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Tipos de empreendedorismo: 8 formas de empreender no Brasil

O sonho de ter um negócio próprio sempre fez parte da vida de muitos brasileiros. Porém, muitos sequer sabem por onde começar ou o que precisam fazer para tirar seus sonhos do papel. Pois fique sabendo que não faltam opções, uma vez que há diversos tipos de empreendedorismo e você certamente encontrará o seu caminho.

A pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor) de 2021, realizada pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade, constatou que o Brasil ocupa a 7ª posição no ranking mundial de empreendedorismo

Há mais de 14 milhões de brasileiros comandando seu próprio negócio no país, o que equivale a 9,9% da população adulta (entre 18 e 64 anos). Seja devido à falta de oportunidades no mercado formal, ou pelo desejo de independência, esse dado mostra que o empreendedorismo está no sangue do brasileiro.

Neste post, além de entender o que significa empreender e quais são as principais características dos empreendedores, você irá conhecer os 8 principais tipos de empreendedorismo que temos no Brasil atualmente. São eles:

  1. informal;
  2. individual;
  3. digital;
  4. franqueado;
  5. cooperado;
  6. corporativo;
  7. público;
  8. social.

Para entender como funciona cada um deles e descobrir com qual você se identifica, é só continuar conosco. Aproveite a leitura! 

O que significa empreender?

Empreender é a capacidade de encontrar soluções para problemas corriqueiros, e transformar isso em um negócio capaz de gerar lucros.

Logo, um empreendedor é aquele que enxerga oportunidades em meio aos problemas, passando a explorar isso comercialmente, ao oferecer a solução para pessoas que compartilham das mesmas necessidades.

A partir disso, surgem diversos tipos de empreendedorismo, que apresentaremos ao longo deste post.

Quem pode ser empreendedor?

Basicamente, qualquer pessoa pode empreender. É claro que alguns terão mais facilidade que outros, seja por terem os conhecimentos e habilidades necessárias ou até mesmo por ter melhores condições financeiras, o que representa uma grande vantagem neste meio.

Porém, de nada adianta ter todo o dinheiro do mundo à sua disposição e não ter aquele “click”, uma ideia inovadora, capaz de virar a chave e romper paradigmas.

Em outras palavras, basta ter uma ideia e conseguir executá-la, o que sabemos, nem sempre é uma tarefa fácil.

>>> Será que você tem o que é preciso? Veja neste post: Confira quais as características de um empreendedor de sucesso!

Quais são os principais tipos de empreendedores?

Muita gente tem o desejo de empreender, mas nem todos conseguem tirar as ideias do papel e dar vida aos seus sonhos. Mas, por que será que isso acontece? A resposta pode estar nas habilidades de cada tipo de empreendedor.

Podemos classificar os empreendedores em três categorias principais

  • visionário: popularmente conhecido como alguém que tem o “tino para os negócios”. Ou seja, aquela pessoa que pensa fora da caixa e tem ideias revolucionárias;
  • técnico: aquele que possui o conhecimento de execução necessário para tirar as ideias do papel;
  • gestor: possui grandes habilidades no gerenciamento de recursos, tanto humanos quanto financeiros.

Dificilmente uma única pessoa irá se destacar nos três campos. Por isso, o ideal é juntar-se a outros empreendedores com diferentes habilidades, formando um time balanceado, capaz de suprir as necessidades exigidas por essas três áreas.

8 principais tipos de empreendedorismo

Agora que você já sabe quais são as características básicas de um empreendedor, vamos conhecer quais são os principais tipos de empreendedorismo, com exemplos de empreendimentos para ilustrar cada um deles. 

1. Empreendedor informal

O trabalhador informal é aquele tipo de empreendedorismo que surge por necessidade, afinal, as pessoas precisam sobreviver, não é mesmo?

Por não possuírem nenhum tipo de registro, essa categoria define sua própria rotina, o que confere certo grau de liberdade. Porém, ganham apenas de acordo com sua produtividade e não possuem nenhum tipo de benefício além do salário.

Exemplos comuns desta categoria são os entregadores e motoristas de aplicativos.

2. Empreendedor individual

Também conhecido como microempreendedor individual ou simplesmente MEI, é provavelmente o tipo de empreendedorismo mais comum no Brasil atualmente.

Trata-se daquele empreendedor que optou pela formalização, regularizando sua atuação profissional. Por conta disso, conta com CNPJ e pode inclusive emitir nota fiscal, o que lhe concede direito a benefícios, como: redução de encargos, contribuição para o INSS, auxílio doença, auxílio maternidade, dentre outros.

Há uma vasta gama de exemplos que podem ser citados aqui, incluindo basicamente qualquer tipo de trabalhador autônomo, como: encanadores, pedreiros, cabeleireiros, confeiteiros, mecânicos, etc.

3. Empreendedor digital

O empreendedorismo digital está cada vez mais em alta na vida dos brasileiros, uma vez que confere ao trabalhador a possibilidade de trabalhar de casa, através da internet, criando sua própria rotina.

Em geral, este profissional atua com a produção e comercialização de materiais audiovisuais, como cursos e e-books, ou simplesmente criando conteúdos com o objetivo de vender produtos de terceiros em troca de comissões.

Um dos maiores exemplos desta categoria é o caso de empreendedores que trabalham com vendas comissionadas em plataformas como a Hotmart.

4. Empreendedor franqueado

O modelo de franquias funciona como um atalho para o empreendedor, que compra os direitos sobre o uso da marca e passa a contar com um modelo de negócios todo estruturado.

Para entrar neste meio, é necessário um investimento inicial, que varia de acordo com a franquia escolhida. Mesmo se tratando de um negócio pré-formatado, ainda é preciso muito esforço por parte do empreendedor para alcançar bons resultados.

Se você sempre quis entrar neste ramo, as franquias estão entre os principais tipos de negócios para empreender. Alguns grandes exemplos são: Cacau Show, McDonald’s, CVC, Havaianas, O Boticário, Subway, etc.

>>> Se você tem interesse nesta modalidade, confira também este post: As 10 melhores franquias para você investir

5. Empreendedor cooperado

Você já deve ter ouvido a frase: “a união faz a força”, não é mesmo?

É exatamente disso que se trata este tipo de empreendedorismo, que não envolve apenas um, mas sim um grupo de empreendedores, unidos em prol de um objetivo em comum, formando uma cooperativa. Assim, esses indivíduos têm seus custos reduzidos e conseguem produzir em maior escala.

Alguns exemplos de grandes empresas que iniciaram como pequenas cooperativas são: Vale, Coamo, Sicredi, Frimesa, dentre outras.

6. Empreendedor público

Contrariando o estereótipo do servidor público, geralmente visto como acomodado, o empreendedor público é aquele que está disposto a fazer a diferença e cumprir com o seu papel.

Para isso, são focados em fazer bom uso das verbas públicas, desenvolvendo soluções capazes de contribuir positivamente com a vida da população.

Como o próprio nome sugere, sua atuação se dará em órgãos governamentais, como: BNDES, Correios, Caixa Econômica Federal, IBAMA, INSS, etc.

7. Empreendedor corporativo

Também conhecido como intraempreendedor, ele não empreende por conta própria, mas sim dentro da organização na qual trabalha. É aquele tipo de colaborador que possui voz ativa dentro da empresa e faz acontecer. 

Lembrando a definição de empreendedorismo, é aquele sujeito que enxerga soluções em meio aos problemas e, dessa forma, contribui ativamente para o crescimento da empresa. Por conta disso, geralmente ocupa cargos de gestão.

8. Empreendedor social

Esse tipo de empreendedorismo tem um forte viés altruísta, com grande foco em causas sociais e na promoção do bem-estar do próximo, atuando em campos como meio ambiente, saúde e educação.

Dentre os exemplos de iniciativas nesta área, temos o projeto Litro de Luz, que leva luz às pessoas que vivem em regiões sem acesso a energia elétrica; e o Instituto Gerando Falcões, que tem como objetivo estimular o protagonismo de jovens de comunidades carentes para atuar na transformação da sociedade.

Se você quer uma boa dose de inspiração para a sua jornada no empreendedorismo, confira esta entrevista incrível que o Primo Rico fez com Rick Chesther, falando sobre como empreender do zero:

>>> Quer ir ainda mais longe? Então, leia este post: 4 lições sobre empreendedorismo de Guilherme Benchimol

Que tipo de empreendedor você é?

Como você pode ver, há tipos de empreendedorismo para todos os gostos. Se você quer fazer acontecer e tem verdadeira paixão por transformar o mundo ao seu redor, certamente irá encontrar o seu caminho em alguma dessas opções.

Porém, sabemos muito bem que empreender requer muita dedicação e esforço, mas não é só isso. Você também precisa saber como lidar com o dinheiro e, é claro, aprender a investir, a fim de multiplicar seus lucros para crescer o seu negócio.

Então, que tal conhecer nosso curso Dinheiro Sem Tabu: Crenças Limitantes? Assim, você entenderá como certas crenças limitantes impactam a sua vida financeira, quebrando os tabus relacionados com o dinheiro. Inscreva-se hoje mesmo e dê o próximo passo em busca da prosperidade financeira!

Imposto sobre venda de ações: como funciona a cobrança e como declarar no IR?

Entender como funciona o imposto sobre a venda de ações é tão importante quanto saber em quais papéis investir. Afinal, o menor dos erros, e você pode acabar tendo que prestar esclarecimentos diretamente ao Fisco, correndo o risco de ter que pagar multas pesadas. E, como bem sabemos, o leão não perdoa!

De acordo com a Receita Federal, em 2021, 869.302 contribuintes caíram na malha fina, o que corresponde a 2,4% do total de declarações entregues no ano. Essa é uma preocupação que ninguém quer, não é mesmo?

Mas, não se preocupe, pois a gente está aqui para te ajudar! Neste post, explicamos quem precisa fazer a declaração, como declarar imposto de renda sobre a venda de ações, como funciona a tributação, como calcular a alíquota e emitir o DARF. Aproveite a leitura!

O que é imposto sobre venda de ações?

O imposto sobre venda de ações é a tributação sobre a negociação de títulos emitidos por empresas no mercado de ações, ou seja, na bolsa de valores.

Quem precisa declarar IR sobre venda de ações?

De acordo com as regras estabelecidas pela Receita Federal, a declaração de Imposto de Renda é obrigatória para qualquer pessoa que possua ações em sua carteira ou que, em algum momento do ano, tenha negociado ações na bolsa.

Ou seja, não importa a quantidade ou valor, ou se você teve lucro ou prejuízo no ano de referência, se tem ao menos uma ação ou se fez qualquer movimentação na bolsa de valores, já se encaixa nesse critério e é obrigado a declarar no IR.

