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Como instalar a GoLang e começar a utilizar? Aprenda o passo a passo

Não importa se você está dando os primeiros passos no universo de desenvolvimento e programação ou se já faz parte dele há algum tempo, sabe que existem diversas opções de linguagens. Neste artigo, ensinamos a como instalar a GoLang, uma dessas opções, que tem se popularizado nos últimos anos.

Quer escrever seu primeiro programa usando GoLang? Então confira o passo a passo abaixo!

O que é GoLang

Antes de ensinar como instalar a GoLang, vamos refrescar o que esse nome significa. Basicamente, ele se trata de uma linguagem de programação. Mas entre tantas opções já disponíveis, por que ela se destaca? A resposta é: por sua simplicidade.

Um dos maiores diferenciais da GoLang é o fato de ser uma linguagem compilada, isto é, cujo código-fonte é executado diretamente pelo sistema operacional ou processador.

O fato de ter sido crida pelo Google também a torna popular. Em resumo, ela é resultado das necessidades não atendidas por outras linguagens.

Como instalar Golang no Windows, passo a passo

Quem está em busca de uma opção simples de linguagem de programação, provavelmente quer saber como instalar a GoLang. Afinal, sua característica de linguagem compilada a torna bastante atraente.

Para ajudar você neste processo, reunimos cinco passos fundamentais, que estão logo abaixo. Mas, antes, lembre-se que existem algumas condições para fazer a instalação.

Pré-requisitos para a instalação

É possível instalar a GoLang tanto no sistema Windows (que é o que ensinaremos), quanto no Linux. No caso do Windows, é preciso que a máquina possua a versão 10 instalada, além de acesso administrativo e que esteja conectada à internet.

Se seu computador atende a todos esses requisitos, é só prosseguir com a instalação.

#1 – Abra e configure o PowerShell

O PowerShell é uma plataforma de script e automação da Microsoft. Basicamente, ele consiste em um shell de linha de comando, uma linguagem de script e uma estrutura de gerenciamento de configuração.

Você precisará desse programa para fazer boa parte da instalação da GoLang, já que em vez de clicar em inúmeros botões para avançar o processo, é necessário usar uma interface de linha de comando.

Para acessá-lo:

  1. Clique com o botão direito no ícone de iniciar;
  2. Após a abertura do menu, clique em Pesquisar e digite PowerShell;
  3. Após o resultado ser exibido, clique com o botão direito sobre ele e selecione Executar como administrador;
  4. Na mensagem Deseja permitir que este aplicativo faça alterações em seu computador?, clique em Sim.

Feito isso, você irá visualizar uma interface baseada em texto semelhante a da imagem:

Para trocar de pasta de sistema, digite o comando $ cd ~. Assim, você estará em um diretório home.

Feito isso, será preciso definir as permissões do usuário atual. Selecione a opção RemoteSigned, que permite o aceite de scripts confiáveis sem que seja necessário a concessão de uma ampla permissão. Basta digitar no PowerShell:

O programa irá solicitar que você forneça uma política de execução. Para usar a permissão acima:

  1. Digite $ RemoteSigned;
  2. Clique em Enter e confirme a mudança;
  3. Aperte a tecla Y para permitir que as alterações feitas possam funcionar.

Para verificar se os ajustes foram feitos, você pode solicitar as permissões atuais na máquina. Para isso, use o comando $ Get-ExecutionPolicy -List. O resultado a ser exibido deve ser semelhante ao da imagem abaixo:

#2 – Tenha um gerenciador de pacotes instalado no seu Windows

Após o ajuste de permissões, o próximo passo é baixar os arquivos necessários para a configuração do ambiente de programação da linguagem GoLang. Isso pode ser feito por meio do gerenciador de pacotes Chocolatey,

Quando falamos em automatização de processos de instalação, precisamos ter o apoio de um gerenciador de pacotes. Basicamente, isso significa uma coleção de ferramentas de software que auxiliam nos processos de instalação, upgrade e configuração.

O Chocolatey é a opção recomendada, pois está disponível em código aberto, além de ser um gerenciador de linha de comando criado justamente para o Windows.

Lembre-se que a instalação desses programas pode refletir em alterações na máquina. Por isso, a recomendação é avaliar quais são essas alterações antes de prosseguir com a instalação. Para isso, você pode usar o framework de script. NET para baixar e exibir o script do programa na janela de seu terminal.

Crie um objeto WebClient com o nome $script que compartilha as configurações de conexão da internet com o IE: $ $script = New-Object Net.WebClient.

Verifique as opções disponíveis, filtrando o objeto $script com uma | para a classe Get-Member, dessa maneira: $ $script | Get-Member. Isso fará com que todos os membros deste objeto sejam retornados, como na imagem abaixo:

Procure pelo método DownloadStrin, que é usado para exibir o script e a assinatura na janela do programa PowerShell. Para fazer essa verificação:

  1. Use o comando $ $script.DownloadString(https://chocolatey.org/install.ps1);
  2. Após a verificar o script, faça a instalação do programa usando o seguinte comando: $ iwr https://chocolatey.org/install.ps1 – UseBasicParsing | iex.

Esse comando iwr (ou Invoke-WebRequest) irá permitir que você extraia dados da web, o que passará o script para iex – ou o comando cmdlet Inoke-Expression. Ele irá executar o conteúdo do script, assim como a instalação para o Chocolatey.

Você deve permitir que o PowerShell instale o gerenciador de pacotes. Ao fim desse processo, é o momento de instalar as ferramentas adicionais. Isso será feito com o comando choco.

#3 – Baixe e instale o Golang no Windows

A linguagem GoLang é instalada em sua máquina através do Chocolatey. Agora que você já seguiu os passos anteriores da instalação desse programa, veja como prosseguir.

Use o comando $ choco install – y golang. Assim, o PowerShell irá instalar a linguagem. Ao fim do processo, você deverá obter um resultado como o da imagem:

Pronto, GoLand instalada! Feche e abra novamente o PowerShell para ver as alterações. Para verificar a versão disponível na máquina, use o comando $ go version. O resultado a ser exibido deverá ser semelhante a:

#4 – Crie um espaço de trabalho em Golang

Agora que você já tem a linguagem Go em sua máquina, o próximo passo é criar um espaço de trabalho. Em sua raiz, ele terá os diretórios src (que contém os arquivos fontes da GoLang) e bin (que possui executáveis compilados e instalados pelas ferramentas dessa linguagem).

Falando sobre o src, ele pode ter vários repositórios de controle de versão (como o Git). Assim, ao importar bibliotecas de terceiros, você verá diretórios como golang.org ou github.com. Isso significa, basicamente, que no caso de usar um repositório de códigos como o GitHub, seus projetos e arquivos serão colocados sob ele também.

Na imagem abaixo você pode ver um exemplo de espaço de trabalho

Importante: se você possui a partir da versão 1.8, o diretório padrão para seu espaço de trabalho é o diretório home de usuário. Ele terá um subdiretório go ou $HOME/go. Para navegar até ele:

  1. Use o comando $ cd $HOME;
  2. Crie uma estrutura de diretório para seu espaço de trabalho GoLang: $ mkdir go/bin, go/src

Essas informações farão com que a estrutura de diretório sinalizada abaixo entre em funcionamento:

Considerando que a instalação foi feita utilizando o gerenciador Chocolatey, essa variável de ambiente deve estar definida. Para verificar, use o comando $ $env:GOPATH.

O resultado a ser exibido deve ser:

Output
C:Users\seu-nome-de-usuario\go

Reforçando que quando a Go compila e instala ferramentas, elas são inseridas no diretório $GOPATH/bin. Para deixar as atividades mais práticas, é comum que o programador adicione o subdiretório bin do espaço de trabalho ao seu $PATH. Se desejar fazer isso, você pode usar o comando setx no PowerShell ($ setx PATH “$($env:path) ;$GOPATH\bin”).

Depois de criar a raiz do espaço de trabalho, bem como definir a variável de ambiente $GOPATH, você poderá criar seus projetos com a estrutura de diretório abaixo. No exemplo, o repositório é o GitHub.

$GOPATH/src/github.com/username/project

#5 – Inicie programações básicas

O quinto e último passo de como instalar a GoLang é iniciar programações básicas. Pode ser um simples “Hello, World”. O objetivo é garantir a configuração correta do seu espaço de trabalho além, é claro, de dar as primeiras noções sobre como funciona essa linguagem. Por isso:

  1. Em seu diretório home, abra um editor de texto de linha de comando, como o Nano, e crie um novo arquivo: $ nano hello.go;
  2. Após a abertura do arquivo de texto, você deverá digitar o programa, como na imagem abaixo:

Para sair do Nano, aperte Ctrl+X. Já para salvar o arquivo, aperte Y e depois Enter.

Com o código, você usará o pacote fmt, chamando a função PrintIn com o argumento Hello, World! Essa ação fará com que o argumento seja impresso no terminal na execução do programa.

Ao sair do Nano e retornar ao shell, você deverá executar o seguinte programa: $ go run hello.go. Ele fará com que o PowerShell devolva o resultado

Output
Hello, World!

Ao fim desse processo, você terá usado um programa básico para verificar se o espaço de trabalho criado em Go foi configurado do jeito certo.

Se quiser, você também pode acompanhar o passo a passo de como instalar GoLang através de vídeos tutoriais. Veja um deles:

Dicas uteis sobre Golang e o mercado de trabalho

Se você tem a intenção de usar a GoLang para programar os seus projetos ou se está aprendendo mais sobre essa linguagem para dar um upgrade na carreira, pode acessar fóruns para conferir dicas e trocar experiências com outros profissionais. Separamos algumas dessas dicas para você conferir:

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Aprenda o que é e quais os principais tipos avaliação de desempenho

A avaliação de desempenho está presente na rotina das empresas. Ela é parte de uma estratégia adotada, principalmente, pelos times de RH, para reduzir as taxas de turnover, elevar o clima organizacional e, claro, melhorar o engajamento e produtividade individual e coletivo.

Se você faz parte da área de Recursos Humanos e quer implementar esse sistema em sua empresa ou se é gestor e quer entender melhor como as avaliações funcionam, confira este artigo. Nele, falamos mais sobre o assunto, incluindo os 9 principais tipos.

O que é avaliação de desempenho?

Assim como o nome já sugere, a avaliação de desempenho nas organizações é uma ferramenta usada pelo time de Recursos Humanos para medir a performance de um colaborador ou de uma equipe.

Ela tem como premissa a análise das habilidades técnicas e comportamentais desses profissionais ou times, baseada em expectativas alinhadas anteriormente e na cultura da empresa. O objetivo é identificar se suas performances estão acima ou abaixo do esperado.

Como a ideia das avaliações é corrigir eventuais problemas, gerando melhorias individuais e coletivas, elas devem ocorrer periodicamente.

Como a avaliação de desempenho ajuda nos processos internos das empresas?

Ainda que no dia a dia um gestor tenha visão sobre as entregas de seu time, fundamentar decisões a partir desse dado isolado não é o melhor caminho.

