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Saiba quais são as opções mais líquidas da bolsa e por que você deve conhecê-las

Conhecer as opções mais líquidas da bolsa de valores é   extremamente relevante para você que deseja operar nesse segmento de mercado. E a importância desse conhecimento  pode ser comprovada pela maneira com que o mercado de opções funciona.

Afinal, diferentemente do ato de comprar uma ação e ter uma fração do capital de uma empresa na sua carteira de investimentos, o mercado de opções garante ao titular desse derivativo apenas o direito de compra e venda de uma ação até a data de vencimento previamente estipulada.

Dessa forma,  você tem até a expiração da opção de compra ou venda para especular sobre o preço do ativo e negociá-lo para obter lucro.

Nesse sentido, ninguém quer ter nenhuma surpresa quando encontrar o momento certo de negociar uma opção, correto? E quando esse derivativo tem uma boa liquidez, a negociação torna-se mais ágil e sem maiores dores de cabeça.

Quer saber quais são as opções mais líquidas da bolsa valores e aprender um pouco mais sobre o funcionamento desse mercado e sua relação com a liquidez de ativos? Leia o conteúdo até o fim que vamos tirar todas as suas dúvidas!

Quais são as opções mais líquidas da bolsa?

No ano de 2021, as primeiras posições do ranking de opções mais líquidas da bolsa de valores, naturalmente, tiveram como principais representantes os derivativos associados a ações de grandes companhias brasileiras, como Petrobras, Vale e Itaú.

De certa forma, nada mais natural que essas blues chips (ações mais valiosas da bolsa) estejam na liderança, pois são essas grandes empresas que encabeçam o maior volume de negociações diárias seja no mercado de ações ou no de opções.

Afinal, empresas sólidas e de grande market share tendem a atrair o olhar da maioria dos investidores e, por isso, aumentar sua liquidez.

Vale lembrar que liquidez corresponde à facilidade de transformar um ativo em dinheiro. Isso é, quanto mais rápido você consegue negociar um ativo na bolsa, maior é sua liquidez e seu volume de negociação. 

Em suma, quanto mais pessoas estão comprando uma opção de ação, mais rapidamente ela será vendida. 

Diante disso, as opções mais líquidas da bolsa são aquelas mais facilmente negociadas pelo seu titular, independente dele ter um direito de venda ou de compra. Abaixo, listamos o top 10 de 2021 e ao lado disponibilizamos seu volume financeiro durante o ano:

  1. PETR4 (Petrobras): R$ 137.9 bi
  2. VALE3 (Vale): R$ 102.5 bi
  3. VIIA3 (Via Varejo): R$ 31 bi
  4. ITUB4 (Itaú): R$ 22 bi
  5. BBDC4 (Bradesco): R$ 19.5 bi
  6. COGN3 (Cogna Educação): R$ 17.5 bi
  7. SUZB3 (Suzano): R$ 16.3 bi
  8. BBAS3 (Banco do Brasil): R$ 11.2 bi
  9. CSNA3 (CSN): R$ 9.8 bi
  10. USIM5 (Usiminas): R$ 9.1 bi

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Qual a importância de saber a liquidez de uma opção?

As opções são derivativos cujo valores estão  atrelados a algum outro ativo como referência, como o ouro, moedas estrangeiras, commodities e ações. 

Em suma, essa possibilidade de investimento em renda variável configura em um direito de negociação ou, em termos mais caros, em uma opção de compra de algum ativo até a data limite do contrato.

Mas como funciona o mercado de opções na prática? Vamos usar o exemplo de uma das melhores ações para operar opções, que é a PETR4. 

Caso o investidor compre opções das ações da Petrobras, ele torna-se titular desses ativos e passa a ter direito de negociação do ativo por um valor prefixado até o final da data de vencimento. 

Caso o titular tenha exercido uma opção de compra até a data de vencimento, o nome do artifício usado para essa negociação é call. Já se o titular exercer o direito de venda, a prática é denominada pull.

Dessa forma, o mercado de opções, na prática, é vantajoso para que o titular possa definir pelo direito de utilizar ou não a sua opção de compra-venda de um ativo de acordo com o valor prefixado.

Por exemplo, caso ele tenha opção de venda e o atual valor da PETR4 esteja superior ao preço prefixado, será mais vantajoso para o titular abdicar da sua opção e deixá-la expirar para vender o ativo com seu atual preço de mercado.

Já se o valor de mercado fosse inferior ao prefixado, o mais indicado seria executar o direito ao pull para ter um melhor retorno.

Portanto, diante desse contexto, a importância da liquidez para as opções é facilitar a negociação do ativo no momento mais apropriado para fazê-lo e, assim, obter lucros! Por isso, ela não pode deixar de ser considerada na sua estratégia de investimentos.

Quer aprender mais sobre o mercado de opções?

Gostou da nossa lista com as opções mais líquidas da bolsa e da explicação sobre o funcionamento desse segmento do mercado de derivativos? 

Entender quais são as melhores ações para opções é fundamental para diversificar sua carteira de investimento com títulos fora dos mais tradicionais e aumentar a margem de segurança para seus rendimentos.

Portanto, se você deseja aprender mais sobre esse mercado, a Escola de Investimentos da Faculdade XP possui a solução certa para seus objetivos. Nosso curso sobre opções é voltado para iniciantes que queiram aprender a investir nessa modalidade de investimento do zero.

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Por que a tecnologia 5G vai revolucionar a internet no Brasil?

O 5G já está mudando a maneira como vivemos. Permitindo que novas tecnologias sejam integradas em todos cantos do planeta, a internet mega veloz vai revolucionar a forma como lidamos com o mundo e com as outras pessoas.

Internet das Coisas, telemedicina, automação industrial e agrícola, entre outras mudanças importantes serão possíveis graças à conexão 5G.

No Brasil, a expectativa é que a rede possa estar funcionando plenamente até o ano de 2025. Em um país em que a internet 4G ainda não chegou para muitas pessoas, a ideia parece distante.

Mas, com a urgência de tecnologias que dependem de conexão mais rápida, o 5G é uma realidade muito mais próxima do que imaginamos. Afinal, a transformação digital já está acontecendo e exige mais rapidez e estabilidade das redes.

Nesse contexto, entender o que é a conexão 5G e como ela vai impactar nossas vidas é fundamental. Quer saber mais sobre a tecnologia e como ela vai acelerar as mudanças nos próximos anos? Então, continue com a gente e saiba tudo sobre a rede.

O que é tecnologia 5G?

A tecnologia 5G é uma evolução da internet móvel e de banda larga; assim, ela ultrapassa o 4G em potência e velocidade, garantindo a transmissão de dados com muito mais rapidez.

Estima-se que a 5ª geração possa ser até 100 vezes mais rápida do que a 4º geração da rede. Para se ter uma ideia, isso significa baixar um filme completo em HD em poucos minutos, de acordo com Olhar Digital.

Lucas Carvalho, da Tilt, comprovou a teoria. Ao realizar testes com a tecnologia no escritório da Claro, ele baixou arquivos pesados com o 5G:

“Selecionei o musical “tick, tick…BOOM!”, que tem 1h55min de duração e, graças à compressão do app da Netflix, ocupa apenas 552 MB da memória. O download terminou em cerca de 40 segundos.

Empolgado, decidi forçar a barra: baixei um vídeo de 10 horas de duração em resolução Full HD pelo YouTube Premium. O arquivo de 6 GB ficou pronto após 1 minuto e meio”.

Além da rapidez na transmissão de dados, o 5G tem baixa latência – ou seja, o seu tempo de resposta é bem menor do que o observado nos outros tipos de internet. 

Dessa forma, aparelhos podem se conectar de maneira mais veloz, possibilitando uma conexão simultânea de qualidade entre diferentes dispositivos.

Como funciona o 5G?

Além de rápida e potente, a rede 5G tem como principais características de funcionamento:

  • Maior velocidade na transmissão de dados, permitindo ultra rapidez de uso;
  • Conexões mais densas – isto é, com maior capacidade de atendimento a mais dispositivos por área;
  • Baixa latência e menos tempo de resposta dos aparelhos, facilitando a interatividade entre eles;
  • Tecnologia ambientalmente responsável, proporcionada pela eficiência energética que gera economia de consumo.

Assim, a 5º geração da internet promove conexões superiores e que abrem caminho para novas possibilidades tecnológicas.

Quais as possibilidades da rede 5G?

A evolução das conexões é capaz de transformar os cenários futuristas em realidade. Com o 5G, diversas tecnologias revolucionárias estão mais próximas do que nunca.

Essas são algumas possibilidades da rede:

Aplicações da tecnologia 5G
Fonte: IBM

Dispositivos que terão acesso à rede

Para ter acesso ao 5G em smartphones, é preciso ficar atento. A conexão ainda não está disponível a boa parte dos aparelhos e, assim, é necessário verificar quais são os modelos que aceitam a tecnologia.

