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O que é a curva de juros, como é definida e qual o seu impacto?

A curva de juros é a representação gráfica da projeção do mercado em relação às taxas de juros que um investidor irá receber ao aplicar capital em títulos prefixados, ao longo de um determinado período. 

Como veremos a seguir, ela é construída a partir da estimativa de trajetória da taxa Selic e impacta diversas movimentações financeiras, desde custos de empréstimo até a rentabilidade de investimentos.  Por isso é importante compreender seu funcionamento. 

O que é curva de juros?

A curva de juros apresenta uma estimativa dos juros que investidores irão receber por fazerem uma aplicação financeira dentro de determinada faixa de tempo, podendo ser de um ano, dois anos, cinco anos, 10 anos e por aí vai! 

O gráfico que forma a curva de juros possui dois eixos: um horizontal, que apresenta o prazo ou o tempo, e um vertical que distribui as taxas de juros conforme a previsão do mercado. 

Quando usamos a curva de juros para avaliar investimentos é necessário observar primeiro o prazo que você deseja manter o capital aplicado. O próximo passo é identificar a taxa de juros que será paga. 

Observe o exemplo abaixo de uma curva de juros: um investidor que deseja realizar um investimento por um ano terá uma rentabilidade de 9%, já os investimentos com vencimento em três anos oferecem uma taxa de juros de 10,1%. 

Resumindo, ao olhar para a curva de juros um investidor é capaz de estimar o percentual relativo aos juros que ele irá receber por fazer um aporte em investimentos prefixados, de acordo com o período em que o capital ficará aplicado. 

Ao aplicar em um título com taxa de juros prefixada, para retirada e rentabilidade futura, você está de fato assinando um tipo de contrato futuro de juros (ou DI), que garante a recompra do título, pelo emissor, pelo valor acordado, ou seja, pela taxa que foi assegurada ao investidor. 

O mercado futuro e a compra de títulos por meio deste tipo de contrato, garantem a sua proteção em relação à oscilação das taxas de juros. Ou seja, mesmo que a taxa de juros caia durante o período em que o capital está aplicado, o contrato do título prefixado assegura que na data do vencimento, o emissor irá pagar a taxa pré acordada.

Entretanto, caso a taxa de juros suba, com um contrato prefixado você não tem acesso a taxas atualizadas. Ele mantém a rentabilidade conforme o contrato. Falaremos mais sobre isso, adiante.

Por ser criada a partir de expectativas do mercado, a curva de juros pode variar ao longo do tempo e isso pode impactar seus investimentos, valorizando ou desvalorizando seus títulos. 

Como a curva de juros é definida? 

Entendido o que é curva de juros a pergunta que fica é: como o mercado constrói a curva de juros? 

A curva de juros é construída a partir da expectativa do mercado em relação à trajetória da taxa Selic para os próximos períodos. Vale lembrar que essa é a taxa básica de juros do país.

A trajetória da Selic é estimada a partir da taxa atual. Com essa informação, o mercado faz uma estimativa de qual vai ser o comportamento da Selic a cada reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que ocorre, em média, a cada 45 dias. O Copom é quem define a taxa Selic. 

Tendo em mãos as projeções para a taxa Selic, é calculada a média da taxa para o período que o mercado deseja avaliar, que pode ser para um ano, dois anos, três anos, 10 anos, 30 anos etc. 

Para se ter uma ideia, países com economias estáveis, como os Estados Unidos, projetam suas curvas de juros para até 50 anos!

Os valores médios e estimados da Selic são inseridos no gráfico da curva de juros, na linha vertical. Enquanto na horizontal está o tempo ao qual correspondem.

Essa expectativa para a variação da taxa de juros ao longo dos períodos cria uma curva dentro do gráfico. 

Como veremos a seguir, exatamente por ser baseada em estimativas e projeções, essa curva pode sofrer variações que impactam a rentabilidade dos seus investimentos. 

Além disso, é importante considerar a possibilidade de uma curva invertida, que ocorre quando o mercado começa a estimar que a Selic vai cair. 

>>> Leia também: O que acontece com a queda da taxa Selic para os investidores?

Como a curva de juros impacta nos investimentos? 

Vamos imaginar que você deseja realizar um investimento com rentabilidade pré-fixada para retirada do capital em cinco anos. Qual é a taxa que esse título irá te pagar ao final do período? Acertou quem respondeu: a taxa que a curva de juros indicar para daqui cinco anos.  

Existem diferentes maneiras da curva de juros impactar os resultados dos investimentos. Citamos algumas, a seguir. 

Relação tempo x taxa de juros

Geralmente, títulos com maior prazo de vencimento possuem taxas estimadas maiores, devido a lógica de quanto maior o prazo maior o risco, exceto quando o mercado começa projetar queda na Selic. 

Nesses casos, o gráfico pode apresentar uma curva invertida. Em situações assim, um investimento de cinco anos pode até mesmo pagar menos que um título de três anos.

Mudanças na curva por aumento de risco

A curva de juros baseada na Selic é, majoritariamente, para os títulos do governo, o que a torna base para todos os investimentos da economia, entre eles CDBs prefixados e Tesouro prefixado. 

Questões como mudanças na perspectiva da inflação e no cenário político podem impactar a previsão criada para a curva de juros.

Isso porque, quando o mercado identifica um maior risco de investimento no Brasil, há uma subida da curva de juros. Por que?

O raciocínio é o mesmo usado por bancos para emprestar dinheiro para alguém. Se a instituição identifica um risco alto em emprestar dinheiro para um cliente (devido a algum histórico de não pagamento de compromissos financeiros, por exemplo) as taxas de juros cobradas serão maiores para compensar o risco. Se o risco de empréstimo é baixo, as taxas de juros cobradas também são mais baixas. 

Agora voltando ao cenário em que você é um investidor e que comprar um título do Tesouro Direto, por exemplo, significa que você emprestando dinheiro ao governo em um momento em que o mercado está indicando risco, as taxas de juros também devem ser maiores para incentivar os investidores a realizarem aplicações e também a manterem as já realizadas. 

Em resumo, quando o risco aumenta, a curva de juros sobe e isso impacta na rentabilidade de seus títulos.

Avaliação de títulos prefixados

A curva de juros também deve ser avaliada para a identificação de oportunidades de investimento em títulos como o Tesouro pre-fixado. 

Ao comprar esse tipo de título você fixa o percentual de rentabilidade do capital investido, o que pode ser muito bom ou muito ruim.  

Imagine que a tendência para a taxa de juros no futuro seja  de queda.  Nesse cas,  é válido optar por um investimento com juros prefixados, porque você vai aproveitar uma taxa de juros melhor.

Logo, é um tipo de investimento interessante para investidores que acreditam que a Selic irá cair, levando com ela a taxa de juros, e querem garantir uma rentabilidade mais alta. 

Entretanto, investir em um título pré-fixado também diz que se a taxa de juros aumentar, a sua lucratividade não aumentará junto, afinal, ela foi combinada no momento da compra do título. 

Logo, avaliar a curva de juros contribui para que você tome decisões sobre a vantagem ou desvantagem de investir em títulos prefixados.  

Alterações de rentabilidade devido à  abertura e fechamento da curva

Mais um impacto da curva de juros nos investimentos está atrelada, justamente, ao fato dela variar ao longo do tempo.

Quando há esse tipo de variação, é comum ouvirmos termos como abertura e fechamento da curva. Ambos significam que houve uma mudança de expectativas sobre a taxa estimada. 

A abertura na curva indica que a perspectiva para o futuro é que as taxas de juros aumentem, logo, as aplicações se tornam mais atraentes, prometendo maior rentabilidade para novos investidores. 

Porém, quem investiu, antes da abertura da curva, em um ativo com a taxa de retorno prefixada, não vai ganhar mais com o aumento dos juros.  

Já o fechamento da curva mostra o contrário: a compra do título é menos atraente, mas quem já tem o título Tesouro Prefixado já garantiu uma taxa de juros melhor, no momento da compra do ativo. 

Variação da taxa Selic na renda variável

A taxa Selic está sim muito mais atrelada à renda fixa do que aos títulos da renda variável, entretanto, a previsão da curva de juros também impacta as oportunidades de investimento em ações

Como o relatório da XP mostra, a alta nos juros de longo prazo também impacta a renda variável. O movimento, resumidamente é:

  • o rendimento dos títulos soberanos se torna maior,
  •  o custo de capital das empresas, que considera os juros de empréstimos, sobe,
  • a taxa de desconto usada para trazer o fluxo de caixa projetado daquela empresa a valor presente, sobe. 
  • como resultado, o preço da ação cai.

Entendendo alguns movimentos da curva de juros [glossário]

Se você chegou até aqui quer dizer que já avançou na compreensão em torno do que é curva de juros e como ela impacta nos seus investimentos. Isso é ótimo!

Para que você possa se sentir ainda mais seguro e possa avançar na busca por maiores rentabilidades, te indicamos dois cursos da Faculdade XP School:

Mas, calma, porque ainda não acabou! Ao pesquisar sobre o assunto, você pode se deparar com alguns termos relacionados à análise da movimentação da curva de juros. São termos técnicos, mas que são úteis conforme você avança no aprendizado sobre investimentos. 

Por isso, criamos um breve glossário, com os nomes relacionados à movimentação geral da curva de juros. Assim você pode consultar sempre que ficar em dúvida em relação aos nomes dessas análises. Confira! 

  • Steepening: ocorre quando a curva de juros ganha inclinação, ou seja, há um aumento da diferença entre as taxas de investimentos de curto prazo e taxas de longo prazo. 
  • Bear steepening: é o movimento da curva de juros quando há uma maior alta dos juros de longo prazo do que a alta dos juros de curto prazo. Geralmente ocorre quando o mercado se preocupa com a inflação e acredita no aumento da Selic. 
  • Bull steepening: as taxas de investimentos de curto prazo caem mais que as taxas de longo prazo, e o mercado acredita que haverá redução na Selic. 
  • Flattening: é o oposto do steepening, ou seja, é a perda de inclinação da curva. Isso representa a diminuição da diferença entre as taxas de juros de curto e longo prazo, 
  • Bull flattening: quando as taxas de longo prazo são reduzidas mais do que as de curto prazo. Indica que o mercado espera que a inflação caia no longo prazo.
  • Bear flattening: as taxas de curto prazo sobem mais que as de longo prazo, indicando retração na economia.

Entendi o que é curva de juros, e agora?