O que acontece se eu não declarar imposto sobre a venda de ações?

Nos casos em que a declaração de IRPF é obrigatória, o não cumprimento da norma pode gerar juros e multas, além de uma série de restrições para o CPF. Já no caso de sonegação — o que é considerado crime — a pena pode ir de multa até uma pena de reclusão de 2 a 5 anos.

Como funciona a cobrança de imposto sobre a venda de ações?

A cobrança de imposto sobre a venda de ações é realizada em cima do lucro obtido na negociação. Para isso, o contribuinte deve emitir, até o último dia do mês, um Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) de venda de ações, sob o código 6015.

“Mas, e se eu tive prejuízo neste período?”

Neste caso, a negociação também deve ser informada, no entanto, ao preencher o valor movimentado, deve-se inserir um sinal negativo na frente. Dessa forma, o valor pode ser compensado no mês seguinte ou quando houver lucro.

Para gerar o DARF de venda de ações, você deve acessar o Portal e-CAC, pelo site da Receita Federal. Quanto às informações para o preenchimento do DARF e do IR, você pode encontrá-las nos informes fornecidos pela sua corretora.

O não pagamento deste documento até o último dia do mês subsequente irá gerar encargos, que você pode calcular por meio do SicalcWeb, gerando um novo DARF.

No infográfico abaixo você pode ver instruções de como pagar seu DARF mensal:

Infográfico Tributação IR: como emitir e pagar DARF
Infográfico: como pagar o DARF mensal. 

>>> Ficou alguma dúvida sobre este processo? Temos um conteúdo detalhado sobre como emitir esse documento e pagá-lo. Confira: Como preencher e pagar o DARF Renda Variável? Tutorial!

Como funciona a tributação sobre a venda de ações?

A tributação sobre a venda de ações é aplicada de duas formas:

Alíquota do imposto sobre a venda de ações

A alíquota do imposto de renda para a venda de ações varia de acordo com o tipo de operação realizada. Operações comuns, como swing trade ou position trade, possuem alíquota de 15% sobre o lucro. Já para o day trade, a taxa é de 20%.

Alíquota IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte)

A taxa é de 0,005% sobre as vendas em operações comuns e 1% sobre o lucro no day trade. São valores simbólicos, recolhidos diretamente pelas corretoras e informados à Receita Federal, com o objetivo de fiscalizar as movimentações dos contribuintes para coibir a prática de sonegação.

No entanto, essa tributação só incide para aqueles que movimentam valores acima de R$20 mil por mês

Como funciona a isenção para movimentações mensais de até R$20 mil?

Este benefício garante ao contribuinte a isenção de imposto sobre as vendas de ações caso o valor movimentado não ultrapasse o teto de R$20 mil no mês. Acima disso, há incidência do imposto conforme as alíquotas citadas no tópico anterior.

Neste ponto, é importante fazer uma distinção entre pagar IR e declarar IR.

O objetivo da declaração é informar à Receita sobre suas finanças e rendimentos. Ou seja, ficar abaixo dos R$20 mil significa apenas que você está isento do imposto, porém, a declaração ainda é obrigatória, a fim de informar a posse dos papéis.

>>> Será que você tem algum dinheiro a ser restituído? Saiba tudo neste post: Como saber o valor da restituição do Imposto de Renda? Passo a passo detalhado!

Como calcular o imposto de renda sobre a venda de ações?

O cálculo do imposto sobre a venda de ações é bem simples, basta aplicar as taxas mencionadas anteriormente. Para isso, primeiramente é preciso saber qual foi o tipo de operação realizada, para então definir qual alíquota utilizar.

As operações de compra e venda realizadas no mesmo dia se enquadram na categoria de day trade. Portanto, caso ultrapasse os R$20 mil por mês, haverá incidência de 20% de imposto sobre o lucro obtido, sendo 1% de IRRF retido pela corretora e 19% a serem recolhidos na Receita Federal ao fazer o IR.

Já para as operações de position ou swing trade, basta aplicar a alíquota de 15% — lembrando que a corretora já retém 0,005% como IRRF.

>>> Quer se aprofundar mais no tema? Então, leia este post: Como calcular o Imposto de Renda em operações Day Trade?

Como declarar a venda de ações no Imposto de Renda?

Primeiramente, para facilitar o processo, reúna todos os documentos que serão necessários, como: comprovantes de DARFs pagas e Informes de Rendimentos — que geralmente você pode acessar pelo site da corretora ou solicitar a ela diretamente.

Com isso em mãos, você já pode fazer o levantamento dos lucros obtidos ao longo do ano de referência. Calcule o preço médio de compra e venda para cada ação, descontando as taxas de corretagem e demais custos.

Após ter tudo calculado, acesse o site da Receita Federal e faça o download do Programa IRPF. Certifique-se de baixar a versão correspondente ao ano vigente.

Como declarar a posse de ações?

Já com o programa aberto, vamos primeiro fazer a declaração de posse. Para isso, Acesse o menu “Bens e Direitos”, depois em “03 – Participações Societárias” e, em seguida, “01 – Ações”. Preencha todas as informações para cada uma de suas ações, de acordo com o Informe de Rendimentos fornecido pela sua corretora.

Como declarar venda de ações isentas – abaixo de R$20 mil?

Se você se enquadra na faixa de isenção, ou seja, abaixo de R$20 mil no total de vendas realizadas por mês, acesse no menu a opção “Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis” e, em seguida, a opção “20 – Ganhos Líquidos em operações no mercado à vista de ações negociadas em Bolsas de Valores”.

Aí, basta preencher seguindo as informações da sua corretora.

Como declarar a venda de ações acima do limite de R$20 mil?

Caso tenha ultrapassado o limite de isenção em algum mês, deve acessar “Operações Comuns/Day Trade”. Na esquerda da tela, verá uma aba para cada mês do ano. Você só deverá preencher os meses em que ultrapassou os R$20 mil. 

Nesta aba, selecione a opção “Mercado à vista – ações”, onde irá encontrar duas colunas: “Day Trade”, destinada a operações de compra e venda realizadas no mesmo dia; e “Operações Comuns”, para operações realizadas em dias diferentes. Certifique-se de preencher o campo certo, de acordo com suas movimentações.

Nos meses em que não houverem operações ou que ficarem abaixo do limite, informe o valor igual a zero — estes últimos serão declarados conforme o passo anterior, na seção “Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis”.

Sempre confira todas as informações e verifique se os valores apresentados batem com seus cálculos, a fim de garantir o preenchimento correto da declaração.

>>> Para uma explicação mais detalhada, temos um conteúdo super completo sobre o assunto, que você pode conferir aqui: Como declarar renda variável no Imposto de Renda? Dicas + passo a passo

Prepare a sua declaração de imposto sobre a venda de ações hoje mesmo

Todos sabemos que fazer a declaração do imposto de renda não é a coisa mais simples do mundo, mas, é uma coisa muito séria! Portanto, é melhor se dedicar e fazer tudo direitinho, pois o leão não perdoa!

O segredo para não ter problemas é preparar seu imposto de renda com antecedência. Para facilitar a declaração do IR, o recomendado é manter um controle sobre todas as suas movimentações de compra e venda de ações. É possível fazer isso por meio de uma planilha simples, sem complicação.

E, se não se sentir confortável para fazer sua própria declaração de imposto sobre venda de ações, o mais indicado é procurar pelos serviços de um bom contador. Afinal, qualquer erro no preenchimento pode te fazer cair na malha fina, tendo que prestar esclarecimentos diretamente à Receita. Você não quer isso, não é mesmo?

Você já tem experiência na bolsa e agora sabe como funciona o imposto sobre a venda de ações. Então, que tal aperfeiçoar seus métodos para alavancar seus investimentos? Conheça o curso Consistência no Day Trade & Gestão Emocional.

Saiba identificar as emoções que podem influenciar as decisões para operar de maneira mais consciente. Faça sua inscrição e comece os estudos agora mesmo!

LCI e LCA têm FGC? Quais os riscos de investir nos dois papéis?

Todo investidor atento e preocupado com a segurança de seus investimentos busca informações sobre as garantias dos produtos escolhidos. Neste sentido, a dúvida “LCI e LCA têm FGC?” é bastante comum entre aqueles com perfil conservador e moderado, que buscam opções de renda fixa para a carteira. 

O FGC — Fundo Garantidor de Créditos — tem, como objetivo, proteger você, investidor, de eventuais acontecimentos que possam ocasionar perdas nos valores aportados. 

No entanto, o FGC não cobre todo e qualquer tipo de investimento. A seguir, você descobre se investir em LCI e LCA é seguro, e como funciona o suporte do FGC a cada um dos produtos. 

O que é FGC?

FGC é a sigla para Fundo Garantidor de Créditos. Trata-se de uma instituição privada, sem vínculos com o Governo e sem fins lucrativos, cujo objetivo é assegurar os interesses dos investidores contra eventuais crises nas instituições emissoras de papéis. 

Dessa forma, você, ao investir em determinados produtos, fica protegido de eventos como falências, intervenções e liquidações extrajudiciais. 

Em contrapartida, o FGC também oferece mais credibilidade às instituições emissoras de papéis, fazendo com que investidores se sintam mais confortáveis em fazer aportes nos produtos oferecidos. 

Em resumo, como você vê, o FGC tem um papel importante na manutenção do equilíbrio do sistema financeiro. Ele viabiliza acordos entre você, investidor, e as instituições emissoras, com confiabilidade e tranquilidade. 

>>> Saiba mais sobre o FGC e sua história lendo nosso artigo no blog: FGC — O que é e qual a função?

Que tipo de investimentos o FGC assegura? 

Embora seja uma instituição de importância reconhecida por emissores de títulos e por investidores, o FGC não cobre todo tipo de investimento. 

A regra diz que o Fundo é responsável pela garantia de aportes de até R$250 mil por CNPJ Isso significa que, caso você supere este valor em investimentos, mas tenha aportes em dois ou mais bancos, estará coberto em R$250 mil em cada. 

Se, em contrapartida, seus investimentos equivalem, por exemplo, a R$300 mil em uma só instituição, saiba: em caso de falência, quebra ou outra intercorrência, o FGC só garantirá R$250 mil. 

Além disso, caso seu investimento seja feito a partir de uma conta conjunta, há proteção para ambos os beneficiários, com o valor da garantia dividido entre os dois CPFs atrelados. 

LCI e LCA têm FGC? 

Além da restrição ao volume do aporte, o FGC não abrange todo produto oferecido pelas instituições financeiras. 