A avaliação de desempenho individual ou da área é uma medida adotada justamente para ampliar o entendimento, não só sobre o desempenho técnico, como também comportamental. 

Uma das vantagens de fazer essa avaliação de maneira periódica é poder identificar se houve o cumprimento dos alinhamentos feitos em um ciclo anterior. Isso, somado às análises obtidas no ciclo recente, pode ajudar uma companhia em processos como os de promoção, retrofit da área ou, ainda, desligamento.

Reforçando ainda que, ao conhecer um time em profundidade, as empresas podem traçar estratégias mais assertivas e obter resultados de maneira mais rápida.

Principais objetivos da avaliação de desempenho

É possível citar inúmeros objetivos atrelados a um sistema de avaliação de desempenho. Os mais comuns deles são pautados pelo desenvolvimento, pela melhoria e pela inovação, seja coletiva ou individual. 

Após uma rodada de avaliação, é comum que alguns dos objetivos a serem atingidos sejam orientados por metas para o ciclo seguinte. A finalidade é contribuir com o progresso do time ou do profissional a partir de um direcionamento claro sobre seus pontos a melhorar. Veja algumas das metas mais comuns:

Metas de desenvolvimento

As metas de desenvolvimento estão diretamente relacionadas ao crescimento de um colaborador, seja profissionalmente ou pessoalmente. Na rodada de avaliação, cabe ao gestor identificar seu e orientá-lo, a partir das competências-chave, para o atingimento de seus objetivos.

Metas de melhoria

Em situações onde a atuação de um colaborador está abaixo do esperado, é necessário introduzir metas de melhoria. A intenção é que elas ajudem a aumentar o desempenho desse profissional. Como o desempenho pode afetar diretamente os resultados da companhia, os indicadores devem ser acompanhados pelo RH.

Metas de inovação

Direcionada, principalmente, para o time, as metas de inovação se propõem a aumentar as entregas em nível de produtividade. Considerando que o mundo tem evoluído rapidamente e que a disputa entre as empresas tem ficado cada vez mais acirrada, contar com um time inovador e de alta performance é essencial.  

Metas smart

Por fim, a meta smart, na verdade, se trata de uma metodologia que pode ser utilizada para mensurar o cumprimento de uma ou mais metas citadas anteriormente. De acordo com as definições, as metas precisam ser:

  • Específicas: facilmente identificáveis;
  • Mensuráveis: em nível qualitativo ou quantitativo;
  • Atingíveis: estando dentro das possibilidades do colaborador ou do time;
  • Relevantes: alinhadas aos objetivos da empresa.

Além disso, esse modelo de avaliação de desempenho também determina que as metas precisam ser atingidas dentro de um determinado período.

Tipos de avaliação de desempenho

Com o intuito de atender aos diversos objetivos e necessidades das companhias e lideranças, as áreas de gestão de pessoas criaram uma série de sistemas de avaliação. Há algumas diferenças entre eles e, na hora de escolher como e onde fazer avaliação de desempenho, é preciso considerá-las. Veja abaixo quais são as principais e um pouco de como funcionam.

Red ball pen crossing off excellent on a performance evaluation satisfaction checklist on white paper 3D illustration

Matriz 9 Box

O formato da Matriz 9 Box, ou Nine Box, avalia um colaborador a partir de duas dimensões: seu desempenho e seu potencial. Ela costuma ser utilizada quando a empresa planeja mudanças no time, como uma sucessão, uma nova contratação ou a formação de um novo líder.

Autoavaliação de desempenho

Em times mais maduros, normalmente formados por profissionais em níveis de senioridade, o sistema de autoavaliação costuma ser bastante usado. Nele, os próprios profissionais se avaliam sob alguns aspectos de força e fraqueza. A ideia é que, ao lado do gestor, eles possam estabelecer caminhos para eliminar gaps e destacar oportunidades.

Avaliação da equipe

Ainda que, individualmente, um colaborador faça boas entregas ou tenha grandes habilidades técnicas, é preciso que ele também obtenha resultados coletivamente. Isso inclui comunicação e relacionamento. Por isso, o objetivo dessa avaliação é que o gestor entenda como sua equipe está performando e como, juntos, podem atingir os resultados esperados pela empresa.

Avaliação de desempenho 180º

No formato de avaliação 180º, o desempenho de um profissional é avaliado pelo seu gestor imediato. O objetivo é identificar se as entregas do dia a dia estão alinhadas com as expectativas da companhia.

Para que a avaliação possa ser feita em nível de igualdade para todos os colaboradores de um time, ela deve seguir critérios de análise padrão.

Avaliação de desempenho 360º

O formato 360º vem sendo cada vez mais aderido pelas empresas. Diferente do anterior, cuja análise é feita exclusivamente pelo gestor, aqui todos os profissionais, sejam líderes de outras áreas, pares ou outros colegas, podem avaliar e ser avaliados.

Uma vez que reúne diversas perspectivas, os materiais coletados podem gerar insights mais complexos e relevantes sobre um profissional.

Avaliação por competência

Se o objetivo é entender as competências necessárias para ocupar uma posição ou exercer uma função específica, esse sistema de avaliação é o indicado. Nele, o colaborador é qualificado em duas competências, a técnica e a comportamental.

Avaliação por objetivos

No sistema de avaliação por objetivos, o colaborador é protagonista. Isso significa que é ele quem traça os objetivos a serem alcançados e define um cronograma para a execução. Ao longo do processo, ele também deve avaliar o cumprimento das metas e o que é necessário fazer para seguir em prol do crescimento da companhia.

Escala gráfica

Esse é um dos modelos mais simples de avaliação. Nele, são estabelecidos pontos a serem classificados, sejam técnicos ou comportamentais. Esses pontos são adicionados a uma coluna e, ao lado, devem ser atribuídos valores para cada um, que pode ir de péssimo a ótimo.

Avaliação do líder

Quem disse que líder também não é avaliado? Em um cenário em que os próprios colaboradores oferecem feedback ao gestor, é possível identificar fraquezas, forças e oportunidades não só no modelo de gestão, como também no fluxo de trabalho e rotina.

Como escolher o melhor tipo de avaliação de desempenho?

Como você pôde ver, existem diversos tipos de avaliação de desempenho e cada um deles é pautado por uma necessidade. Por isso, o primeiro passo na hora de escolher o formato ideal é entender com clareza qual é o objetivo a ser alcançado.

Entre os pontos a serem considerados nesse momento estão:

  • Quem será avaliado — colaborador, time ou líder;
  • Que respostas se deseja obter;
  • Qual é o nível de maturidade da equipe;
  • Qual ação será tomada com os resultados obtidos.

Principais benefícios da avaliação de desempenho

Sem dúvidas, a clareza é o principal benefício de uma avaliação de desempenho. Afinal, quando se tem ampla visão sobre as forças de um colaborador ou de um time, bem como suas fraquezas, é possível traçar estratégias mais assertivas para acentuá-las ou melhorá-las.

Além disso, esses formatos também ajudam a liderança a fundamentar decisões e atuar de maneira mais inteligente e ordenada em prol dos seus objetivos.

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O curso reúne técnicas e ferramentas para que você conheça o ciclo de vida da gestão de processos de negócios (BPM), além de modelagens BPMN, simulações e automatizações.

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O que é xUnit? Conheça a biblioteca open-source para testes unitários

Para se encontrar um resultado, nada melhor do que sempre testar ideais e ações. E isso vale para qualquer área de negócio, principalmente no setor de tecnologia da informação, pois por trás de um software com bom desempenho há uma série de testes realizados. Daí que surge a necessidade do xUnit, você o conhece?

Uma das opções mais usadas por desenvolvedores quando realizam testes unitários, ele é um método que vem crescendo entre os profissionais que se torna essencial para os desenvolvedores que iniciam na carreira, pois além de útil seu domínio é muito exigido nas vagas de empresa.

Continue o artigo e descubra mais detalhes sobre esse termo e como é sua aplicação no dia a dia. Vamos lá? 👇

O que é xUnit?

Nada mais é do que um tempo considerado para definir, genericamente, os testes automáticos unitários realizados pelos desenvolvedores durante um projeto de software. 💻

No sentido literal da palavra, o xUnit é uma biblioteca de código aberto usada na realização de testes unitários focados na comunidade para o .NET framework. 

Seu surgimento ocorreu se baseando na segunda versão do NUnit, outro framework para realização de testes no .NET, mas criado por James Newkirk, só que de forma mais ampla e eficaz.

Assim, o xUnit.net é a tecnologia mais recente para teste de unidade C#, F#, VB.NET e outras linguagens .NET. xUnit.net funciona com ReSharper, CodeRush, TestDriven.NET e Xamarin. 

Para que serve o framework xUnit?

Como ele é focado no .NET Framework, sua principal função é auxiliar na construção e execução de testes unitários, através de trechos de códigos construídos para testar partes específicas de determinado sistema

Ou seja, você executa uma função específica mas têm dúvidas se ela realmente vale a pena ou vai trazer o resultado esperado. O x.Unit garante isso com seus testes. 😉

Além disso, ele é geralmente executado em partes separadas da aplicação e organizados de maneiras variadas de acordo com o tipo de linguagem de programação ou o tipo de software, tornando tudo o mais personalizado e escalável possível.

Por exemplo: em sistemas construídos com uso de linguagens orientadas a objetos, um teste envia uma mensagem a um método, uma classe ou mesmo um objeto e verifica se tem o retorno previsto. Assim, fica mais claro se o resultado será alcançado ou não. 🎯

Qual a importância do xUnit?

Imagina a situação de colocar um novo produto ou serviço em funcionamento na empresa. Antes de colocá-lo em produção a fim de verificar sua funcionalidade, o ideal é fazer alguns testes em partes do software para que se perceba se ele está funcionando ou não. Assim, fica mais fácil de encontrar qualquer erro e corrigi-los.

É essa a importância do xUnit, pois ele permite esse acompanhamento e identificação aos processos. 

Além disso, ele traz outras vantagens aos negócios, como:

  • Possibilitar a redução de bugs;
  • Melhorar a produtividade das equipes e da empresa, com foco na qualidade do produto. 

👉 Portanto, o xUnit é um framework que simplifica e moderniza a forma como escrevemos e criamos testes.

Testes possíveis com a arquitetura xUnit

Independente de qual tipo de teste de xUnit, todas as opções possuem uma arquitetura diferenciada. Confira cada uma delas:

Test Runner

Na tradução como “executor de teste”, é uma espécie de programa executável que faz testes relatando os resultados de cada um.

Test Case

Pertencente a algo mais elementar, ele afirma que todos os testes unitários são herdados daqui.

Test Fixtures

Significando um dispositivo de teste, ele se refere ao conjunto de pré-condições ou estados necessários para executar um teste. 

Test Suites

É um conjunto de testes que compartilham o mesmo equipamento, sendo que sua ordem não deve importar. 