Veja, abaixo, alguns celulares que já têm acesso à rede:

  • Motorola Edge Plus
  • Zenfone 8
  • Xiaomi 12
  • Galaxy Z Fold2 5G
  • iPhone 12 Pro Max
  • Entre outros

Para conferir a lista completa e atualizada, basta verificar os celulares em 5G certificados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O que muda com o 5G: Impactos da Tecnologia

De imediato, a conexão ultra rápida não vai substituir a banda larga. De acordo com o relatório The Mobile Economy, realizado pela GSMA Intelligence, até 2025 vão existir 1.8 bilhão de conexões 5G. Ásia e Estados Unidos estarão na liderança de uso da tecnologia.

Mas, a 5ª geração vai representar apenas 12% das conexões globais naquele ano, ainda segundo o estudo. Isso significa um enorme caminho que precisará ser percorrido na próxima década para que a rede possa se ampliar e chegar a mais lugares.

Segundo o estudo, o 5G “adicionará US $ 2,2 trilhões à economia global nos próximos 14 anos”.

Ao longo deste período, várias mudanças poderão acontecer. A conexão mais estável e rápida terá impacto significativo sobre o modo de vida pessoal e profissional das pessoas.

Além disso, as empresas passarão por verdadeira transformação digital com a plena instalação da rede. Sistemas e aplicativos ultra conectados, velozes e inteligentes permitirão interações simultâneas de qualidade

Assim, a rede 5G vai permitir a ampla aplicação de tecnologias como Internet das Coisas e Realidade Virtual em organizações, cidades e na rotina das pessoas.

Benefícios da rede 5G

A conexão rápida e estável traz inúmeras vantagens para as empresas e para a sociedade como um todo. 

Em relação aos negócios, a IBM destacou alguns efeitos positivos do 5G; confira:

  • Fácil configuração e flexibilidade em sistemas de produção;
  • Recursos e operações mais eficientes;
  • Manutenção ou substituição de peças de máquinas com precisão e no tempo certo;
  • Automatização das operações fabris;
  • Logística mais eficiente;
  • Entre outros.

Para as pessoas, a tecnologia pode trazer economia de tempo em tarefas rotineiras, o alcance de novos níveis de lazer (com jogos e digitalização mais modernos), além de avanços significativos na medicina, no trabalho e no mercado em geral.

homem interage com a representação do 5G

Qual a previsão do 5G no Brasil?

A Anatel realizou no fim de 2021 um leilão para a concessão dos serviços de 5G. Entre as exigências do seu edital, estava o funcionamento da tecnologia nas 26 capitais brasileiras até metade de 2022.

Além disso, outros requisitos estão previstos, como: investimentos em áreas com pouca ou nenhuma cobertura de 4G, como estradas e locais com poucos habitantes; implementação de redes de fibra óptica na Região Norte e construção de rede privativa para a Administração Pública Federal.

O leilão brasileiro da rede de 5ª geração foi considerado um dos maiores do mundo relacionados à tecnologia.

De acordo com Lucas Gallitto, Head regional da América Latina do GSMA e Luciana Camargos, Head do Spectrum da América Latina do GSMA:

Este leilão multifaixa mostrou que o Brasil está no caminho certo para garantir que seus cidadãos estejam prontos para usufruir dos mais diversos benefícios do futuro dos serviços móveis”.

Para os heads, lugares como o Brasil podem servir de inspiração. Portanto, o país está em busca da evolução de suas conexões, acelerando o processo de digitalização de seu território.

Transformação Digital e conexão 5G

Como você pode conferir ao longo deste conteúdo, a 5ª geração da rede promete revolucionar todos os campos da sociedade.

Seja em processos produtivos, no modo de trabalho, na agricultura, na segurança das ruas ou no uso de itens em casa, o 5G é um elemento com significativa responsabilidade para a transformação digital.

Junto a ele, Big Data, Inteligência Artificial e outras tecnologias disruptivas vão mudar completamente a nossa realidade nos próximos anos.

Isso se reflete, inclusive, nas demandas do mercado de trabalho. Segundo a CNN Brasil, a procura por profissionais de tecnologia cresceu 671% somente em 2020.

E as perspectivas são ainda melhores. Um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) indica que até 2025 o Brasil precisará de 797 mil profissionais de tecnologia.

Assim, o crescimento exponencial da demanda fará com que mais pessoas tenham que se especializar no campo. 

Então, se você quer garantir seu espaço no mercado de trabalho nos próximos anos, precisa conhecer os cursos de tecnologia do IGTI.

Por aqui, você encontra dezenas de formações de pós-graduação, trilhas e bootcamps em áreas como desenvolvimento, métodos ágeis e inteligência artificial.

Hoje, o nosso convite especial é para que você conheça a imersão em Tecnologias Disruptivas, um evento internacional online e diretamente do Vale do Silício.

Assim, você pode ficar por dentro do 5G e da transformação digital com a Faculdade XP. Inscreva-se!

O que é mútuo financeiro? Como funciona e o que avaliar ao fazer?

Saber o que é mútuo financeiro pode te ajudar a oferecer e receber empréstimos de maneira facilitada. Porém, antes de escolher a modalidade para firmar seus acordos, é importante conhecer suas características, riscos e desvantagens.

Preparamos este artigo com todas as informações necessárias para te ajudar a entender o conceito e como funciona um contrato de mútuo financeiro: partes envolvidas, estrutura do documento, benefícios e desafios para o doador e o devedor. 

Boa leitura! 

O que é mútuo financeiro? 

Mútuo financeiro é o nome dado a uma operação de empréstimo sem mediação bancária e de instituições financeiras entre partes, que podem ser pessoas físicas e jurídicas. É essencial, porém, que uma das envolvidas no acordo seja portadora de uma CNPJ para que a operação se enquadre na categoria. 

De acordo com o Artigo 586 da Lei 10.406, o mútuo financeiro “é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade”.

Como você viu acima, na lógica do mútuo financeiro, os envolvidos no acordo ganham os nomes de mutuante e mutuário. O primeiro é aquele que empresta o dinheiro — o que costumeiramente chamamos de credor. O segundo, chamado de mutuário, é o que pega o empréstimo — conhecido também como o devedor. 

O que é contrato de mútuo financeiro?

O contrato de mútuo, ou contrato de mútuo financeiro individual, é a formalização do acordo de empréstimo. 

Ele representa a segurança jurídica da operação, e formaliza a transferência de bens que devem ser devolvidos no período acertado ou substituídos por outros de mesma espécie, quantidade e qualidade.

Como funciona o contrato de mútuo na prática?

O contrato de mútuo na prática deve ser o mais detalhado possível. É ideal que ele tenha informações como: 

  • detalhamento do acordo, bem como a descrição da finalidade para a qual o valor ou bem é tomado (o que assegura o uso dos recursos para o fim descrito);
  • nomeação das partes envolvidas; 
  • prazo para pagamento do empréstimo;
  • taxa de juros aplicada sobre o empréstimo;
  • condições e penalidades decorrentes do não-pagamento na data acordada, como multas e correções monetárias.

Agora você já sabe o que é mútuo financeiro e como funciona a formalização do acordo. Que tal conhecer algumas vantagens e desvantagens desta modalidade de empréstimo? 

Exemplo de contrato de mútuo

É bastante comum que as empresas que necessitam de capital de giro para suas operações realizem empréstimos entre os próprios sócios do negócio — sejam eles pessoas físicas ou jurídicas.

Isso acontece porque o formato é um caminho mais rápido e menos burocrático para a consolidação da transação. Além disso, por ter condições negociáveis entre as partes envolvidas, pode ser mais atrativa e vantajosa em termos de juros, condições de pagamento e taxas do que as instituições financeiras. 

Por isso, nestes casos, o empréstimo costuma ocorrer na forma de um acordo de mútuo financeiro. Os sócios, na figura de mutuantes, disponibilizam recursos por um período predeterminado à empresa (mutuária).

Por que fazer um contrato de mútuo?

Além da anteriormente mencionada facilidade de realização do acordo, o mútuo financeiro também é um caminho para que o mutuário (ou devedor) economize na hora da devolução dos bens.

Assim como mencionamos no tópico anterior, as condições de firmamento do contrato de mútuo são decididas entre as partes envolvidas. Portanto, é possível obter prazos, taxas, juros e multas menores do que o que se conseguiria em instituições financeiras convencionais. 

Para os credores, ou mutuários, o principal benefício do contrato de mútuo está no fato de que estes títulos são executáveis extrajudicialmente.

O que isso significa? 

No caso de inadimplência por parte do mutuário, o mutuante não precisará recorrer a um processo na justiça para cobrar sua dívida, podendo recorrer ao devedor assim que o prazo estabelecido em contrato expirar.

Importante: para que seja um título executável extrajudicialmente, é essencial que o contrato de mútuo esteja assinado também por duas testemunhas, além do mutuário e mutuante.

Riscos e desvantagens do contrato de mútuo financeiro

Inadimplência

O principal risco do contrato de mútuo é a inadimplência do mutuário (devedor). Por isso, é tão importante que o contrato seja firmado entre partes com uma boa relação de confiança. Caso esta ligação ainda não exista, cabe ao mutuante pesquisar informações anteriores sobre o mutuário, seu histórico de empréstimos e sua reputação no mercado. 