Se a sua dúvida é se LCI e LCA têm FGC, chegou a hora de descobrir. Abaixo, listamos alguns investimentos cobertos pela garantia ordinária do FGC:

Pode se tranquilizar: se estiver pensando em fazer um investimento nestes produtos, saiba: LCI e LCA têm FGC! 

Afinal, quais os riscos de investir em LCA e LCI? Como minimizá-los? 

Se LCI e LCA têm FGC, quais os riscos atrelados aos investimentos? 

A seguir, listamos alguns deles para te ajudar a ponderar se estes produtos são compatíveis às suas expectativas, necessidades e, sobretudo, ao seu perfil de investidor.

Antes de seguir em frente, dê o play no vídeo abaixo e saiba mais sobre perfis de investidor e a importância de conhecer o seu: 

O que considerar ao investir em LCI e LCA?

O primeiro ponto a considerar antes de investir em LCI e LCA são os prazos. Para investidores de curto prazo, investir em um desses produtos pode representar um risco na medida em que o resgate antes do prazo de vencimento acarreta em carências e eventuais perdas de liquidez

Para reverter este risco, o aconselhado é aplicar em LCI ou LCA quando o interesse for em investimentos de médio ou longo prazo. Alguns exemplos são a aposentadoria ou a aquisição futura de um imóvel. 

Como os papéis de LCI e LCA, em geral, têm vencimento no prazo de 3 a 5 anos, o interessante é reinvestir o valor em um outro produto ou em uma nova oferta dos mesmos produtos. 

Caso você invista em Letras de Crédito Imobiliário ou Agrícola e passe por uma situação de quebra da instituição emissora, saiba: o ressarcimento do FGC pode não ser imediato. Por isso mesmo, é importante que você separe um recurso para o investimento e não o utilize como reserva de emergência, cujo resgate precisa ser feito de forma rápida.

Seja qual for o valor investido nos títulos, busque sempre verificar a solidez da instituição emissora. Informações históricas, como a performance da instituição, seu rating de confiabilidade, o nível de endividamento e o histórico de crescimento ao longo dos anos podem ajudar a identificar padrões e prever eventuais crises. 

Para finalizar, não se esqueça de verificar a rentabilidade oferecida pelos títulos, comparando-as com a de outros produtos de perfil e características semelhantes. Lembre-se de que, em geral, vale a regra do risco-rentabilidade. Quanto mais rentável é um papel, maior tende a ser o risco atrelado a ele.

Saiba mais sobre as opções de renda fixa

Como gostamos de pontuar na Faculdade XP, um dos maiores segredos para o sucesso do investidor é a diversificação da carteira. Seja qual for o seu perfil, ter produtos com diferentes vencimentos, rentabilidades e características pode te ajudar a manter a estabilidade do portfólio.

Que tal se aprofundar um pouco mais e entender como funcionam as diferentes opções disponíveis no mercado? Em nosso curso Renda fixa: Ganhos com Baixo Risco, conheça 10 produtos deste segmento para diversificar com segurança.

Que tal dar o primeiro passo rumo ao seu futuro dos sonhos? Sua trilha começa aqui e agora. 

*Créditos da imagem de capa: Dan Meyers em Unsplash

Mercado futuro de commodities: tudo o que você precisa saber para começar a investir

Muito utilizado em operações de hedge, visando proteger investimentos, esse mercado também é conhecido pelo seu potencial de lucratividade, porém, um alto ganho sempre está associado a um risco de perda proporcional. De todo modo, certamente vale a pena conhecer essa modalidade de aplicação!

Quer saber mais sobre esse tipo de investimento? Então, continue com a gente, pois neste artigo explicamos detalhadamente o que é o mercado futuro de commodities, como ele funciona, quais são as principais estratégias, exemplos, vantagens, desvantagens e como investir. Aproveite a leitura!

O que é o mercado futuro de commodities?

Para entender o que é o mercado futuro de commodities e como ele funciona, primeiro precisamos recapitular dois conceitos muito importantes: o que são commodities e o que é o mercado futuro.

O que são commodities?

O termo commodities vem do inglês, commodity, que significa mercadoria, e se refere a produtos básicos, utilizados como matéria-prima e consumidos no mundo todo, como: café, trigo, soja, ouro, petróleo, minério de ferro, etc.

Devido a sua grande importância, as commodities exercem grande peso na economia mundial, por isso são negociadas em bolsa, tendo seu preço determinado pela lei da oferta e demanda.

Na Bolsa Brasileira, a B3, eles são negociados no chamado mercado futuro.

>>> Escrevemos um post exclusivo sobre este assunto, confira: Commodities: significado, tipos, vantagens e como investir 

O que é o mercado futuro?

O mercado futuro é uma sessão da B3 destinada à negociação de contratos de compra e venda. Esses contratos representam acordos firmados entre duas partes, se comprometendo a comprar ou vender determinado ativo no preço combinado e em uma data específica, independentemente da cotação do produto no vencimento.

As especificidades do contrato no que diz respeito a data de vencimento, lote mínimo e margem de garantia variam de acordo com o produto negociado. 

Ao término do contrato, ele é executado e, dependendo da variação da cotação do produto no período, o investidor recebe seu lucro ou deve arcar com as perdas.

Para se aprofundar no assunto, confira o vídeo abaixo, produzido pela própria B3, explicando detalhadamente como funciona o mercado futuro:

>>> Leia também: Mercado futuro de ações: o que é e como funciona?

O que é mercado futuro de commodities? 

Agora que você já sabe a que cada um desses termos se refere, podemos voltar à nossa questão inicial: afinal, o que é o mercado futuro de commodities?

O mercado futuro de commodities é a sessão da bolsa de valores na qual são negociados contratos de compra e venda de commodities.

Mas, relaxe, pois você não precisa alugar um galpão para guardar suas toneladas de café. A maioria dos contratos são liquidados apenas financeiramente, e não fisicamente. Ou seja, ao adquirir um contrato, o investidor não está comprando o produto em si, mas sim os direitos sobre as oscilações em sua cotação.

Lista de commodities e outros contratos negociados na B3

Abaixo você confere uma tabela que lista as principais commodities e outros contratos negociados diariamente no mercado futuro da B3.

lista de commodities B3
Lista de commodities e demais contratos negociados no mercado futuro. Fonte: B3.

Como funciona o mercado futuro de commodities?

Em geral, os investidores que negociam commodities no mercado futuro se dividem entre dois grupos de acordo com seus objetivos: os que querem proteger seu capital por meio de uma estratégia chamada hedge ou aqueles que desejam obter altos ganhos na base da especulação.

Para ficar mais claro, vamos conferir como cada uma funciona na prática:

Hedge

Hedge é um tipo de operação voltada para a proteção de ativos. Serve tanto para diversificar a carteira de investimentos, quanto para se resguardar contra momentos de crise ou de incerteza.

Por exemplo, imagine que você seja um produtor de soja com capacidade para colher o equivalente a 50.000 sacas nos próximos meses. Considere que o preço da saca de soja hoje está em R$180, lhe gerando uma renda bruta de R$9.000.000, que é o suficiente para cobrir seus custos de produção e ainda tirar um bom lucro.

Agora, imagine que até a data da colheita, este preço caia para R$130, gerando R$6.500.000 de renda bruta, o que reduz consideravelmente seus ganhos. Você não vai querer arriscar, não é? Então, para proteger seu lucro, você emite contratos de venda para o mês da colheita no valor atual, de R$180, travando o preço.

A partir daí, se o valor se mantiver até a data da colheita, fica tudo como está. Porém, isso raramente acontece, uma vez que os preços estão sempre oscilando. Logo, o mais provável é que o valor caia ou suba. Neste caso, temos dois cenários:

Se o preço da saca cair, a execução dos contratos futuros emitidos irão cobrir o “prejuízo” obtido com a queda do preço. Por outro lado, se o valor da saca subir, a venda do produto no mercado físico irá cobrir o prejuízo dos contratos.

Em ambas as situações, você garante os R$9.000.000 de renda bruta, pois, ao emitir o contrato de venda no mercado futuro, travou o preço no valor que queria.

Especulação

A especulação é a estratégia utilizada por quem deseja lucrar com a valorização de contratos no mercado futuro de commodities. 

Como vimos no exemplo anterior, quando alguém deseja proteger seu patrimônio, emite um contrato de venda. Enquanto isso, na outra ponta, há um investidor disposto a assumir o risco deste contrato, contando com a sua valorização até a data de vencimento. Se o preço sobe, ele lucra. Porém, se cair, ele fica no prejuízo.

Apesar do grande potencial de lucro, as negociações no mercado futuro de commodities são consideradas um investimento de alto risco, por isso, são recomendadas apenas para investidores experientes, de perfil arrojado e alta tolerância a riscos.

Vale a pena investir no mercado futuro de commodities?

Assim como qualquer outro investimento, o mercado futuro de commodities oferece vantagens e desvantagens.

Além de ser mais uma possibilidade para diversificar a sua carteira de investimentos, os contratos de commodities no mercado futuro contam com alta liquidez, afinal, são insumos negociados em larga escala no mundo todo. Dessa forma, você consegue comprar e vender contratos no momento que desejar.

Outra grande vantagem está justamente no fator de proteção, proporcionado pelo hedge, que permite resguardar seu patrimônio mesmo em épocas de crise. Sem contar na possibilidade de alavancagem, operando grandes quantias apenas com uma margem de garantia.

Porém, também é preciso considerar os riscos envolvidos. É um tipo de investimento que exige um grande conhecimento, tanto do mercado como do próprio ativo cujo contrato você pretende negociar.

Estamos falando de um mercado altamente influenciado por fatores externos, dos quais você não terá nenhum controle, como conflitos em países que compram o produto, crises políticas, acordos comerciais, questões climáticas, etc. 

Ou seja, da mesma forma que oferece grande potencial de lucro, pode levar a perdas na mesma proporção. 

Como investir no mercado futuro de commodities?

Se você já investe em ações e outros ativos, provavelmente já sabe como investir no mercado futuro de commodities também. Basta buscar pelo contrato desejado e emitir a ordem. 

Agora, se você está iniciando no mundo dos investimentos, primeiramente deverá criar uma conta em uma corretora de confiança. Algumas sugestões são a Rico, Clear ou XP Investimentos. Com o cadastro realizado, você deverá transferir o dinheiro que deseja investir para a conta que você acaba de criar.

A partir disso, você deverá acessar o home broker da corretora, buscar pela opção de investimento no mercado futuro e, aí sim, selecionar o contrato que deseja e emitir a ordem. Viu como não tem segredo? 

>>> Para se aprofundar um pouco mais no tema, confira este post: Saiba como investir no mercado futuro e adquirir renda no tempo certo

Que tal começar a operar no mercado futuro de commodities?