Test Execution

Ele ocorre da seguinte forma:

Ou seja, a partir do que é criado são feitas opções de testes, observando o resultado de cada se foi bem-sucedido ou não para limpar tudo ao final.

Test Result Formatter

É o que produz resultados em um ou mais formatos de saída, sendo que é simples e legível por pessoas comuns e, geralmente, há um formatador de resultados de teste que produz saída XML .

Assertions

É o que verifica o comportamento (ou o estado) da unidade em teste. Normalmente, expressa uma condição lógica de programação que é verdadeira para os resultados esperados em um sistema em teste (SUT) em execução correta. 

O que é teste unitário?

É um formato de testagem que engloba a menor parte testável de um programa. Ou seja, se você programa em uma linguagem que suporte paradigma funcional, por exemplo, a menor parte testável do seu código deve ser uma função. 

Então, um teste unitário seria o teste de qualquer função.

Segue um exemplo:

A testagem do código ocorre com a execução da função e verificação de seu valor de saída.

Tipos de teste unitário

Assim, dentro do xUnit, os testes unitários podem ter algumas tipologias, são elas:

  • Testes de unidade – testar métodos e funções individuais de classes;
  • Testes de integração – verificam se diferentes módulos ou serviços usados pelo seu aplicativo funcionam bem juntos;
  • Testes funcionais – verificam a saída de uma ação;
  • Testes de ponta a ponta – explica o comportamento de um usuário com o software em um ambiente de aplicativo completo;
  • Teste de aceitação – verifica se um sistema atende aos requisitos de negócios;
  • Teste de desempenho – avaliam o desempenho de um sistema sob uma carga de trabalho específica;
  • Teste de sanidade – testes básicos que verificam a funcionalidade básica do aplicativo.

Aprenda mais sobre desenvolvimento de software!

Portanto, o xUnit é uma espécie de framework que veio para facilitar a vida dos desenvolvedores, de forma que suas execuções se tornem mais válidas e efetivas através da criação de testes unitários.

Agora que você já entendeu o conceito, a importância e as principais características de execução, que tal se aprofundar no conceito de arquitetura de software e se tornar um profissional mais preparado para o mercado? 🚀

👉 Confira nosso Bootcamp online e veja como usar o xUnit e outras funções no seu dia a dia.

Obsolescência Programada: entenda por que as coisas não são feitas para durar

Já percebeu que vários produtos pessoais e que temos em casa não são duráveis? Isso é um exemplo prático da obsolescência programada.

Afinal, o que é isso? Nada mais é do que o ato de tornar um produto obsoleto para fins não práticos.

Simplificando, algumas empresas projetam seus objetos de modo que, em algum momento de sua vida útil, será necessário substituí-lo. Algumas empresas fabricam itens com período de início e término de utilidade. Você pode ver isso não apenas em telefones, mas também em carros e eletrodomésticos.

Confira ao longo do texto o que é obsolescência programada, funcionamento, tipos, benefícios e mais. Boa leitura!

O que é obsolescência programada?

Em síntese, é quando os donos dos negócios estão tomando decisões de projeto e fabricação que limitam a vida útil de determinado produto. Isso é chamado de obsolescência programada.

Os objetos não são necessariamente feitos para quebrar, no entanto, os fabricantes estão projetando seus itens de maneira a dificultar o reparo dos itens.

Isso também pode significar que as peças de reposição não estão prontamente disponíveis, as informações de reparo são escassas e as atualizações de software exigem que compremos novos dispositivos ou itens. Essas barreiras rapidamente tornam os produtos obsoletos.

A Internet das Coisas e a Inteligência Artificial também estão ajudando a acelerar esse processo. As empresas usam essas tecnologias para rastrear os hábitos dos consumidores e identificar quando eles estão prontos para comprar novos produtos.

Conseguiu entender sobre o que é obsolescência programada? Esperamos que sim!

<Veja também: novas tecnologias e tendências para ficar de olho />

O início

A prática da obsolescência planejada ou programada foi iniciada há mais de 100 anos.

De acordo com Alan Reddig, professor de Desenho Industrial da Rochester Institute of Technology (RIT), embora o termo não tenha começado a circular até a década de 1950, a ideia em si, está em ação desde a década de 1920.

Conforme informações do especialista, os fabricantes começaram a usar a prática durante a Grande Depressão que ocorreu nos Estados Unidos na década de 1930. O termo foi elaborado pela primeira vez pelo empresário norte-americano Bernard London em 1929.

Os donos das indústrias de automóveis estavam preocupados com o fato de estarem atingindo a ‘saturação’ – o ponto em que não podiam fazer nada para melhorar os carros com a tecnologia de que dispunham.

Então, a General Motors decidiu por uma nova estratégia: eles começariam a lançar novos modelos de carros a cada ano. Mas o problema era que tudo internamente era quase o mesmo, enquanto o estilo e o acabamento do carro eram diferentes. Essa estratégia se tornou o início da obsolescência planejada.

Também naquela época, empreendimentos de produção de lâmpadas dos Estados Unidos e de alguns países europeus industrializados decidiram se organizar em um cartel denominado “Phoebus”. Em acordo, tais negócios decidiram restringir o tempo médio de duração de cada lâmpada de 2.500 para 1.000 horas, em média.

Confira aqui os impactos na União Europeia

Caso você queira se aprofundar no assunto, indicamos o documentário espanhol “Obsolescência Programada“, lançado em 2010. Você pode encontrá-lo gratuitamente no YouTube para assistir posteriormente. 🎬

(Fonte: Getty Images)

Como a obsolescência costuma funcionar?

O que era para ser algo sustentável, acabou se tornando uma estratégia de marketing empresarial. O objetivo principal é que os consumidores substituam seus produtos antigos por novos, com isso gerando mais receita para os negócios.

É importante notar que a obsolescência programada não é ilegal, mas pode ser considerada antiética.

As empresas de tecnologia, por exemplo, utilizam-na como meio de vender produtos mais novos: Apple, Samsung e Microsoft.

As principais estratégias e exemplos de obsolescência programada são:

  • Redução da qualidade do produto total ou em partes,
  • Redução da quantidade de recursos disponíveis,
  • Limitação do desempenho dos produtos e outros.
FIQUE POR DENTRO
Em 2018, as autoridades da Itália multaram a Apple e a Samsung em um total de 15 milhões de euros por lançar atualizações de software que reduziram o desempenho do smartphone, resultando em um aumento de novas compras.

Tipos de obsolescência programada

Conheça abaixo as diferenças entre cada tipo.

Obsolescência percebida ou psicológica

Também chamada de obsolescência de desejabilidade, acontece quando um produto, em perfeitas condições, passa a ser obsoleto devido ao surgimento de outro com alguma novidade ou estilo. Muitas empresas usam essa técnica com apego ao emocional para aumentar as vendas.

Obsolescência datada

Já a obsolescência datada é um conceito que se aplica a produtos programados para se tornarem obsoletos em um determinado período. Isso é comum em produtos como computadores e telefones celulares.

Obsolescência legal

É um termo mais amplo e menos sobre consumo.

A obsolescência legal é usada para descrever a perda de validade de um documento legal: lei, regulamento ou contrato como resultado de mudanças na legislação ou interpretação jurídica. Ela pode ocorrer devido às mudanças na lei ou interpretação, ou porque o documento original é interpretado de maneira diferente por novos tribunais ou autoridades.

Obsolescência tecnológica ou de função

Nesse caso, um produto mesmo que esteja funcionando ou cumprindo o que deve fazer é substituído por um novo modelo, com tecnologias mais avançadas. Em síntese, trazendo mais eficiência conforme as necessidades do usuário.

<Para ler depois: trabalhar no Metaverso é o futuro? Descubra! />

Principais produtos afetados pela obsolescência programada

Há uma série de itens que podem ser incluídos no rol:

  • Smartphones,
  • Notebooks,
  • Eletrodomésticos,
  • Sistemas operacionais,
  • Carros e motos,
  • Eletroeletrônicos,
  • E outros dispositivos.

Como a obsolescência programada afeta o mercado e o consumo?

A prática, principalmente de consumidores fãs de marcas, faz com que se gaste mais nos produtos mais recentes lançados pelas empresas. Logo, há mais consumo e mais dinheiro entrando para as corporações e indústrias.

Apesar da disponibilidade de alternativas e ações legais, o ato em si, está profundamente enraizado na cultura de consumo exagerado e na economia do descarte. 

Às vezes, a obsolescência programada em ação pode causar transtornos no nosso dia a dia e ações judiciais são movidas contra os negócios.

<Especial: saiba como a tecnologia pode te ajudar com as finanças pessoais />

Principais impactos na sociedade

A obsolescência programada tem um grande impacto na vida das pessoas, principalmente no que diz respeito ao consumismo.

Como dito anteriormente, a prática consiste na produção de produtos com data de validade, incentivando o consumo de maneira contínua e a troca de produtos de forma frequente. Isso gera um círculo vicioso, pois muitas vezes as pessoas acabam comprando produtos que não precisam e que logo ficarão obsoletos, gerando assim um gasto desnecessário de dinheiro.

Além disso, a obsolescência programada causa um aumento na produção de lixo, pois os produtos descartados acabam indo parar nos aterros e lixões, que já estão superlotados.

Por isso, é importante que as pessoas se conscientizem desse problema e que procurem adquirir produtos que sejam duráveis e que possam ser reaproveitados.

Lixo eletrônico. (Fonte: Getty Images)

Vantagens e desvantagens da obsolescência programada

Como consumidor há alguns benefícios com isso, sendo:

  • Produtos mais recentes e atualizados;
  • Itens com mais funcionalidades;
  • Limitação de pessoas que possuem o mesmo produto.

Mas, sobre as não vantagens, há:

  • Gastos frequentes com consertos ou compra de um mesmo item;
  • Em caso de danificações, você pode ficar por um tempo sem carro ou celular, por exemplo;
  • Aumento na geração de lixo que consequentemente afeta a crise climática em todo o mundo.

Impacto ambiental

Os níveis de toxicidade do lixo eletrônico podem ser prejudiciais quando o lixo eletrônico é descartado e manuseado de forma inadequada, como é comum ver nas ruas.

Por exemplo, chumbo e mercúrio podem prejudicar a saúde humana através da exposição e consumo de alimentos e adulterar a terra e os recursos hídricos. Você sabia disso? 😥

Além disso, 72% do potencial de aquecimento global dos smartphones decorre da produção, transporte e descarte. Como resultado, o lixo eletrônico agrava a situação ambiental global, uma vez que os novos materiais de produtos são provenientes da extração em vez da recuperação.


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Banco Central do Brasil: para que serve o Bacen e qual a importância para a economia?

Qualquer movimentação financeira que você planeja realizar aqui no país necessita de algumas regras básicas que são reguladas pelo Banco Central do Brasil – também conhecido como Bacen, BC ou BCB. 🏦

Você sabe que é a constante movimentação do mercado financeiro que faz a economia de um país se manter estável e até crescer, certo?