Esperamos que até aqui você tenha compreendido o que é curva de juros e como este gráfico base é importante, impactando decisões futuras e rendimentos que já estão aplicados. 

A curva de juros não está relacionada apenas a investimentos, mas a toda a movimentação da economia brasileira. Conforme você avança nessa área, mais vai precisar estar por dentro do que ocorre no setor. Por isso, para fechar este artigo, te convidamos a conhecer o curso:Cenários e investimentos: macroeconomia para investidores

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Simulador da bolsa de valores: aprenda a investir na prática!

Entrar no mundo dos investimentos pode ser bastante desafiador. Para facilitar esse começo, é essencial ser estratégico, como usar o simulador da bolsa de valores. 

Com ele,  você terá uma noção melhor sobre o que e como investir, além de ter um primeiro contato com o ambiente de negociação da bolsa. Quer saber como fazer isso?

Continue por aqui para conferir quais são os melhores simuladores do mercado, mais um passo a passo bem prático de como simular investimentos. 

Boa leitura!

O que é um simulador da bolsa de valores?

O simulador da bolsa de valores é, basicamente, um ambiente criado para reproduzir o que acontece ao investir em determinados ativos na bolsa. O uso desta plataforma é uma boa opção para quem quer entender melhor onde investir e a quantidade de aporte financeiro necessária para conquistar seus objetivos.

Qualquer pessoa pode utilizar um simulador de como investir na bolsa. Não é necessário abrir conta em corretora ou em instituições financeiras, por exemplo, mesmo que em alguns casos essa seja a melhor opção. 

Além disso, não há um tipo certo de investidor para fazer uso do simulador, ele também não é só recomendado para quem está iniciando. Muitos investidores arrojados e traders utilizam essa plataforma para testar novas estratégias de operação. 

>>> Leia também: Descubra como entender o gráfico da bolsa de valores.

Por que simular antes de investir?

Antes de mostrar quais os melhores simuladores da bolsa de valores, qual a importância de fazer essa simulação antes de começar a investir de fato? É preciso deixar claro que esse passo não é algo obrigatório, mas é recomendado por alguns fatores. São eles:

  • caso nunca tenha tido contato com o ambiente de negociações da bolsa;
  • para ter noção dos tipos de riscos de certa operação ou investimento;
  • se é um novo investidor e quer treinar bastante antes de aplicar seu dinheiro;
  • fazer projeções de investimentos;
  • caso seja trader e esteja treinando novas maneiras de operar.

Utilizando um simulador da bolsa de valores você estará mais ciente de como a movimentação do mercado pode impactar nos investimentos. 

Quer entender como a macroeconomia pode impactar o resultado dos seus investimentos na bolsa? Com o curso da Faculdade XP School “Cenários e investimentos: macroeconomia para investidores” você alcança esse objetivo!

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5 melhores simuladores de investimento da bolsa de valores

Agora que já entendeu o que é e os motivos de usar um simulador de como investir na bolsa, antes de aplicar seu dinheiro em operações reais, a pergunta que fica é: quais os melhores simuladores de investimento da bolsa de valores?

Podemos citar cinco, são eles:

  • simulador da XP;
  • Tradezone;
  • Metatrader;
  • Fast Trade;
  • Flashchart.

Confira a seguir os detalhes de cada um deles.

Simulador XP

O primeiro simulador da bolsa de valores da nossa lista é o da corretora XP Investimentos. Mesmo que ele seja feito pela corretora, não é necessário criar conta nela para simular.

Ele é recomendado para quem nunca investiu, ou vai migrar de renda fixa para variável. O motivo é que com o simulador da XP, após colocar as informações necessárias, é proposta uma série de recomendações, como:

  • qual investimento fazer;
  • seu perfil de investidor;
  • recomendação de portfólio para atuar; e
  • produtos que mais se encaixam nos seus objetivos.

É certo que ele pode ser considerado mais um simulador de investimentos do que propriamente um local onde é simulado o ambiente da bolsa. No entanto, com ele já é possível observar a volatilidade dos ativos e os riscos.

Fast Trade

A Fast Trade é uma plataforma de simulação da Bolsa de Valores do Brasil (B3). O ambiente de análise é atualizado em tempo real, enquanto acontecem os pregões. Além disso, é disponibilizado 100 mil reais (fictícios) diariamente para que seja possível realizar vários tipos de operação com diversos investimentos.

Ou seja, com a Fast Trade é possível testar muitas possibilidades. Mas há um porém, caso não seja cliente de uma das corretoras que a plataforma atende é liberado apenas sete dias gratuitos.

Por outro lado, a boa notícia é que caso seja cliente de alguma corretora do grupo XP, o acesso à plataforma é liberado para simular quantas vezes quiser. 

Metatrader

A última plataforma de simulação da bolsa da nossa lista é o Metatrader. Como o próprio nome já indica, ela se relaciona melhor com o trabalho do Trader

Diferentemente das outras duas plataformas, o Metatrader é pago e não há opção de usar por um período de maneira gratuita. Uma opção mais barata e também mais vantajosa é contratar o simulador dentro de uma corretora que o possua.

A Clear, por exemplo, oferece essa possibilidade. 

Como simular investimentos com a XP?

1. Entre no site

O primeiro passo para simular com a XP é entrar no site da corretora: www.xpi.com.br. Em seguida passe o mouse sobre o ícone “Comece a investir” e clique na opção “Simulador de investimentos”.

2. Autorize o uso dos dados

Você será enviado para a página do simulador. Antes de começar a simulação é importante que autorize o uso dos dados e leia a política de privacidade. Em seguida clique no ícone “Simule Aqui”.

3. Insira as informações necessárias para a simulação

Ao chegar no terceiro passo você precisará inserir o valor que deseja investir e por quanto tempo quer que ele fique rendendo. É válido citar que o valor mínimo é de 1 mil reais e o prazo máximo de tempo é de cinco anos.

Ao inserir as informações clique em “Próximo”.

4. Decida a porcentagem de lucro

Para que a simulação respeite seus interesses e também predisposição aos riscos é preciso que responda qual das possibilidades de ganho mais interessam. São elas:

  • 100% de chance de ganhar 10%;
  • Ganho possível entre 5% e 20%;
  • Possibilidade de ganhar entre 0% e 25%; 
  • Possível perda de 10% ou ganho de até 40%.

Assim que escolher, clique em“Próximo”.

5. Analise o resultado

Passando pela etapa anterior, informe os dados pedidos pela plataforma e clique na opção “Ver resultado”. Com isso todas as informações sobre seu perfil de investidor, tipo de investimento recomendado, quantia que renderá, opções de portfólio e produtos serão mostradas.

Caso tenha se interessado, basta clicar na aba “Abrir sua conta” e começar a investir de verdade. 

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Agora que já entendeu tudo sobre o que é, quais são e o uso de um simulador da bolsa de valores, o que acha de ter o conhecimento sobre a bolsa de valores sempre à mão? 

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É possível investir em ações de criptomoedas? Entenda a relação com os ETFs

As ações de criptomoedas começaram a fazer parte da Bolsa de Valores do Brasil (B3) no ano de 2021. Por meio dos ETFs, um tipo de fundo de investimento, é possível aplicar em ativos que se baseiam na volatilidade das moedas digitais.

Ficou interessado, né?

Continue a leitura para entender tudo sobre o assunto, saber quais são os ETFs de criptomoedas e mais cinco dicas para investir neles.

O que são criptomoedas?

O conceito de criptomoeda pode ser entendido basicamente como um tipo de moeda, com a diferença de ser digital. Além disso, diferentemente do dinheiro físico, as criptomoedas não possuem um regulador ou guardião da moeda, como o Banco Central do Brasil, por exemplo.

Por ser totalmente digital, as transações realizadas com algum tipo de criptomoeda é registrada em um banco de dados criptografado. Este ambiente recebe o nome de Blockchain, que também é chamado de “livro razão”.

>>> O que é blockchain? Qual a importância dessa tecnologia para as criptomoedas?

Este banco de dados pode ser acessado por todas as pessoas que possuem alguma criptomoeda. Nele, todas as operações são “anotadas” formando uma corrente de blocos de sucessivas ações. 

Mas como as criptomoedas podem ser um tipo de investimento na Bolsa de Valores do Brasil? Com os ETFs de criptomoedas.

O que é ETF de criptomoeda?

Com os ETFs, ou Exchange Traded Funds, é possível investir em ações de criptomoedas. Mas antes de te mostrar as maneiras para fazer isso, você pode estar se perguntando:

“O que é ETF?”

ETFs são um tipo de fundo de investimento de índice. Ou seja, a base de rentabilidade ou não desse investimento varia conforme a variação dos indicadores da moeda, ou criptomoeda, por exemplo.
Entenda melhor como funcionam os investimentos em ETFs no vídeo abaixo. Aperte o play!

Quais são as ações de criptomoedas?

Agora que entendeu que a maneira de investir em ações de criptomoedas é aplicando em ETFs, quais são os ETFs de criptomoedas na B3?

Antes, é preciso deixar claro uma coisa: o mundo das criptomoedas vai além do Bitcoin. Existem diversas outras moedas digitais, como por exemplo: Ethereum, Litecoin e Chainlink.

Voltando para o assunto ETFs de Bitcoins, ações de criptomoedas e como investir nelas, existem na B3 cinco opções de ETF de criptomoeda. Confira quais são a seguir.

HASH11

O HASH11 foi o primeiro ETF a compor a lista da B3. Ele se baseia no índice Nasdaq Crypto Index, ou apenas NCI. Este índice avalia o “sobe e desce” de oito criptomoedas presentes na sua cesta. 

Essa cesta funciona como a carteira teórica quando vai aplicar em ETF de índice Bovespa. E, assim como essa ETF, na HASH11 cada criptomoeda possui um percentual de importância dentro dela. 

Esse percentual varia entre 0,42% e 64,74%. Confira abaixo a tabela com o grau de importância de cada criptomoeda presente na cesta do NCI. 

Bitcoin64,74%
Ethereum31,18%
Litecoin0,93%
Chainlink0,80%
Filecoin0,68%
Uniswap0,64%
Bitcoin Cash0,62%
Stellar0,42%

Com esses percentuais significa dizer que a alta ou queda do Bitcoin irá impactar severamente no índice NCI. 

>>> Também pode te interessar: Como comprar Ibovespa? 3 dicas para investir com o índice.

