Criptomoedas

As criptomoedas têm feito tanto barulho nos últimos tempos que até os menos engajados com o mercado financeiro sabem da sua existência. E a razão para tanta popularidade é uma só: as chances de rentabilidade que elas oferecem.

Nos últimos cinco anos, o Bitcoin – a primeira e mais famosa criptomoeda – teve uma valorização superior a 4.000%. Olhando para esse dado, ter esse investimento na carteira parece uma boa opção, não é? Mas antes disso, você deve saber que esse é um ativo que também exige atenção.

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O que é uma criptomoeda?

As criptomoedas são moedas digitais descentralizadas. Isso significa que diferentemente de moedas como o Real e o Dólar, que você pode ter na carteira, ela fica dentro da internet, ou seja, é digital.

Já a palavra “descentralizadas” está relacionada ao fato delas não estarem associadas a algum Governo ou órgão controlador.  Nesse caso, quem é responsável por emiti-las e intermediá-las é o próprio usuário. Mas por que ela tem esse nome?

O termo cripto vem de criptografia, que é o sistema utilizado para garantir a segurança das operações. Essa criptografia é garantida pela blockchain, uma rede que intermedia o envio e recebimento de informações pela internet. O termo “moedas” não precisa ser explicado, né?

Para que elas servem?

Imagine que você gostou muito de uma luminária que viu na internet e quer comprá-la. Para isso, você adiciona o produto ao carrinho e vai até a página de checkout para pagamento. Normalmente, débito do saldo da conta, boleto e cartão de crédito são as opções. Em todas elas, é preciso que uma instituição financeira faça a intermediação da compra.

As criptomoedas também podem comprar uma luminária. A diferença é que elas dispensam a etapa de intermediação. Mas além da compra de produtos e serviços, elas também desempenham outros dois papéis:

1)    Transferências sem intermediadores

A mesma transferência de dinheiro que você faz para um colega acessando o aplicativo do seu banco, pode ser feita com criptomoeda. Nesse caso, a diferença é a ausência de uma instituição intermediadora, já que o processo é garantido pela blockchain.  

2)    Reserva de valor

Você já deve ter ouvido falar em pessoas que guardam ouro como reserva de valor. Essa prática é uma espécie de investimento de longo prazo, no qual o patrimônio está preservado independentemente da economia mundial. As criptomoedas também têm sido vistas dessa maneira, já que elas não são influenciadas pela situação de um país ou um órgão específico.

O que impulsionou o crescimento das criptomoedas?

Sem dúvidas o fortalecimento e popularização da tecnologia contribuíram com a alavancagem das criptomoedas nos últimos anos. Porém, foi o crescimento do valor dessa moeda digital que certamente tornou essa curva tão íngreme.

Embora o Bitcoin tenha nascido em 2009, foi em 2017 que atingiu a maturidade. Neste ano, seu crescimento foi de mais de 1200%, o que fez com que um número cada vez maior de pessoas se interessasse pela compra. Apenas no primeiro trimestre de 2022, o volume de transações beirou a margem dos US$ 2.500 bilhões.

De 2017 pra cá, as porcentagens de aumento se mantiveram sempre elevadas, mesmo diante de quedas históricas. Foram elas que abriram portas para o nascimento de outras criptomoedas, como a Ethereum. Hoje pesquisas indicam que já existem mais de 20 mil moedas digitais ao redor do mundo.

Criptomoedas são seguras?

Por estarem na internet e não serem palpáveis, é muito comum que as pessoas tenham dúvidas sobre a segurança das moedas digitais. Mas como dissemos, elas são resguardadas por dois sistemas: a criptografia e a blockchain.

Em resumo, a criptografia impede que dados sensíveis sejam acessados e lidos por partes não envolvidas. Mesmo que a informação seja interceptada no meio do caminho, ela não será compreendida, já que estará decifrada.  

Já a blockchain cumpre dois papéis: o de verificar as moedas, evitando fraudes, e o de organizar os dados. Essa organização é feita por meio de blocos, que são dispostos em sequência. Em cada bloco é inserida uma informação e para que a mensagem seja compreendida é preciso reunir e desvendar as informações de vários blocos.

Diante dessas informações, é possível dizer que sim, as criptomoedas são seguras.

Dá para considerar criptomoeda um investimento?

Todo dinheiro que é usado pensando em um rendimento futuro pode ser considerado um tipo de investimento.  No caso das criptomoedas, a expectativa na hora da compra é obter lucros com o aumento do seu valor.

Embora inicialmente ela não tenha sido criada com essa finalidade, sua popularidade a fez assim. Hoje, o ativo pode ser obtido a partir de fundos de investimento e armazenado em carteiras digitais.

Principais exemplos de criptomoedas

Como dissemos, hoje já existem mais de 20 mil criptomoedas por todo o mundo. Dessas, apenas metade tem valor de mercado e uma quantidade ainda menor é a responsável pela fatia do mercado. Veja quais são 10 das principais moedas digitais:

·       Bitcoin (BTC)

·       Ethereum (ETH)

·       Tether (USDT)

·       USD Coin (USDC)

·       BNB (BNB)

·       Cardano (ADA)

·       XRP (XRP)

·       Binance USD (BISD)

·       Solane (SOL)

·       Dogecoin (DOGE)

Vantagens e desvantagens das criptomoedas

Diferentemente de uma ação adquirida na Bolsa de Valores, as criptomoedas têm operações mais complexas e exigem mais atenção. Mas, como qualquer tipo de investimento, elas oferecem vantagens e desvantagens.

Vantagens:

Sem dúvidas, a independência nas transações é uma das principais vantagens de apostar nas criptomoedas. Além de evitar a necessidade de intermediação de uma instituição financeira, evita-se também a cobrança de taxas por essas operações.

Outros dois pontos favoráveis são a segurança e a confidencialidade. Os sistemas usados protegem os dados tanto da transação em si, como dos usuários envolvidos no processo.

Por fim, a popularidade é outra vantagem das moedas digitais. Como ela aumentou nos últimos anos, aumentou também seu potencial de rentabilidade.

Desvantagens:

Embora se apresentem como vantagens, a popularidade e confidencialidade também podem ser o Calcanhar de Aquiles das criptomoedas. Isso porque o fato de estarem gerando um efeito manada entre os investidores faz com que pessoas mal-intencionadas usem dessa audiência para atividades ilícitas, como sonegação de impostos e lavagem de dinheiro.

Muito se fala sobre as moedas digitais, mas pouco se usa na prática. Embora o mercado esteja aquecido e alguns negócios mais tecnológicos já as introduzem em seus processos, não é possível comprar qualquer item da internet com uma criptomoeda.

Assim, é preciso ser cauteloso quanto às intenções a médio e longo prazo. Isso, combinado com a volatilidade, podem ser fatores de atenção.

Conclusão

Se você tem a intenção de incorporar as criptomoedas em seus investimentos, conhecê-las a fundo é fundamental. Isso significa pesquisar as moedas existentes, conhecer o histórico de cada uma e principalmente lembrar de que assim como qualquer investimento, elas podem sofrer altas e baixas.

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