Por isso que o Banco Central do Brasil é um órgão de tamanha importância à sociedade e ao cotidiano das pessoas, pois suas funções determinam a forma como vivemos financeiramente, já que cuida desde a emissão das moedas do país até o estabelecimento das políticas monetárias que são aplicadas. 💰

Portanto, continue a leitura e descubra mais detalhes sobre ele e seus impactos no sistema financeiro. Confira! 👇

O que é o Banco Central do Brasil (Bacen)?

O Bacen é uma autarquia federal autônoma, ou seja, tem autonomia perante a outros órgãos do poder público sem qualquer subordinação de outra instituição, embora opere com a supervisão do governo federal e esteja ligado ao Ministério da Economia.

Criado em 1964, é responsável por garantir a estabilidade econômica do país, criando e fiscalizando as regulamentações que as instituições do mercado financeiro devem seguir. 

Sejam as tarifas cobradas pelos bancos ou a quantidade de dinheiro em circulação no país – que influencia diretamente a inflação -, é a instituição que controla todas as operações monetárias e cambiais no país.

Logo, seu foco é garantir a estabilidade do poder de compra da moeda nacional no território brasileiro. 📈

Além disso, é o que rege qualquer empresa do mercado financeiro, pois elas não podem atuar sem as fiscalizações e autorizações do BC para operar. Por isso que muitos caracterizam o Banco Central do Brasil como o “banco dos bancos”.

Por exemplo, os bancos têm liberdade para ofertar produtos, mas devem cumprir regras rígidas de como operar no mercado, de modo que a população fique “protegida” de abusos por parte das instituições financeiras.

Para que serve o Banco Central do Brasil?

Com tanta importância no sistema financeiro, é comum dúvidas surgirem sobre as principais funções do Bacen. Confira abaixo as principais: 👇

Controlar a inflação

O principal instrumento do BC é decidir sobre a taxa básica de juros da economia: a SELIC.

É por meio dela que a autoridade monetária é capaz de afetar a quantidade de moeda em circulação no país

Por exemplo, quando há a expectativa do mercado (retirado pelo Boletim FOCUS do próprio BC) de uma alta da inflação em um determinado período, a SELIC pode ser elevada para que haja retirada de “dinheiro” na economia. Consequentemente, isso reduziria a demanda por bens e serviços pelas empresas e famílias.

Depósitos de operações internacionais

O Banco Central do Brasil também se responsabiliza pela reserva nacional de moedas estrangeiras no país, já que existem diversas reservas internacionais do mundo, como o dólar.

Basicamente, isso funciona como uma espécie de “seguro” em momentos de especulação cambial e sinaliza o poder que o país mantém perante adversidades no mercado internacional.

Supervisionar o sistema financeiro

Da mesma forma que busca garantir que todas as instituições estejam de acordo com as normas e regras estipuladas pelo próprio BC, o mesmo garante no sistema financeiro:

  • A estabilidade;
  • A capacidade;
  • O desenvolvimento;
  • O equilíbrio do sistema financeiro.

Atuar no mercado de câmbio

Apesar do câmbio brasileiro estar flutuando, desde 1999, e o BC não determinar as taxas entre a nossa moeda – o real – contra moedas de outros países, ele pode atuar a qualquer momento. 

Ou seja, ele pode utilizar suas reservas internacionais para comprar e/ou vender dólares no mercado à vista ou a prazo para combater alguma especulação ou choque sobre a nossa moeda.

Dessa forma, isso ocorre para conter as oscilações que possam ter efeitos sobre o IPCA (inflação).

Emitir a moeda nacional

É a única instituição autorizada a emitir a moeda nacional, ou seja, as notas e moedas do real – o dinheiro que usamos no dia a dia.

Assim, para se ter ideia, a fabricação do dinheiro em si é feita na Casa da Moeda do Brasil, mas é o Bacen quem emite e determina o quanto de moeda será produzido.

Serviços que o Bacen oferece

banco central do brasil
Notas de 50 reais emitidas pelo Banco Central do Brasil. Fonte: Getty Images.

Como é uma importante fonte de informação, além de atuar com as regulamentações do sistema financeiro, o Banco Central do Brasil possui alguns serviços específicos e os mais buscados pelos cidadãos e empresas. Então, são eles:

Taxas de câmbio

Onde você encontra detalhes sobre:

  • Conversão de moeda;
  • Cotações e boletins;
  • Dólar Americano;
  • Paridades em relação ao euro;
  • Tabela com as informações de moedas dos diferentes países, bem como sua cotação diária.

Taxas de juros

Aqui o objetivo é permitir a pesquisa sobre as práticas do mercado de crédito, seja para pessoas físicas ou jurídicas, como:

PF

  • Aquisição de bens e veículos;
  • Cartão de crédito;
  • Cheque especial;
  • Crédito pessoal;
  • Crédito pessoal consignado;
  • Desconto de cheques;
  • Financiamento imobiliário;
  • Leasing de veículos.

PJ

Taxas pré e pós-fixadas, como:

  • Antecipação de recebíveis;
  • Capital de giro;
  • Cheque especial;
  • Desconto de cheques e de duplicatas.

Tarifas bancárias

Nesse quesito o Bacen orienta quais são os serviços que obrigatoriamente devem ser oferecidos pelos bancos, considerando os seguintes critérios:

  • Serviços gratuitos e pacotes padronizados de serviços;
  • Valores mínimos, máximos e médios por tarifa bancária;
  • Instituições e respectivas tarifas bancárias;
  • Relação das tarifas em ordem decrescente de valores;
  • Dados sobre tarifas bancárias.

Calculadora do Cidadão

Outro serviço prático para o dia a dia de qualquer pessoa é a Calculadora do Cidadão, onde os usuário usa a calculadora da Poupança ou simulador de Poupança, além de outros cálculos, como:

  • Resultado de aplicação com depósitos regulares;
  • Valor futuro de capital;
  • Correção de valores;
  • Simulação de financiamento com prestações fixas;
  • Cartão de crédito.

<Leia também sobre o “O que é o Cade? Como funciona este órgão!”>

Áreas e órgãos ligados ao Banco Central

O Banco Central do Brasil é dividido em algumas unidades centrais, regionais e especiais espalhadas pelo país. Sendo que todas elas estão sob a responsabilidade do presidente do Bacen e diretores da instituição.

Aliás, a indicação ao nome que vai presidir essa entidade é feita pelo presidente da república e votada no Senado.

Para administrar as unidades do Bacen, a instituição conta com o apoio da SECRE (Secretaria Executiva da Diretoria), que é formada pela:

  • Secretaria para Assuntos Administrativos;
  • Secretaria para Assuntos da Diretoria e do Conselho Monetário Nacional;
  • Secretaria para Assuntos Parlamentares;
  • Secretaria de Relações Institucionais.

Dessa forma, todas juntas possuem a função de apoiar o BC no bom funcionamento do sistema financeiro, fiscalizando as unidades e facilitando a troca de informação entre elas.

Qual a relação do Banco Central do Brasil com a economia e moedas estrangeiras?

oscilações no bacen
Relação entre o Bacen e as moedas estrangeiras. Fonte: Getty Images.

O Banco Central é uma importante ponte entre a economia brasileira e a economia de outros países, pois é ele quem desempenha papel na regulação dos rumos da economia nacional, assim como garante o equilíbrio nas relações econômicas no país. 

Por isso suas decisões e alinhamentos também são pensados segundo demandas de outros Bancos Centrais – sim, outras nações também têm instituições do tipo -, conforme a estratégia de relações internacionais do país. 🤝

A importância do Bacen para a economia

A importância do Bacen para a economia e para que o sistema financeiro funcione é grande, até porque existem funções que, oficialmente, são exclusivas, como:

  • Emissão de moeda nacional;
  • Operar compra e venda de títulos públicos como instrumento de política monetária;
  • Coordenar políticas monetárias, orçamentárias, fiscal, de crédito e da dívida pública (seja ela interna ou externa);
  • Autorizar e fiscalizar todas as instituições financeiras que atuem no Brasil;
  • Controlar o fluxo de capital estrangeiro;
  • E mais!

< Leia também: Saiba como fazer pequenos investimentos na Bolsa de Valores. >

Afinal, como meus investimentos estão ligados ao Banco Central?

A resposta é simples. Se a corretora ou o banco em que você está não cumprir com as normas e regras, o Banco Central do Brasil pode punir a instituição – e isso, de algum modo, pode afetar seus investimentos.

A propósito, vale lembrar que existem investimentos diretamente ligados à inflação, como o Tesouro Direto.

Se o Bacen controla a inflação, ele altera diretamente a rentabilidade do dinheiro que está investido em alguns dos títulos públicos do Tesouro Direto – obviamente, aqueles com a rentabilidade atrelada à inflação.

Portanto, sempre fique esperto nas movimentações e no que está acontecendo no BC, pois assim seus investimentos podem gerar os melhores lucros e atuar com eficiência. 🚀

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Upskilling e Reskilling: o que significam e quais suas principais diferenças

Você já ouviu falar em upskilling e reskilling?

Esses conceitos estão se popularizando e se tornando cada dia mais importantes para o mercado de trabalho, visto que o futuro das empresas está diretamente ligado à transformação digital e ao desenvolvimento de colaboradores.

Se você é empreendedor, precisa compreender que, no momento que vivemos, a qualificação constante dos seus funcionários é um fator altamente decisivo para o sucesso do seu negócio e, consequentemente, o seu.

Se você é colaborador de alguma empresa, já percebeu como a mecanização dos processos tem trazido à tona uma necessidade de que os profissionais sejam elevadamente capacitados.

Com isso, muitos RHs têm buscado trazer medidas educativas para o trabalho, de maneira que otimize as habilidades dos funcionários, e isso se dá com o upskilling e reskilling.

Quer conhecer mais sobre esses termos e como eles irão impactar o futuro? Então, siga a leitura!

Upskilling e Reskilling: entenda os conceitos

Vamos começar entendendo o que cada um desses conceitos significa.

Upskilling e o aprimoramento dos conhecimentos

Da faculdade para a pós-graduação, MBA, mestrado, doutorado, PHD e afins: na nossa carreira, estamos constantemente estudando para conseguirmos subir mais degraus.

Sejam degraus para nos tornarmos profissionais sênior, especialistas ou, até mesmo, conseguir um cargo de liderança.

O upskilling, em suma, acontece quando um profissional busca o aprimoramento dos seus conhecimentos em uma área na qual ele já está inserido. Como consequência, o seu domínio no nicho cresce.

Com esse “up” que já vem no começo da palavra upskilling, o profissional otimiza o tempo gastos em tarefas, realiza entregas com maior qualidade e desenvolve uma visão mais analítica. Assim, seu trabalho ganha mais visibilidade e ele pode, consequentemente, ter um crescimento de carreira estruturado ou uma promoção.

Reskilling: novos conhecimentos

A palavra que gere o reskilling é a mudança: acontece quando um profissional começa a aprender novas habilidades, seja para se recolocar no mercado, fazer transição de carreira ou quando a empresa percebe que é possível desenvolver os talentos internos.