QBTC11

O ETF QBTC11 tem como base o índice CME CF Bitcoin Reference Rate. Neste caso, diferentemente do NCI, a cesta dele é formada apenas pela criptomoeda Bitcoin. Ou seja, a queda ou alta do índice dependem exclusivamente da volatilidade do Bitcoin no mercado das criptomoedas.

QETH11

Enquanto o ETF anterior depende totalmente do Bitcoin, ações parecidas foram realizadas com o QETH11. Mas, no caso desse ETF brasileiro a sua base é o índice CME CF Ether Reference Rate que, como o próprio nome já diz, tem o Etherium como única referência.

BITH11

Outra maneira de investir em ações de criptomoedas na B3 é aplicando no ETF BITH11. Ele tem como referência o índice Nasdaq Bitcoin Reference Price. Explicando de maneira bem básica, o BITH11 tem como base o preço do Bitcoin em dólar.

ETHE11

O último ETF da nossa lista é o ETHE11. Aqui novamente a única base do “sobe e desce” do índice referente a ele é a criptomoeda Ethereum. O nome do índice é: Hashdex Nasdaq Ethereum ETF. 

É importante deixar claro que todas essas ações de criptomoedas e índices referentes a elas apresentam alta volatilidade. Fator que evidencia a importância de estudar o mercado e entender o seu perfil de investidor.

Como investir em ETFs de criptomoedas? Passo a passo completo

Agora que já entendeu o que são criptomoedas, ETFs e quais as opções de investimento em suas ações no mercado da Bolsa de Valores do Brasil, chegou a hora de avançar ainda mais. Afinal, como investir em ETFs de criptomoedas?

Confira o passo a passo completo a seguir.

1. Entenda e estude o mercado 

O primeiro passo é um dos mais importantes para qualquer tipo de investimento: estude! Entender sobre o mercado e tipo de investimento que deseja aplicar é essencial para calcular possíveis ganhos e também riscos.

Saiba como fazer esse gerenciamento de risco no vídeo abaixo. Dê o play e confira!

2. Crie conta em uma corretora

A partir disso, é preciso criar uma conta em alguma corretora. Fique atento na sua escolha e compare taxas, serviços e simplicidade no uso da plataforma.

>>> Caso queira uma ajuda confira o post: “Como escolher uma boa corretora de investimentos?”.

3. Escolha uma ETF de criptomoeda

No terceiro passo é o momento onde você irá escolher em qual ETF de criptomoeda quer investir. Dê uma outra olhada nos índices em que cada um deles se baseia e os estude.

Acompanhe a volatilidade de cada um e por quais criptomoedas eles são formados. Assim saberá exatamente qual ETF mais se encaixa com os seus objetivos.

4. Atente-se às taxas e tributos

As taxas de tributos que são cobrados ao investir em ETF são: 

  • corretagem;
  • custódia;
  • administração; e
  • imposto de renda.

Sendo que as duas primeiras podem ser dispensadas caso escolha a corretora certa. A Clear, por exemplo, não cobra taxa de corretagem e nem a custódia. 

5. Transfira o dinheiro e faça a compra

Chegamos ao último passo para investir em ações de criptomoedas com ETFs. Aqui, decida o quanto de dinheiro será transferido para sua conta e realize a compra. 

Pronto! Está investindo em ETFs de criptomoedas!

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Agora que já entendeu como investir em ações de criptomoedas na Bolsa de Valores do Brasil, o que acha de ter o conhecimento sobre a bolsa de valores sempre à mão? 

A Faculdade XP School também pode te ajudar nisso! Com o Guia da Bolsa para Investidores, sempre que a dúvida surgir você terá um companheiro ao seu lado.

Ele é totalmente gratuito e conta com informações de qualidade sobre conceitos e práticas para investir sem medo na bolsa de valores. Tá esperando o quê? Clique no banner aqui embaixo e tenha agora mesmo seu guia para investir com propriedade!

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Lean Manufacturing: metodologia japonesa de gestão

Você sabe o que é lean manufacturing? Apesar do termo parecer novo e soar estranho para alguns, essa é uma prática antiga e bastante praticada pela indústria. Basicamente, o lean manufacturing, conhecido também como produção enxuta, consiste em uma metodologia que tem dois objetivos: reduzir o desperdício na manufatura e aumentar a produtividade. 

Se você está interessado e gostaria de entender melhor como funciona a metodologia utilizada por grandes empresas como a Toyota, pioneira no lean manufacturing, continue a leitura. Neste artigo vamos apresentar a metodologia e como ela funciona na prática dentro de um processo de produção da indústria. 

O que é Lean Manufacturing?

O lean manufacturing é um sistema de produção que, a partir do gerenciamento organizacional, trabalha para garantir uma melhoria contínua dos produtos fabricados com o menor gasto possível.

Ao mesmo tempo que investe em melhorias para continuar entregando valor ao cliente, a lean manufacturing busca reduzir o tempo e os desperdícios da produção. Além disso, a metodologia também trabalha para maximizar a produtividade da fábrica, seguindo a mesma proposta das metodologias ágeis.     

Objetivo da manufatura enxuta

O principal objetivo da manufatura é a diminuição de desperdícios na produção a partir da melhoria contínua. E, neste caso, são considerados desperdícios todos os fatores ou processos envolvidos na produção, mas que não agregam valor ao cliente. 

Como e quando surgiu Lean Manufacturing?

A metodologia lean manufacturing surgiu no Japão, que estava totalmente destruído após a 2ª Guerra Mundial. Com a necessidade de muitos itens para reconstruir o país, tais como alimentos básicos, meios de transporte e materiais de construção, foi preciso desenvolver um método que atendesse a população de forma rápida e com baixo custo. Afinal, a economia também estava devastada no período pós-guerra. 

Como uma das necessidades era os meios de transporte, o engenheiro industrial Taiichi Ohno, que na época trabalhava na Toyota, desenvolveu um método de produção onde não era necessário produzir em grande quantidade.

Tudo que era produzido pela Toyota era feito sob demanda, não necessitava de produção em larga escala nem de estoque de produtos. O que era feito seguia um fluxo de produção pensando nas demandas do mercado. Por conta disso, inicialmente o lean manufacturing era conhecido como Sistema Toyota de Produção. 

Princípios do Lean Manufacturing

A metodologia japonesa consiste em 5 princípios básicos, dos quais listamos a seguir.

1. Valor

É considerado valor tudo aquilo que, a partir da visão do cliente, é importante no seu produto. Primeiramente, você precisa ter consciência que valor não é definido pela empresa e sim pelo cliente.

É o quanto o seu cliente está disposto a pagar por aquilo que você oferece e consegue agregar na vida dele, seja pelo design da embalagem, seja pela qualidade do produto. Por isso, saber identificar o valor do seu produto é fundamental para o sucesso do seu negócio.

Na metodologia lean manufacturing, o princípio do valor ajuda a entender o que agrega ou não valor ao produto a partir do ponto de vista do cliente. Dessa forma, você consegue entregar o que ele realmente deseja. 

2. Fluxo de valor

Feito o estudo sobre o valor da sua marca ou produto, o próximo momento é o de criação do fluxo de valor. Este princípio consiste na junção e análise de todas as etapas de fabricação do produto a fim de eliminar materiais e processos que foram analisados e não agregam tanto valor ao item final.

Assim, é possível entregar o material da forma que o cliente realmente deseja e ainda reduzir os custos de produção.

3. Fluxo Contínuo

O fluxo contínuo se refere a produção por etapas. Ou seja, até o produto final, ele passa por um processo composto por pequenas etapas, ordenadas e definidas para não haver tempo de atraso entre uma etapa e outra.

No instante que uma etapa se encerra, outra é automaticamente iniciada, até que haja a entrega do produto. Alinhada com a gestão de processo, o fluxo de produção é mais rápido, eficaz e mais barato para a fábrica. 

4. Produção puxada

Ao contrário da produção empurrada onde os produtos são produzidos mesmo que não haja uma demanda concreta, na produção puxada, a produção só é iniciada quando há uma demanda por parte dos clientes. São as vontades do cliente que impulsionam ou não a fábrica a produzir. 

Na metodologia lean manufacturing a produção puxada é uma forma de evitar o desperdício e o dinheiro parado enquanto espera pelas vendas.    

5. Perfeição do trabalho

O princípio da perfeição preza pela qualidade do produto mesmo com as reduções de custo e tempo de fabricação. Afinal, o importante é continuar entregando valor ao cliente. Por isso, é importante estar sempre atento e buscando formas de melhorar o processo e o seu desempenho.  

Carros da Toyota são produzidos com metodologiaLean Manufacturing
Aplicando os princípios Lean Manufacturing, as empresas conseguem aumentar o faturamento e reduzir os desperdícios.

Conheça também a metodologia Rup e os seus principais objetivos e fases.

Benefícios de Lean Manufacturing para as empresas

São diversos os benefícios que essa metodologia pode trazer para as empresas. Listamos os principais deles a seguir.

Diminuição de desperdícios com a produção enxuta

Ao identificar os pontos que podem ser melhorados ou eliminados do processo de produção da empresa, uma das principais consequências é a redução do desperdício de tempo, material e até mesmo de dinheiro. 

Dessa forma, os colaboradores conseguem trabalhar em uma empresa mais organizada, com melhor fluxo de informações e também com uma linha de produção mais rápida e eficiente. 

Com o lean manufacturing, são eliminados 7 desperdícios:

  1. Transporte desnecessário;
  2. Inventário em excesso;
  3. Movimentação sem necessidade;
  4. Espera no fluxo de produção;
  5. Produção em grande quantidade;
  6. Processamento excessivo;
  7. Defeitos.

Além dos listados, algumas pessoas consideram também a redução de um oitavo tipo de desperdício: o desperdício de talento. 

Aumento nos lucros

Se uma empresa consegue diminuir os seus desperdícios, consequentemente ela consegue diminuir os custos de produção do produto.

Assim, ela continua entregando a mesma qualidade e valor ao cliente, com um valor de custo muito abaixo, o que influencia diretamente no lucro líquido da empresa. 

Otimização de tempo

Com os processos bem definidos, a empresa segue um fluxo contínuo de produção e evita o desperdício de tempo em atividades improdutivas ou o uso do tempo ocioso. Quanto mais organizado os processos, mais rápidos serão executados. 

Eliminação de falhas

No processo de fluxo contínuo, cada etapa do produto só tem início quando a etapa interior é finalizada de forma correta, sem defeito. Dessa forma a empresa reduz os erros tanto na produção quanto na montagem do produto final. 