Além disso, o contrato deve ser o mais detalhado possível, contando também com a assinatura das testemunhas. Assim, o processo de cobrança é desburocratizado. 

Incidência de impostos

Por mais que seja uma transação realizada sem a interferência de uma instituição bancária ou financeira, o contrato de mútuo sofre com a incidência de impostos. Veja a seguir quais são as taxas e como elas se aplicam

IOF

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incide em contratos de mútuo firmados entre duas pessoas jurídicas ou uma pessoa física e uma jurídica. 

  • Caso o mutuário (devedor) seja uma pessoa física, o valor de IOF corresponde a 0,0082% do valor tomado. 
  • Se o mutuário for pessoa jurídica, a taxação diária é de 0,0041% sempre somado ao saldo devedor no final do mês.

Além da taxação diária, independentemente do prazo da operação, o IOF também cobra uma alíquota única adicional de 0,38% do valor do contrato de mútuo, seja a pessoa física ou jurídica.

Condições especiais

  • Se o mutuário for pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional e o valor do empréstimo em contrato seja igual ou inferior a R$ 30.000,00, a cobrança de IOF  cai para 0,00137% ao dia.
  • Para empréstimos com prazo superior a um ano, há o teto máximo de 1,5% na cobrança de IOF. Isso quer dizer que o resultado da soma dos impostos incididos diariamente não pode ultrapassar o teto. Caso ultrapasse, o valor excedente será desconsiderado. 

O que levar em conta antes de fazer um mútuo financeiro?

Caso você seja o mutuante (credor), lembre-se de pesquisar sobre a idoneidade do mutuário ao qual concede o empréstimo. Uma pesquisa detalhada pode poupar muita dor de cabeça! 

Se, por outro lado, você for o mutuário (tomador do empréstimo), lembre-se de se planejar financeiramente para solicitar um valor adequado à sua necessidade e, sobretudo, à sua capacidade de devolução no prazo acordado e segundo as condições pré-estabelecidas. 

Planejamento financeiro: organize seu fluxo monetário

Independentemente de estar na condição de credor ou devedor, o planejamento financeiro é um aliado de peso para quem sabe o que é mútuo financeiro e  utiliza do método. 

Afinal, organizar entradas, saídas, saldos devedores e datas de recebimento é um caminho fundamental para ter uma relação saudável com o dinheiro.

Nós, da Faculdade XP, acreditamos que o conhecimento abre portas para a construção de uma vida tranquila e cheia de sonhos realizados. Por isso, desenvolvemos o curso O Beabá Financeiro. Faça sua inscrição e comece a aprender agora mesmo!

*Créditos da imagem de capa: Gabrielle Henderson em Unsplash

Capitalização de mercado de criptomoedas: conceito e impactos

Em 2022, a capitalização de mercado de criptomoedas ultrapassou os US$ 2 trilhões. O número te surpreendeu? Pois saiba que, em 2021, após bater pela primeira vez a marca acima (no mês de agosto), o valor chegou a US$ 3 trilhões em novembro

A oscilação não significa que o mercado cripto está perdendo forças — pelo contrário. A recuperação acontece de maneira rápida após a queda, provocada majoritariamente pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia.

Se você tem interesse ou já investe em moedas digitais, saiba que a capitalização de mercado cripto é um importante indicador para orientar suas tomadas de decisão. 

Ao longo deste artigo, te explicaremos o porquê. 

O que é capitalização de mercado criptomoedas? 

A capitalização de mercado de criptomoedas é uma maneira simplificada de descobrir o tamanho do mercado de moedas digitais. Ter estas informações em mãos — e saber como utilizá-las — pode te levar a decisões de investimentos mais certeiras e inteligentes. 

O cálculo da capitalização do mercado crypto, em inglês, conhecida como “cryptocurrency market cap”, é feito por meio de uma conta básica. Basta multiplicar o número de moedas em circulação pelo seu preço de mercado. 

Com o resultado, é possível entender se o ativo está estável, e se vale a pena investir em sua compra. 

Um ponto importante que vale ser registrado é que o mercado cripto, por natureza, é oscilante. Por isso, mesmo a capitalização de mercado do Bitcoin, principal moeda digital do mundo, registra alguma volatilidade. 

Ainda assim, apesar das oscilações naturais do ativo, identificar uma criptomoeda com alta capitalização pode indicar um investimento mais estável do que aquele, cujo valor de mercado é menor. 

Da mesma forma, podemos afirmar que moedas com menor capitalização são mais suscetíveis às oscilações do mercado, o que pode ser interpretado como algo positivo ou negativo se o investidor souber considerar o contexto. 

>>> Entenda mais sobre o investimento em criptomoedas no vídeo abaixo: 

Por que acompanhar a capitalização do mercado de criptomoedas?

A capitalização total de mercado criptomoedas é uma métrica importante para a análise fundamentalista dos ativos. Afinal, é uma forma de entender a performance do segmento como um todo e, da mesma forma, fornece dados para a comparação entre moedas específicas. 

 Comparar os valores dos ativos, por sinal, é uma boa forma de identificar seu potencial de crescimento em relação às demais e assim, determinar sua compra ou não. 

A capitalização de mercado individual também oferece informações estratégicas sobre o investimento nos ativos. 

Há criptos de baixa capitalização, média capitalização ou alta capitalização. Conheça algumas das características de cada um dos grupos:

Alta capitalização: incluem os populares Bitcoin e Ethereum. Geralmente, correspondem a uma capitalização total do mercado superior a US$ 10 bilhões. Por conta disso, os investidores tendem a considerar criptos deste grupo como ativos de baixo risco, afinal, têm histórico de crescimento e boa liquidez.

Média capitalização: criptomoedas com valor de mercado entre US$1 bilhão e US$ 10 bilhões. 

Baixa capitalização: aquelas com valor de mercado inferior a US$1 bilhão, e que, por essa razão, tendem a ser mais suscetíveis a oscilações de mercado. 

Ao identificar o perfil de capitalização da moeda digital, o investidor pode utilizar as informações para construir uma carteira de investimentos diversificada e apta a render em diferentes cenários. 

Análise de criptomoedas: sempre considere a capitalização

A análise de investimento em criptomoedas deve considerar outros fatores além da capitalização. Entretanto, a capitalização jamais deve ser deixada de fora de uma análise. Entendeu a jogada? 

Uma análise de criptomoedas completa leva em consideração fatores como o entendimento do projeto e a análise econômica (dentro da qual está o estudo da capitalização). 

Ao realizar a fase de entendimento do projeto, é preciso buscar informações que ajudem a entender, por exemplo: 

  • quem são os envolvidos na concepção do projeto;
  • sua proposta de valor; 
  • quem são os membros do conselho e do time de desenvolvimento;
  • qual o roadmap e as propostas para as fases seguintes; 
  • características do criptoativo (é open source, com código-fonte público e acessível por todos? tem gestão transparente?).

Já no estudo do desempenho no mercado, é importante avaliar, além da capitalização da criptomoeda, seu real potencial de geração de valor, ou seja, sua capacidade de gerar impactos positivos na economia global. 

Torne-se um expert em criptoativos com a Faculdade XP

Entendeu tudo sobre capitalização de mercado cripto? Já está pronto para investir com inteligência e estratégia? Se a resposta foi “não” ou mesmo um “sim” inseguro, não se preocupe.

Nós temos mais uma dica que pode te ajudar a dominar o promissor mercado dos criptoativos: o curso Criptoinvestidor, indicado para quem deseja investir em moedas digitais de forma segura, conhecer os melhores caminhos para fazer análises de criptomoedas e aprimorar conhecimentos sobre a modalidade. 

O conteúdo é facilitado por grandes especialistas do mercado, e os módulos de aprendizado são didáticos, práticos e flexíveis para caber em qualquer rotina. Matricule-se agora mesmo e não perca mais tempo!

*Créditos da imagem de capa: Art Rachen em Unsplash

Investimento atrelado ao IGP-M: 4 títulos para considerar

Você está pensando em destinar recursos para algum investimento atrelado ao IGP-M? Então que tal se aprofundar  nas possibilidades e compreender como o índice impacta os preços dos títulos? 

Ao longo deste artigo, falamos um pouco mais sobre o papel do IGP-M enquanto regulador da inflação, como ele é calculado e de que forma atua em quatro tipos de investimentos. 

Boa leitura! 

O que é IGP-M? 

IGP-M, ou Índice Geral de Preços de Mercado, é o nome dado a um dos indicadores utilizados para medir a inflação do país. 

O cálculo do IGP-M é realizado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e serve como um monitor para a variação de preços do mercado, sendo, portanto, um valioso termômetro econômico. 

Por ser um indicador incidente ao longo de toda a cadeia produtiva, é considerado como um fator essencial para análises macroeconômicas. 

Além disso, vem sendo utilizado como referência para o reajuste de tarifas públicas (energia e telefonia), em contratos de aluguéis e em contratos de prestação de serviços. 