O mercado futuro de commodities é mais uma opção de investimento para quem deseja diversificar a carteira, proteger patrimônio ou obter altos ganhos com a especulação de contratos.

Porém, é importante ter em mente que este se trata de um investimento de alto risco, indicado apenas para investidores mais experientes. Então, antes de iniciar, certifique-se de estar preparado para operar neste mercado.

Agora que você já está por dentro de como o mercado futuro funciona, que tal dar mais um passo para aprofundar seus conhecimentos financeiros? Conheça nosso curso: In The Money: Como começar a lucrar com Opções.

Por meio dele, você aprenderá o significado dos termos mais utilizados neste meio, conhecerá as principais estratégias e ainda verá exemplos práticos de mercado e planilhas de gráfico. Inscreva-se agora mesmo!

O que significa day trade? Conheça TUDO sobre esse tipo de operação

Ganhar muito em pouco tempo é o sonho de qualquer pessoa. No mundo dos investimentos esse sonho, na verdade, é o que significa day trade.

Se você está dando os primeiros nesse universo, talvez ainda não esteja familiarizado com o termo ou não saiba exatamente como funciona. É por isso que preparamos um conteúdo completo no artigo abaixo, com tudo sobre day trade. Nele você vai ver:

  • O que é day trade
  • Conceitos básicos e funcionamento
  • Day trader: o profissional de day trade
  • Vantagens e desvantagens
  • Principais termos
  • Taxas e tributações
  • Plataformas para traders

O que significa day trade?

Com um número cada vez maior de investidores na Bolsa de Valores, o interesse pelo day trade também tem aumentado. Antes de pensar nas possibilidades de ganho que ele oferece, porém, é preciso entender seu conceito para evitar os prejuízos.

Em tradução para o português, day trade significa “transação do dia”. No mercado financeiro, esse é o nome dado à prática na qual a compra e venda de ações acontecem no mesmo dia.

O objetivo desse tipo de operação é obter lucro com a variação de preços que acontece ao longo de um pregão.  

Quais os conceitos básicos do day trade?

Se você está pensando em dar os primeiros passos na operação de day trade, precisa conhecer seus conceitos básicos. Eles se tratam de mecanismos importantes que orientam o trader em suas análises e movimentos.  

Stop loss e stop gain

Em tradução livre, stop loss significa parar perda. Na prática, se trata de um mecanismo de gerenciamento de risco usado para limitar o prejuízo com uma ação.

Como isso acontece: o investidor define um valor específico para o papel, contrário ao que espera como lucro. Caso esse valor seja atingido, uma ordem de venda é emitida automaticamente. Isso faz com que ele evite grandes prejuízos decorrentes da queda do ativo.

Já o stop gain significa parar os ganhos. Pode parecer estranho pensar em limitar o lucro de um papel, não é? No entanto, é importante lembrar que o mercado de renda variável sofre oscilações constantes.

Por isso, o investidor que já tem determinado o valor de lucro que quer obter, usa o stop gain. Com esse recurso, uma ordem de venda é emitida automaticamente quando o papel atinge o preço estabelecido.

Na prática, o investidor garante o lucro projetado e evita os riscos da oscilação inesperada.

Alavancagem

Basicamente, quem usa a alavancagem não precisa pagar pelas ações compradas. É uma espécie de limite adicional oferecido pelo banco de investimentos. Com ele, os investidores operam na Bolsa com um capital superior ao que possuem.  

Traduzindo: em vez de pagar por toda a operação, a alavancagem permite que apenas o valor referente ao ganho ou a perda sejam custeados. Como a venda no day trade ocorre em poucas horas, o gasto dispendido é pequeno.

Imagine que um investidor tenha comprado R$ 20 mil em ações. Horas depois, as vendeu por R$ 21 mil. Com a alavancagem, ele recebe apenas o lucro de R$ 1 mil na conta, sem a necessidade de movimentação dos R$ 20 mil.

O mesmo aconteceria caso na hora da venda os papéis estivessem cotados em R$ 19 mil. Neste caso, caberia ao investidor pagar apenas os R$ 1 mil por sua perda.

Margem de garantia

Para que a alavancagem possa acontecer, é preciso que uma quantia seja depositada antecipadamente na corretora. A função é exatamente a que o nome sugere, atuar como uma margem de garantia.

Com ela, o investidor pode negociar até 10 vezes o seu valor. Ou seja, se o depósito for de R$ 2 mil, ele poderá fazer alavancagens no valor de R$ 10 mil.

< Veja também: os 6 melhores indicadores de day trade />

Como funciona o day trade?

Como dissemos, o day trade é a prática de comprar e vender ativos em um curto espaço de tempo. Além das ações, existem investidores que fazem day trade com opções ou contratos futuros.

Falando especificamente do day trade em ações, o funcionamento é exatamente o de comprar e vender no mesmo dia. Esse movimento pode ocorrer na compra seguida da venda ou na venda seguida da compra. Vamos aos exemplos.

  • Compra seguida da venda: assim que o mercado abriu, um investidor comprou um lote de ações a R$ 5 cada papel. Três horas depois, vendeu os papéis desse mesmo lote a R$ 5,25. Neste movimento, o ganho foi de R$ 0,25 por ação – ou R$ 25 pelo lote.
  • Venda seguida da compra: também na abertura do mercado, um investidor vendeu um lote a R$ 3 cada papel. Quase perto do fechamento do pregão, recomprou esses papéis a R$ 2. Assim, ele teve um lucro de R$ 1 por ação.

Quais as principais técnicas?

Para fazer bom uso do day trade e, claro, obter lucros com ele, é preciso conhecer algumas das principais técnicas. Todas elas são baseadas em análises, seja do mercado ou do próprio papel.

Padrões de candle

Também conhecido como gráfico de velas. Com ele, é possível avaliar a cotação mínima e máxima de um papel, bem como seu preço de abertura e fechamento no pregão.

Scalping

Neste caso, a análise não é baseada só em gráfico, mas também no fluxo de compra e venda. Para isso, o investidor pode usar uma das três técnicas associadas:

  • Análise técnica: de gráficos
  • Tape Reading: análise de fluxo de ordens
  • VWAP: Preço Médio Ponderado pelo Volume

Reverse

O Reverse é como nadar contra a maré. Nessa técnica, o investidor negocia o oposto da tendência apontada pelo mercado.

Um exemplo é negociar um papel em queda na expectativa de que ele atinja alta rentabilidade futura. Caso ela se cumpra, o investidor obtém lucro pelo movimento.

Momentum

Atenção e precisão são fundamentais no day trade. É por isso que a técnica Momentum avalia a força dos movimentos do preço de um ativo. Assim, o operador tem mais capacidade para definir o momento certo de comprar ou vender um papel.

Quem pode fazer day trade?

Na teoria, qualquer pessoa que opera na Bolsa de Valores pode fazer day trade. Mas isso não significa que é indicado sair comprando e vendendo papéis ao longo do dia.

Antes de arriscar nesse tipo de operação, é importante estar ciente dos seus riscos. Isso sem falar que é altamente recomendado estudar técnicas que ajudem no desenvolvimento de estratégias.

Day trader, quem é esse profissional?

O day trader nada mais é que o investidor que faz day trade na Bolsa. Durante um pregão, ele usa as oscilações do mercado para fazer operações de compra e venda de ações.

Um day trader pode trabalhar de maneira autônoma ou ao lado de empresas e fundos de investimento. Nestes casos, ele é remunerado pelos resultados obtidos.

Embora não haja exigência de formação para atuar nessa área, é esperado que o profissional tenha boas noções sobre como funciona o mercado. Afinal, operações de day trade precisam ser feitas baseadas em análises e movimentos precisos.

Mesmo sem formação, esse profissional só pode atuar em corretoras caso esteja certificado como um Agente Autônomo de Investimentos. O título é concedido pela Comissão de Valores Mobiliários.

Já os profissionais que recomendam investimentos ou ajudam investidores na montagem de carteiras precisam se tornar Consultor de Investimentos. O título também é fornecido pela CVM.

Além de consultores e vendedores em corretoras, os traders podem trabalhar como analistas de valores mobiliários, em bancos e na montagem de portfolios. Para cada posição, é exigida uma certificação diferente.

Quais as vantagens do day trade?

É claro que quem adere ao day trade está em busca das altas possibilidades de ganho. E essa é, sem dúvidas, a principal vantagem desse tipo de operação. Mas existem outras:

  • Alavancagem: com essa técnica, o trader pode investir sem ter todo o dinheiro necessário para a compra dos papéis.
  • Controle de prejuízos:  usando o stop loss, o investidor pode impedir que uma grande desvalorização afete sua carteira.
  • Ganhos com a queda: na teoria, a queda só causa prejuízos a um investimento. Mas não ao trader. Com a rápida movimentação nas operações, ele pode lucrar com a compra de um papel a um preço inferior ao pago anteriormente.
  • Proteção contra o pregão: ao comprar e vender em um mesmo dia, o investidor fica imune às movimentações ocorridas fora do horário de operação. Isto é, se uma companhia for afetada por escândalos que provocarão a queda de seu valor na manhã seguinte, o trader não sofrerá as consequências. E ainda mais: ele poderá aproveitar a baixa para comprar papéis e vendê-los em cenários de alta.

E as desvantagens?

Falar em investimento e não pensar nas desvantagens é um grande erro. Afinal, até as opções mais conservadoras oferecem riscos.

Quando falamos em day trade, as principais desvantagens estão relacionadas à maneira como a operação ocorre. Neste caso, além de conhecimento é fundamental ter tempo.

Ao optar por esse tipo de operação, o investidor deve estar sempre atento ao mercado. Isso literalmente significa ficar em frente a tela acompanhando quase que ininterruptamente as oscilações e oportunidades.

Considerando a alta rentabilidade e a fragilidade do day trade, ele é, sem dúvidas, um investimento bastante arriscado.

Principais termos do mundo do day trade

Os principais termos usados na operação de day trade estão associados aos seus conceitos básicos. Nós já falamos sobre eles lá em cima e agora iremos recapitular:

  • Stop loss: termo usado quando um investidor limita suas perdas a partir da definição de um valor de queda.  
  • Stop gain: venda do ativo quando ele atinge o valor esperado durante a operação.
  • Alavancagem: possibilidade de negociar a compra e a venda de papéis sem a necessidade de dispender todo o valor.
  • Margem de garantia: atrelado à alavancagem, esse termo nada mais é que o valor oferecido à corretora para que seja possível usar a técnica. A garantia não precisa, necessariamente, ser dinheiro. Ela pode ser outro tipo de investimento, como CDBs e Tesouros Diretos.
  • Zerar a posição: quando um trader vende o mesmo número de ações que comprou (ou compra a mesma quantidade que vendeu), ele usa essa expressão.