Como aplicar o Lean Manufacturing?

Para aplicar a metodologia lean manufacturing no seu negócio, é necessário estudar bem sobre o produto que vai ser aplicado a metodologia. Esse estudo tem como objetivo identificar as principais demandas, e os pontos positivos e os que podem ser melhorados. 

Além disso, é interessante conversar com as pessoas que estão diretamente envolvidas com o processo de produção. Afinal, são elas que conhecem a fundo o produto e conseguem identificar os pontos de melhoria.

Em seguida, com todas as informações em mãos, é hora de montar uma estratégia e trabalhar para resolver os problemas. Dessa forma será possível agregar mais valor ao cliente enquanto o tempo e o custo de produção são reduzidos. 

Ferramentas Lean Manufacturing

  • Kanban: framework que tem como objetivo deixar o trabalho mais fluido a partir da identificação e definição das etapas do processo de produção;  
  • Kaizen: uma filosofia japonesa que diz respeito às práticas de melhoria contínua associadas a manufatura, engenharia e gestão de negócios em diversas áreas. Ela segue a seguinte ordem de priorização das melhorias: mão de obra, método, material e máquina;
  • 5S: filosofia japonesa cujo objetivo é implementar a qualidade total no ambiente de trabalho. Para isso, são seguidos 5 conceitos japoneses que começam com a letra S: Seiri (utilização), Seiton (organização), Seiso (limpeza), Seiketsu (saúde e higiene) e Shitsuke (autodisciplina).

Empresas com o método Lean Manufacturing aplicado

Além da Toyota, pioneira na metodologia lean manufacturing, que segue utilizando-a até hoje, grandes marcas adotaram a metodologia na sua linha de produção. 

Uma das adeptas mais conhecidas é a fabricante de materiais esportivos Nike. Desde que começou a aplicar a manufatura enxuta na sua fábrica, a empresa diminuiu os desperdícios e aumentou o valor para o cliente. Além disso, reduziu as más práticas trabalhistas nas fábricas, o que aumentou a satisfação dos colaboradores. 

Noções do mercado financeiro para iniciantes [Guia Completo]

Está pensando em começar a investir, mas ainda não entende como esse universo de investimentos funciona? Então prepare-se, pois aqui você entenderá como funciona o mercado financeiro para iniciantes.

Esse ambiente é composto por várias instituições com regras, e, toda a regulamentação do sistema é feita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Banco Central do Brasil (Bacen) e a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Os investimentos para iniciantes podem parecer complexos e difíceis de compreender, mas, após conhecer esse mercado você irá perceber que, na verdade, investir pode ser são simples.

A primeira coisa que você precisa ter em mente ao realizar investimentos é: quando aplicamos dinheiro em algo, esperamos que no futuro esse dinheiro se multiplique, por isso, é muito importante saber qual a hora certa para realizar um investimento, assim evitamos prejuízos e colhemos muitos lucros.

Existem muitos tipos de investimentos, divididos em dois grandes grupos: os de renda fixa e de renda variável, e, para te explicar mais sobre como esse mercado funciona, preparamos esse conteúdo. Continue essa leitura e aprenda mais noções do mercado financeiro para iniciantes. Boa leitura!

Entenda o que é o mercado financeiro

O mercado financeiro é um espaço de negociações, onde pessoas físicas e jurídicas movimentam ações, títulos de dívidas, realizam câmbio de moedas e derivativos, e muito mais.

Esses espaços são compostos por bancos, corretoras, fundos de investimento e outras instituições financeiras, cujo objetivo é transformar o dinheiro de investidores em ativos lucrativos, que garantam rendimento.

É importante dizem também que, mesmo quando você não investe seu dinheiro, e só deixa ele parado na sua conta bancária, seu banco também utiliza o seu dinheiro para realizar operações financeiras, ou seja, mesmo sem saber você também movimenta o mercado financeiro.

<Leia depois: entenda motivos do mercado financeiro crescer tanto />

Para que serve o mercado financeiro

O mercado financeiro serve para regrar o sistema de operações de compra e venda de ativos. Mas, como isso funciona na prática? Entenda:

Investidores ➞ instituições (bancos, corretoras, etc.) ➞ tomadores de recursos

Tipos de investimentos

Atualmente, existem muitas opções para iniciar no mundo dos investimentos, isso porque, diversas plataformas financeiras realizam a movimentação de:

  • Ativos de renda fixa (CDBs, LCIs e LCAs);
  • Ativos de renda variável (ações, BDRs, Fundos Imobiliários e outros).

Apesar da pandemia de COVID-19, o Brasil apresentou um crescimento nos investimentos de 3,1% em 2020, de acordo com relatório emitido pelo Banco Central do Brasil. O PIB do país alcançou a marca de R$ 6,2 trilhões.

Os ativos financeiros do Brasil, em 2021, foram estimados em R$ 28,5 trilhões. Desse total, R$ 22,4 trilhões são títulos públicos federais, R$ 3,4 trilhões são títulos públicos estaduais e municipais e R$ 2,7 trilhões são ações e cotas de fundos de investimento.

Para se ter uma noção, a Bolsa de Valores do Brasil atingiu um marco histórico. Foi divulgado, em fevereiro de 2022, que 5 milhões de contas de pessoas físicas foram abertas em corretoras no Brasil. E você o que está esperando para fazer parte disso e multiplicar o seu dinheiro.

Como escolher os investimentos certos no mercado financeiro?

Inicialmente, o ideal é montar uma reserva de emergência e deixá-la na renda fixa de liquidez diária. Pode ser em algum banco tradicional ou digital que tenha rendimento diário de 100% do CDI, por exemplo.

Uma reserva de emergência é um fundo de dinheiro que você mantém para cobrir despesas inesperadas. É importante ter uma reserva de emergência para se proteger contra os altos custos de um imprevisto, como uma doença, um acidente ou uma perda de emprego.

O valor ideal de uma reserva de emergência precisa ser equivalente ao seu custo fixo mensal por 6 ou 12 meses.

Uma reserva de emergência deve estar disponível para você quando precisar, então é importante mantê-la em um lugar seguro. Logo, onde deixar? Veja abaixo algumas opções:

  • Poupança;
  • Tesouro Selic;
  • CDB 100% do CDI — com liquidez diária;
  • Fundos DI (indexado com taxa do CDI).

A partir disso, você pode pensar e começar a investir em renda variável. Qualquer movimento contrário a isso é perigoso para quem está iniciando no mundo dos investimentos.

Atualmente, os principais ativos de renda variável negociados no Brasil são:

Ações

As ações são os principais ativos de renda variável negociados na Bolsa de Valores do Brasil. São as partes que compõem o capital social das companhias abertas. Os investidores podem comprar ações de empresas de diversos setores, como bancos, varejo, energia, siderurgia, mineração, entre outros.

Opções

As opções de compra e de venda são derivativos financeiros que dão ao investidor o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um ativo a um preço pré-estabelecido em uma data futura.

Fundos de investimento

Os fundos de investimento são carteiras de títulos e valores mobiliários gerenciadas por um gestor profissional. Os fundos podem ser abertos ou fechados, e os investidores podem escolher fundos que investem em ações, títulos públicos, imóveis, entre outros ativos.

Como começar a investir no mercado financeiro?

O primeiro passo para investir no mercado financeiro brasileiro é escolher uma corretora de valores regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A nossa indicação, claro, é que você conheça a plataforma da XP Investimentos.

Após isso, é preciso abrir uma conta e depositar o valor que se deseja investir. Em seguida, é possível começar a investir em ativos como ações, fundos imobiliários, títulos públicos e privados e criptomoedas.

Ações

Para investir em ações, é preciso analisar o balanço patrimonial da empresa e o histórico de seu desempenho. Outros indicadores, como o P/L (Preço/Lucro) e o P/EBITDA (Preço/EBITDA) também podem ser úteis na análise de uma ação.

Fundos imobiliários

Fundos imobiliários são uma boa opção para quem quer investir em imóveis, mas não tem capital suficiente para adquiri-los diretamente. Os fundos imobiliários são cotados na Bolsa de Valores e possuem um gestor que cuida do patrimônio do fundo.

Títulos públicos e privados

Títulos públicos e privados também são uma boa opção para quem quer investir em renda fixa. Os títulos públicos, como o Tesouro Direto, são emitidos pelo Governo Federal e oferecem garantia de capital. Já os títulos privados, como CDBs e LCIs, são emitidos por bancos e financeiras e possuem garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

Criptomoedas

Criptomoedas, como o Bitcoin, também estão cada vez mais populares entre os investidores brasileiros. Para investir em criptomoedas, é preciso escolher uma corretora de câmbio que ofereça a possibilidade de negociá-las.

Assista ao vídeo com dicas concedidas pela Analista de Alocação e Fundos no Research da XP e educadora na Faculdade XP School (XP Inc.), Clara Sodré.

Relação entre risco e retorno

Risco e retorno estão interligados em qualquer investimento financeiro. O risco é a possibilidade de perder dinheiro em um investimento, enquanto o retorno é a quantia que você pode esperar ganhar. Quanto maior o risco de um investimento, menor é o retorno esperado e vice-versa.

Conceitos básicos que todo investidor precisa saber

Aqui vai um glossário para você entender melhor sobre cada termo e como funciona cada um!

Renda Fixa

Uma renda fixa é um título de dívida que paga uma taxa de juros fixa pelo período de sua duração. A renda fixa é geralmente emitida pelo governo ou por empresas.

Renda Variável

A renda variável é um título de dívida que paga uma taxa de juros que pode variar com o tempo. A renda variável é geralmente emitida pelo setor privado (empresas dos mais variados setores).

Juros

Juros são os pagamentos que um investidor recebe por emprestar seu capital a outra pessoa ou instituição.

Dívida

Trata-se de um empréstimo que deve ser pago de volta ao emprestador, geralmente com juros.

Títulos

São valores mobiliários que representam um empréstimo que deve ser pago de volta ao emprestador, geralmente com juros.

Valores Mobiliários

São títulos que representam um interesse em um ativo, como ações ou títulos de dívida.

Ações

Ações são valores mobiliários que representam uma parte de propriedade de uma empresa. Os investidores que compram ações tornam-se sócios da empresa com o direito de votar nas decisões da empresa, dependendo do tipo de ação.