A McKinsey & Company realizou uma pesquisa que afirmou que, além de 87% das empresas não possuírem o talento que precisarão no futuro, 9 em cada 10 gerentes sofrem com a escassez de competências nas suas profissões, ou seja, o reskilling promete crescer ainda mais.

Qual a diferença entre Upskilling e Reskilling?

Você já conseguiu perceber que tanto o upskilling quando o reskilling promovem um mindset de crescimento, um para desenvolver na sua atual área de atuação e o outro para investir em uma nova profissão, mas eles têm algumas diferenças. Apesar de serem centrados no desenvolvimento, é um desenvolvimento diferente.

No upskilling, o profissional se aprimora buscando ser altamente capacitado para ser mais atrativo e competitivo na sua área de atuação. Esse conceito também é bom para a empresa que possui esse tipo de profissional, porque ela terá um colaborador mais qualificado e especializado realizando o seu trabalho.

Já no reskilling o profissional está buscando aprender novas habilidades e, com isso, aumentar as suas chances de empregabilidade. Funciona como um “empurrãozinho” para se tornar apto a realizar um trabalho diferente do que o profissional tem atualmente.

Profissionais aplicam conceitos Upskilling e Reskilling
Investir em Upskilling e Reskilling pode trazer muitas vantagens para a sua empresa e para os seus colaboradores.

Qual a importância do Upskilling e Reskilling?

O mercado necessita, urgentemente, de profissionais altamente qualificados.

O World Economic Forum produziu uma pesquisa, em 2021, afirmando que, se as empresas investirem em upskilling, o resultado será a possibilidade de um aumento no PIB global de cerca de US$ 6,5 trilhões até 2030. É muito dinheiro, não é mesmo?

Por quê eles são importantes? Simples: eles auxiliam profissionais no desenvolvimento de habilidades fundamentais, como:

  • Gestão do tempo;
  • Motivação no trabalho;
  • Alta produtividade;
  • Gestão eficiente de tarefas.

Qual o papel do RH nas estratégias Upskilling e Reskilling?

As empresas estão preocupadas com o futuro do mercado de trabalho e o RH é a área estratégica, dentro das empresas, que irá analisar e sanar todas as incertezas que existem no momento.

Por isso, é importante que os RHs estejam por dentro das novidades do mercado, ter a tecnologia como aliada e aplicar o upskilling constantemente na sua própria vida profissional.

Além disso, ter uma área de Recursos Humanos mais ágil, estruturada, analítica e atualizada, possibilita a análise da empresa em curto, médio e longo prazo e, assim, desenvolver um planejamento estratégico.

Upskilling e Reskilling: qual implementar na sua empresa?

Entenda, primeiro, a sua grade de colaboradores. Ou seja, quais deles são muito bons no que fazem e quais deles são bons, mas seriam ainda melhores em outros cargos e áreas.

Após analisar isso, invista em upskilling para os profissionais que “casam” com as suas áreas, e em reskilling para os profissionais que podem ser melhores em outros cargos. Lembrando que é preciso ter atenção ao reskilling: muitos colaboradores podem usar a mudança de carreira e profissão como oportunidade para mudar de emprego também.

Como implementar estratégias Upskilling e Reskilling na sua empresa?

Gestores e profissionais de recursos humanos precisam aplicar os conceitos de upskilling e reskilling nas empresas. Algumas dicas para começar a aplicá-los são:

Mapeamento das competências da equipe

Entenda quais serão as competências que a empresa precisará para alcançar os seus objetivos no futuro. Assim, é possível visualizar o que já existe dentro da casa e tudo aquilo que é preciso desenvolver e/ou criar.

Treinamentos personalizados

Programas de treinamento e desenvolvimento personalizados são essenciais para que os colaboradores possam ter uma performance cada vez melhor nas suas áreas e para que novas competências sejam desenvolvidas.

Avaliação contínua

Manter uma avaliação contínua na empresa é uma ação positiva para descobrir quais habilidades que a sua equipe de colaboradores precisa desenvolver, já que faz um diagnóstico da performance do time, visando uma melhora na qualidade dos resultados.

Quais os benefícios do Upskilling e Reskilling?

Em suma, são vários. No entanto, os principais são:

  • Melhor adaptação às novas tecnologias;
  • Encorajamento à produtividade;
  • Desenvolvimento de soft skills;
  • Redução de turnover;
  • Oportunidades de crescimento profissional;
  • Atração de novos talentos.

Conclusão

Capacitar os seus colaboradores é a chave e nós sabemos como facilitar a sua vida!

Com a Faculdade XP, você pode, inclusive ter uma só assinatura para desenvolver todo o seu time. Foque no aprendizado contínuo: acesse as facilidades para empresas da Faculdade XP e invista nos seus colaboradores!

Lawtech e Legaltech: como essas startups estão revolucionando o mercado jurídico

As transformações digitais provocadas pelos avanços da tecnologia impulsionaram mudanças em diversos setores. Em muitos deles, soluções em produtos e serviços ajudaram a corrigir pequenos gaps que, antes, impactavam na rotina das empresas. Na área de direito, por exemplo, os serviços de lawtech e legaltech são vistos como soluções para facilitar a vida dos profissionais. 

Para ajudar a entender um pouco mais sobre o assunto, separamos neste artigo as principais informações a respeito. Aqui você entenderá o conceito desses serviços, qual a diferença entre um e outro, para que eles servem, como beneficiam os advogados, qual o cenário atual no Brasil e no mundo, além de conhecer as 5 empresas que estão se destacando neste mercado. Se é isso que procura, então aproveite o texto e boa leitura!

O que é Lawtech e Legaltech?

Mas, afinal, o que são lawtechs e legaltechs? Esse tipo de empresa nada mais é do que um facilitador para os especialistas que atuam no setor. O objetivo delas é ajudar os profissionais a evitarem possíveis falhas, corrigindo deficiências em processos que possam ocorrer no dia a dia de trabalho. 

A maior parte dessas empresas é considerada startup e oferece soluções para detectar e prevenir problemas. Tudo isso com a ajuda da tecnologia. A principal missão dessas companhias é atuar como facilitadora de rotinas jurídicas, aumentando, assim, a eficiência desses serviços tanto para os advogados, como para os clientes. 

Dá para dizer que Lawtech e Legaltech são a mesma coisa?

Embora tenham nomes parecidos, no Brasil os termos se referem aos mesmos serviços. Porém, em outros países, como nos Estados Unidos, cada um deles possui um foco diferente.

Enquanto as legaltechs têm foco em propor soluções tecnológicas para advogados profissionais, as lawtechs têm um olhar voltado para o público final, ou seja, para quem precisa contratar esse tipo de serviço. 

Apesar disso, é preciso ressaltar que, na prática, tanto uma quanto a outra trazem benefícios importantes para as duas pontas, seja para os escritórios de advocacia ou para os clientes que entram em contato com eles. 

Para que servem as Lawtechs?

O meio jurídico é um dos segmentos mais complexos que existem. Como ele trabalha com um universo robusto de leis e informações, muitas vezes é humanamente impossível processar todo material necessário de forma conjunta. É a partir desse pensamento que surge o trabalho das lawtechs. 

Com soluções completas que trabalham desde big data até inteligência artificial, essas empresas são especialistas na oferta de serviços que facilitam o cruzamento de informações. É a partir disso que as tecnologias são criadas, seguindo a demanda de cada escritório que contrata essas empresas. Vale ressaltar, contudo, que as soluções não substituem o trabalho realizado por humanos. 

Principais categorias de Lawtechs e Legaltechs

Essas empresas podem ser divididas em algumas categorias específicas. Com isso, os escritórios de advocacia podem escolher uma lawtech com base na especialidade de cada uma. A seguir listamos quais são as principais, bem como os serviços oferecidos. Confira:

  • Analytcs e jurimetria

Se você quer entender um caso com maior profundidade, essa é a categoria pode ajudar. Por meio de análise e ciência de dados, essa especialidade consegue trazer uma visão mais completa para o advogado, cruzando informações de forma mais precisa. A jurimetria nada mais é do que a implantação de estatística dentro do universo do Direito. 

  • Automação e gestão de documentos 

Todo advogado sabe que, ao lidar com processos, por mais simples que sejam, é necessário reunir uma série de documentos. Nessa especialidade, as lawtechs podem oferecer serviços que ajudam na gestão dos arquivos. É possível, por exemplo, produzir um aplicativo ou um programa que facilite o processamento desses documentos. Tudo isso de forma automatizada, facilitando a rotina profissional. 

  • Compliance 

Toda empresa precisa de normas e regras firmes que ajudem a controlar o conflito de interesses. Por isso, há lawtechs especializadas em atuar neste tipo de trabalho. Elas ajudam as companhias a criarem ferramentas de suporte dentro deste segmento, o que ajuda a reduzir significativamente os riscos jurídicos. 

  • Conteúdo jurídico

Embora não tenham tanta profundidade tecnológica, essas lawtechs ainda assim podem ajudar bastante na gestão de conhecimento. Nessa especialidade, as empresas focam no serviço de conteúdo para os funcionários ou, até mesmo, público geral. O objetivo é colaborar para a produção de múltiplos formatos de comunicação que aprimorem o entendimento jurídico das pessoas.  

Como esse tipo de startup é benéfica para advogados?

Como dissemos anteriormente, um dos principais trabalhos de uma legaltech ou lawtech é deixar o trabalho operacional e estratégico mais ágil dentro dos escritórios. Especialmente aqueles que tomam mais tempo na rotina desses profissionais. Afinal, ao economizar tempo em trabalhos que podem ser automatizados aumenta a produtividade e, consequentemente, os resultados esperados. 

Além disso, quando olhamos para lawtechs no Brasil, elas possuem um papel fundamental para o público final. Elas acabam se tornando aliadas de pessoas com pouco conhecimento jurídico, especialmente para aquelas que não possuem formação na área. E tudo isso por meio de serviços automatizados. 

Setor jurídico 4.0: o que é, como funciona e como se relaciona com as Lawtechs?

Um termo muito comum usado no meio jurídico atualmente, especialmente entre advogados da última geração, é o “setor jurídico 4.0”. Mas você sabe o que é isso? A nomenclatura serve para se referir a essas empresas que estamos abordando aqui no texto, ou seja, startups relacionadas a lawtechs e legaltechs. 

O número 4.0 é utilizado para se referir à era tecnológica moderna, considerada a 4ª era da Revolução Industrial. Ele é comumente relacionado a diversas companhias que trazem alguns dos serviços que abordamos no texto, como automação de dados, big data, inteligência artificial, entre outros.

Qual é o cenário das Lawtechs e Legaltechs no Brasil e no mundo?

Apesar de ser considerado um tipo de serviço novo, o mercado de lawtech no Brasil já possui diversas empresas. Um dos fatores que comprova essa tendência é o crescente aumento de empresas nas associações relacionadas ao setor. 