A alta oscilação do IGP-M (volatilidade + sensibilidade ao dólar), porém, faz com que investidores de “fundos de tijolo” (que lucram com contratos de locação de imóveis) ou de “papel” (que investem em fundos imobiliários) repensem a utilização do índice como referência para os ajustes contratuais. 

>>> Saiba mais sobre o movimento de substituição do IGP-M nos contratos imobiliários

Na prática: análise do IGP-M

Um IGP-M alto, por exemplo, indica que o dinheiro vale menos. Para você ter uma ideia, vamos avaliar a cotação do IGP-M em 28 de março de 2022. 

Os números a seguir refletem a análise do mês de fevereiro, uma vez que novos resultados são apresentados sempre ao final dos meses. 

Segundo a FGV, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,83% em fevereiro, ante 1,82% no mês anterior. Com este resultado o índice acumula alta 3,68% no ano e de 16,12% em 12 meses.

A análise fornecida pela Fundação aponta, ainda, que “a inflação ao produtor fechou o mês de fevereiro sob influência dos preços de grandes commodities, como soja (de 4,05% para 8,91%), milho (de 5,64% para 7,92%) e combustíveis, com destaque especial para o óleo Diesel (de 2,30% para 5,53%)”.

O que significa “investimento atrelado ao IGP-M”?

Um investimento atrelado ao IGP-M é aquele cujo rendimento está submetido à oscilação do índice no período de tempo predeterminado no contrato. 

A oscilação do Índice Geral de Preços de Mercado, por sua vez, é uma média aritmética de três outros índices de preços, que possuem pesos diferentes no cálculo. São eles:

  • IPA-M: Índice de Preços ao Produtor Amplo – Mercado, responsável por 60%;
  • IPC-M: Índice de Preços ao Consumidor – Mercado, responsável por 30%;
  • INCC-M: Índice Nacional do Custo da Construção – Mercado, responsável por 10%.

Para o cálculo do IGP-M de um período, são considerados os preços praticados no mercado entre o dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês de referência.

Vale a pena investir em fundos atrelados ao IGP-M?

Embora menos usual do que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o IGP-M também é um indicador de inflação. 

Apesar disso, enquanto o IPCA reflete apenas a inflação do varejo (ou seja, incide na “ponta final” do ciclo produtivo), a cesta do IGP-M  inclui os preços da indústria, agronegócio e construção civil — a cadeia produtiva como um todo —, que são mais impactados pela variação do dólar.

Por conta dessa configuração, o IGP-M se torna um indexador mais suscetível a quedas e altas, que variam conforme o cenário político global. Dessa forma, é interessante considerar suas expectativas e tolerâncias enquanto investidor para investir em um fundo atrelado ao IGP-M. 

>>> Saiba mais: perfil de investidor: quais os tipos e como descobrir o seu? 

Investimento atrelado ao IGP-M: 4 opções para conhecer

Antes de seguirmos adiante e nos aprofundarmos em tipos de investimento atrelados ao IGP-M, é importante salientar que o formato tem pouca oferta no mercado. 

Como dito no início deste artigo, o índice é mais utilizado para balizar reajustes relacionados ao mercado imobiliário, como os FII (Fundos de Investimento Imobiliário), as LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários). 

Falaremos um pouco mais sobre cada um dos títulos de investimento atrelados ao IGP-M a seguir. 

1- Fundo de Investimento Imobiliário

Também conhecidos como FII, os Fundos de Investimento Imobiliário são aplicações de renda variável. 

Se você deseja investir no mercado imobiliário sem precisar adquirir imóveis, pode comprar cotas de fundos imobiliários e receber uma parcela de rendimento dos aluguéis dos empreendimentos participantes do fundo.

Assim como os tradicionais contratos de locação de imóveis, a rentabilidade proporcionada pelo aluguel de um imóvel pertencente a um fundo de investimento também pode ser reajustada pelo IGP-M. 

Por ser um investimento de renda variável (suscetível a oscilações e a imprevisibilidades do mercado), os FIIs atrelados ao IGP-M são indicados para perfis de investidores moderados a arrojados. Ainda assim, é considerado um título de alta liquidez, sendo indicado até mesmo para quem não dispõe de altas quantias para investir. 

Aprenda mais sobre os FIIs dando play no vídeo abaixo: 

2- LCI

LCI (Letras de Crédito Imobiliário) são investimentos de renda fixa (portanto, recomendados para investidores de todos os perfis, incluindo o conservador), nos quais você, na figura de investidor, atua como um credor da instituição da qual adquire o papel. Seu retorno vem em formato de juros nos prazos estipulados no contrato. 

Sua rentabilidade pode ser pré fixada, pós-fixada e indexada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), por exemplo, ou híbrida. Nesta modalidade, uma parte do título é prefixada e a outra, atrelada a uma taxa de inflação, como o IPCA ou o IGP-M. 

A liquidez dos títulos, porém, é mais baixa do que a de outros papéis de renda fixa. Não é possível sacar o investimento em qualquer momento, e o descumprimento dos prazos acordados no contrato podem acarretar em multas. 

3- CRI

Semelhantes às LCI, os CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) também são títulos de renda fixa e funcionam com a mesma lógica do investimento anterior. A diferença está na instituição emissora. 

Enquanto as LCI são emitidas por instituições financeiras, quem gera os CRI são securitizadoras. Outro ponto de diferenciação entre os investimentos é a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), enquanto as LCI são seguradas em investimentos de até R$250 mil por CPF, os CRI não contam com a proteção. 

Por serem considerados investimentos de longo prazo — com variações entre 2 e 10 anos, chegando em 15 em alguns casos —, os CRI são recomendados para perfis moderados e agressivos que não visam rendimentos no curto prazo.

A liquidez do investimento é considerada baixa, já que, em geral, os títulos não permitem o resgate antecipado – não com a garantia da rentabilidade prometida no ato da compra.

4- Debêntures com remuneração híbrida

Debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas e negociados no mercado de capitais. 

Com funcionamento semelhante ao do Tesouro Direto (em que você, investidor, empresta dinheiro para o Governo), nas debêntures seu papel é ser credor de empresas, que utilizam o dinheiro do investimento para realizar expansões e outras operações logísticas estratégicas. 

Existem diferentes tipos de títulos disponíveis para compra, variando de acordo com a forma de remuneração e eventuais incentivos do governo (nas debêntures incentivadas, por exemplo, há isenção de IR no título para estimular sua compra). 

Nas debêntures com remuneração híbrida, por exemplo, há um componente prefixado e outro pós-fixado. Os casos mais comuns são aqueles em que o papel assegura uma taxa de juros anual (de 5% ou 8%, por exemplo) mais a variação da inflação, medida pelo IPCA ou pelo IGP-M..

>>> Conheça os diferentes tipos de debêntures e aprenda mais sobre o título no vídeo abaixo: 

Torne-se um expert em investimentos e escolha os melhores títulos para o seu perfil 

Agora que você já conhece nossa seleção para escolher um bom investimento atrelado ao IGP-M, pode começar a olhar para as possibilidades com outros olhos. 

Lembre-se de que a decisão de compra de um título deve ser feita em consonância com o seu perfil de investidor, expectativas no curto, médio e longo prazo e, claro, suas necessidades.

Para te ajudar a entender o seu perfil e identificar como nós, da Faculdade XP, podemos te ajudar a seguir sua jornada de conhecimento, recomendamos o curso O Beabá Financeiro.

Aprendendo sobre juros, inflação, IGP-M, Selic e afins, você dará os próximos passos no mundo dos investimentos, de forma assertiva.

*Créditos da imagem de capa: Tierra Mallorca em Unsplash

Análises de criptomoedas: como escolher as melhores para investir?

“Do your own research” (ou DYOR). Esta frase, que, em português, significa “faça a sua própria pesquisa”, é uma das máximas do universo das moedas digitais. Isso quer dizer que, para escolher o melhor investimento, você precisa saber fazer análises de criptomoedas, entendendo características, vantagens e desvantagens dos ativos. 

Uma vez por dentro dos principais critérios de escolha de criptoativos, você pode começar a colher bons frutos desta tendência que só cresce no Brasil e no mundo. 

Continue a leitura deste artigo e veja algumas alternativas para entender como analisar criptomoedas e fazer escolhas seguras e rentáveis.

Principais criptomoedas do mercado 

Você já fez o exercício de acompanhamento das cotações das principais criptomoedas do mercado? Além de ser um dos critérios para analisar bitcoin e outros ativos digitais, este é um caminho para se familiarizar com seus nomes e performances.

A seguir, você confere a cotação das criptomoedas no dia 3 de junho de 2022, conforme indicado no portal InfoMoney: 

(Fonte: Infomoney)

Olhando para a tabela acima, quais nomes lhe são familiares? Certamente os dois primeiros, Bitcoin e Ether, já foram mencionados em matérias e conteúdos digitais sobre o tema, não é mesmo? 

Estas são duas das mais populares criptomoedas do mercado. O Bitcoin é uma moeda digital pioneira, lançada em 2008. Em 2020, o ativo  passou por um boom de crescimento de mais de 300%, tornando-se um dos investimentos mais valorizados do período.