Mercados de Capitais

São lugares onde são negociados valores mobiliários, como ações e títulos de dívida.

Bolsa de Valores

É um mercado de capitais onde são negociadas ações. As bolsas de valores são reguladas pelas leis de oferta e demanda.

Investimento

É qualquer ativo que se espera que gere um retorno financeiro no futuro.

Quer aprofundar os conhecimentos e multiplicar seu dinheiro? Faça o curso Renda fixa: Ganhos com Baixo Risco. Um conteúdo completo para você deve abandonar crenças limitantes e obter retornos melhores em um investimento seguro.

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Como usar o simulador do Tesouro Direto ? Invista com praticidade!

Uma das alternativas para quem está querendo sair da poupança é começar a investir em títulos públicos, como o Tesouro Direto  , por exemplo. Além de garantir uma rentabilidade maior do que a poupança, existem várias possibilidades de investimento dentro do Tesouro Direto .

Várias possibilidades = diversas maneiras de calcular os juros do investimento. 

Assustamos você? Calma! 

Existe uma solução prática para saber o quanto cada investimento irá te render. Mas para isso é preciso aprender como usar o simulador do Tesouro Direto  . 

Quer saber como utilizá-lo? Continue a leitura para entender tudo sobre o assunto!

O que é Tesouro Direto  ?

O Tesouro Direto   pode ser entendido como uma alternativa mais democrática de investimento em títulos públicos federais. Quando alguém decide investir em algum título do Tesouro Direto   ele estará “emprestando” dinheiro para o governo federal que devolverá com juros ao término do contrato.

Para entender de quanto será esse rendimento é preciso definir em qual dos grupos do Tesouro Direto   irá aplicar. Existem três:

  • prefixado: sabe a porcentagem de juros na assinatura do contrato;
  • pós-fixado: é variável, portanto só conhece o rendimento ao término do contrato;
  • híbrido: uma parte do rendimento é conhecida na assinatura do contrato e o restante varia.

Uma boa solução para saber o quanto terá de rendimento nesse tipo de investimento é aprender como usar o simulador do Tesouro Direto.  Mas falaremos sobre isso mais para frente.

>>> Antes, entenda o que são títulos públicos e qual a relação deles com o governo.

Tipos de Tesouro Direto  

Para descobrir o rendimento do Tesouro Direto, além de saber os grupos e a maneira de fazer uma simulação, é preciso entender sobre os diferentes tipos de Tesouro Direto . Ao todo são cinco tipos:

  • tesouro Selic;
  • tesouro IPCA+;
  • tesouro IPCA+ com juros semestrais;
  • tesouro prefixado;
  • tesouro prefixado com juros semestrais.

Veja os detalhes de cada um a seguir.

Tesouro Selic

O Tesouro Selic, como o próprio nome já identifica, é o investimento que possui rendimento atrelado à taxa Selic. Ou seja, ele varia conforme a queda ou aumento do índice. 

Mas, o que é essa taxa? 

Com um percentual definido a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetário (Copom), a taxa Selic é a taxa básica de juros. Isso significa que tudo o que possui pagamento de juros é impactado pela Selic. 

Ela também é conhecida por ser a controladora da inflação. Ou seja, quando a Selic aumenta, os juros ficam mais altos e a economia desacelera, fazendo com que a inflação caia. 

O contrário também pode acontecer. Ou seja, inflação baixa, Selic também baixa para incentivar a economia. Caso aplique com o Tesouro Selic, quanto maior for o percentual da taxa maior será o seu rendimento. 

Tesouro IPCA+

Enquanto um tipo de Tesouro Direto   é atrelado à Selic, o Tesouro IPCA+ possui parte do rendimento atrelado ao principal índice que mede a inflação: o IPCA. O restante é definido na assinatura do contrato. 

Ou seja, mesmo que a inflação alta signifique menor poder de consumo, com o Tesouro IPCA+ seu rendimento sempre será maior que a taxa da inflação. Quer um exemplo?

Paulo investiu no Tesouro IPCA+ com parte do rendimento pré-definido de 6%. Ao fazer o saque, o IPCA estava em 9%. Ou seja, seu investimento terá um rendimento total de 15%. 

>>> Efeitos da inflação: o que muda? Como calcular?

Tesouro IPCA+ com juros semestrais

O terceiro tipo de Tesouro Direto   também se encaixa no grupo híbrido. O Tesouro IPCA+ com juros semestrais acontece basicamente da mesma maneira que o Tesouro IPCA+. No entanto, a diferença entre eles é que o primeiro o rendimento é retirado a cada seis meses, ou seja, semestralmente

Aqui é importante abrir um parênteses sobre a taxação do Imposto de Renda que é feita em todos os tipos de Tesouro Direto  . A base é a tabela regressiva do IR, que indica que quanto mais tempo deixar seu dinheiro rendendo no investimento, menos irá pagar de IR no saque. 

Ou seja, a cada saque realizado por quem opta investir no Tesouro IPCA+ com juros semestrais será descontado o percentual IR. Confira a tabela regressiva do IR abaixo e acompanhe o percentual de taxação em cada período.

Até 180 dias22,5%
De 181 a 360 dias20%
De 361 a 720 dias17,5%
Acima de 720 dias15%

Tesouro Prefixado

Neste tipo de Tesouro Direto   o percentual de rendimento já é conhecido na assinatura do contrato. Portanto, caso seja um investidor que não queira assumir tantos riscos com as oscilações do mercado, o Tesouro Prefixado é uma boa opção dentre os títulos públicos. 

Tesouro Prefixado com juros semestrais

O último dos tipos de Tesouro Direto é bem simples de entender. O motivo é que já explicamos como ele funciona, mas separadamente. 

Como assim? 

No Tesouro Prefixado com juros semestrais, você também sabe o percentual de rendimento final assim que assina o contrato. Mas, por ter juros semestrais, é possível resgatar a cada seis meses o rendimento obtido até a data. 

Uma dica para ter uma previsão de quanto receberá de juros semestrais é saber como usar calculadora do Tesouro Direto  . No site do Tesouro Direto   você encontra uma calculadora intuitiva e simples de ser utilizada

Vale lembrar que entender como usar calculadora do Tesouro Direto   é diferente da simulação. Caso queira simular seus títulos públicos, continue a leitura que te mostraremos como usar o simulador do Tesouro Direto  . 

Como usar o simulador do Tesouro Direto  ? Passo a passo 

1. Acesse o site oficial do Tesouro Direto  

O primeiro passo para saber como usar o simulador do Tesouro Direto   é acessar o local onde ele está inserido: no site oficial do Tesouro Direto. Ao entrar no site, clique em “Simulador” e em seguida “Simule os títulos”.

Site oficial do Tesouro Direto

Não é necessário nenhum tipo de cadastro para realizar a simulação. 

2. Escolha o tipo de tesouro que quer simular

Em seguida confira a lista de tipos do Tesouro Direto   e escolha qual deles deseja simular. Assim que decidir o título, clique em “Simule”. 

3. Decida o tipo de simulação

No terceiro passo você precisará decidir sobre qual parâmetro a simulação será feita. São duas maneiras: com base no que você quer investir hoje ou no quanto quer resgatar no futuro. 

Caso já tenha certeza da quantia que poderá investir para alcançar seu objetivo, clique em “Quanto quero investir hoje”. Mas caso essa certeza não exista, clique em “Quanto quero resgatar no futuro”.

4. Informe os valores de investimento

Nesta etapa você precisará informar o quanto deseja investir. Caso tenha clicado na opção “Quanto quero investir hoje”, será preciso indicar o valor que deseja investir e, caso faça aportes mensais, o valor também deve ser colocado.

Agora, caso tenha clicado na opção “Quanto quero resgatar no futuro”, basta colocar o valor que corresponde ao seu objetivo final. 

5. Avalie os dados

O último passo é onde você irá analisar os resultados da simulação e entender se investir no tipo de Tesouro Direto   é válido para os seus objetivos.

Caso valha a pena, basta ir até a parte baixa da tela e clicar em “Investir”. A partir disso será levado para criar uma conta no Tesouro Direto   e começar a aplicar no título. 

Como usar o simulador do Tesouro Direto? Saiba mais

Agora que já sabe como usar o simulador do Tesouro Direto , chegou a hora de investir e conquistar a sua liberdade financeira! 

Com o curso “Viver, Curtir, Investir: Tirando Sonhos do Papel”, da Faculdade XP School, o braço educacional da XP Inc., você será apresentado a diversas práticas que irão te ajudar a alcançar seus objetivos. 

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investir na bolsa dev

Alocação de ativos: como definir a melhor para você?

A prática de alocação de ativos é essencial para quem investe. Esse é seu caso? Se sim, saiba que variar os investimentos é importante para minimizar o risco de perdas e maximizar os lucros.

Além disso, o ato de diversificar os investimentos também pode ajudar a evitar que você fique exposto a uma única categoria de ativos, o que pode ser perigoso se o mercado se mover contra você.

Para montar uma carteira de investimentos, é importante considerar fatores como o objetivo da aplicação, o perfil do investidor e o prazo indicado. Além disso, é preciso escolher os ativos que farão parte da carteira, de acordo com a modalidade desejada.

Confira ao longo do conteúdo mais informações sobre o que é alocação de ativos, os diferentes tipos e as principais vantagens. Boa leitura!

O que é a alocação de ativos?

A alocação de ativos financeiros é uma ferramenta que permite aos investidores determinar como seus recursos devem ser investidos. Ela pode ser feita de acordo com vários critérios, incluindo objetivos de investimento, tolerância ao risco e prazo.

Logo, a alocação de ativos é feita por meio da seleção de produtos financeiros que se complementam mutuamente em termos de risco/retorno e que, juntos, cobrem toda a gama de possíveis cenários de mercado sejam eles bons ou ruins.

O retorno de uma aplicação em um ativo financeiro só pode ser conhecido com exatidão após finalizado o período de investimento

Entenda mais no quadro comparativo abaixo:

ATIVOPASSIVO
É algo que põe dinheiro no seu bolso.É algo que tira dinheiro do seu bolso.

Mas o que são considerados ativos?

Um ativo financeiro é qualquer bem ou direito que possa ser usado para fins de investimento. Em síntese podem incluir ações, títulos, imóveis, derivativos e moedas.

Aliás, eles podem ser negociados em mercados organizados, como bolsas de valores, ou de forma não organizada, como no mercado de câmbio.