Para se ter uma ideia, a Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L) tinha somente 20 empresas quando foi fundada, em 2017. Em 2022, mais de 600 companhias já estavam associadas, desde lawtechs estabelecidas até autônomos. Segundo a AB2L, somente entre 2017 e 2019 o número cresceu 300%.

Conheça as Lawtechs que estão dominando o mercado

Para ilustrar um pouco mais do crescimento que este mercado tem apresentado, vamos mostrar a seguir algumas empresas que tem se destacado no setor. Confira:

LegaLabs

Visando um trabalho cada vez mais inovador por meio de inteligência artificial, a plataforma oferece pesquisa de jurisprudência de uma forma rápida e eficiente. 

EvoJus

Seu principal foco é desenvolver software de pesquisa e produção jurídica. O trabalho é essencialmente baseado por meio de inteligência artificial. 

LegAut

Diferente das anteriores, essa startup oferece ferramenta de análise e revisão de documentos, tornando o backoffice mais ágil. Também usa inteligência artificial. 

SAJ ADV

Voltado para escritórios de advocacia, a empresa conta com um software que promete ajudar na gestão integrada de todos as demandas do dia a dia. 

BipBop

Uma ferramenta de captura de sistemas e sites que, por meio de machine learning, desenvolve soluções práticas para a geração de conteúdo. 

Agora que você já sabe um pouco mais sobre lawtech e legaltech, que tal investir em conhecimento de qualidade? Aqui na Faculdade XP você encontra cursos profissionalizantes que vão elevar a sua carreira. Na pós-graduação de Inovação e Transformação Digital você irá aprender conceitos e práticas sobre novas tecnologias e as mudanças culturais, de negócio, de processos e de soluções que habilitam. Saiba mais!

Quais os principais tipos de criptografia e como eles protegem dados?

Todos os dias, milhares de informações circulam pela internet. São incontáveis bytes que carregam dados valiosos sobre pessoas e empresas, entre eles senhas, detalhes bancários, documentos e mensagens. Para garantir a proteção de todos eles, diversos tipos de criptografia foram desenvolvidos ao longo dos anos.

No universo da cibersegurança, a criptografia é uma das medidas mais populares. Por isso, neste artigo falamos sobre seu conceito, surgimento e importância, além dos principais tipos existentes. Confira!

Criptografia: o que é?

Para que uma comunicação seja eficaz, ela precisa de um emissor e de um receptor. Muitas vezes, porém, antes de chegarem aos seus destinatários, as mensagens são interceptadas por terceiros que não estão envolvidos nesse processo. É assim que ocorrem os roubos de informação.

Basicamente, a criptografia de dados se trata de um conjunto de técnicas usado para tornar as informações incompreensíveis por esses interceptores. O objetivo dessa solução é proteger as informações de ponta a ponta.

Você já reparou que, ao iniciar uma conversa no WhatsApp, uma mensagem indica que o aplicativo é criptografado? Isso significa que as frases são embaralhadas ao saírem do aparelho do emissor e só retomam a forma original quando chegam ao aparelho do receptor. Assim, caso sejam interceptadas pelo caminho, não serão compreendidas.

Onde surgiu a criptografia?

Embora pareça uma solução nova, criada por empresas como o WhatsApp, o conceito da criptografia já existe há muitos anos. Na Roma antiga, por exemplo, o Imperador Júlio César desenvolveu o que ficaria conhecido como “Cifra de César”.

Para falar com seus generais durante os combates, César substituía as letras das palavras pela terceira seguinte. A palavra INVASÃO, por exemplo, era escrita LQYDVDR.

Já durante a Segunda Guerra Mundial, os alemães precisavam garantir a segurança de suas estratégias. Assim, criaram uma máquina chamada Enigma, cujo sistema de criptografia era tão complexo que decodificar as mensagens era considerado impossível.

Para que serve e como funciona a criptografia?

A criptografia serve para manter a confidencialidade de uma informação. Para isso, ela viabiliza o envio de dados de forma secreta, segura e rastreável. Mas como?

Basicamente, transformando uma mensagem em um texto incompreensível, capaz de ser lido somente por quem tem o código (ou chave).

Se na época de Júlio César isso era feito substituindo uma letra por outra, hoje o sistema ficou ainda mais complexo com a adoção de algoritmos. É como se cada letra fosse partida em vários pedaços e embaralhada aleatoriamente. Isso é feito através de uma função matemática, que a torna inelegível em poucos segundos.

Qual é a importância da criptografia?

A tecnologia vem sendo cada vez mais incorporada às atividades do dia a dia. Hoje, grande parte da população usa o celular para fazer operações bancárias, trocar mensagens pessoais e acessar e-mails.

Embora isso represente uma evolução, também é sinônimo de ameaça. Afinal, centenas de dados e informações ficam expostos e vulneráveis a crimes virtuais. É para evitar que isso aconteça que a criptografia existe.

(Fonte: Pexels)

Processos sigilosos

Considerando que hoje grande parte das operações, como as financeiras, ocorre em ambientes 100% digitais, é preciso garantir que as informações não serão lidas por pessoas mal-intencionadas.

Proteção dos dados e segurança das informações

Normalmente, o vazamento de informações acontece na hora do envio ou do recebimento dos dados. Como a criptografia os protege de ponta a ponta, as informações ficam seguras e restritas apenas aos emissores e receptores.

Integridade dos dados

Quando falamos em dados íntegros, estamos dizendo que não é possível incluir, retirar ou modificar uma informação. Ou seja, ela é inviolável.

Garantia de conformidades

Para proteger os dados de pessoas e empresas, algumas leis e diretrizes foram sendo estabelecidas ao longo do tempo. É o caso da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, a LGPD, criada para garantir a proteção à privacidade.

A criptografia é uma das maneiras de garantir que leis como essa sejam cumpridas.

Segurança na nuvem

Os dados armazenados em nuvem ficam disponíveis em tempo integral na internet. Neste caso, a criptografia é fundamental para garantir que eles não sejam acessados por pessoas/sistemas não autorizados.

Principais tipos de criptografia

Mesmo com um único propósito (o de proteger as informações), hoje existem diferentes tipos de criptografia em circulação no mercado. Eles variam entre o nível de complexidade e codificação. Veja mais detalhes abaixo.

Criptografia simétrica

A criptografia simétrica é o tipo mais comum e simples que existe. Nela, a mesma chave que é usada pelo emissor para codificar a mensagem é a que o receptor usa para decodificá-la.

Normalmente, esse tipo de criptografia é usado para proteger dados em repouso, como de banco de dados ou de discos rígidos.

Criptografia assimétrica

Já na criptografia assimétrica, as chaves usadas pelo emissor e pelo receptor são diferentes. A primeira se trata de uma chave pública, enquanto a segunda consiste em uma chave privada. Apenas as chaves privadas são capazes de decodificar uma mensagem que foi criptografada por uma chave pública.

Esse tipo de criptografia costuma ser usado no envio de e-mails ou conexões remotas a sistemas privados.

Hashing

O hashing, também conhecido como função hash, é um algoritmo matemático que transforma um dado, como senha ou arquivo, em um conjunto alfanumérico com comprimento fixo de caracteres.

Isso significa que independentemente do tamanho do dado produzido pelo emissor, o comprimento de saída (receptor) será o mesmo.

Por sua complexidade, o hash costuma ser usado em transações digitais, inclusive de criptomoedas.

DES – Data Encryption Standard

O DES foi criado pela IBM em 1977, sendo considerado um dos primeiros tipos de criptografia da programação. Ele oferece uma proteção básica de cerca de 56 bits, que são obtidos em aproximadamente 16 ciclos de codificação e permitem até 72 quadrilhões de combinações.

Embora no passado ele tenha sido muito utilizado e ainda seja difundido, hoje ele também é considerando inseguro. Isso porque a decodificação pode ocorrer a partir de tentativa e erro, também conhecido como técnica de força bruta.

IDEA – International Data Encryption Algorithm

Esse tipo de chave simétrica foi criado em 1991 e tem uma estrutura similar a do DES. A diferença é que ele opera em blocos de informação de 64 bits e utiliza chaves de 128 bits.

Sua mecânica de codificação utiliza princípios de confusão e difusão. Isso significa que três grupos algébricos com operações misturadas impedem que as informações sejam realinhadas por interceptadores.

SAFER – Secure and Faster Encryption Routine

Assim como no IDEA, o SAFER utiliza blocos de 64 bits. Por conta das fragilidades que foram encontradas nele ao longo dos anos, outras opções mais complexas foram sendo desenvolvidas, entre elas o SAFER SK-64, SK-40 e SK-128 bits.

AES – Advanced Encryption Santadard

Assim como o nome já sugere, o AES é um dos tipos de criptografia mais avançados que existem atualmente. Prova de sua segurança é o fato de que o governo americano o utiliza para proteger suas informações.

No AES, o padrão consiste em blocos de 128 bits e, em casos extremos, ainda podem ser constituídos em bases de 192 bits e 256 bits.

Relação entre anomização, pseudonimização e criptografia

Quem conhece os princípios da LGPD já está familiarizado com esse termo. Basicamente, como o próprio nome já indica, a anonimização é o processo de deixar algo anônimo.

Neste sistema, a informação é criptografada e não podem mais ser retornadas ao estado original. É como se a chave de decodificação fosse descartada.

Já a pseudoanonimização consiste em um processo mais brando da anonimização. Isto é, a informação é criptografada, mas pode voltar ao seu estado original.

Quando isso acontece, dados parciais podem ser omitidos, como o sobrenome de uma pessoa ou parte de seu telefone.

Por fim, a criptografia se trata do processo que falamos ao longo deste texto. Com ela, algoritmos são utilizados para ocultar e revelar uma informação em sua origem e destino.

Como escolher o melhor tipo de criptografia?

Agora que você já sabe da importância da criptografia, talvez tenha dúvidas sobre qual tipo é ideal para você ou seu negócio. Essa resposta está atrelada ao nível de informações que você possui e a qual força de segurança ela precisa ser submetida. É preciso lembrar que quanto mais bits, maior o número de chaves necessárias para decifrar a informação.

Em caso de informações confidenciais, como dados bancários, é recomendado ainda que, além da criptografia, sejam utilizados outros protocolos de cibersegurança.

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O que é a Positividade Tóxica no trabalho? Saiba como identificar

Ao longo da sua vida, quantas vezes falaram para você olhar a situação pelo copo meio cheio? Essa é uma metáfora muito utilizada na positividade tóxica. Isso porque ela se refere a olhar a situação sempre pelo lado positivo, como se fosse um problema queixar-se dele.  

Além da metáfora do copo meio cheio, outras frases são muito comuns. Por exemplo, quantas vezes você ouviu que “tal situação poderia ser pior”? Provavelmente, muitas vezes. 

Comportamentos como esses fazem parte do nosso cotidiano e são vistos como algo positivo, quando, na verdade, podem representar uma série de problemas. Neste artigo vamos desmistificar a positividade tóxica e falar sobre todas as suas consequências.  