Já o Ether é a criptomoeda da rede Ethereum, cujo produto principal é a plataforma descentralizada focada na execução dos chamados “contratos inteligentes”, operações que são feitas automaticamente a partir do cumprimento de condições preestabelecidas. 

Ao contrário do Bitcoin, o Ether não foi criado para ser uma moeda digital. Originalmente, ele foi desenhado para funcionar como um ativo para recompensar os desenvolvedores que usam a plataforma Ethereum para seus projetos. Mesmo assim, o Ethereum é uma das três moedas digitais mais negociadas do mundo.

Quer conhecer outros ativos digitais populares no mercado financeiro? Leia nosso artigo sobre o que são criptomoedas e assista ao vídeo abaixo para entender mais sobre a modalidade de investimento: 

Como analisar criptomoedas? 

O primeiro passo para fazer uma análise fundamentalista de criptomoedas (ou seja, considerar aspectos econômicos, mercadológicos, históricos e contextuais do ativo) é ter acesso a seu whitepaper. 

Trata-se de um documento público que detalha o projeto e seus objetivos. Aqui estão, por exemplo, o whitepaper do Bitcoin e Ethereum, citados anteriormente. 

No entanto, apenas o whitepaper não assegura a idoneidade da moeda. O ambiente cripto ainda é pouco regulado, o que facilita a circulação de projetos fraudulentos.

Para evitar cair em uma armadilha ou fazer a escolha errada, alie a análise do whitepaper a outros critérios, como: 

Entendimento do projeto

Este é o momento de atuar como um verdadeiro detetive: investigue a criptomoeda, faça buscas na internet e leia conteúdo (em português e outros idiomas, se for possível) para entender, por exemplo:

  • a proposta do criptoativo;
  • história do projeto;
  • pessoas envolvidas na criação do ativo;
  • membros do conselho;
  • proposta de valor; 
  • roadmap e cronograma de crescimento; 
  • composição do time de desenvolvedores;
  • características do criptoativo (é open source, com código-fonte público e acessível por todos? tem gestão transparente?)

Desempenho no mercado

A análise de criptomoedas a partir do seu desempenho no mercado segue dois conceitos-base: as ideias de tokenomics e capitalização.

Tokenomics

Tokenomics foi o nome dado ao estudo da “economia de tokens”, ou seja, a análise e o entendimento do potencial de geração de valor de uma criptomoeda. Além de aspectos logísticos ou de captação de investimentos, esta métrica avalia a real capacidade da moeda de gerar impactos positivos no sistema econômico mundial. 

Segundo os estudiosos do tema, a viabilidade da “economia dos tokens” depende da conjunção de fatores, como a criação de uma comunidade que compactue com os princípios do projeto, estabilidade de preços, transparência na gestão dos ativos, utilidade no mundo “offline”, etc. 

Assista ao vídeo abaixo, com legendas automáticas em português, para entender mais sobre o tema: 

Capitalização

A ideia de capitalização da criptomoeda, por sua vez, é uma métrica obtida a partir de um cálculo matemático. 

Por meio da multiplicação entre o valor do ativo no mercado e seu volume, é possível identificar se há um grande volume de pessoas movimentando a moeda no mercado. 

Índices altos, em geral, apontam boa liquidez para a moeda (já que é possível comprar e vender os criptoativos com rapidez). Já os índices baixos devem ser interpretados como sinais de alerta, pois, no médio e longo prazo, podem levar a uma queda no valor do ativo. 

Aprofunde seus conhecimentos no assunto 

Agora você já conhece os passos essenciais para fazer análises de criptomoedas. Cada um deles deve ser levado em consideração no momento da sua escolha, possibilitando, assim, que você aproveite o melhor desta modalidade de investimento que está revolucionando as oportunidades de investimento. 

E para te ajudar a ter ainda mais segurança em suas tomadas de decisão, aqui vai uma dica bônus: que tal investir no curso Criptoinvestidor?

O curso é indicado para quem quer aprender a investir em moedas digitais de forma segura, conhecer os melhores caminhos para fazer análises de criptomoedas e aprimorar conhecimentos sobre a modalidade. 

Com conteúdo facilitado por grandes especialistas do mercado, o curso Criptoinvestidor oferece módulos didáticos, práticos e flexíveis para caber na sua rotina. Matricule-se agora mesmo e aproveite o boom das criptomoedas para lucrar mais!

*Créditos da imagem de capa: Pierre Borthiry em Unsplash

O que é incorporadora? Saiba tudo sobre a modalidade de investimento

Você sabe o que é incorporadora? Trata-se da responsável por gerir e viabilizar a construção de um imóvel, incluindo todas as etapas legais e técnicas do processo. 

E mais: você sabia que é possível investir em incorporação imobiliária mesmo sem ter altos valores disponíveis? 

Ao longo do artigo de hoje, vamos falar com mais detalhes sobre o segmento, com foco nas informações-chave para te ajudar a identificar se esta modalidade de investimento faz sentido para você.

O que é incorporadora?

Uma incorporadora é a responsável pela gestão de todos os processos ligados à concepção de um empreendimento imobiliário. 

Podem se enquadrar nesta categoria:

  • proprietário do terreno;
  • cessionário do local;
  • promitente-cessionário (que atua exclusivamente como vendedor).
  • empresa ou pessoa física que realiza a contratação de construções de prédios com a finalidade de constituir condomínios.

Neste sentido, a incorporadora tem, como objetivo, identificar parcerias e oportunidades para viabilizar o negócio. Na incorporação, é comum que os imóveis sejam vendidos na planta ou enquanto estão sendo edificados. Assim, a obra continua por meio dos recursos destes compradores.

Fazem parte das atribuições da incorporadora atividades como: 

  • venda de cotas dos investidores junto a imobiliárias parceiras.
  • aquisição de terrenos; 
  • pesquisa de viabilidade da obra;
  • aprovação do projeto junto a órgãos públicos;
  • definição de padrões de construção;
  • desenvolvimento e acompanhamento de  projetos;
  • acompanhamento da evolução da obra; 
  • venda e alienação de unidades; 
  • contratação e contato com parceiros (empreiteiras, fornecedores de material);
  • acompanhamento e elaboração do projeto arquitetônico; 
  • definição do valor de venda dos imóveis.

Agora que você já entendeu o que é incorporadora, que tal dar o play no vídeo abaixo para começar a entender como investir em fundos imobiliários? Spoiler: faremos a conexão destes fundos com a incorporação, acima descrita, no próximo tópico! 

Como investir em incorporação imobiliária? 

O investimento em incorporação imobiliária pode acontecer de diferentes maneiras. 

1- Investidores de médio e grande porte 

Em agosto de 2020, em função da crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, as regras de investimento neste segmento mudaram. Antes, rígidas e exclusivas para empresas com faturamento superior a R$10 milhões (conforme a CVM 588), as restrições para adquirir cotas de incorporação mudaram, conforme consta na Resolução CVM 4, para: 

● referência de faturamento da incorporadora até R$ 5 milhões;

●  sociedades anônimas passam a ter direito de participação nas rodadas de negociações do segmento; 

●  investidores com aportes entre R$ 100.000 e R$ 1 milhão podem investir até 10% de sua renda bruta neste setor.

Como você pode ver, as novas definições tornaram mais fácil a participação de pequenas e médias empresas no setor de incorporações. 

“Certo, Faculdade XP, entendi o que é incorporadora e como as empresas podem investir no setor. Mas não tenho mais de R$100 mil em títulos. Isso quer dizer que este segmento não é para mim?” 

Calma, investidor! Há, ainda, uma outra oportunidade de investimento em incorporação imobiliária, ainda mais democratizada. 

2- Investidores de pequeno porte

Se você não tem um perfil de investidor voltado à construção de reservas quantitativas robustas, pode ser que não consiga atingir o patamar dos R$100 mil necessários para investir na modalidade de incorporação imobiliária mencionada acima. 

Porém, isso não significa que este negócio não é para você — e é aqui que retomamos o spoiler dado no tópico anterior. 

É possível adquirir cotas em Fundos Imobiliários de Incorporação, que funcionam com uma lógica de cotas semelhante à dos fundos imobiliários. 

Também chamados de Fundos de Incorporação e Desenvolvimento, os títulos têm, como objetivo, gerar lucro para os cotistas por meio da venda dos imóveis após sua construção. Isso os difere dos demais FIIs, nos quais o lucro é obtido a partir de contratos de locação de espaços prontos.  

O que levar em conta antes de investir em incorporação? 

Se após descobrir o que é incorporadora, você se interessou pela modalidade de investimento, aqui vão algumas dicas de elementos para considerar antes de adquirir suas cotas: 

  • faça uma espécie de análise fundamentalista da incorporadora. Quem é a empresa, há quantos anos atua no mercado, quais os parceiros contratados para a construção do imóvel, histórico de entregas e cronogramas; 
  • pesquisa sobre a região em que o imóvel será construído. Isso te ajudará a identificar chances reais de rendimento. 