Veja a diferença:

  • Ativos de renda fixa: tesouro direto, debêntures, LCI, LCA e outros;
  • Ativos de renda variável: ações, câmbio, fundos de investimentos, derivativos e outros.

< Leia também: Ativos reais e ativos financeiros para compor sua carteira />

Tipos de alocação de ativos

Se você tem interesse no assunto, saiba que há diversas modalidades. Conheça abaixo cada uma:

  • Alocação estratégica;
  • Alocação de ativos de ponderação constante;
  • Alocação tática de ativos;
  • Alocação dinâmica de ativos;
  • Alocação de ativos segurada;
  • Alocação integrada de ativos.

Alocação estratégica

Essa é a estratégia mais simples quando for compor a carteira, isso porque a análise usa basicamente dados do histórico de rentabilidade em renda fixa e renda variável. O ideal é montar os investimentos sendo metade em cada tipo, pois no longo prazo a rentabilidade média será equilibrada entre elas.

Alocação de ativos de ponderação constante

É bem parecida com a alocação estratégica, mas tem um viés buy-and-hold, ou seja, o investidor deve com frequência avaliar a carteira e manejar ativos (comprar ou vender) conforme valorização ou desvalorização. A ideia é manter a composição da carteira em metade de renda fixa e a outra em renda variável.

A palavra-chave aqui é reavaliação.

 Alocação tática de ativos

É a junção das duas modalidades (alocação estratégica e ponderada constante). O objetivo é montar um investimento pensando no longo prazo, mas alguns ajustes podem ser feitos para trazer um bom retorno no curto prazo ou ainda para manter os ganhos. Tecnicamente é uma gestão ativa.

Nela, o investidor pode fazer as práticas para aproveitar oportunidades de ganhos com ações, fundos ou outro ativo. Por isso, é importante ter um feeling e timing corretos para a ação.

Alocação dinâmica de ativos

Nesse caso, o investidor deverá realocar seu capital de forma constante de acordo com suas percepções em relação ao futuro do mercado. De tal modo, se enxerga um futuro otimista para a bolsa, por exemplo, deverá aumentar sua exposição a esse tipo de ativo em sua carteira, caso contrário, deverá dar preferência para ativos de menor risco e até mesmo montar posições vendidas (apostando na queda) na bolsa.

Na situação é importante ficar atento às projeções econômicas divulgadas por especialistas e pesquisas na área.

Alocação de ativos segurada

Na estratégia, o investidor define um limite aceitável em caso de perdas em sua carteira. Em caso de atingir, é preciso reavaliar os investimentos e alocar os valores em ativos mais seguros, como títulos públicos (Tesouro Direto).

Esse tipo de alocação é ideal para investidores de perfil mais conservador que querem ganhos, mas sem comprometer o capital inicial.

Alocação integrada de ativos

Essa modalidade é um tipo de mistura de todas as outras. Assim, tanto o retorno quanto o risco são levados em consideração. É uma prática mais ampla e que não pode se contrapor com outra modalidade.

Como definir a melhor alocação de ativos?

Para escolher o que funciona, você deve observar suas necessidades conforme o retorno esperado de acordo ainda com o nível de risco disposto a correr. Não há como definir isso. Tudo depende das suas escolhas pessoais como investidor.

< Veja também: Índice de rentabilidade nos investimentos: o que é? Como calcular? />

Qual é seu perfil de investidor? Entenda

Os investidores podem ser divididos em três grandes grupos: os conservadores, os moderados e os agressivos.

Os conservadores são aqueles que buscam principalmente a preservação do capital, enquanto os moderados aceitam um certo nível de risco em busca de uma maior rentabilidade. Já os agressivos estão dispostos a assumir um alto nível de risco em busca de uma rentabilidade ainda maior.

Além disso, o investidor também pode ser classificado segundo o horizonte temporal do investimento. Os investidores de longo prazo são aqueles que buscam obter um retorno a médio ou longo prazo, enquanto os de curto prazo buscam obter um retorno mais rápido, em um horizonte de poucos meses ou anos.

Quais as vantagens da alocação de ativos?

Os principais benefícios da prática são obter uma carteira de investimento mais estável e protegida de potenciais riscos. Mas, em simultâneo, dará rentabilidade com a escolha certeira e diversificada dos ativos. Ou seja, quanto mais produtos, menores serão as chances de perda de dinheiro ou lucros.

Quer aprofundar os conhecimentos e multiplicar seu dinheiro? Faça o curso sobre O Beabá Financeiro. Um conteúdo completo para te dar uma visão sobre juros, inflação, taxa Selic e como iniciar no mundo dos investimentos.

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Como calcular o fluxo de caixa operacional em 3 passos

Fazer a gestão financeira de uma empresa é essencial para o sucesso dos negócios. Por isso, estudar cada detalhe pode fazer a diferença, além de garantir mais clareza sobre despesas e investimentos. Porém, um dos principais pontos de atenção diz respeito ao fluxo de caixa operacional. Mas você sabe o que é isso?

Para te ajudar a entender um pouco mais sobre o tema, separamos neste artigo algumas informações importantes como: o conceito do fluxo caixa, quando ele deve ser utilizado, como fazer o cálculo em alguns passos, além da sua importância para a saúde financeira do negócio.

Aproveite o texto e boa leitura!

O que é fluxo de caixa operacional?

O fluxo de caixa operacional, ou FCO, é um dado fundamental para que as empresas possam medir o desempenho financeiro. Nele constam as principais movimentações realizadas pela companhia, ou seja, tanto as entradas como as saídas de dinheiro.

Como alguns exemplos, podemos citar o pagamento de colaboradores, transporte, custos logísticos, matéria-prima de um produto, entre outros. 

Vale ressaltar que no FCO não constam receitas ou custos que estejam ligados a fontes não-operacionais. Um exemplo disso são eventuais investimentos de marketing realizados pelas empresas durante o período. Por isso, o resultado financeiro de uma corporação nunca deve ser analisado somente com os dados de fluxo de caixa operacional. É necessário observar, também, outros números em conjunto.

Quais as diferenças entre um fluxo de caixa operacional e outros tipos?

Além do FCO, há outros fluxos de caixa que podem ser utilizados para fazer a gestão financeira da empresa. A seguir, mostramos quais são eles:

Fluxo de Caixa Direto

Essa é uma das formas mais utilizadas nas empresas. Ele soma tanto as receitas quanto as despesas operacionais, mas sem levar em conta eventuais descontos, como impostos, por exemplo. 

Fluxo de Caixa Indireto

Aqui o foco não é olhar o fluxo de caixa, mas sim observar os lucros e os prejuízos que a companhia obteve em um determinado período. 

Fluxo de Caixa Livre

A ideia central deste número é fazer uma avaliação sobre a capacidade da empresa em gerar dinheiro no curto, médio e longo prazos. Geralmente, o saldo do fluxo de caixa FCO é levado em conta na comparação dos números. 

Fluxo de Caixa Descontado

É um número relevante para entender o valuation das empresas. Aqui é possível avaliar a capacidade de geração de riqueza que o negócio pode ter no futuro. Nesse caso, o fluxo de caixa mostra os dados sem os custos de capital. 

Fluxo de Caixa Projetado

Como o próprio nome já diz, ele permite fazer uma projeção do fluxo de caixa operacional. Aqui, os números mostram uma média do desempenho recente da companhia e como ela poderá se comportar no futuro. 

homem calculando o fluxo de caixa operacional
O fluxo de caixa operacional é uma ação rotineira essencial para avaliar o desempenho financeiro de uma empresa

Quando usar o fluxo de caixa operacional

O fluxo de caixa operacional deve ser usado, basicamente, em duas situações. A primeira delas é quando o gestor precisa saber o quanto a empresa gasta com custos operacionais, bem como o seu lucro e o retorno sobre investimento.

Essas informações são essenciais para, por exemplo, saber se a política de preços praticada pela empresa está de acordo com a rentabilidade esperada. 

Por fim, uma boa análise de fluxo de caixa operacional permite que o gestor da companhia acompanhe o poder de investimentos dela. Afinal, um bom número pode mostrar que a saúde financeira da empresa permite a compra de insumos que façam o negócio ser mais sustentável ao longo do tempo. Em outras palavras, ele estará gerando capital.

3 passos para calcular um fluxo de caixa operacional

Separamos a seguir um passo a passo para você fazer o cálculo do fluxo de caixa operacional da sua empresa. Confira: 

Levante o lucro total

O primeiro passo é levantar as informações necessárias, bem como a maioria dos dados financeiros operacionais.

Os três mais importantes são: lucro total, desvalorização e, também, os impostos. Esses números são essenciais, pois é a partir deles que você vai conseguir aplicar na fórmula indicada e chegar ao resultado esperado. 

Para calcular o lucro total, você deverá pegar toda a receita que a empresa teve em determinado período e subtrair pelas despesas totais, como custos fixos, os variáveis e a folha de pagamento. Importante destacar aqui que é para desconsiderar os impostos. 

Levante os custos de impostos

Após descobrir o lucro total, é hora de levantar os dados a respeito dos custos relativos aos impostos pagos pela companhia no período analisado. Aqui, todos os tributos pagos pela empresa devem ser considerados. Além disso, é importante fazer a ponderação do eventual valor de desvalorização que a empresa pode ter sofrido no período.

Descubra o Fluxo de Caixa Operacional

Para chegar ao valor, existe uma fórmula onde você irá aplicar todos esses números que você levantou nos passos anteriores. Ela funciona da seguinte forma: 

Fluxo de Caixa Operacional = (lucro antes dos impostos + desvalorização) – impostos

Vamos a um exemplo prático? Confira a seguir: 

Suponha que a empresa tenha obtido um lucro de R$ 100 mil e uma desvalorização de R$ 15 mil. No período analisado, os impostos pagos ficaram na casa dos R$ 30 mil. Portanto:

Fluxo de caixa operacional = (100.000 + 15.000) – 30.000

Ao fazer a conta, podemos dizer que a empresa tem um FCO de R$ 85 mil, representando um lucro em suas operações no período analisado. 

Qual a importância do fluxo de caixa operacional?

O fluxo de caixa operacional é extremamente importante para que o gestor possa medir, de maneira mais clara, o desempenho financeiro da empresa. Com esse número em mãos, é possível tomar decisões estratégicas, como a viabilidade de um investimento, seja na compra de um imóvel ou em melhorias operacionais. 

É fundamental que o FCO seja mensurado de tempos em tempos, para que a empresa não seja pega de surpresa, principalmente em momentos mais estratégicos. 