Quais as taxas e tributações do day trade?

Quem deseja operar no day trade precisa estar ciente das taxas e tributações associadas a esse tipo de operação. Veja quais são elas:

Taxa de corretagem

As operações de compra e venda na Bolsa de Valores estão sujeitas a taxa de corretagem. Essa taxa deve ser paga às corretoras pela intermediação entre o investidor e a Bolsa.

Não há um valor padrão, de modo que ele é determinado diretamente por cada instituição.

Taxa de custódia

Valor mensal pago pelo armazenamento de títulos ou ações. A quantia é destinada à Bolsa para garantir a proteção dos ativos.

Não há um valor determinado, podendo ser fixo ou corresponder a um percentual dos ativos guardados.

ISS

O ISS (Imposto Sobre Serviço) é um tributo municipal. Em São Paulo, ele corresponde a 5% do valor de corretagem e é pago pelo serviço prestado pela empresa.

Emolumentos

Cobrados pela B3, os emolumentos são cobrados em operações de compra e venda de ativos. Seu recolhimento tem como objetivo custear os gastos pelas transações.

Imposto de Renda

A tributação de IR só ocorre quando o investidor tem lucro e não possui prejuízos anteriores para serem compensados. Neste caso, é necessário calcular perdas e ganhos do mês anterior para entender se é necessário o pagamento do imposto. Lembrando que o pagamento é feito mediante a emissão de um DARF e que a alíquota é de 20% sobre o lucro líquido (descontando o custo de corretagem).

Principais plataformas para traders

Atualmente, o mercado financeiro disponibiliza um amplo leque de opções de plataformas para trader.

Algumas funcionalidades podem variar de plataforma para plataforma, mas no geral elas oferecem ao investidor a possibilidade de:

  • Avaliar o mercado a partir de análises gráficas, preço de ação e tape Reading
  • Acompanhar cotações em tempo real
  • Enviar ordens de compra e venda
  • Definir stop loss e stop gain

Entre as opções, a XP conta com a XP Trader. Com ela é possível ter controle da conta e conduzir as operações diretamente pelo celular. Veja outros nomes:

  • Home Broker XP
  • Bull
  • MetaTrader 5
  • Tradezone

Para operar usando uma dessas plataformas ou estratégias, é preciso ter conhecimento das boas práticas do day trade. Na Faculdade XP, você pode baixar o e-book Guia de Boas Práticas para Day Trade.

Nele, tem acesso a uma metodologia que contribui com operações mais seguras e em prol de resultados excepcionais. Para baixar, é só clicar aqui.

Como funciona o HTTPS e quais as suas vantagens

Você sabe o que é protocolo HTTPS e o que significa? Atualmente, a internet faz tanto parte de nossas vidas, de diversas formas que, às vezes, nem percebemos, mas usamos de ferramentas que facilitam o cotidiano.

De fato, os nossos dados e informações percorrem a web numa velocidade impressionante e lá permanecem por tempo indeterminado. E o HTTPS está lá para ajudar. Ele é amplamente utilizado na Internet para garantir que as comunicações entre o usuário e um site sejam seguras.

Exatamente por isso que a segurança se tornou um fator imprescindível a ser tratado pelas indústrias de tecnologia, nas quais investem muito em pesquisas, sempre visando a segurança dos usuários.

Desde o início dos anos 2000, quem navega na internet já está familiarizado com a sigla “HTTP://” e, provavelmente, levou um susto quando essa sigla passou a ser acompanhada de um “S” no final. O “S” indica seguro ou em inglês, secure.

Essa mudança ocorreu devido à época, onde existiam muitos sites clonados, home pages idênticas às originais, onde a única diferença, geralmente, era apenas uma letra no URL no endereço eletrônico.

Inclusive, diversos bancos ou serviços públicos continuam tendo páginas falsas e clonadas que roubam as informações dos internautas até os dias atuais, assim como contas bancárias, e-mails, mensagens e qualquer outra informação encaminhada. Por isso, a importância de entender o que é HTTPS!

Nesse conteúdo, você vai entender o que é protocolo HTTPS, diferenças entre HTTP e HTTPS e como funciona. Também quais são os níveis de proteção e as vantagens. Boa leitura!

O que é protocolo HTTPS?

O HTTPS (Hypertext Transfer Protocol Secure, em inglês) é um protocolo de comunicação que permite a transmissão de dados através de um canal seguro. Ele combina o protocolo HTTP com um protocolo de criptografia, geralmente o SSL/TLS, para criar um canal de comunicação seguro.

Você pode vê-lo em ação através de um pequeno cadeado que fica na barra de endereços do seu navegador, no lado esquerdo.

Então, se o cadeado estiver fechado, isso significa que a conexão é segura, mas se o cadeado estiver aberto ou com outro tipo de ícone em seu lugar, significa que a página não é segura e está vulnerável aos ataques.

Certamente, uma conexão não segura significa que hackers podem interceptar os dados que você envia para o site, assim como sua senha, endereço de e-mail e qualquer outra informação inserida na página.

Inegavelmente, se você estiver utilizando uma conexão pública ou desconhecida é ainda menos seguro, portanto, fique sempre atento a esse fator/indicador.

(Fonte: Freepik)

HTTPS e HTTP são diferentes, afinal?

Uma dúvida muito comum é se HTTP e HTTPS são diferentes. Para esclarecer melhor o que significa HTTPS e o que é protocolo HTTPS, vou mostrar a diferença entre esses protocolos tão famosos na rede. Primeiramente, os dois protocolos têm a transferência de dados entre servidores como fundamento, e a diferença entre os dois é muito simples de entender.

O HTTP é o protocolo responsável por indicar um endereço na web e garantir a troca de informações com o site visitado.

Para entender o que é protocolo HTTPS, basicamente, o HTTP é uma comunicação apenas em texto simples, não possui nenhuma camada de segurança e, portanto, não é segura. Além disso, é como se fosse um pacote enviado pelos correios sem estar bem lacrado.

Já o HTTPS é a junção do protocolo HTTP com o certificado de segurança SSL (Secure Socket Layer), uma tecnologia de criptografia que protege os dados e garante uma conexão segura com o site visitado.

Esse certificado não apenas protege a sua navegação, como também transmite credibilidade ao site visitado, por exemplo, desse modo um cliente se sente mais seguro ao inserir seus dados em um site de compras.

Então:

  • HTTP é considerado inseguro, enquanto HTTPS seguro;
  • HTTP trabalha na camada de aplicação, onde as informações são inseridas;
  • HTTPS trabalha da camada de transporte, onde as informações são criptografadas e transportadas.

Veja mais detalhes no quadro abaixo:

HTTPHTTPS
É o protocolo de transferência de hipertexto utilizado na Internet. Ele define o formato de mensagens utilizadas para a troca de informações entre os sistemas.É o protocolo HTTP seguro, ou seja, é uma camada adicional de segurança para as comunicações realizadas através da Internet. Ele utiliza criptografia para garantir que as informações trocadas entre os sistemas sejam confidenciais.
Quando comparativo entre HTTP e HTTPS.

Como funciona o HTTPS?

Quando cadastramos uma nova conta em um site, criamos um e-mail ou enviamos uma mensagem, essas informações são enviadas para um servidor.

A chave para descobrir o funcionamento de um protocolo HTTPS está aqui. Essas informações podem ser interceptadas por pessoas mal-intencionadas, caso o site não esteja protegido com o protocolo HTTPS.

Ao mesmo tempo, com a camada de segurança adicional SSL, o protocolo HTTPS pode criptografar as informações, tornando-as irreconhecíveis a qualquer outro servidor que não seja aquele que recebe a informação. Muito melhor, não é mesmo?

Assim sendo, é como se as informações fossem traduzidas para uma língua que só os servidores em questão podem entender. Se um hacker de alguma forma acessar essas informações vai se deparar com um emaranhado de caracteres sem sentido algum.

O que é SSL e como funciona

O SSL, significa “Secure Sockets Layer” (camada de soquete seguro), é um protocolo de segurança que criptografa as informações enviadas entre um servidor e um navegador. Isso impede que os dados sejam interceptados e lida por terceiros não autorizados. Ele também verifica a autenticidade do servidor para garantir que os dados estão sendo enviados para o endereço correto.

<Leia depois: detalhes sobre a Lei Geral de Proteção de Dados />

Quais são os níveis de proteção do HTTPS?

O protocolo HTTPS possui 3 níveis de proteção que reforçam e garantem a segurança das informações, sendo:

Conheça os detalhes abaixo de cada.

Criptografia

Nesse nível todos os dados enviados são criptografados, ou seja, as informações são embaralhadas e transformadas em um código que somente os servidores envolvidos na comunicação podem decifrar, qualquer outro que acessá-la terá como resultado um emaranhado de caracteres sem sentido.

Integridade dos dados

Garante que os dados trocados não sejam alterados e que nenhuma informação seja adicionada, sem este nível o usuário arrisca ter suas informações trocadas no envio. Por exemplo, informar uma conta bancária para receber um depósito, mas outra conta é registrada e o depósito vai para a pessoa errada.

Autenticação

Esse nível garante que o site visitado seja realmente o site solicitado, evitando assim o perigo de clones ou de links que direcionam para páginas mal-intencionadas, garantindo assim a segurança dos dados do usuário e a confiabilidade.

Com intuito de trazer segurança na navegação, o protocolo HTTPS tem o que há de mais seguro em tecnologia de segurança da ‘internet’. Portanto, fique tranquilo ao navegar por um site seguro porque para um hacker ter acesso às informações desse site, vai ter que abrir não só um, mas três cadeados muito seguros.

Como migrar para um protocolo HTTPS?

A atividade de migrar para um protocolo HTTPS é um processo relativamente simples que envolve a instalação de um certificado SSL em seu servidor web. Após a instalação do certificado, você precisará configurar seu site para que todas as solicitações sejam redirecionadas para o endereço HTTPS. Isso pode ser feito manualmente ou por um plugin de segurança.

Primeiramente, você precisa adquirir um certificado SSL fornecido por inúmeras organizações. Geralmente, os serviços de hospedagem oferecem este certificado.

Em segundo lugar, procure um servidor de confiança e de preferência conhecido para evitar falsificações.

De fato, existem diversos tipos de servidores na Web, e cada um tem seu próprio processo de instalação de certificados SSL/TLS. Você deve buscar as instruções do servidor em que o site está hospedado e instalar o certificado conforme as orientações fornecidas.