Detalhes que você precisa conhecer

Uma dessas estratégias tem relação com a incorporação: são os fundos de desenvolvimento, também conhecidos como fundos de incorporação. Eles têm foco no investimento voltado à construção e à alienação de imóveis.

Portanto, investir em fundos que têm a incorporação e o desenvolvimento de imóveis em seu estatuto é sempre mais arriscado, e, levando em consideração o binário risco x retorno, mais rentável.

Risco 

Dentre os fundos imobiliários, os de incorporação e desenvolvimento são considerados os mais arriscados. 

Isso porque existem alguns problemas que, embora possam ser imaginados, não podem ser previstos com antecedência, tais como: 

  • atrasos na construção;
  • problemas com as licenças;
  • estouro do orçamento; 
  • descumprimento dos prazos de entrega. 

Estes riscos, inerentes à incorporadora, passam a ser, também, riscos do investidor no momento em que este adquire uma cota e espera obter lucro com o título.  

Por essa razão, dizemos que os investimentos em incorporadoras são indicados para quem tem um perfil de investidor arrojado, com maior tolerância a variações imprevistas. 

>>> Quer saber mais sobre perfil de investidor? Dê o play no vídeo abaixo!

Rentabilidade

Seguindo a lógica dos investimentos, o risco dos fundos imobiliários de incorporação é diretamente proporcional ao seu potencial de rentabilidade

Sendo assim, as chances de lucro de um fundo bem sucedido tendem a superar as dos demais tipos de fundos imobiliários. 

Liquidez 

A liquidez dos fundos de desenvolvimento está ligada à venda das cotas adquiridas. Como se trata da aquisição de imóveis em fase de construção, o processo pode ser mais ou menos rápido a depender das condições de evolução da obra. 

Mais sobre o investimento no mercado imobiliário? Nós temos! 

E aí? Saber o que é incorporadora e como investir em incorporação imobiliária te inspirou? Pois saiba que o segmento é repleto de opções de títulos e que, você, na qualidade de investidor, deve conhecer cada um deles e identificar aqueles que melhor se adequam ao seu perfil de investidor. 

Para te ajudar com isso, temos vários posts no blog sobre fundos imobiliários, começando por como escolher um FII. Confira!

*Créditos da imagem de capa: Engenheiro apontando foto criado por pressfoto – br.freepik.com

Tudo o que você deve saber antes de investir em títulos privados

Saber o que são títulos privados pode te posicionar mais perto da realização de sonhos, sabe por que? Porque são alternativas seguras de investimento, com rentabilidade superior à da poupança e atreladas a instituições sólidas no País, como bancos e empresas do setor imobiliário e agrícola.

Continue a leitura e entenda quais os tipos de investimentos privados disponíveis no mercado, suas vantagens e desvantagens e dicas para descobrir se estes títulos são compatíveis com o seu perfil de investidor. 

O que são títulos privados? 

Títulos privados são ativos de renda fixa emitidos por empresas da iniciativa privada. Os investimentos privados funcionam assim: você, como investidor, “empresta” dinheiro para o emissor do título (no caso, uma empresa). 

Em troca, recebe o retorno do capital investido com uma bonificação que, em geral, corresponde aos juros incidentes na data de vencimento do título ou nos prazos acordados no momento da compra do ativo. 

Quais os tipos de investimentos privados? 

A seguir, você conhece alguns dos mais populares tipos de investimentos privados disponíveis. Será que você já ouviu falar em alguns deles? 

1. CDB

CDB é a sigla para Certificado de Depósito Bancário. Trata-se de um título emitido por bancos e corretoras de valores, bastante procurado por quem quer um investimento seguro — o CDB é protegido pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que assegura aportes de até R$250 mil por CPF.

A lógica de funcionamento do CDB é a seguinte: você “empresta” dinheiro ao banco e, no momento do fechamento do contrato, define a data de vencimento do empréstimo, sua liquidez e a taxa de juros incidente sobre o valor aportado. 

Existem diferentes tipos de CDB:

  • prefixado, no qual a taxa de juros é definida no momento da aplicação, possibilitando ao investidor saber exatamente quanto vai receber no futuro;
  • pós-fixado, em que sabe-se o indicador que será usado como referência para a rentabilidade (por exemplo, 110% do CDI) mas não é possível prever o valor exato recebido no vencimento em decorrência da oscilação do indicador;
  • híbrido: apresenta uma parte do retorno a partir de uma taxa prefixada e outra pós-fixada que varia de acordo com algum índice financeiro. É bastante comum que o indexador seja o IPCA, também conhecido como inflação.

2. LCI e LCA

LCI e LCA correspondem, respectivamente, a Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio. Nestes dois casos, e assim como no exemplo anterior, você, na qualidade de investidor, financia as atividades dos respectivos setores. 

O investimento em LCI e LCA é vantajoso por ser isento de tributação no Imposto de Renda, além da garantia do FGC.

Quer saber mais sobre LCI e LCA? Dê o play no vídeo abaixo! 

3. Debêntures

Debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas privadas. Quem compra uma debênture segue o mesmo fluxo dos investimentos descritos anteriormente e se torna um credor da empresa, recebendo, no vencimento, juros sobre o valor investido. 

Existem diferentes tipos de debêntures disponíveis no mercado, incluindo as chamadas debêntures incentivadas, que, por serem voltadas a setores estratégicos da economia — como energia e transporte —  têm alíquota zero no Imposto de Renda. 

4. LC

As Letras de Câmbio são emitidas por financeiras, ao invés de bancos e têm uma lógica bastante semelhante à do CDB. 

A principal diferença entre uma LC e um CDB é a possibilidade de encontrar, na sua corretora, um título com a data de vencimento ideal para você e um rendimento compatível às suas expectativas. 

Quer conhecer mais sobre as Letras de Câmbio? Assista ao vídeo abaixo e fique por dentro. 

5. CRI e CRA 

Assim como LCI e LCA, os Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio são títulos semelhantes que operam em segmentos distintos. 

Eles são emitidos por empresas privadas – chamadas de securitizadoras – e são lastreados em operações de crédito ligadas aos setores imobiliário e do agronegócio.

Assim como outros investimentos de renda fixa, o CRI e o CRA podem ser prefixados, pós-fixados ou atrelados à inflação no chamado modelo híbrido. 

Além de oferecer diferentes opções de rentabilidade, os certificados de recebíveis são isentos de Imposto de Renda e de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Vantagens e desvantagens dos títulos privados

E aí, se interessou pelos títulos privados? Se ainda está em dúvida se este é o melhor tipo de investimento para você, vamos te ajudar. Separamos alguns prós e contras deste padrão de aplicação.

Vantagens 

Isenção de Imposto de Renda

Como você viu, grande parte dos investimentos privados mostrados no tópico acima têm isenção de Imposto de Renda. Isso acontece porque os títulos têm, como finalidade, viabilizar projetos de infraestrutura, transmissão de energia, transporte de cargas e matérias-primas e reformas. 

Dessa maneira, para incentivar mais investidores a optarem por esta modalidade, viabilizando o avanço econômico do país, o Governo oferece a isenção fiscal como um incentivo.

Risco reduzido

Ao investir em títulos de empresas de grande porte, instituições bancárias e financeiras, você ganha em segurança e confiabilidade. Isso porque as chances de inadimplência são menores, o valor investido não oscila no mercado e, em grande parte dos casos, ainda conta com a garantia do FGC. 

Rentabilidade

Quanto menor for o porte da instituição emissora de um título de crédito privado, maiores são os retornos previstos aos seus investidores. Isso acontece para que esses títulos sejam atrativos, gerando alta rentabilidade.

Desvantagens

Antes de tomar sua decisão sobre os títulos privados, atente-se às desvantagens das aplicações e avalie o quanto elas podem impactar na sua expectativa: 

  • É preciso avaliar com atenção e cuidado as empresas emissoras do título, considerando sua reputação e histórico no mercado;
  • Em alguns títulos privados, não há garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Nestes casos, as garantias existentes são feitas pelas próprias instituições emissoras, o que reforça o ponto anterior.
  • Há títulos privados em que o valor mínimo do investimento tende a ser mais alto, com aportes entre R$1 mil, R$10 mil e até R$30 mil. 

Perfil de investidor: encontre a aplicação perfeita para você 

Como saber se os títulos privados são a melhor opção para você? Comece pelo seu perfil de investidor

O perfil de investidor é um espelho das tendências comportamentais de cada investidor. Essa análise acontece partir da descrição do comportamento do indivíduo diante das características — e principalmente dos riscos — de diferentes tipos de investimentos. 

A tolerância ao risco, o conforto ou desconforto diante de oscilações e da possibilidade de perda de capital são alguns dos elementos de avaliação no momento do desenho da “personalidade investidora”, que pode ser classificada como Arrojada (alta tolerância a riscos), Moderada (alguma tolerância a riscos) e Conservadora (baixa tolerância a riscos).

Considerando as características dos títulos privados, podemos dizer que a modalidade é indicada a investidores de perfil conservador a moderado, a depender do tipo de aplicação escolhido.