Agora que você já sabe um pouco mais sobre fluxo de caixa operacional, que tal investir em mais conhecimento?

Cuide melhor do seu dinheiro e saiba como investir de uma vez por todas. Faça já a sua inscrição no curso “O Beabá Financeiro” e ganhe mais confiança para aplicar no mundo dos investimentos. Clique aqui e aproveite!

Conheça os 6 fundamentos da Teoria de Dow

Embora o mercado de investimentos tenha crescido nos últimos anos e, com ele, as tecnologias tenham viabilizado o nascimento de ferramentas mais modernas, os métodos antigos seguem sendo eficazes. Muitos analistas, por exemplo, usam a Teoria de Dow para avaliar as tendências de variações no preço dos papéis.

Quem tem interesse por operações de curto prazo, como o trading, deve compreender essa teoria. Afinal, nem mesmo os mais de 100 anos da sua criação reduziram sua relevância no mercado. No artigo abaixo, falamos sobre seu surgimento e fundamentos, além de tendências observadas e possibilidades de risco.

O que é a Teoria de Dow?

Quem está por dentro do mercado financeiro provavelmente já associou o nome da teoria a um importante índice: o Dow Jones. E o caminho é exatamente esse. Mas antes de trazer o seu conceito, é fundamental falar sobre o seu criador.

Charles Henry Dow foi um jornalista americano e fundador de um dos mais famosos jornais de economia do mundo: o The Wall Street Journal. Por sua forte relação com esse mercado, Dow identificou a necessidade da existência de um índice capaz de registrar as oscilações dos papéis. Assim, ele criou o índice Dow Jones.

Já a Teoria de Dow é um desdobramento de toda a história acima. Nela, o objetivo é traçar as tendências de variações nos preços das ações, tendo como base os aspectos passados.

Essa teoria é um dos principais conceitos usados como base para a análise técnica. Até hoje, ajuda o investidor a entender as variações nos gráficos dos ativos.

>>> Falando em investimentos e oscilações, que tal conferir como a volatilidade pode ajudar nos investimentos? É só dar play no vídeo abaixo:

Onde surgiu a Teoria de Dow?

Como deu para perceber, o jornalista Charles Dow dedicou parte de sua vida ao mercado financeiro. Além de um jornal, uma editora e um índice, ele elaborou estudos que foram usados como base para as análises técnicas.

Nesses estudos, ele monitorava o movimento das ações, onde pôde perceber a existência de ciclos no mercado. Antes da teoria ser fundamentada, no entanto, Dow faleceu. Coube a seus filhos organizar todos os seus escritos e, então, lançar a Teoria de Dow.

A partir dela, foi possível que investidores analisassem ações de maneira individual ou em agrupamento, além de indicadores do mercado.  Até hoje, essa teoria é usada por analistas ao redor do mundo que querem identificar tendências nas ações.

Conheça os 6 fundamentos da Teoria de Dow

Durante a formulação de sua teoria, Dow elaborou seis fundamentos básicos, também chamados de princípios de Dow. Eles são fundamentados nas tendências do mercado e consideram preços de fechamentos anteriores, assim como padrões gráficos e volumes de negociação. Com esses fundamentos, os investidores têm maior compreensão das análises técnicas.

1 – Os índices já descontam tudo

Esse é um dos princípios mais famosos elaborados pelo jornalista. Segundo ele, o mercado tem a capacidade de se adaptar aos acontecimentos e refleti-los em seus preços e índices.

Assim, se o mercado é eficiente, ou seja, se os preços dos ativos refletem as informações disponíveis, as notícias publicadas são rapidamente incorporadas e refletidas nesses papéis.

2 – Os mercados têm três tendências

De acordo com Dow e inspirado pelos movimentos do mar, o mercado de ações age em ondas. Nele, há três tendências principais:

  • Primárias: de longo prazo, como as marés. Assim, a tendência primária pode se estender de meses a anos e costuma representar 20% de alta (bull market) ou baixa (bear market) nos preços;
  • Secundárias: de médio prazo, como as ondas. Essa tendência é consequência da primária, assim como as ondas são provocadas pelas marés. Nela, os movimentos são de equilíbrio e correção, podendo variar de semanas a meses;
  • Terciárias: de curto prazo, como as marolas. Essas se tratam de pequenas variações de preços decorrentes da tendência secundária. Normalmente duram poucas semanas.

3 – As tendências primárias têm três fases

Considerando que a tendência primária é mais duradoura, ela foi subdividida por Dow em fases: acumulação, participação pública e distribuição.

  • Acumulação: é considerada a fase de oportunidade de compra. Isso porque o mercado já processou as informações que refletiam em tendências de baixa e a reversão começa a ser esperada, provocando alta nos ativos.  Normalmente essa fase é aproveitada por investidores mais preparados e atentos.
  • Participação pública: nesta fase, o mercado já compreendeu a tendência. Por isso, os investidores passam a adquirir os ativos e, consequentemente, os preços sobem de maneira significativa.
  • Distribuição: por fim, essa fase é provocada pela repercussão causada pelas notícias divulgadas. São elas que fazem com que as operações aumentem consideravelmente e os investidores, por sua vez, recolham seus lucros.

4 – Médias e índices precisam mutuamente se confirmar

Dow dizia que a confiança do mercado, assim como as tendências de alta ou baixa, deveriam ter os índices como referência. Isto é, se todos eles indicassem uma mesma direção e justificassem um ao outro, seria possível confiar no que estava sendo apresentado.

A razão para esse princípio é simples. Se todos os índices, refletem, de alguma maneira, a economia de um país, eles precisam se complementar e estar em conformidade.

5 – A tendência deve ser confirmada pelo volume

Ainda que secundário, o volume pode ser considerado como indicativo de tendências e variações. Assim, uma tendência de alta pode ser confirmada a partir do aumento do volume. Já a de baixa deve ser reforçada pelo aumento no giro e queda de volume nos repiques de alta.

6 – A tendência se dá enquanto não existe sinal de reversão

Em teoria, se não há sinal de reversão, a tendência deve permanecer. Ou seja, a alta ou baixa de um ativo deve se prolongar até que algum movimento contrário seja exercido.

Uma maneira de avaliar esse princípio é por meio de padrões gráficos, como os candle.

Principais tendências observadas na Teoria de Dow

Na Teoria de Dow, o mercado se move a partir de três tendências principais. Elas são classificadas em primária, secundária e terciária e servem para apoiar o investidor durante as análises.

Primária

As formações de topos e fundos acontecem de duas maneiras: ascendentes, em momentos de alta, e descendentes, em momentos de baixa. Com o tempo, o gráfico faz correções e a imagem se assemelha a de um zigue-zague.

Secundária

Formada por um zigue-zague menor, a tendência secundária é provocada pela primária e ocorre dentro de seus trechos. Lembrando que ela pode durar por semanas ou meses.

Terciária

A tendência terciária é formada por um zigue-zague ainda menor. Isso porque seu movimento dura, no máximo, poucas semanas.

A Teoria de Dow e da análise técnica tem riscos?

Assim como qualquer tópico do universo de investimentos, a Teoria de Dow também apresenta riscos. A principal delas está relacionada a como a análise é feita.

Nesse modelo, ela é pautada pelas movimentações do mercado, não pelos fundamentos e indicadores das próprias empresas. Isso faz com que as variações não tenham base, ou seja, mesmo que as companhias apresentem bons números, elas estão vulneráveis a quedas nos preços provocadas por notícias ou especulações.

É pela fragilidade e altos riscos dessa Teoria que os investidores devem ser cautelosos ao usá-la. Antes disso, é recomendado conhecer o mercado e ter boas noções sobre esse universo, em especial o de Trading.

Na Faculdade XP você pode aprender os conceitos básicos no curso de Introdução do Trading. Se quer saber mais, clique aqui para acessar a página oficial.

TOGAF: Descubra o que é e como ele vem sendo utilizado

Utilizado para alcançar os objetivos de um negócio e alinhar toda a empresa em uma só “linguagem”, o TOGAF apresenta métodos eficientes de arquitetura corporativa, o que garante uma visão 360º do negócio, e vem sendo utilizado em grandes corporações. Amazon, IBM, Intel, Philips, Huawei, Fujitsu são algumas delas.

Porém, engana-se quem acredita que a arquitetura empresarial TOGAF é útil apenas para grandes empresas. Afinal, o que é TOGAF e como ele pode ajudar na governança de negócios, independentemente do seu porte?

Explicaremos tudo neste artigo, e também como obter a certificação reconhecida mundialmente para usufruir de benefícios profissionais.

O que é TOGAF?

O TOGAF – The Open Group Architecture Framework – é um framework de arquitetura corporativa que tem como principal objetivo conectar a Tecnologia da Informação com todas as áreas de um negócio garantindo, assim, resultados significativos na governança.

Em outras palavras, ele pode ser definido como um framework capaz de fazer gerenciamentos de projetos, mantendo uma visão sistemática de toda a arquitetura empresarial para agilizar processos, diminuir erros, manter cronogramas otimizados, entre outros. 

O que é a arquitetura corporativa?

A arquitetura corporativa engloba todos os processos organizacionais de uma empresa e como eles se relacionam entre si. De modo macro, ela é segmentada em áreas de negócio, dados, aplicações e tecnologias, que são subdivididas em setores, processos e atividades.

Uma curiosidade é que a arquitetura corporativa tem vários conceitos para se analisar em cada uma das áreas de conhecimento. Na arquitetura/design, por exemplo, ela é vista como um projeto arquitetônico de uma empresa.

Já o termo no universo da Tecnologia da Informação se refere a todo o processo organizacional de uma corporação e como eles se correlacionam. Em uma divisão simples, temos:

  • Negócio: missão, setores, funcionários, funções desempenhadas, processos, público, estratégia, produtos, entre outros;
  • Dados: tudo que é coletado e armazenado, sejam eles internos e externos;
  • Aplicações: aplicativos utilizados, interfaces, componentes, entre outros. 
  • Tecnologias: servidores, redes, softwares, hardwares, etc.
Ilustração de arquitetura corporativa no TOGAF

As divisões listadas acima referem-se a uma visão macro. Pensando em termos micro, cada uma delas pode ser destrinchada em várias áreas e processos que se ligam de alguma forma, gerando um organograma e um fluxograma extremamente complexo. 

