresa, o tipo de trabalho, políticas de TI, entre outras. Confira:

  • Garantir a segurança do banco de dados

Nessa tarefa, cabe ao DBA criar um nível de segurança apropriado para cada perfil de usuário. Isso garante mais controle e, principalmente, segurança ao sistema. 

  • Fazer backup e recuperação de informações

Neste ponto, o DBA precisa garantir que as informações sejam salvas em locais alternativos para evitar que os dados se percam por qualquer eventualidade. 

  • Projetar e criar o banco de dados

O DBA deve criar uma forma segura, mas que também garanta a performance e escalabilidade do banco de dados. A ideia aqui é ter uma visão detalhada de tudo. 

  • Fazer ajustes e monitorar desempenho

Importante sempre ficar de olho no desempenho do banco de dados, garantindo que o servidor seja estável e fique sempre disponível para todo mundo que utiliza. 

  • Garantir a integridade dos dados

Neste aspecto, cabe ao DBA garantir a integridade dos dados, criando regras dentro dos três principais tipos: física, semântica e interna.  

  • Assegurar a segurança das informações

Fundamentado nos protocolos da TI da empresa, essa tarefa é essencial, pois envolve muitas vezes sigilo das informações. Portanto, é preciso realizar validações de acesso a todos os usuários da base. 

Essas são as tarefas principais. Apesar disso, embora não seja responsabilidade direta do DBA, o profissional também pode auxiliar em outras demandas, como a infra estrutura e, também, as modelagens lógicas das informações.

O que estuda um DBA?

Geralmente, um profissional desse segmento faz uma graduação em cursos como Sistemas da Informação, Processamento de Dados e Engenharia da Computação. Independente de qual deles você tenha escolhido, é essencial dominar algumas técnicas, sendo a principal delas o SGBD (Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados). 

Apesar da graduação ser fundamental, é importante também ficar sempre informado por meio de cursos específicos, além de praticar a leitura de blogs e sites especializados no tema. Dessa forma você poderá se manter atualizado sobre as informações mais recentes e que possam impactar diretamente no seu dia a dia de trabalho. 

Outro ponto de atenção diz respeito a cursos focados na melhoria técnica, como o aprimoramento em alguns sistemas que possam se encaixar na sua necessidade. Ah, e um grande diferencial não está somente neste tipo de conhecimento, mas sim na curiosidade em conhecer cada vez mais o setor e as suas inovações. 

Como se tornar um administrador de banco de dados?

Como falamos, existem diversas opções de graduação e cursos específicos que vão ajudar na formação de um profissional dessa área. 

Para quem deseja ingressar nessa área e quer saber quanto ganha um DBA, pode se basear nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Segundo o órgão, a remuneração desse profissional em 2018 era, em média, de R$ 8.400. Portanto, para um administrador de banco de dados, salário e oportunidades no mercado são um excelente atrativo. 

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