Quer entender mais sobre os perfis de investidor? Assista ao vídeo abaixo: 

Renda fixa: alternativa para a poupança

Seja qual for o seu perfil de investidor, é essencial manter em mente que, se seu desejo é obter rentabilidades superiores à da poupança, a renda fixa é um bom lugar para começar. 

Aliás, está mais do que na hora de você abrir a mente e aprender mais sobre o universo dos investimentos. Para começar, que tal fazer o curso Renda Fixa: Ganhos com Baixo Risco? Aproveite!

*Créditos da imagem de capa: Mercado de trabalho foto criado por DCStudio – br.freepik.com

Qual o melhor investimento para aposentadoria? Veja o que considerar

Saber qual o melhor investimento para aposentadoria pode te ajudar a enxergar o seu futuro com mais tranquilidade. Afinal, um bom planejamento financeiro na chamada “melhor idade” possibilita a realização de sonhos e a manutenção — e até o crescimento —  do padrão de vida conquistado ao longo da vida. 

Diante de tantas possibilidades, os brasileiros vêm, aos poucos, abrindo a mente para novos caminhos de investimento visando ao futuro. 

De acordo com o 4º Raio X do investidor, publicado pela Anbima em 2021, 18% dos brasileiros já preveem sua renda na aposentadoria a partir de investimentos. No relatório de 2020, esse número correspondia a 14% e, no ano anterior, a 10%. 

Você faz parte desse número crescente de cidadãos em busca de alternativas para viabilizar uma aposentadoria sem dores de cabeça? Então continue a leitura. Vamos te ajudar com isso! 

Definindo o melhor investimento para aposentadoria: o que levar em conta? 

Antes de mais nada, para decidir qual o melhor investimento para a aposentadoria, considere sua expectativa de futuro.

Que padrão de vida você espera ter? Quais conquistas devem ser alcançadas? Há o plano de fazer aquisições de bens? Quais serão os gastos básicos na longevidade (considere custos de transporte, moradia, alimentação, saúde e lazer)? Estas devem ser suas perguntas-guia. 

Você já tem uma reserva de emergência? Se não, coloque-a no planejamento também.

>>> Antes de seguir em frente, aproveite e saiba mais sobre esse importante recurso dando o play no vídeo abaixo: 

No momento do planejamento, é fundamental levar em conta o aumento da expectativa de vida. De acordo com o estudo Tsunami 60+. a expectativa de vida cresceu mais de 30 anos entre 1940 e 2016, e a tendência é que a curva continue ascendente.

Por último, mas não menos importante: considere o seu perfil de investidor. Mesmo quando falamos em títulos de longo prazo, é preciso entender pontos como:

  • tolerância ao risco;
  • prioridade no momento do investimento;
  • expectativas no longo prazo.

Isso ajudará a classificar o seu perfil como moderado, conservador ou arrojado, e assim,  entender qual o melhor investimento para a aposentadoria. Este, aliás, é o tema sobre o qual falaremos no tópico seguinte. 

Qual o melhor investimento para aposentadoria? 4 opções para considerar

Separamos 4 opções de investimento para aposentadoria para te ajudar a conhecer as possibilidades. O ideal é que você avalie cada uma delas em relação aos pontos levantados anteriormente e busque por aquela que combine com as suas expectativas enquanto investidor e, ao mesmo tempo, o ajude a alcançar os objetivos traçados. 

Previdência Privada

Este é, possivelmente, o mais popular investimento privado para aposentadoria. A previdência privada, oferecida por bancos e seguradoras, funciona por meio de aportes periódicos em um fundo de seguridade. 

O rendimento destes aportes no longo prazo pode ser revertido em renda na aposentadoria ou para viabilizar conquistas e planos. 

Vantagens do investimento

A previdência privada é uma boa opção para investidores de perfil conservador, que buscam previsibilidade para os resgates futuros e para os aportes mensais. Além disso, a previdência também oferece, como vantagens positivas: 

  • desconto progressivo no Imposto de Renda (quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menor o imposto incidente no valor total);
  • não há cobranças antecipadas no IR, como acontece semestralmente em outros fundos;
  • Isenção do imposto sobre herança. Neste caso, o produto funciona como um fundo de seguridade e, por isso, não tem as obrigações comuns a outros ativos;
  • liquidez com a possibilidade de resgatar os valores a qualquer momento (embora haja multas e perdas pela operação, sinalizados em contrato no momento do fechamento do plano). 

Desvantagens

Em geral, as desvantagens da previdência privada têm relação às taxas de administração e carregamento, que são mais altas do que em outras modalidades de investimento. 

Além disso, investidores com mais conhecimento no mercado identificam a previdência privada como um fundo de baixo rendimento, especialmente se comparado a ativos de renda fixa e Fundos de Investimento Imobiliário (FII), por exemplo. 

>>> Ficou interessado nos FII? Leia mais sobre o assunto e saiba como funcionam os Fundos de Investimento Imobiliário e para quem são indicados

Poupança ou previdência privada: qual é o melhor? 

Uma dúvida recorrente entre investidores que estão dando os primeiros passos no mundo dos investimentos para a longevidade é: poupança ou previdência privada, em qual investir? 

A resposta é: depende! 

Ambas as modalidades de investimento são consideradas como tendo baixo rendimento (em comparação com outros ativos de renda fixa e, especialmente, de renda variável). Além disso, contam com características particulares e que devem ser levadas em conta juntamente com as expectativas e possibilidades do investidor, tais como: 

  • rentabilidade: enquanto o rendimento da poupança é atrelado às Taxa Selic e  Referencial — o que faz com que seu desempenho em alguns casos não supere a inflação, a previdência varia de acordo com a instituição seguradora escolhida;
  • prazo de resgate: é importante ter em mente que a previdência é um investimento de longo prazo, e que resgates a qualquer hora podem implicar no pagamento de multas e penalidades;
  • taxas e tarifas: conheça as cobranças atreladas a ambas as modalidades de investimento. Lembre-se de que a previdência conta com taxas de administração e carregamento. 

E aí? Pronto para conhecer outras opções mais rentáveis e eleger o melhor investimento para a SUA aposentadoria? 

Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um programa criado em 2002 pelo Tesouro Nacional. Seu objetivo é permitir que cidadãos comprem títulos do Governo Federal de forma online, tornando-se um credor do órgão. 

No Tesouro Direto, o investidor pode fazer aplicações baixas (a partir de R$30) e escolher diferentes planos, de acordo com sua expectativa e perfil.

Por isso, costumamos dizer que o Tesouro é uma modalidade de investimento democrática, com opções para investidores conservadores, arrojados e moderados que desejam desde a formação de uma reserva de emergência até a criação de um plano para a aposentadoria. 

>>> Saiba mais sobre o Tesouro Direto e os tipos de títulos disponíveis

Vantagens do investimento

Investir no Tesouro Direto é fácil e intuitivo. Esse é um dos diferenciais da aplicação. Além disso, o Tesouro também:

  • é considerado um título seguro, já que é emitido pelo próprio Tesouro Nacional; 
  • tem alta liquidez, ou seja, pode ser resgatado a qualquer momento;
  • funciona pela lógica dos juros compostos, ou seja, o rendimento de amanhã incide sobre o valor do rendimento de hoje, e não sobre o valor do aporte inicial;
  • diferentes opções de títulos com prazos e retornos variados

Desvantagens

As principais desvantagens atreladas ao Tesouro Direto dizem respeito às taxas e tributações, como o IOF (que incide nos primeiros 30 dias de contratação do título), a Taxa de Custódia, cobrada semestralmente pela B3, a Bolsa de Valores do Brasil e o Imposto de Renda. 

Além disso, é importante destacar que, embora o Tesouro Direto tenha alta liquidez, a venda antecipada de títulos pode levar a um prejuízo financeiro, decorrente das oscilações do mercado no período. 

LCI e LCA

LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) são tipos de investimento em renda fixa isentos de Imposto de Renda. Neste caso, ao comprar os papéis, você se torna credor das instituições bancárias emissoras, emprestando dinheiro a elas e recebendo o pagamento com juros no vencimento. 

As LCI e LCA são  opções interessantes para quem busca o melhor investimento para a aposentadoria, já que costumam gerar retornos consideravelmente superiores ao de investimentos convencionais, como a poupança. 

Além disso, e assim como o Tesouro Direto, oferecem títulos com diferentes prazos e rendimentos, sendo classificadas como: prefixada pós-fixada e híbrida (atrelada à variação da inflação).

>>> Mais sobre LCI e LCA e os diferentes tipos de títulos.

Vantagens do investimento

  • Isenção de Imposto de Renda;
  • Boa rentabilidade, até superiores a outros investimentos, como o CDB (Certificado de Depósito Bancário) considerado uma opção popular em renda fixa; 
  • Garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para valores de até R$250 mil por CPF;
  • Não há tributos ou taxas atreladas ao investimento. 

Desvantagens

A principal desvantagem atribuída às LCI e LCA é a liquidez limitada. Isso significa que, normalmente, é preciso aguardar o vencimento do título para acessar os recursos investidos, bem como o rendimento incidente.  