É por isso que a arquitetura empresarial TOGAF é um framework de extrema necessidade. Ele ajuda a organizar toda essa arquitetura corporativa de forma simples, garantindo que os envolvidos tenham uma visão sistemática de todo o processo.

Se tratando de sua utilização, podemos citar um exemplo de TOGAF bem fácil de entender:

Vamos supor que o servidor precisa passar por uma manutenção. Nesse caso, o profissional de TI tem uma visão 360º de quais os setores da empresa serão afetados, quais as aplicações que vão parar de funcionar, se os usuários/clientes serão afetados e, claro, quais os impactos que essa manutenção vai gerar no negócio em si.

Os 4 pilares da arquitetura corporativa TOGAF

O exemplo acima deixa claro que The Open Group Architecture Framework é de fato uma tecnologia estratégica, com foco em governança, para garantir o cumprimento dos objetivos do ambiente corporativo. Por isso, os 4 pilares do TOGAF são exatamente focados nas divisões macros listadas na arquitetura corporativa.

Confira abaixo quais são esses pilares.

Arquitetura de dados

Atualmente, os dados são fundamentais em qualquer corporação e podem ser divididos em dados internos, aqueles produzidos na própria organização e os dados externos, coletados através de multiplataformas e canais. 

Na arquitetura TOGAF, podemos ter uma visão geral de quais as fontes de coleta de dados, como eles estão estruturados, como e por quem podem ser acessados.

< Leia também: Análise estatística de dados: como realizar na prática? />

Arquitetura de aplicativos

Na arquitetura de aplicativos do TOGAF podemos ter uma visão de todas as estruturas e os sistemas utilizados por uma empresa, o que garante todo o processo de funcionamento do negócio e em conformidade com os seus objetivos. 

Arquitetura de negócios

Na arquitetura de negócios, é possível estruturar todas as informações que se referem a governança e organização da empresa: missão, políticas e regras, tomadas de decisões, clientes, produtos, estrutura organizacional, fluxo de processos, entre outros.

Arquitetura técnica

Já no quarto pilar do TOGAF, temos a arquitetura técnica que compreende a área de Tecnologia da Informação em si, onde é possível ter uma visão sistemática de toda a infraestrutura técnica que suporta o negócio: hardwares e softwares utilizados em cada uma das arquiteturas, como eles se relacionam, quais os setores envolvidos, etc. 

Nesse caso, a arquitetura corporativa TOGAF vem para facilitar os processos de manutenção das aplicações, bem como o desenvolvimento e implementação de novas tecnologias para alcançar os objetivos do negócio.

O processo evolutivo do TOGAF

O TOGAF foi lançado em 1995 baseado na TAFIM – Technical Architecture Framework for Information Management – uma estrutura utilizada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos para a gestão de TI e que oferecia insights interessantes sobre a infraestrutura técnica do departamento.

Sendo assim, a primeira versão da arquitetura TOGAF lançada apresentou os conceitos do TAFIM em conjunto com os conceitos da Architecture Development Method (ADM), um método criado para estabelecer o processo da arquitetura corporativa, mas que pode ser adaptado e personalizado conforme a necessidade do negócio.

Com o passar dos anos, o TOGAF iniciou o seu processo evolutivo, ajustando-se às necessidades do mercado e trazendo melhorias constantes em novas tecnologias

Dessa forma, em 2001, foi lançado o TOGAF 7 (chamado Technical Edition), em 2002, a versão chamada Enterprise Edition (TOGAF 8), que logo no ano seguinte recebeu uma atualização para 8.1. 

Em 2005, após o The Open Group assumir a arquitetura empresarial TOGAF, a empresa trabalhou em mais uma atualização, lançando no final de 2006 a versão 8.1.1. Já em 2009, a versão TOGAF 9 foi lançada com novas estruturas e técnicas.

Em 2011, uma nova atualização foi realizada passando para a versão 9.1. A última atualização ocorreu em 2018 com o lançamento do TOGAF 9.2. 

< Saiba mais: Entenda o que faz a Gestão de TI e descubra agora como iniciar uma carreira na profissão />

Atualizações do TOGAF 9.2

Segundo o The Open Group, a versão atual do framework de arquitetura excluiu conteúdos que já se encontravam obsoletos e corrigiu erros que haviam sido apresentados na versão anterior, mas manteve todos os recursos e as estruturas padrões da arquitetura corporativa. 

Nesse sentido, os destaques das atualizações do TOGAF 9.2 são: 

Framework de conteúdos

O Framework de conteúdo é o coração da arquitetura corporativa TOGAF seguindo as diretrizes do Método de Desenvolvimento de Arquitetura (ADM).

Alguns conteúdos que já haviam caído em desuso foram excluídos da versão 9.2 e o framework foi atualizado com uma estrutura mais detalhada para trabalho de arquitetura e com uma abordagem mais simplificada.

Estrutura modular

O TOGAF conta com uma estrutura modular padrão, mas na última atualização trouxe maior usabilidade, o que permitiu que as peças modulares pudessem ser utilizadas de forma isolada.

Além disso, para ajudar a aplicação prática, foi lançado um portfólio de material de orientação na Biblioteca TOGAF.

Guidelines extendidas

Os conceitos e diretrizes do TOGAF foram estendidos para estabelecer uma hierarquia integrada de arquiteturas que podem ser utilizadas por equipes de grandes empresas para contribuir na governança. 

Dentre os conceitos e diretrizes incluídos na versão 9.2 estão:

  • Particionamento: técnicas e considerações utilizadas para dividir de forma eficiente as várias arquiteturas empresariais;
  • Repositório de Arquitetura: traz modelos de informação lógica capazes de integrar as saídas criadas pela execução do Método de Desenvolvimento de Arquitetura;
  • Estrutura de capacidade: permite definições estruturais e essenciais na operação da arquitetura corporativa, ou seja, a definição do negócio, as funções desempenhadas, as responsabilidades de cada setor, entre outros. 

Estilos de arquitetura

A arquitetura corporativa precisa ser flexível, pois as corporações são diferentes umas das outras. Nesse sentido, essa última versão traz vários exemplos de TOGAF de arquiteturas padrões, assim como diretrizes e técnicas de ADM que podem ser acessadas na Biblioteca TOGAF.

Quem pode utilizar o TOGAF?

Qualquer empresa que tenha uma equipe ou um profissional de TI em atuação pode utilizar a arquitetura corporativa TOGAF. Como explicamos ao longo deste artigo, ele é em framework que traz uma visão sistemática de todo o negócio e com foco na governança. 

É importante ressaltar que todos os setores envolvidos na corporação podem trabalhar em conjunto na definição e na organização de todos os requisitos para manter o processo em funcionamento.

Com o TOGAF, podemos dizer que todos da empresa vão falar a mesma língua. Isso quer dizer que tantos profissionais técnicos, comerciais e criativos terão a mesma visão do negócio, garantindo que os objetivos sejam alcançados e os erros minimizados.

Onde retirar a certificação TOGAF?

Antes de dizer onde retirar a certificação TOGAF é preciso esclarecer que existem vários tipos certificação, são eles: 

  1. TOGAF Standard:  compreende os conceitos e fundamentos da versão atual 9.2.
  2. TOGAF Business Architecture: projetada para modelagem de negócios e como ela se relaciona com a arquitetura corporativa dentro do TOGAF;
  3. TOGAF Integrating Risk and Security: tem como foco o gerenciamento de riscos corporativos e arquitetura de segurança;
  4. TOGAF Essentials 2018: certificação de atualização, ou seja, voltada para os profissionais que já possuem certificação de versões anteriores a 9.2.

As certificações são vitalícias e oferecidas pela própria The Open Group, de maneira individual ou organizacional. Contudo, recomenda-se que, a cada reciclagem, o profissional atualize o seu TOGAF Essentials.

Para estudar e se preparar para obter a certificação, existem cursos credenciados pela empresa detentora do TOGAF, mas se preferir estudar por conta própria, no The Open Group Shop, é possível encontrar diversos materiais de estudo.

Todos os benefícios da certificação TOGAF

Segundo o The Open Group, são mais de 87 mil profissionais certificados. O primeiro benefício que o profissional obtém é um aumento de salário. Segundo o PayScale, o salário médio para quem possui a certificação do TOGAF é de 144 mil dólares por ano.

Veja o salário médio pago por algumas multinacionais aos profissionais com a certificação, segundo o PayScale:

  • Amazon: 157 mil dólares/ano;
  • Ernst & Young: 155 mil dólares/ano;
  • InfoSys Limited: 140 mil dólares/ano.
  • TCS América: 93 mil dólares/ano.

Além dos salários, a certificação TOGAF permite que profissionais desenvolvam habilidades de gerenciamento, permitindo progressão rápida de carreira. 

Apesar de ter um foco voltado para profissionais de tecnologia, qualquer pessoa pode obter a certificação. Isso pode contribuir para uma mudança na carreira, por exemplo. 

Já o benefício empresarial do TOGAF é valioso, dado que a sua visão sistemática da arquitetura corporativa contribui para diminuição de erros operacionais e, consequentemente, diminuição de custos. 

É importante ressaltar que o framework pode ser utilizado independentemente do tamanho da corporação.

Comece o seu aprendizado imediatamente!

Como explicamos, a certificação TOGAF é disponibilizada pela própria empresa detentora do framework. Porém, se ainda não tem certeza se o universo da tecnologia é para você, uma boa maneira de iniciar o aprendizado é participando de eventos na área

Dessa maneira, consegue se familiarizar com os termos técnicos de TI, aplicações e tecnologias existentes. Além disso, pode conhecer melhor o mercado de trabalho para saber quais são as oportunidades atuais e os principais desafios dos profissionais. 

Após iniciar nesse universo e concluir que a certificação TOGAF pode valer a pena para o seu crescimento enquanto profissional, vale seguir em frente. Assim como também pode ser muito interessante fazer um curso técnico específico em Gestão de Processos de Negócios

Para alcançar uma excelente colocação no mercado de trabalho, é indicado investir em certificações que ensinam muito além da teoria, englobando também habilidades técnicas. Você sabia que é possível assinar uma plataforma de educação para a nova economia digital e ter acesso a dezenas de cursos?

Se você gosta de estudar e planejar seu crescimento profissional, não deixe de conhecer a XPE Multi+, plataforma de assinatura da Faculdade XP. Nela, há mais de 80 cursos de áreas como TI, Dados, Cibersegurança, Development, Transformação Digital e muito mais!