Depois, verifique se todos os recursos do site são compatíveis com o protocolo HTTPS. Inclusive, vídeos inseridos, scripts, redes sociais e todas as funcionalidades externas.

Após instalado o protocolo, você deve atualizar os recursos internos do site e verificar se os links internos não estão com erros ou redirecionando para página errada.

Por último, agora que está tudo pronto e verificado, é hora de atualizar as informações do site no Google Search Console. Isso é importante porque o Google reconhece os dois protocolos como sendo dois sites diferentes, então você só precisa seguir as orientações da própria plataforma para garantir que o site seja encontrado nas buscas.

<Leia também: o que é Inovação, importância, relação com tecnologia e empresas />

Principais vantagens do HTTPS

Podemos destacar que os principais benefícios do HTTPS são:

  • Garante que os dados transmitidos sejam seguros;
  • Protege contra-ataques de interceptação, que podem ser usados para roubar dados ou para modificar as comunicações;
  • Fornece autenticação, o que significa que os usuários podem ter certeza de que estão se comunicando com o site correto;
  • Oferece criptografia, o que significa que os dados transmitidos são ilíquidos para qualquer pessoa que não seja o destinatário.

Além da segurança, o protocolo HTTPS também melhora o desempenho do site já que a comunicação entre os links internos e externos se torna mais rápida. Além de melhorar o ranqueamento do site nas páginas de pesquisas do Google, com isso levando mais tráfego orgânico e qualificado.

Você sabia que no Brasil, 45% das empresas vem implementando práticas de confiança de dados? As medidas são para processos e tecnologias que fornecem recursos de criptografia, tokenização e mascaramento de ambientes de dados confidenciais, segundo informações da pesquisa Digital Trust Insights 2022.

O mercado de trabalho para profissionais de cibersegurança no Brasil está em constante crescimento, devido à crescente consciência da importância da segurança da informação. Enquanto isso, o número de profissionais qualificados ainda é relativamente baixo, representando uma grande oportunidade para aqueles que buscam uma carreira na área.

Existem muitas oportunidades de trabalho para profissionais de cibersegurança no Brasil, tanto em empresas privadas quanto em órgãos públicos para garantir a proteção de seus dados.

De acordo com levantamento do Guia Anual da Robert Hald, com dados do Glassdoor e Vagas.com.br, há muitas oportunidades ainda que serão abertas no Brasil. A Faixa salarial de um analista de segurança é de R$ 5.350 a R$ 9.000 para profissional de nível júnior; de R$ 6.900 a R$ 11.550 para nível pleno e de R$ 9.950 a R$ 16.750 para nível sênior.

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Como funciona o IOF no Tesouro Direto? Entenda a cobrança e calcule a taxa

Quer investir em renda fixa, mas não conhece a tributação relacionada aos ativos? Saiba que você chegou ao lugar certo para tirar a primeira dúvida: afinal, o que é IOF Tesouro Direto? Como o Imposto sobre Operações de Crédito incide nesta modalidade? 

Ao continuar a leitura deste artigo, você entende como calcular seu rendimento real no Tesouro, uma opção de investimento segura e cada vez mais popular, sobretudo para quem busca segurança e baixa volatilidade. 

O que é IOF e em quais operações ele incide?

Como pontuamos na introdução deste artigo, IOF é a sigla para Imposto Sobre Operações Financeiras. Trata-se de um tributo federal incidente sobre diversas operações monetárias — inclusive aquelas realizadas diariamente, mesmo por quem não é investidor. 

Imagine, por exemplo, que você utiliza seu cartão de crédito para fazer uma compra internacional. O imposto incidente no valor da compra é ele: o IOF. 

Além das compras internacionais, o IOF está presente em outras operações cotidianas, como: 

  • cheque especial;
  • financiamentos;
  • câmbio de seguros; 
  • compra de moeda de outros países; 
  • transferências internacionais;
  • empréstimos;
  • venda de títulos;
  • resgate de investimentos financeiros em títulos públicos(como o Tesouro Direto, tema deste artigo) e privados, como o CDB);
  • etc. 

Qual é a função do IOF?

Agora você sabe o que é IOF, e como ele está presente em diversas operações do nosso cotidiano. Mas, afinal, para que serve este imposto? 

A função principal do IOF é medir a oferta e a demanda de crédito no país. Por isso mesmo, dizemos que ele é uma espécie de termômetro da economia. 

Não à toa, a cobrança do IOF no Tesouro Direto e em outras operações é proporcional ao valor movimentado na operação. Isso ajuda a mensurar o volume de arrecadação em períodos determinados. 

Como é feita a cobrança do IOF em investimentos?

Você já ouviu falar em IOF regressivo? Se acompanha os conteúdos da Faculdade XP, a resposta com certeza é sim! Esta é a lógica de cobrança do IOF sobre os investimentos, e, a seguir, você entende como funciona. 

Como o nome diz, o IOF regressivo indica que, quanto maior o tempo de aplicação, menor é o imposto cobrado sobre ela. Além disso, é importante saber que esta tributação incide apenas sobre rendimentos resgatados em até 30 dias após a aplicação. 

Abaixo, você entende como funciona, na prática, a incidência do IOF nos investimentos. Observe que a alíquota inicia em 96% (para investimentos com resgate 1 dia útil após a aplicação) e cai para 0% após 30 dias. 

Como funciona o IOF no Tesouro Direto?

A lógica de incidência do IOF no Tesouro Direto é a que explicamos acima: cobrança regressiva, que diminui até chegar a zero em aplicações com mais de 30 dias. 

Na prática, isso significa que, se você contrata o produto “Tesouro Selic 2025” em 2022, por exemplo, e aguarda seu vencimento para resgatar, não paga nenhum valor de IOF. 

Em contrapartida, se precisar resgatar a aplicação antes deste período, deverá consultar a tabela IOF para Tesouro Direto (a mesma que mostramos anteriormente) e verificar a alíquota incidente no período em que o valor inicial ficou aplicado. 

Como calcular o IOF do Tesouro Direto?

O cálculo do IOF no Tesouro Direto não tem mistério.

É importante saber, entretanto, que o IOF no Tesouro Direto é cobrado somente sobre o valor do rendimento, e não sobre a soma da aplicação e do lucro. 

Ou seja, se você investiu 100,00 em um produto do Tesouro e obteve 8,00 de rendimento após 10 dias — data na qual decidiu fazer o resgate —, o IOF será de 66% sobre R$8,00. 

Vale a pena investir no Tesouro Direto, mesmo com o IOF?

Se você tem o objetivo de investir no médio ou longo prazo, a resposta é sim! Isso porque, como mostramos anteriormente, o IOF é reduzido a zero após 30 dias de aplicação. 

Além disso, investir no Tesouro ainda oferece vantagens para investidores de perfil conservador e moderado, com baixa tolerância ao risco. 

A seguir, pontuamos algumas delas: 

  • o processo é feito inteiramente online, por meio da plataforma oficial do Tesouro Direto ou da corretora de sua preferência; 
  • liquidez diária, que possibilita o acesso ao montante resgatado até 1 dia útil após a solicitação de saque; 
  • rentabilidade compatível com as suas expectativas e necessidades (segmentadas em opções prefixadas, com remuneração definida na contratação, pós-fixadas, com remuneração atrelada a um índice de mercado, e híbridas, que mesclam as opções anteriores);
  • segurança da aplicação, que é garantida pelo Tesouro Nacional, entidade atrelada ao Ministério da Fazenda do Governo, e realizada em parceria com a B3, a Bolsa de Valores brasileira. 

Mais sobre renda fixa e suas taxas

Entender as taxas e impostos incidentes sobre um investimento é fundamental para compor uma carteira de renda fixa diversificada e equilibrada. 

Se você está começando agora e tem um perfil de investidor compatível com esta modalidade de investimento, aqui vão algumas dicas de ouro para se familiarizar com os produtos e investir sem medo.

Play no vídeo 4 passos para sair da poupança e investir em Renda Fixa

Reserve 2 horas do seu dia para um curso intensivo com a mediação de especialistas do mercado: as matrículas para “Renda Fixa: ganhos de baixo risco” estão abertas! Conheça todos os produtos disponíveis no mercado, suas tributações e características e aprenda  montar uma carteira na prática!

*Créditos da imagem de capa: Kelly Sikkema em Unsplash

Curva de juros futuros: o que é e como funciona a sua taxa?

A curva de juros futuros é uma representação gráfica da projeção do mercado para o valor médio das taxas de juros nos próximos meses ou anos.

Definida com base na expectativa dos investidores em relação aos juros futuros, ela impacta diretamente a rentabilidade dos investimentos, sobretudo nos de renda fixa.

Conhecer este conceito é fundamental para que você entenda como a economia funciona, além de te dar mais autonomia para fazer boas escolhas financeiras, podendo identificar e aproveitar as melhores oportunidades de investimentos.

Quer aprender tudo sobre o assunto? A gente está aqui para ajudar! Neste post, explicamos o que é curva de juros futuros, como ela funciona, de onde vem e de que forma pode influenciar os resultados dos seus investimentos. Boa leitura!

O que são juros futuros?

Antes de falarmos especificamente sobre os juros futuros, precisamos recapitular alguns termos fundamentais para o entendimento deste conceito.

O que são juros?

Podemos definir juros como o custo do dinheiro. Isto é, quando você faz um financiamento ou parcela uma compra, está tomando dinheiro emprestado em troca de um acréscimo somado ao valor inicial, que nada mais são do que os juros. Eles podem ser simples ou compostos:

  • Juros simples: quando aplicado somente sobre o valor inicial, não variando ao longo do tempo;
  • Juros compostos: conhecidos como juros sobre juros, é quando o percentual é aplicado tanto sobre o valor inicial, quanto sobre os juros arrecadados ao longo do tempo.

>>> Para se aprofundar no assunto, confira este post: Afinal, qual é a diferença entre juros simples e juros compostos?

O que é taxa de juros?

A taxa de juros, por sua vez, é o que define o valor do percentual que deve incidir sobre o valor inicial.

Agora sim, podemos voltar à pergunta inicial: afinal, o que são juros futuros?

Os juros futuros são estimativas do mercado a respeito do comportamento da taxa básica de juros em determinado período. 

Ou seja, representam as expectativas dos investidores para o futuro. Logo, podem afetar diretamente seus investimentos, principalmente os de renda fixa, que é onde as taxas de juros futuros incidem.

Essas “previsões” são fortemente influenciadas pelos ânimos do mercado, por exemplo: se o país acaba de sair de uma recessão e a economia está aquecida, a expectativa é de que a taxa de juros futuros aumente. Por outro lado, diante de um período de estagnação, a tendência é de queda.