O que é a positividade tóxica?

Positividade tóxica é o termo usado na psicologia para falar sobre uma crença de que não importa a situação, por mais difícil que ela seja, a pessoa precisa manter o pensamento positivo e não ficar mal pelo o que está acontecendo.

Ou seja, a positividade tóxica é a mentalidade de que você precisa ignorar as emoções negativas, para não potencializá-las, e focar nas emoções positivas, mesmo que elas não sejam sinceras.   

Como surgiu o conceito de positividade tóxica?

A positividade tóxica é um conceito que tem raízes na psicologia positiva, popularizada pelo psicólogo norte-americano Martin Seligman no final da década de 90 e início dos anos 2000. Em síntese, a psicologia positiva é o estudo da felicidade, do que as pessoas fazem para se sentirem felizes e de como promover o otimismo. 

Por causa dessa linha da psicologia, surgiu o conceito de positividade tóxica. Entretanto, é importante ressaltar que na psicologia positiva se fala sobre como o otimismo em excesso pode ser prejudicial e nada saudável. Ou seja, psicologia positiva e positividade tóxica não são a mesma coisa. 

Positividade tóxica vs Otimismo

Muitas pessoas acreditam que estão sendo otimistas, quando, na verdade, estão sendo tóxicas e nem percebem. Apesar de ser muito comum essa confusão, positividade tóxica e otimismo não são a mesma coisa. 

Uma pessoa otimista é aquela pessoa esperançosa, que mesmo sabendo das dificuldades acredita que as coisas podem dar certo. O otimista acredita na melhora, mas não ignora a realidade, nem sufoca os seus sentimentos, ou os sentimentos do outro, por acreditar que a pessoa deve sempre ver o lado positivo das coisas.  

Em contrapartida, uma pessoa conhecida por sua positividade tóxica é uma pessoa que costuma sufocar os seus sentimentos, ou o de outras pessoas, para viver numa falsa ideia de que tudo está sempre bem.

Quando o otimismo se torna positividade tóxica?

O otimismo deixa de ser algo positivo e se torna um problema quando a pessoa passa a não aceitar os problemas da vida real e busca evitá-los através do pensamento “positivo”. Na verdade, fazer isso não ajuda.

Pelo contrário, negar que os problemas existem e não lidar com os seus sentimentos negativos, como o medo ou a tristeza, podem causar problemas ainda maiores no futuro.  

Como identificar a positividade tóxica no trabalho?

Um dos ambientes mais propícios para a proliferação da positividade tóxica é o ambiente de trabalho. Isso porque no local de trabalho, as pessoas parecem estar sempre bem e otimistas. Mesmo quando enfrentam problemas, é preciso deixá-los de lado para entregar um bom resultado, invalidando assim os seus sentimentos.  

Você já se sentiu assim em algum momento da sua vida? Abaixo, trouxemos os principais sinais de que você está em um ambiente tóxico: 

Comparações

Frases de comparação como “fulano já passou por algo pior” são uma tentativa frustrada de diminuir o tamanho do seu problema comparando-o com outras situações. 

Invalidação dos sentimentos

A invalidação costuma ser acompanhada de frases como “pelo menos algo pior não aconteceu”. Essa é uma forma de tentar fazer com que a pessoa não veja a sua situação como um problema. Afinal, poderia ser pior. 

Manter sempre o pensamento positivo

É comum que a pessoa que sofre com positividade tóxica procure incentivar as pessoas a olhar pelo lado positivo sem perceber o quanto isso pode fazer mal ao outro. Por exemplo, quantas vezes já ouviu que deveria ter que agradecer por algo que tinha, mesmo estando insatisfeito? 

Utilizar frases prontas

Assim como as frases de comparação, as frases prontas, como “tudo vai dar certo” ou “tudo acontece por uma razão” costumam ter efeito contrário ao esperado em situações onde a pessoa só queria desabafar sobre o seu problema. 

Mulher apresenta variações de caras
A positividade tóxica pode trazer graves problemas na vida pessoal e no ambiente de trabalho.

Quais as consequências da positividade tóxica?

Ser uma pessoa que invalida as suas emoções para estar sempre bem pode acarretar diversas questões, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional. Por exemplo, induz você a reproduzir um discurso de vida perfeita e esconder os reais problemas da sua vida.  

Veja algumas consequências da positividade tóxica na vida pessoa e no ambiente de trabalho: 

Na vida pessoal

A positividade tóxica pode desencadear depressão — uma doença que atinge 280 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso porque, impulsionada pelas redes sociais, as pessoas vendem a ilusão da vida perfeita. Dessa forma, você pode se sentir mal ao acreditar que só você tem problemas. 

Além disso, a positividade tóxica tende a afastar as pessoas de quem a pratica. Uma vez que uma pessoa tóxica está acostumada a invalidar os sentimentos, ela acaba tendo dificuldades em manter relações interpessoais.  

No ambiente de trabalho

Assim como na vida pessoal, no ambiente de trabalho a positividade tóxica também é um problema por conta da inviabilização dos sentimentos. A positividade tóxica faz com que se perca a empatia pelos colegas de trabalho.

Um outro problema da positividade tóxica no ambiente de trabalho é a cobrança para ser sempre produtivo, mesmo quando você não está em boas condições para produzir.  

Como evitar a propagação da positividade tóxica no trabalho?

Primeiramente, é preciso reconhecer os comportamentos tóxicos, tanto em você quanto nas outras pessoas. Assim que identificá-los, você pode tomar uma série de medidas:

  • Conversar com a pessoa que propaga a positividade tóxica e comentar o que lhe deixa mal;
  • Em redes sociais, parar de seguir ou silenciar perfis que perpetuam esse discurso extremamente positivo;
  • Gerenciar suas emoções, mesmo as negativas;
  • Fazer uma autoavaliação e se policiar para não repetir esses comportamentos;
  • Ouvir os outros e demonstrar empatia pelos seus sentimentos;
  • Procurar ajuda profissional.

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Como lidar com pessoas com positividade tóxica no trabalho?

Provavelmente, durante a leitura deste artigo você conseguiu identificar certos comportamentos da positividade tóxica em alguns colegas de trabalho, não foi?

Se você não sabe como se relacionar com essas pessoas para tornar o ambiente de trabalho um local mais agradável, aqui vão algumas dicas:

  1. Dê feedbacks: de maneira respeitosa, fale diretamente com a pessoa sobre o seu comportamento. Às vezes, a pessoa reproduz certas falam sem ter noção do quanto aquilo pode afetar os colegas; 
  2. Saiba ouvir: esteja disposto a ouvir o desabafo das pessoas sobre os seus sentimentos e as tranquilize sobre a naturalidade das emoções negativas;   
  3. Tenha empatia: conecte-se com o seu colega de trabalho e busque o acolher. Utilize frases de validação como “Você quer conversar sobre o que aconteceu?” ou “Está tudo bem se sentir frustrado ou com raiva. Respeite os seus sentimentos”, etc. 

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Existe tratamento para a positividade tóxica?

Se você foi vítima de positividade tóxica ou reconheceu alguns comportamentos em você, ou em pessoas próximas, e gostaria de saber se existe tratamento, a resposta é sim

Entretanto, em primeiro lugar, é preciso que a pessoa reconheça e admita que ela pode estar sendo tóxica e fazendo mal, tanto para outras pessoas quanto para ela mesma — o que não é nada simples.

Por isso, ter acompanhamento psicológico é a melhor saída para identificar e tratar essas questões. Afinal, com a psicoterapia você passa a se autoconhecer e aprende a administrar melhor seus sentimentos.    

Por que é importante tratar a positividade tóxica

Tratar a positividade tóxica com um profissional preparado para isso é importante para que você consiga encontrar um equilíbrio saudável. Por exemplo, nada de “olhe pelo lado bom” ou “poderia ser pior, pelo menos não aconteceu tal coisa”. Esses pensamentos extremos são prejudiciais à saúde mental.  

A longo prazo, a positividade tóxica mina os seus sentimentos e faz com que você se sinta culpado quando se sentir triste ou com raiva, por exemplo.  

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Conclusão

A positividade tóxica é algo que parece estar enraizado na nossa cultura. Por isso, é quase impossível estar totalmente livre dela. Entretanto, é possível se cuidar e trabalhar o seu psicológico para que não seja tão afetado por certo comportamento. 

Caso você esteja passando por problemas de positividade tóxica no seu trabalho, as soluções corporativas da Faculdade XP podem ajudá-lo a desenvolver estratégias para tratar disso com os seus colaboradores. Não deixe de conferir o que temos a oferecer para você e o seu negócio!      

Linguagem Java: o guia completo para iniciantes

O mercado de trabalho na área de tecnologia está sempre em busca de profissionais qualificados, principalmente na área de desenvolvimento que tem um grande déficit no Brasil (e no mundo). Portanto, se você deseja migrar para essa área e quer saber mais sobre a linguagem Java, continue a leitura deste artigo! 

O Java é uma linguagem muito popular por ser uma linguagem simples, ter uma plataforma de desenvolvimento totalmente gratuita e ser adaptável a diversas plataformas e sistemas. Essa é uma linguagem back-end, o que significa que os códigos desenvolvidos em Java criam as estruturas de funcionamento de sites ou softwares.

Mas, para saber mais sobre a linguagem Java, preparamos este artigo onde vamos tirar todas as suas dúvidas sobre ela e te mostrar porque você deve se dedicar a aprendê-la!  

O que é linguagem Java?

Java é uma linguagem de programação orientada a objetos. Ou seja, a maior parte dos códigos desenvolvidos em Java são organizados em estruturas chamadas classes.

A linguagem Java é muito flexível, o que proporciona a criação de sistemas com uma maior facilidade. Por conta disso, atualmente, o Java é a terceira linguagem mais utilizada por desenvolvedores de todo o mundo, segundo o levantamento da RedMonk

Quando a linguagem Java surgiu?

O Java foi desenvolvido em 1995 dentro da empresa Sun Microsystem por uma equipe de desenvolvedores chefiada pelo programador canadense James Gosling. Em 2008 a linguagem foi vendida para a empresa Oracle Corporation. 

Para que serve a linguagem Java?

Em suma, a linguagem de programação Java serve para facilitar a criação de softwares e aplicações em rede que podem ser executados em diversas plataformas. Por exemplo, jogos e programas que funcionam tanto em desktop quanto em dispositivos móveis. 

Java vs JavaScript

É comum as pessoas confundirem a linguagem Java com a linguagem JavaScript ou acharem que as duas são a mesma coisa e que o “Java” é apenas um apelido para a JavaScript.

Mas, na realidade, não é nada disso.

Como já falamos, o Java é uma linguagem de programação orientada a objetos, fortemente tipada e que as aplicações são executadas na Java Virtual Machine (JVM), a máquina virtual do Java. 

Em contrapartida, JavaScript é uma linguagem de programação interpretada estruturada, o seu código é totalmente escrito em texto e as aplicações são executadas apenas via browser. 