Fundos de investimento

Por fim, os Fundos de Investimento, modalidade na qual um ou mais investidores, chamados de cotistas, agrupam seus recursos e realizam aplicações conjuntas em ativos.

A lógica de funcionamento do fundo de investimento é semelhante a uma gestão de condomínio: cada cotista tem um ou mais apartamentos (as cotas), pagam uma mensalidade para a administração do espaço (o fundo, administrado pelo custodiante) e seguem algumas regras (estabelecidas e controladas por um auditor independente e credenciado na CVM – Comissão de Valores Mobiliários).

Assim como as modalidades de investimento mostradas anteriormente, os fundos também oferecem diferentes tipos de títulos para seus cotistas.

>>> Conheça os principais tipos de Fundos de Investimentos e suas regras de funcionamento. 

Vantagens do investimento

  • Possibilidade de diversificação da carteira de investimentos, com várias opções de fundos disponíveis; 
  • Liquidez: aplicação e resgate ágeis e sem cobrança de impostos; 
  • Gestão das cotas feita por profissionais credenciados e qualificados; 
  • Aporte mínimo de baixo valor (cerca de R$100);
  • Custos de corretagem divididos entre cotistas

Desvantagens

As desvantagens da aplicação em fundos de investimento dizem respeito às taxas (como a corretagem, mencionada anteriormente) e à relativa falta de autonomia na escolha das cotas (afinal, você precisa optar pelas opções já disponíveis em seu fundo).

>>> Assista ao vídeo abaixo para saber mais sobre os fundos de investimento: 

Tudo pronto para planejar uma aposentadoria tranquila? 

Agora você tem em mãos tudo o que precisa para escolher o melhor investimento para a aposentadoria. Lembre-se de levar em conta o seu perfil de investidor e considerar aquilo que cada modalidade de investimento pode, de fato, oferecer. 

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*Créditos da imagem de capa: Amy Hirschi em Unsplash

A previdência privada pode quebrar? Riscos e vantagens da aplicação

Tem vontade de garantir um futuro confortável na aposentadoria? Fica adiando a realização deste sonho por medo dos riscos atrelados à sua escolha? 

Se sua resposta for “sim” para as perguntas anteriores, temos boas notícia. No artigo de hoje, você descobre se a previdência privada pode quebrar e como colocar na balança as vantagens e desvantagens deste modelo de aplicação. 

Continue a leitura e prepare-se para ir além do “pé de meia” para a aposentadoria!  

O que é previdência privada?

Antes de respondermos se a previdência privada pode quebrar, uma pausa para a contextualização. Caso você ainda não saiba, a previdência privada, também chamada de fundo previdenciário, é uma modalidade de investimento projetada com foco no médio e longo prazo. 

Por conta dessa característica, é uma aplicação bastante visada por quem deseja uma aposentadoria confortável e independente (ou complementar) do INSS. Afinal, neste cenário, os pré-requisitos podem passar por modificações que acabam dificultando o acesso à tão desejada remuneração passiva após anos de contribuição. 

Apesar de ser a finalidade mais popular da previdência privada, há quem invista na modalidade com outras ambições. Alguns exemplos são: adquirir um imóvel, construir uma reserva financeira para criar os filhos ou pagar um investimento. 

>>> Saiba mais: como fazer previdência privada? 

Existe risco de crédito em Previdência Privada? 

Agora que você já tem em mente o que é o fundo previdenciário, vamos à pergunta de um milhão de dólares: existe risco de crédito em previdência privada? 

É importante ter em mente que a previdência privada não entra no rol de investimentos cobertos pelo FGC — Fundo Garantidor de Créditos, órgão responsável pela proteção dos interesses dos investidores contra bancos e instituições financeiras em casos de falência, intervenção ou liquidação extrajudicial.

Apesar disso, não podemos dizer que a previdência privada não conta com nenhum mecanismo de proteção. A SUSEP — Superintendência de Seguros Privados é um órgão vinculado ao Ministério da Economia. Ela é responsável por regular e fiscalizar o mercado de previdências e seguros no Brasil. 

Além disso, as seguradoras de previdência privada não são submetidas à Lei de Falências. Por isso, têm a obrigação de apresentar soluções para recuperar o prejuízo de seus clientes mesmo em casos de falência declarada.

Afinal, a previdência privada pode quebrar? 

A resposta é sim. A empresa escolhida para gerenciar sua previdência privada pode, sim, quebrar, e os seus investimentos não serão cobertos pelo FGC. 

Porém, como mencionamos acima, há outras instituições que trabalham para regular e fiscalizar o funcionamento destas empresas, com o intuito de tornar este tipo de aplicação segura para seus investidores. 

Quais os riscos da previdência privada? 

Até aqui, você entendeu que a previdência privada pode quebrar, e que não é uma modalidade de investimento assegurada pelo FGC, mas que conta com a supervisão de outros órgãos reguladores. 

Mas será que há, ainda, outros riscos na previdência privada? 

Quando falamos em aplicações financeiras, há sempre que se considerar alguns riscos que são, ao mesmo tempo, pontos de atenção. A seguir, você descobre quais os riscos da previdência privada. 

1- Escolha da empresa

A escolha da empresa gestora dos fundos de previdência deve ser feita com atenção e cautela. 

Ainda que a Lei de Falências não se aplique ao caso destas organizações, passar por uma situação de quebra e fechamento pode trazer dores de cabeça e preocupações desnecessárias. Especialmente se você estiver buscando exatamente o contrário ao optar por este modelo de investimento. 

2- Inadimplência da gestora

Ainda que não quebre ou declare falência, uma gestora de previdência sem procedência pode deixar de cumprir sua parte no momento mais decisivo do contrato. 

Algumas seguradoras alegam que não há recursos disponíveis para os pagamentos dos beneficiários e, portanto, deixam na mão aqueles que aguardam seu recebimento. 

O ponto de atenção é: assegure-se de que esteja prevista em contrato a obrigação do pagamento dos valores mensais investidos até o fim da vida do beneficiário.

3- Baixa rentabilidade

O indexador de referência da previdência privada é o CDI, o Certificado de Depósitos Interbancários. Por ser um indicador que oscila de acordo com o mercado, este pode não ser sempre o parâmetro de investimento mais rentável, ficando atrás de outros tipos de aplicação. 

O segredo para contornar este risco é investir na diversificação da sua carteira de investimentos. Acha que diversificação é necessária apenas para aplicações em renda variável, como as ações da bolsa? Nada disso! Ter uma carteira com diferentes tipos de investimento funciona bem também para investidores de perfil moderado! 

Dê o play no vídeo abaixo para saber mais sobre o poder da diversificação de investimentos: 

Bônus 1 : tipos de fundo e riscos atrelados

Além dos riscos mencionados acima, vale a pena destacar que o tipo de investimento do fundo previdenciário escolhido traz mais ou menos riscos ao investidor. 

Fundos previdenciários de renda fixa, por exemplo, são considerados mais conservadores, enquanto os de ações, mais arriscados, sendo, portanto, indicados a investidores de perfil arrojado. 

>>> Perfil de investidor: você sabe quais os tipos? 

E as vantagens da aplicação? 

Agora que você já sabe se a previdência privada pode quebrar e quais os outros riscos atrelados, que tal falarmos sobre as vantagens da aplicação? Dessa forma, você terá em mãos tudo o que precisa para ponderar e tomar a melhor decisão baseada em suas necessidades e no seu perfil de investidor. 

Confira, abaixo, alguns dos benefícios da previdência privada: 

  • Sem come-cotas (a tributação semestral de Imposto de Renda no formato de cotas mesmo em casos em que não há resgate); 
  • Pode ser repassado para dependentes em caso de falecimento, sem necessidade de pagamento do ITCMD — Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação, tornando o processo de pagamento mais ágil;
  • Tributação regressiva de Imposto de Renda, com alíquota de 10% (a mais baixa) para aplicações com mais de 10 anos;
  • Portabilidade: possibilidade de migrar para outra instituição caso você, na qualidade de beneficiário da previdência, sinta que é mais vantajoso retirar seus investimentos da instituição atual; 
  • Diferentes tipos de plano, o que possibilita a adesão a um fundo com condições compatíveis ao perfil do investidor e ao objetivo do investimento; 
  • Facilidade para poupar dinheiro, já que o compromisso do investidor é apenas o de garantir o aporte mensal. 

E ainda tem mais! Quer conhecer mais alguns benefícios da previdência privada? Dê o play no vídeo abaixo e confira: 

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Ao fim deste artigo, você tem em mãos todas as informações essenciais para analisar se este é o melhor investimento para você: sabe se a previdência privada pode quebrar, o que acontece com os investimentos neste caso, outros riscos atrelados a esta modalidade de aplicação e suas vantagens. 

Mas o que fazer com tantas informações? Que tal incrementar esse conhecimento com mais alguns dados importantes? Assim, será mais fácil ponderar se este é o melhor modelo de investimento para você! 

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*Créditos da imagem de capa: Beth Macdonald em Unsplash