O que é a curva de juros futuros?

Também chamada de curva a termo ou yield curve, a curva de juros futuros é uma forma de representar graficamente a evolução da taxa de juros ao longo do tempo. 

Em outras palavras, trata-se de uma projeção futura do que o mercado espera da taxa de juros média ao longo dos próximos meses ou anos. Desse modo, ela dá uma noção de quanto determinadas aplicações podem render neste período.

Taxa curva DI de juros futuros
Exemplo de curva DI de juros futuros. Fonte: XP Investimentos.

Como a curva de juros futuros funciona?

Como vimos, a curva de juros futuros funciona como um termômetro do mercado, representando a expectativa dos investidores sobre o futuro das taxas de juros com base no momento vivido pelo país.

Imagine que você adquiriu um título de renda fixa indexado ao CDI com vencimento para dez anos. 

Embora tenha uma noção do valor que irá resgatar, isso não passa de uma estimativa, uma vez que a taxa DI é dinâmica e não há como saber em quanto estará ao fim do período. Ou seja, há uma incerteza quanto ao rendimento.

No mundo dos investimentos, incerteza é risco e, como você bem sabe, quanto maior o risco, maior tende a ser o retorno. Logo, o normal e esperado é que a curva de juros sempre siga um padrão ascendente, afinal, quanto mais longo for o investimento, maior tende a ser a taxa de juros futuros que incide sobre ele. 

Porém, isso não é uma regra, ainda mais considerando que tudo depende dos ânimos do mercado e das projeções para o futuro. 

Diante da expectativa de aquecimento da economia, por exemplo, a curva de juros futuros tende a assumir uma inclinação positiva, o que chamamos de abertura da curva, indicando rendimentos maiores.

Por outro lado, momentos de crise e indecisão costumam levar a um fechamento da curva, conhecida como inclinação flat, reduzindo os rendimentos no longo prazo.

Como é definida a curva de juros futuros?

A taxa de juros futuros é definida com base nas negociações ocorridas no mercado de juros futuros, uma sessão da B3 onde são negociados os contratos futuros.

Esses contratos, por sua vez, são acordos de compra e venda de determinados ativos em uma data específica, por um preço combinado, seja qual for o valor praticado em seu vencimento.

Logo, o volume de negociações neste mercado representa a expectativa dos investidores em relação ao valor das taxas de juros no futuro, contribuindo assim, para a composição da curva de juros futuros.

Para saber mais sobre o mercado futuro, suas funcionalidades e particularidades, confira o vídeo abaixo, em que a Beatriz Aguillar explica tudo de forma muito didática:

Por que é importante analisar a curva de juros futuros?

Aqui, no blog da Faculdade XP, sempre falamos sobre a importância de acompanhar tudo o que ocorre no mercado. A curva de juros futuros é um desses elementos, capaz de impactar diretamente a rentabilidade de seus investimentos, principalmente nos de renda fixa pública e privada, como debêntures, LCIs, LCAs, CDBs e etc.

Por exemplo, uma abertura nesta curva significa um aumento futuro na rentabilidade desses investimentos, logo, pode indicar uma ótima oportunidade de lucro.

>>> Quer se aprofundar no assunto? Então, leia este artigo: O que é macroeconomia? Cenários que afetam os investimentos

Que tal aproveitar as oportunidades da curva de juros futuros?

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Júnior, pleno ou sênior: entenda as diferenças dessa classificação

A hierarquia do mercado de trabalho pode ser meio confusa, pois existem vários critérios que ajudam a determinar se o profissional é júnior, pleno ou sênior. Além disso, os critérios podem mudar de empresa para empresa, já que cada uma delas vai especificar os requisitos para as posições. 

Então, como se candidatar nas oportunidades certas? Como indicar no currículo o seu nível hierárquico? É o que abordaremos nesse artigo. Vem com a gente!

O que é ser júnior, pleno e sênior?

Apesar de envolver uma série de características, os níveis de hierarquia consideram a experiência profissional e o nível de responsabilidade do colaborador. Veja abaixo as definições gerais do perfil de cada um.

  • Júnior: não tem muita experiência profissional, é recém-graduado e não tem autonomia para tomar decisões;
  • Pleno: já tem experiência, consegue executar tarefas mais complexas e pode tomar decisões, porém com a aprovação do superior;
  • Sênior: lidera equipes e projetos, tem bastante experiência e muitas vezes conta com pós-graduação e MBA. Pode tomar decisões e tem bastante responsabilidade.

Quais são as principais diferenças entre júnior, pleno e sênior? 

Como dissemos, são muitas as características que podem diferenciar os níveis desses profissionais. Muitas vezes, depende também da área e do que ela requer que o profissional tenha conhecimento. Algumas áreas da tecnologia são tão recentes, que até pouco tempo nem graduação tinham, por exemplo. Porém, para que entenda melhor quais são as principais diferenças e como elas afetam cada nível, listamos algumas características abaixo. Confira!

Experiência e conhecimento

Essas duas são as principais características que ajudam a definir se o profissional é júnior, pleno ou sênior.

  • Júnior: recém-formados com, no máximo, 5 anos de experiência;
  • Pleno: possuem pós-graduação ou MBA e têm experiência entre 6 e 9 anos;
  • Sênior: tem a função de líder de equipes e projetos ou gestor e costuma ter mais de 10 anos de experiência.

Tempo de empresa

As empresas também podem determinar os níveis conforme a evolução da equipe, incentivando o crescimento profissional. 

  • Júnior: tem pouco tempo na empresa, acaba precisando de mais orientação para conseguir executar tarefas;
  • Pleno: tem mais tempo de casa, normalmente já foi promovido para outros cargos. Adquiriu competência ao longo dos anos que permitiram ganhar poder de decisão, junto ao seu superior;
  • Sênior: já conhece e acompanha a gestão de processos internos muito bem. Tem a última palavra e toma decisões estratégicas. Coordena os projetos, lidera equipes e trabalha próximo à diretoria.

Salários: júnior, pleno e sênior 

O salário é um dos pontos principais de diferença entre o júnior, pleno e sênior. A variação pode ser maior ou menor, dependendo da empresa, mas, naturalmente, costuma ter uma grande diferença entre o júnior e o sênior.

  • Júnior: ganha um pouco mais do que o trainee, mas ainda menos do que o pleno;
  • Pleno: o salário é maior que o do júnior e costuma ser potencializado por pós-graduação ou MBA;
  • Sênior: possui o maior salário entre os três, mas ainda está abaixo da diretoria ou cargo master.
Profissionais analisam resultados em uma reunião
A diferença salarial entre júnior, pleno e sênior pode variar bastante conforme a área ou empresa.

Veja abaixo alguns exemplos, segundo o Guia Salarial 2022 da Robert Half:

ProfissionalJúniorPlenoSênior
Desenvolvedor front-endR$5.500 a R$ 7.950R$ 7.750 a R$ 13.000R$ 11.550 a R$ 19.350
Analista de BIR$ 5.600 a R$ 9.000R$ 7.650 a R$ 12.850R$ 10.000 a R$ 16.750
Analista de segurançaR$ 5.350 a R$ 9.000R$ 6.900 a R$ 11.550R$ 10.000 a R$ 16.750
Desenvolvedor mobileR$ 5.500 a R$ 7.950R$ 7.650 a R$ 12.850R$ 11.500 a R$ 19.350
Fonte: Guia Salarial 2022 da Robert Half

Importância de ter diferentes níveis de hierarquia dentro de uma empresa

Você já imaginou como seria uma empresa sem a hierarquia? Para muitos, pode ser até interessante em um primeiro momento, mas o plano de carreira é importante para recompensar o profissional pelos anos de trabalho e esforço. 

Além disso, é graças à hierarquia que podemos saber facilmente a quem recorrer em caso de problemas. Aqueles mais altos na hierarquia possuem essa responsabilidade e espera-se que estejam capacitados para atender essas demandas.

Hierarquia administrativa

Outro tipo de hierarquia que existe nas organizações é a estrutura hierárquica administrativa. Ela divide a empresa em três partes:

  • Nível estratégico: topo da pirâmide. É aqui que estão os presidentes, gestores e diretores que decidem sobre os objetivos estratégicos;
  • Nível tático: fica no meio. São os coordenadores, gerentes e encarregados que têm o objetivo de transmitir as ideias desenvolvidas no plano estratégico, coordenando metas e objetivos;
  • Nível operacional: é a base. Ela é composta por auxiliares, assistentes, estagiários e cargos que cuidam das atividades do dia a dia. 

Durante muito tempo, chegar ao topo da pirâmide era o maior desejo de qualquer colaborador. Hoje as coisas mudaram. Embora ainda muitos ainda desejem chegar lá, alguns profissionais entenderam que preferem ficar no operacional, mesmo entregando um serviço especializado e bem remunerado, ou mesmo no tático. Os motivos são variados e vão desde assumir menos responsabilidades, ter mais tempo livre, entre outras questões pessoais.

Por isso, a questão da hierarquia vai além do salário ou de alcançar um determinado cargo. Ela deve ser analisada como um plano de carreira, de acordo com o que você deseja e busca para o seu futuro.

Como saber se é um profissional júnior, pleno ou sênior?

Essa não é uma questão simples de ser respondida, mas o último cargo que você ocupou pode te direcionar. Se ele estiver no nível pleno, pode buscar por vagas nesse perfil. Já se não existe esse indicativo, você pode considerar o tempo de experiência, os cursos realizados e as responsabilidades que tinha na última empresa.

Plano de carreira júnior, pleno ou sênior

Agora que já entendeu todas as diferenças entre júnior, pleno e sênior, pode pensar em construir um plano de carreira. Aqui vão algumas dicas.

Como passar de júnior para pleno?

Se você se formou na graduação recentemente e acabou de iniciar na área profissional, precisará ter um pouco de paciência. O tempo de experiência é importante, mas se aperfeiçoar nas suas tarefas e demonstrar mais independência e eficiência podem ajudar a conquistar o nível pleno com mais facilidade.

E de pleno para sênior?

Nesta etapa, além de mais tempo de experiência, os cursos e especializações, pós-graduações e MBAs podem ajudar. Demonstrar interesse de se tornar um gestor e liderar equipes e fazer o gerenciamento de projetos é importante, além de assumir uma postura mais responsável e proativa.

Atenção que há uma grande diferença entre líder e chefe. Subir de nível e se tornar um gestor ou ter uma equipe para chefiar não significa que você tenha um espírito de liderança.