Como funciona a linguagem Java?

A linguagem Java tem características e elementos bem marcantes que determinam o funcionamento da linguagem. Abaixo, falamos dos pontos mais importantes para que você entenda como a Java funciona na prática:

Programação orientada para objetos

Java é uma linguagem de programação orientada a objetos. Isso significa que tudo o que é desenvolvido na Java representa coisas e objetos existentes na vida real. Dessa forma, é muito mais fácil a criação, a manutenção ou a reutilização de códigos acessíveis.  

No paradigma da linguagem orientada para objetos todas as interações do código acontecem por mensagens e comandos trocados entre objetos. Em suma, funciona da seguinte maneira: as classes, que são unidades de software criadas a partir de estruturas, criam as estruturas chamadas de objetos, que são estruturas que interagem entre si. 

Máquina Virtual Java 

A máquina virtual Java, ou apenas JVM, é um emulador que faz com que os códigos Java sejam executados em qualquer plataforma. Por exemplo, um sistema baseado em Java pode funcionar perfeitamente em smartphone ou notebook, desde que uma JVM esteja instalada. 

Tipagem estática

A linguagem Java é conhecida por ser uma linguagem de tipagem estática. Em outras palavras, isso significa que o Java é uma linguagem em que o desenvolvedor não consegue alterar o tipo da variável depois que ela for declarada

Bibliotecas e APIs

O Java conta com uma série de APIs (Interface de Programação de Aplicações), que são conjuntos de serviços que facilitam o desenvolvimento de software, pois apresentam soluções para problemas comuns. 

Dentre as aplicações de Java, existem algumas bibliotecas que se destacam pelo seu uso no desenvolvimento de APIs, são elas:

  • Java.lang: para uso geral na linguagem Java. Geralmente, provê elementos como threads e manipulação de strings;
  • Java.io: utilizada para ler e escrever dados em arquivos;
  • Java.util: utilidades gerais que definem as  interfaces Observer e a classe Observable. Por exemplo, utilidades como calendário e dicionário;
  • Java.net: possibilita a conexão e o acesso à internet, através das classes que representam uma URL;
  • Java.awt: é a biblioteca de interface gráfica que dispõe de elementos padrão utilizados na interface do usuário. Por exemplo, áreas de texto, botões, menu, etc. Ela é uma biblioteca que contém duas outras bibliotecas:
    • 1) Java.awt.image: processamento e tratamento de imagens;
    • 2) Java.awt.peer: mapeamento dos componentes AWT para implementações dependentes do sistema de janelas que está sendo utilizado;
  • Java.applet: biblioteca com classes para criação de applets, que são pequenas aplicações que executam uma tarefa específica no sistema. 

Onde a linguagem de programação Java é utilizada?

Agora que você já sabe como a linguagem Java funciona, deve estar se perguntando “será que eu já tive contato com a linguagem Java?”. Provavelmente sim, mas nem sabia. O Java é uma linguagem utilizada para diversos fins e em diversas tecnologias. 

Listamos as sete principais tecnologias onde a linguagem Java é utilizada: 

Computação em Nuvem

A cloud computing ou computação em nuvem é uma tendência que vem se consolidando nos últimos anos. Em síntese, é a hospedagem de recursos de computação, como aplicativos e dados, em data centers que podem ser acessados via internet.

Para melhorar a experiência dos desenvolvedores, a linguagem Java tem frameworks que se adequam ao cloud computing e proporcionam um programa mais leve e dinâmico para os desenvolvedores. 

Big Data

Apesar de não ser uma linguagem tão forte no campo do Big Data, que é um grande banco de dados estruturados e não estruturados, algumas plataformas de software para Big Data utilizam o Java. Por exemplo, o Hadoop e o ElasticSearch.  

Desenvolvimento de aplicativos 

Os diversos recursos e bibliotecas da linguagem Java são muito utilizados para ajudar no desenvolvimento de aplicações em diversas plataformas. Por exemplo, a API do Google Android é programada em Java, assim como algumas aplicações do sistema iOS.

Assim como no desenvolvimento de aplicativos, os recursos do Java facilitam o desenvolvimento de jogos nas mais diversas plataformas. Por exemplo, um dos jogos mais famosos da atualidade, Minecraft, é desenvolvido em Java.  

Blockchain

Java é uma linguagem muito segura e compatível com diversas plataformas. Por isso, é comum que blockchains (bancos de dados distribuídos que utilizam a tecnologia da criptografia) sejam desenvolvidas em Java. Geralmente, os blockchains são utilizados para registrar transações dos usuários e criar contratos inteligentes.  

Menina estuda a linguagem Java
Aprender a linguagem Java requer muita dedicação e estudo.

Internet das Coisas

A Internet das Coisas (IoT) é uma tecnologia que busca conectar dispositivos e fazer a troca de informações entre eles. Para que isso de fato aconteça, muitas dessas tecnologias são desenvolvidas em Java, uma vez que é uma linguagem multiplataforma e com grande variedade de APIs que rodam em qualquer sistema. 

Inteligência Artificial

Java é uma das principais linguagens quando falamos em Inteligência Artificial (IA). Com o Java, é possível programar recursos em sistemas web e sistemas móveis. Além disso, plataformas de código aberto, como Weka e TensorFlow, são desenvolvidas em linguagem Java, possibilitando a integração do código-fonte.   

Vantagens e desvantagens da linguagem Java

A linguagem Java tem uma série de vantagens que fazem dela uma das preferidas dos desenvolvedores. Entre as principais vantagens estão:

  • Gratuita;
  • Multiplataforma;
  • Possui uma grande comunidade de usuários, que se ajudam e trocam informações importantes sobre o desenvolvimento em Java.
  • Também é uma plataforma de desenvolvimento.

Apesar das vantagens, o Java também tem alguns pontos negativos. Por exemplo, o processamento numérico, que torna o processamento do código mais lento, os códigos prolixos e a falta de heranças múltiplas nas subclasses dos códigos.  

Como instalar a linguagem Java no computador?

O Java é uma linguagem multiplataforma. Ou seja, ela pode ser executada em diversos sistemas, como Windows, Mac OS X, Linux e até mesmo o Solaris.

Neste artigo, vamos mostrar o passo a passo de como instalar o Java para Windows Online, visto que ele é o sistema operacional mais utilizado no mundo. 

Primeiramente, você deve acessar a página de download do Java e selecionar a opção “Windows Online” para instalar. Além da versão online, existem as versões offline de 32 e 64 bits.

Em seguida, aparecerá na tela a caixa de diálogo para download do arquivo. Basta apartar o botão “Executar” e clicar em “Instalar” para aceitar os termos de licença e dar continuidade à instalação.

Caixa de diálogo para iniciar instalação do Java.
Caixa de diálogo para iniciar instalação | Fonte: Java

Logo em seguida, concluída a instalação, você pode fazer um applet de teste para verificar se o Java está funcionando corretamente. Além disso, o teste serve para verificar os riscos à segurança e eliminar versões desatualizadas do Java do sistema operacional.

Principais variáveis da linguagem de programação Java

Como o Java é uma linguagem de tipagem estática e possui tipos bem definidos, existe uma biblioteca com alguns tipos de dados já definidos. São eles:

  • Byte: um dado leve com valor 8 bits;
  • Char: armazena caracteres de maneira isolada;
  • Short: valor inteiro de 16 bits;
  • Int: valor inteiro de 32 bits;
  • Long: define um valor inteiro de 64 bits;
  • Boolean: armazena os valores true (verdadeiro) e false (falso);
  • Float: armazena valores decimais entre 6 e 7 casas;
  • Double: armazena números de até 15 casas decimais.

Ferramentas para desenvolvimento da linguagem Java

IDEs (Ambiente de Desenvolvimento Integrado) são softwares que auxiliam o desenvolvedor no processo de criação de uma aplicação e na identificação de bugs nos códigos. No caso do Java, as principais IDEs são: Eclipse, NetBeans e VSCode. 

Abaixo, falaremos de cada IDE e das suas características:

Eclipse

O Eclipse é uma IDE muito utilizada para criação de aplicações Java nas versões desktop e web. Dentre as principais características do Eclipse estão a criação de aplicações gráficas multiplataforma e o uso de SWT (Standard Widget Toolkit). 

NetBeans

NetBeans é uma IDE de código aberto de desenvolvimento de aplicações Java em desktop e web. Ela é conhecida por ser extensível a outras linguagens, como JavaScript e Python, além de ser multiplataforma. 

VSCode

O VSCode é utilizado para editar códigos de desenvolvimento para aplicações web dentro do próprio site. Assim como o Eclipse e o NetBeans, o VSCode é uma IDE multiplataforma. Além disso, ele possui integração com o Git.  

Mercado de trabalho para o desenvolvedor Java

Por ser uma das principais linguagens de back-end e com diversas aplicações, as oportunidades para desenvolvedores Java estão sempre em alta!

Um desenvolvedor Java pode atuar como desenvolvedor web e desenvolvedor de aplicativos. Além disso, ele também pode atuar como analista de testes, consultor e ocupar cargos de liderança em uma equipe. 

Salário 

Segundo o levantamento mais recente do Glassdoor, a média salarial de um desenvolvedor Java no Brasil é de R$ 6.056 mensais. Entretanto, esse valor pode variar entre R$ 3 mil e R$ 10 mil, a depender do nível de senioridade e da região.

Por exemplo, em São Paulo, a maior cidade do país, a média salarial é de R$ 7.430,00. Enquanto isso, em Recife a média salarial é de R$ 4.789,00. 

Como aprender a programar em linguagem Java?

Se você deseja aprender Java, em primeiro lugar você precisa entender a lógica de programação. Em média, esse aprendizado leva cerca de 2 a 3 meses.

Em seguida, você pode começar a se aprofundar na linguagem Java de fato. Para isso, existem bootcamps, cursos livres ou cursos de graduação que oferecem um ensino mais completo. 

Nesse meio tempo em que você estuda Java, é importante também estudar para dominar alguns conceitos, como banco de dados e orientação a objetos. 

Skills necessários para se tornar um desenvolvedor Java

Para atuar como desenvolvedor Java, é preciso ter algumas habilidades. Abaixo, listamos algumas das principais hard e soft skills: 

  • Conhecimento de bibliotecas, ferramentas e frameworks Java;
  • Noções de CSS, HTML e JavaScript;
  • Prática com servidores de banco de dados;
  • Boa comunicação;
  • Organização;
  • Raciocínio lógico. 

Conclusão

Como falamos ao longo deste artigo, a linguagem Java é uma das mais utilizadas e procuradas na área de desenvolvimento, e deve permanecer assim nos próximos anos. Portanto, se você quer começar a aprender a programar em Java para seguir carreira nesta área de programação, essa é a sua oportunidade! 

A graduação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Faculdade XP é gratuita e você aprende na prática a desenvolver programas e sistemas em linguagens front-end e back-end, como Java.