Níveis profissionais acima do sênior

Acima do nível sênior está o nível master. Normalmente, é um profissional com mais de 15 anos na área e uma ou mais pós-graduação. Geralmente, já ocupou algum cargo de gestão e tem certificados. Por isso, para conquistar esse cargo é preciso focar nesses pontos.

A dica para quem está começando é: aproveite cada fase. Cada uma delas têm as suas vantagens e desvantagens e podem ensinar muito no processo. Buscar melhorar com certeza é algo positivo, mas também curta o caminho e saiba ter paciência para alcançar os seus objetivos. Um ponto importante é você começar, desde a primeira fase, a se desenvolver para se tornar líder, isso contribuir bastante para você se destacar em meio aos demais.

Pular etapas e atingir o cargo sênior, por exemplo, pode ser uma cilada das grandes. Imagina que ocorra um problema na sua gestão e você não esteja preparado para lidar. Teria uma oportunidade desperdiçada. Por isso, tenha calma, se especialize e amadureça, para construir uma carreira sólida e de sucesso.

Ciclo PDCA: para que serve e quais as etapas

Se você já trabalha, ou gostaria de trabalhar, com gestão de processos, você precisa conhecer o Ciclo PDCA e as suas etapas. O Plan, Do, Check e Act/Adjust é mais uma metodologia que ajuda na gestão, propõe soluções e traz melhorias contínuas para problemas organizacionais dentro de uma empresa.

Atualmente, as empresas precisam se adaptar rapidamente às mudanças exigidas pelo mercado. Afinal, é preciso atender às necessidades dos clientes com rapidez e eficiência, mas sem perder a qualidade e o espaço para uma empresa concorrente. Por isso, o Ciclo PDCA é uma metodologia tão importante na gestão de processos.  

Neste artigo, vamos explicar o que é o Ciclo PDCA, as suas etapas e como aplicá-lo na sua rotina de trabalho de forma simples e descomplicada.  

O que é Ciclo PDCA?

O PDCA é um termo emprestado da língua inglesa que significa “Plan, Do, Check e Act/Adjust”. Em tradução literal para o português temos “Planejar, Fazer, Checar, Agir/Ajustar”.

Nesse sentido, o Ciclo PDCA é um mecanismo contínuo de administração que se tornou muito popular nas empresas porque atua diretamente na resolução de problemas e melhorias dos processos. 

O Ciclo PDCA surgiu para trazer a perfeição em seus projetos através da rápida identificação de problemas, de uma proposta de soluções eficientes e do aprendizado com os ciclos anteriores. 

A princípio o PDCA estava relacionado a gestão de qualidade na indústria. Entretanto, os princípios do ciclo se expandiram para outras áreas, como gestão de pessoas, gerenciamento de projetos e, principalmente, desenvolvimento de produtos. 

Atualmente, metodologias ágeis como, por exemplo, o Scrum e o Design Thinking, utilizam de alguns conceitos do PDCA.    

Origem do Ciclo PDCA

Criado nos anos 20 pelo físico norte-americano chamado Walter Andrew Shewhart, o Ciclo PDCA só ficou realmente conhecido na década de 50. O também norte-americano William Edward Deming popularizou o PDCA quando trabalhou os conceitos da metodologia para promover melhoria na gestão de processos durante a Segunda Guerra Mundial. 

Por conta disso, o Ciclo PDCA também ficou conhecido como Ciclo de Deming ou Ciclo de Shewhart, graças aos “gurus da qualidade”. 

Como funciona o Ciclo PDCA?

Por se tratar de uma metodologia voltada para as melhorias constantes, ela é baseada em repetitivas tentativas de otimização dos processos. Para funcionar da melhor forma, o PDCA possui quatro etapas que juntas formam o ciclo do processo: planejar, fazer, checar e agir.   

Ou seja, esse processo se repete constantemente. Sempre que um ciclo chega ao fim, outro se inicia para buscar melhorar o ciclo anterior. Isso porque em toda instituição sempre existirão problemas e melhorias a serem feitas.    

Quais são as etapas do Ciclo PDCA?

Antes de mais nada, você precisa saber que, na prática, a divisão das fases do ciclo não acontecem de forma linear. Na verdade, elas existem mais para facilitar o nosso entendimento e a aplicação da metodologia. 

Desenho das etapas do Ciclo PDCA
Desenhar as etapas do Ciclo PDCA podem ajudar a melhorar e otimizar processo na empresa

Abaixo, falaremos um pouco sobre cada uma das etapas:

Planejar

Primeiramente, o seu projeto precisa de um bom planejamento para ser bem-sucedido. Afinal, como identificar os problemas, propor soluções e otimizar os processos sem um planejamento de qualidade? 

Além da otimização de tempo e trabalho, o planejamento ajuda a definir qual metodologia pode ser melhor aplicada no projeto, os seus prazos e contribui para que cada meta seja entregue na data estipulada. Assim, todas as etapas fluem em sincronia. 

Para que esse planejamento seja feito de forma eficiente e realista, o gestor e a sua equipe precisam trabalhar juntos. Eles devem estabelecer os objetivos, com prazos de entrega realistas e quais indicadores serão utilizados para avaliar o desempenho e o andamento do projeto durante o seu processo de criação.

Fazer

Em seguida, com o planejamento pronto, é hora de colocá-lo em ação. Entretanto, antes da equipe colocar em prática tudo que foi planejado, é importante que elas recebam um treinamento específico para aquele projeto. 

Após o treinamento, cada pessoa da equipe entenderá melhor qual é o seu papel naquele trabalho e como executá-lo da melhor forma. Assim, a equipe trabalha com mais foco e assertividade. 

Enquanto o planejamento está sendo executado, o papel do gestor é estar disponível para tirar dúvidas ou ajudar a encontrar soluções para problemas que aparecem no meio do caminho. Além disso, ele precisa também acompanhar para garantir que o planejamento seja cumprido. 

Checar

O próximo passo é verificar o que foi feito e se o planejamento foi executado da maneira esperada. Por isso, é essencial o gestor da equipe avaliar o trabalho de acordo com os indicadores definidos na primeira etapa. 

Normalmente, a checagem acontece ao mesmo tempo da implementação do plano de ação. Dessa forma é mais fácil de acompanhar, mensurar os acertos e os erros na execução do projeto. 

Agir

Por fim, diante dos dados coletados na checagem, a última etapa consiste na correção das falhas detectadas para poder adotar o projeto como um processo padrão na instituição.

Nessa etapa existem dois resultados possíveis:

  • Positivo: quando tudo ocorre dentro do esperado e o objetivo é alcançado. Assim, o planejamento feito passa a servir de base para futuros projetos;  
  • Negativo: o planejamento não foi executado corretamente, mesmo com as correções feitas. É preciso que a equipe trabalhe em busca de novas soluções para solucionar as falhas. 

Importância do Ciclo PDCA e suas etapas

Utilizar o Ciclo PDCA é importante porque ele é um método simples, mas bastante eficaz para gerenciamento de qualidade. 

Se bem executado, um PDCA garante a empresa uma padronização nos processos, diminui os riscos de tomada de decisões por impulso, evita o desperdício de recursos e de tempo, visto que a equipe é bem treinada e os objetivos são bem definidos.

Além disso, se as etapas do PDCA forem feitas da maneira correta, a metodologia também garante uma constante melhoria nos processos ou produtos, o que consequentemente aumenta a satisfação dos seus clientes.   

Por que utilizar o Ciclo PDCA?

O Ciclo PDCA deve ser utilizado porque ele facilita e otimiza os processos da empresa. Assim, quanto mais você repetir o ciclo na organização, menores são as chances de erros e maiores são os benefícios. Dentre eles, estão o ganho de qualidade na entrega do produto e aumento da satisfação do cliente.  

Quando utilizar

Se você deseja gerenciar melhor e ter mais controle diante dos processos, você pode utilizar o Ciclo PDCA para isso.

Uma das formas é através do gerenciamento de rotinas. Nele, o PDCA serve para criar um padrão entre os processos que fazem parte da rotina da empresa e facilitar a execução de cada um. 

Ao mesmo tempo, o PDCA também pode ser utilizado para gerenciar as melhorias. Nesse caso, as etapas do ciclo são aplicadas em prol da qualidade do produto. Por exemplo, uma equipe de desenvolvimento ágil de software que aplica o Ciclo PDCA está em constante busca de melhorias para garantir a melhor usabilidade do sistema e conseguir se destacar na área de tecnologia.  

Principais erros ao utilizar o PDCA

É normal que pelo excesso de informações ou pela tentativa de encurtar o trabalho, as pessoas tentem pular alguma etapa do Ciclo PDCA. Porém, por menor que seja esse desvio, ele pode causar erros em outras etapas do ciclo. 

Por isso, é importante ficar atento e não cometer erros. Abaixo, listamos os mais comuns para você conseguir evitá-los no seu trabalho:

  • Não fazer o planejamento adequado: processo importante na 1ª etapa do ciclo, ele é fundamental para que as demais etapas funcionem de maneira eficiente; 
  • Não capacitar a equipe: a capacitação faz parte da etapa do “fazer” e ajuda a equipe a ter mais clareza do projeto que será trabalhado;
  • Não acompanhar as etapas do processo: também na etapa do “fazer”, é papel fundamental do gestor acompanhar; 
  • Não registrar os resultados obtidos: acompanhar os resultados faz com que se tenha dimensão do que está indo bem e do que precisa ser ajustado. Por isso, é importante registrar as informações em um local seguro e que possa ser atualizado constantemente; 
  • Não definir os planos de ação: assim como o planejamento, ter um plano de ação bem estruturado é essencial. Isso porque é o plano de ação quem guia os profissionais na execução, nas atualizações e mudanças do projeto;   
  • Não escolher os melhores métodos de medição: acompanhar os resultados é essencial para melhorar os processos. Dessa forma, conhecer os indicadores de desempenho e quais se enquadram melhor no projeto é determinante para mensurar o sucesso do trabalho. 

Como aplicar as etapas Ciclo PDCA na sua empresa

Agora que você já sabe a importância do Ciclo PDCA no dia a dia de uma empresa, chegou a hora de colocá-lo em prática na sua empresa. 

Mas como fazer isso? Confira abaixo algumas dicas:

Faça um levantamento de dados relacionado aos últimos projetos entregues, ao desempenho das equipes, recolha feedback dos colaboradores e identifiquei quais pontos precisam de melhorias;

A partir disso, organize eventos e dê treinamentos para que a equipe entenda o motivo de uma nova metodologia está sendo implementada e como ela funciona;

Ouça o feedback da equipe e acompanhe o processo de desenvolvimento para propor soluções.

Confira também a metodologia BPM nas empresas e os seus benefícios.